sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O eleitor e a política II

As ideologias, infelizmente, não podem ser abolidas. Elas podem ser escondidas ou dissimuladas. O fato é que, queira o eleitor ou não, todos os políticos tem uma ideologia, em resumo, uma visão de como a sociedade deve ser organizada, quais os valores morais que devem predominar nas relações entre as pessoas entre si e entre elas e o poder.
Uma das mais graves dificuldades com a política moderna, não apenas no Brasil mas também em outros países, reside no fato de que os partidos crescentemente estão perdendo suas identidades, rendendo-se às contingências ou necessidades de curtíssimo prazo.  O cálculo eleitoral está transformando-os, cada vez mais, em aparatos de dissimulação e tornando os políticos cada vez mais hábeis na “arte” de dizer o que quer o eleitor, auxiliados pelo “marketing político”,  tudo em nome do  pragmatismo, da necessidade de “vencer a qualquer custo”.
Assim, prisioneiros da retórica, os partidos tornam-se cada vez mais confusos e turvos, dificultando ao eleitor a tarefa de entender os valores que orientam as propostas e as atividades dos políticos, enfim, sua ideologia. Como saber se eles estão mentindo ou simplesmente escondendo a sua ideologia?
Não existe uma receita única para enfrentar a confusão. Eu sigo os seguintes passos:  
a)     procuro prestar atenção no programa do partido ao qual percente o candidato; é chato mas é instrutivo. Você vai descobrir que poucos são os candidatos que se mostram coerentes e muitos de partidos que se dizem de esquerda defendem bandeiras da direita, e vice-versa.
b)     sempre que possível,  investigo se em suas falas existe algum indício de que defende que os fins justificam os meios. Se você fizer isso vai descobrir, com facilidade, que muitos deles em nome da igualdade ou de outros valores supostamente generosos defendem políticas que promovem a desigualdade entre as pessoas. Não se faz o bem recorrendo, ainda que temporariamente, ao mal.
c)     Investigo se o candidato acredita em valores universais como o bem, a liberdade, o respeito ou pensa que todos os valores são “relativos”, que dependem da cultura de cada povo ou das “necessidades” do momento. Em geral, quem assim pensa, conscientemente ou não, defende ou justifica os costumes e as práticas mais hediondas, até mesmo mutilação de mulheres e homicídios.
Esses critérios, é claro, não compõem uma fórmula perfeita para definir o bom ou o mau político. No entanto, oferecem alguma base para separar aqueles que acreditam que a política pode ter algum conteúdo ético daqueles que a vêem apenas como uma “prática”, um instrumento ou uma “técnica” como outra qualquer para atingir um objetivo previamente determinado.  Um vale tudo.
Sei que é difícil pensar na importância dos valores éticos na política, afinal,  desde Maquiavel , passando por todo o racionalismo iluminista,  esta tem sido  vista e incentivada como algo que nada tem a ver, em qualquer sentido, com a moral. A política é, cada vez mais, um conjunto de práticas divorciadas da moral, um mero um jogo que nada tem a ver com a boa conduta e com a justiça.
Lembram, Maquiavel, numa contradição que justificaria até mesmo o seu próprio assassinato, defendia que o príncipe poderia usar de todos os expedientes para se manter no poder, entre os quais,evidentemente, matar os seus próprios conselheiros. Os iluministas, defendendo a secularização do Estado e apelando para a superioridade da razão na condução dos assuntos do poder, acabaram por retirar da política qualquer norte ou fundamento moral. 
Não bastasse isso, no período mais recente, a ascensão do “relativismo” que tudo justifica, em nome do respeito às diferenças, tornou o quadro ainda mais desesperador para aquele que acredita que a vida, inclusive a política, deve e pode ser regida pela ética. Nenhum valor, nenhum princípio, nenhuma norma, a não ser as inócuas promessas ligadas à “legalidade” vigente orientam a política.  Ao invés de valores universais, o relativismo introduziu a “legitimidade” das “várias éticas”. Tudo é válido,  desde que faça parte de uma “cultura” determinada.   
Neste mundo “perdido” de orientadores éticos, a “receitinha” acima pode ser bastante útil. 

FONTE: AdOnline

O eleitor e a política I

Vamos novamente votar.  A próxima eleição é dita “menor”, afinal vamos escolher somente prefeitos e vereadores para a gestão de unidades de poder menores e esvaziadas, os municípios. No entanto, a eleição serve para refletir um pouco sobre a política. Vamos começar com um tema mais singelo: houve recentemente alguma mudança no perfil político do eleitor? O eleitor está mais maduro, mais pragmático ou o não se pode, ainda, dizer que estamos diante de um “voto pós-renda”, definido como aquele que busca mais apenas resultados ao invés de visão política e ideologia?
As dezenas de pesquisas de opinião sobre as próximas eleições municipais realizadas em cidades médias e grandes do nosso Estado apontam alguns  indícios fortes de que começa a surgir, de fato, um novo eleitor, mais pragmático e muito mais realista em relação ao que espera do prefeito e da política.  Talvez seja esboço do tal “voto pós-renda” do qual falam os cientistas políticos.
Alguns mitos estão vindo por terra e, aparentemente, outros estão aparecendo.  
O eleitor quer que o prefeito governe para toda a cidade. Não divide mais o ambiente urbano em centro e bairro ou rico e pobre, como fazia até o passado recente. Percebeu que essas dicotomias são falsas. Quer, agora, que o prefeito olhe para todas as áreas e para todos os cidadãos. Compreende que áreas como saúde devem merecer maior atenção, mas nem por isso acredita que a limpeza das ruas ou um trânsito ordenado não sejam importantes. Aprova políticas sociais que atendam às suas necessidades básicas, mas quer viver numa cidade bonita, limpa e funcional.   
O eleitor quer soluções concretas e objetivas. Sabe que é muito mais eficaz fazer as mudanças de forma incremental, gradativamente, melhorando o que já vem sendo feito. Realista, tem consciência de que as grandes transformações cabem apenas nas cartilhas ideológicas; constata que, na vida real, mudar significa fazer um pouquinho mais e melhor. Essa percepção reduz drasticamente o espaço para a demagogia e as promessas fáceis. E impõe a necessidade dos candidatos descreverem claramente suas propostas. Não vale mais o lugar-comum.
O eleitor quer um administrador, não um político. As pesquisas mostram que os partidos políticos têm pequena ou nenhuma importância na escolha do candidato em quem votar. Mais do que uma suposta despolitização, a constatação tem duas explicações possíveis: o eleitor percebeu que existem bons e maus administradores em todos os partidos; quando fazem coligações sem nenhum critério político, ideológico ou administrativo, os partidos deixam o eleitor sem orientação. Ele, então, faz o serviço por conta própria, deixando os partidos de lado e escolhendo com base nas qualidades que observa nos candidatos.  
Aparentemente, são mudanças que mostram um eleitor cada vez menos sonhador e cada vez mais realista com a política. Uma das razões dessa mudança é que as melhorias gradativas na economia, notadamente no emprego e na renda, estão lhe ajudando a entender que a ideologia pouco lhe serve. Se na sua vida as realizações estão tomando o lugar das promessas, por que na política tudo deveria continuar como antes? Mais atento ao mundo real, o novo eleitor quer resultados. 
E a ideologia, como fica? 

FONTE: AdOnline

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Para que serve uma Plataforma de E-commerce

Como vimos no artigo “Loja Virtual versus Loja Física – Qual é o melhor investimento?“, uma plataforma de e-commerce  é muito mais que uma mera ferramenta. Vimos que trata-se de um conjunto de serviços prestados em continuidade e no contexto de um relacionamento sustentável entre o lojista e sua plataforma preferida.

Mas você sabe exatamente o que é gerenciado na ferramenta disponibilizada pela plataforma de e-commerce?


Por detrás de uma linda loja virtual existe um conjunto de bancos de dados, sistemas e servidores que auxiliam o lojistas a:
- Automatizar o processo de vendas tornando o dispensável a existencia do vendedor como hoje conhecemos. O vendedor passa a ser substituído pela redação e apresentação encantadora e completa sobre o produto em sua página de descrição.
- Organizar o catálogo de produtos, preço e promoções de forma com que o consumidor consiga encontrar o que procura sem precisar do auxílio de um vendedor.
- Viabilizar a comunicação do consumidor por voz ou texto quando tiver suas últimas dúvidas ou quiser negociar preço e condições.
- Organizar todo o conteúdo institucional ou legal da loja. Exemplo: Quem somos, contatos, política de devolução, garantias, selos, etc.
- Viabilizar a criação das páginas de pouso das promoções feitas pela loja realizando assim a estratégia de Inbound Marketing.
- Controlar as finanças provenientes das vendas online.
- Controlar o estoque dos produtos disponíveis na loja virtual, integrar o controle com os estoques de outras lojas e permitir que o produto somente seja solicitado se ainda estiver disponível em estoque.
- Controlar os pedidos e o processo de entrega.
- Controlar a expedição dos produtos rumo ao domicílio do cliente.
- Manter o histórico de compras e de intenção de compras dos clientes.
- Automatizar o pagamento via cartão de crédito, débito e transferência bancária.
- Controlar o faturamento por boleto bancário e no caso da venda no atacado, controlar as comprar com crédito para faturamento à prazo.
- Informar o cliente sobre o status de seu pedido.

Estas são somente algumas das tarefas que pude lembrar que uma boa plataforma pode automatizar. Reflita comigo: na loja física, quantas pessoas são necessárias para fazer o que esta tecnologia faz?

FONTE: AcontecendoAqui

Imagem no Esporte

No processo de criação e manutenção de uma carreira, desenvolver uma estrutura que possa fundamentar e organizar a marca pessoal é um passo determinante para garantias de sucesso no presente e no futuro. Buscar empresas que venham a somar na construção desse sucesso, hoje é uma das formas de investimentos mais seguras, considerando que fundamentação e valorização sempre retornam propriedades que destacam a marca como única em sua essência e “DNA”.
Em se tratando de marca pessoal, todo um universo de análise comportamental passa a fazer parte do processo de construção da marca. Cada fase do atleta é importante para construção de sua carreira, de forma que sua vida pessoal, também reflete de forma direta em sua marca. Talvez seja esse aspecto o que mais a caracteriza no aspecto temporal. Fases de alto desempenho passam, mas são as características desse universo geral que, no fim, formam o produto final que chamamos de marca.
Nós da PD Gestão de Imagem e Carreira junto com a BSB Sport Business em parceria com a Época Negócios realizamos uma pesquisa chamada ”Imagem no Esporte”. O objetivos desta pesquisa eram:
• Chamar atenção para importância da educação, manutenção da marca e comportamento pessoal dos atletas para a construção de imagem sólida.
• Avaliar o potencial de imagem de atletas atualmente destacados na mídia.
• Avaliar o impacto da imagem desses atletas, mediante ao levantamento dos atributos em suas referias imagens (marca).
• Construir um ranking a partir dos atributos das imagens desses atletas.
• Elaborar um estudo envolvendo os produtos da PD e BSB, baseado no comportamento e reações do público mediante a imagem dos atletas.
• Desenvolver um artigo com os resultados, possivelmente divulgado em revista de interesse popular.

Os atletas serão classificados em: futebol e demais categorias. Para as classes foram eleitos 10 atributos que caracterizam de forma completa a imagem de uma marca, segundo uma avaliação ou percepção mercadológica. Esses atributos estão explicitados a seguir.
1. Credibilidade – a capacidade de ser modelo e referência para influenciar pessoas. Por exemplo, se determinado atleta utiliza o produto X e o recomenda, você o usaria? O atleta deve ter credibilidade suficiente para que a pessoa “compre” a ideia, seu produto etc.
2. Visibilidade – o atleta precisa ter visibilidade suficiente para que empresas queiram associar suas marcas a ele. É preciso que seja vendável e atingir um grande número de pessoas.
3. Consistência – o atleta precisa ter foco e solidez em suas atitudes, dentro e fora dos campos. Ser exemplo em comportamento e atitudes.
4. Ética – achamos importante que o atleta acredite realmente no que está vendendo ou onde está associando sua marca pessoal. Seus valores pessoais devem estar de acordo com a marca e/ou produto ao qual esteja se associando. Caso contrário, estará vendendo uma ideia “mentirosa”, vazia e, consequentemente, isso retornará em uma campanha sem êxito.
5. Vencedor e/ou desempenho – Os resultados profissionais do atleta influenciarão diretamente na associação de sua imagem aos produtos e serviços. Sendo assim, o rendimento do atleta é fundamental.
6. Carisma – empatia é um dos fatores primordiais para a construção de uma marca pessoal forte. Uma pessoa carismática terá uma forma de comunicação muito mais eficaz com seu público. Com isso, por consequência, terá consigo o poder de influenciar pessoas.
7. Formação – é fundamental que as pessoas se capacitem e que estejam sempre atualizadas com o meio.
8. Apresentação/ aparência – Apresentar-se de maneira coerente é determinante para a imagem que o atleta quer criar, manter e solidificar em sua marca. Portanto, esses tópicos devem ser monitorados.
9. Superação – como estamos no segmento esportivo, superação é um dos atributos fundamentais para uma marca pessoal de sucesso. O atleta deve sempre buscar melhorar seu desempenho, superar seus limites. Isso estimula, motiva seus fãs, seguidores, público-alvo etc.
10. Liderança – a determinação, o poder de influenciar dentro de quadra. Um líder carrega consigo uma série de seguidores, o que é uma grande responsabilidade.
A pesquisa foi realizada em um público aberto. O público avaliador indicou para cada uma das classes um atleta que melhor represente cada um dos 10 atributos.
Resultados esperados
• Demonstrar uma correlação positiva da influência da educação e comportamento adequado na valorização da imagem da marca.
• Conscientizar o público-alvo (atletas) da necessidade da gestão de imagem e carreira.
• Entender e desenvolver os aspectos que envolvem a valorização da marca.
Resultados
Em todos os 10 atributos, os atletas que mais emergiram entre os votados, manifestaram-se em mais de um atributo. A não totalidade da manifestação em todos os atributos demonstra que, por mais que um atleta tenha grande visibilidade, nem sempre sua marca contempla os dez atributos postos em questão. Tal demonstração é bastante comum porque cada indivíduo precisa saber qual é seu diferencial e desta forma trabalhar para potencializar o atributo de maior expressão da sua marca. Neste caso, estamos falando dos atletas que se sobressaíram, no caso daqueles atletas que não foram citados, o processo de construção da marca e imagem deve ser questionado, avaliado, planejado e melhor trabalhado.
Os atletas que foram citados repetidas vezes em mais de um atributo participam de um universo restrito de nomes que são facilmente lembrados. Este processo é devido a um trabalho de anos na gestão de imagem e carreira, seja ela por uma característica do atleta ou por uma preocupação da empresa que administra a imagem e carreira do mesmo. A maneira correta é investir recursos no processo de valorização da imagem de atleta de forma planejada, desenvolvendo um trabalho com empresas que entendem e estudam constantemente esse processo de valorização e fixação da imagem.
A Marca e seus atributos
No processo de trabalho da marca pessoal, o resultado da pesquisa nos fornece fundamentos que comprovam a importância dos atributos associados à marca. Segundo Kotler, marca é a representação simbólica de uma entidade, qualquer que seja ela, algo que permite identificá-la de um modo imediato. Desta forma a associação torna-se mais fácil e é imediata. A partir do momento em que uma marca possui uma relação direta com seu atributo mais forte, ela também aparecerá com mais frequência nos atributos aos quais ela não tem tanta força. O seu recall de marca será muito mais efetivo.
Como exemplo do que foi mencionado, podemos citar Gustavo Kuerten como exemplo de carisma. Tal atributo permeou toda sua carreira e permanece como a principal característica da sua marca.
Sobre o atributo “Espírito Vencedor” da pesquisa, observa-se que ainda obtemos como melhor resultado o atleta Ayrton Senna. Suas vitórias foram eternizadas pela TV Globo através do Hino da Vitória. A canção nos remete ao atleta e a momentos de grandes conquistas.
Os atributos Credibilidade, Ética e Consistência apresentam conceitos muito semelhantes e os nomes que se destacaram para os mesmos foram Cesar Cielo e Bernardinho. Este fato demonstra a coerência das opiniões do público e o vínculo entre a imagem e comportamento dos atletas mediante cada atributo.
Outro fato que observamos foi o rápido crescimento do esporte UFC e sua manifestação linear nas opiniões. Pelo menos um atleta apareceu entre os dez mais votados, em todas as categorias.
Um fato curioso é que atletas envolvidos em esportes individuais se destacaram mais do que esportes coletivos, o que demonstra a força do atleta e a ênfase da mídia na superação individual, contribuindo para este processo de lembrança e associação.
Construção de uma Marca
A marca pessoal não nasce simplesmente. Ela precisa ser planejada, desenvolvida e construída. Por isso que a construção da marca pessoal requer uma atenção especial a 5 fundamentos básicos que juntos exercem uma força muito grande dentro deste processo. São eles:
• Aparência física;
• Conteúdo;
• Comportamento;
• Postura; e
• Comunicação.

Todos estes elementos devem ser trabalhados diariamente no processo de construção e manutenção da marca, tendo muita relação com o conceito de embalagem de produtos, que pode ser facilmente aplicados para a lógica do atleta.
Os nomes que aparecerem nas primeiras posições da votação possuem uma consistência com suas marcas. Estes atletas e técnicos se identificaram a suas competências e atributos de acordo com a imagem e ações de seus comportamentos, dia após dia, caracterizando assim uma imagem vinculada a seus nomes, que junto com o desempenho esportivo e aparições, planejadas ou não, competiram fortemente no difícil universo de ser lembrado.
Muitas destas respostas provavelmente irão surpreender estes, já que erroneamente liga-se o poder da marca pessoal apenas no desempenho esportivo temporal. No entanto, a imagem é vista sob dois planos: a imagem de como nos percebemos e a imagem de como somos percebidos. Na grande maioria das vezes elas não são iguais.
Todavia, ambas as visões podem ser reestudadas para se obter os resultados esperados, sejam pessoais ou profissionais.

Marca e identificação pessoal
Dentro do processo de construção da marca é preciso trabalhar de forma ordenada e coordenada. Alguns questionamentos tornam-se necessários neste processo.
1. Qual a marca que eu gostaria de ter?
2. Qual a percepção que as pessoas possuem de mim?
3. O quem vem na cabeça das pessoas quando falam meu nome?
4. Qual o meu atributo mais forte?

Na pesquisa, identificamos que credibilidade, César Cielo e Bernardinho são atletas que melhor representam este atributo.
No atributo consistência a referência é César Cielo.
Ética e liderança está diretamente ligado ao técnico Bernardinho, que são atributos resultantes da sua imagem e carreira frente a seleção de vôlei brasileiro.
Espírito vencedor a eterna lembrança do ídolo Ayrton Senna. Um atleta que não chegou a contemplar força da sua marca.
Carisma está diretamente ligado ao ex-tenista Gustavo Kuerten, o eterno Guga.
Maurren Maggi é a referência no atributo garra.

O elenco de jogadores e profissionais do futebol citados na pesquisa demonstra dois aspectos importantes: (1) a lembrança pontual, ou seja, a associação a uma personalidade por conta de seu momento e consequente atenção da mídia; (2) a lembrança perene, caracterizada pela efetiva construção de imagem e marca ao longo do tempo, sendo de difícil abalo.
Assim, destacamos o Kaká como exemplo para o segundo item, sendo que ele é citado em 8 dos 10 atributos de marca e, destes, em 4 deles está em primeiro lugar. Kaká é, portanto, exemplo de Credibilidade, Ética, Apresentação e Boa Formação, de acordo com a percepção das pessoas. Mesmo estando em um momento esportivo distante do auge de sua carreira e, por conta disto, estar afastado da cobertura midiática contínua, seu nome é amplamente lembrado pelo público, o que demonstra ter conseguido efetivamente registrar sua marca no mundo do futebol.
Como exemplo de personalidade que está em fase de construção de marca, sendo percebido pelas pessoas atualmente pelos seus feitos esportivos, está o atacante do Santos e da Seleção Brasileira, Neymar. Ele lidera os atributos de Consistência, Carisma e Visibilidade, sendo citado ainda em 8 dos 10 itens apresentados.

Para uma margem de comparação, nota-se que enquanto Kaká é sinônimo de “Ética”, Neymar sequer aparece neste quesito. Ambos não são citados no atributo “Liderança”, embora grande parte da mídia associe os dois como grandes líderes, sendo que Neymar é, por vezes, capitão na equipe do Santos e na própria Seleção Brasileira, o que é um indicador de um perfil de líder, não reconhecido pelo grande público. Por sua vez, Neymar é tido como “Vencedor”, enquanto que Kaká não é citado neste ponto, apesar de o mesmo já ter sido considerado o melhor jogador do mundo pela FIFA no passado.
Dos ex-jogadores, destaca-se a menção a personalidades como Pelé, Zico, Raí, Marcos, Bebeto, Falcão, Ronaldo e Dunga. A associação se deve ao fato de estes indivíduos terem mantido alguma relação com o futebol, seja como treinador, dirigente, empreendedor ou promotor de ação social. Esta preparação e continuidade em um pós-carreira é fundamental para ampliar o fator lembrança de marca, motivo pelo qual alguns deles ainda cedem seus nomes e imagem para empresas que desejam se associar a seus atributos.
Apesar de não liderar nenhum atributo, Juninho Pernambucano é citado em 9 dos 10 atributos. Certamente seu retorno para o Brasil e especialmente para o clube que contribuiu para impulsionar sua carreira, o Vasco da Gama, causam admiração por parte não só dos torcedores do Vasco como também de seus adversários e rivais. A postura correta e conduta ao longo da carreira também contribuem em muito para isto.
Dos treinadores, apenas Felipão, Tite e Muricy Ramalho foram associados a algum atributo. Mano Menezes, treinador da Seleção Brasileira, sequer foi citado. Tal constatação demonstra que o cargo de treinador é mais sensível ao momento vivido por ele na carreira. Certamente que, se a pesquisa fosse realizada em período de Copa do Mundo, o treinador da Seleção Brasileira seria minimamente citado.

A destacar negativamente o fato de Ronaldinho Gaúcho ter sido pouco mencionado na pesquisa. Aparece em último lugar no quesito “Garra” e na 7ª posição no conceito de “Liderança”, provando que uma má gestão da imagem e da carreira de um atleta afeta diretamente na percepção das pessoas sobre ele, o que gera desinteresse ou até mesmo rompimento de contrato de patrocínio individual, como ocorreu recentemente com a saída da Coca-Cola como patrocinadora do atleta.
As 5 melhores marcas do futebol, de acordo com o público, foram, na sequência: Ronaldo, Kaká, Neymar, Rogério Ceni e Juninho Pernambucano, formando um mix importante de construção consistente de imagem com o momento vivido por eles na ocasião da pesquisa.
Conclusão
Vivemos em uma sociedade sensível aos estímulos visuais e muito ligada à imagem e impacto das opiniões e informações repassadas ou criadas pela mídia. Não somente “famosos” precisam pensar na construção de suas marcas pessoais. Cada indivíduo possui naturalmente uma imagem, uma representação entre os demais, seja ela em pequena ou grande escala. Precisamos ter a consciência do valor de nossas ações e representações. No mundo do esporte, esses valores não são diferentes, no entanto, se tornam muito maiores, visto que projetamos como ídolos esses atletas. Neste contexto, não significa apenas desempenhar um papel como profissional do esporte, mas entender que esses ídolos são espelhos, exemplos e que todo o seu universo de ações, dentro ou fora do esporte, estará ligado diretamente ao processo de formação da sua marca e como mostra a pesquisa, essa construção resiste até mesmo ao poder da mídia.
O elenco de jogadores e profissionais do futebol citados na pesquisa demonstra dois aspectos importantes: (1) a lembrança pontual, ou seja, a associação a uma personalidade por conta de seu momento e consequente atenção da mídia; (2) a lembrança perene, caracterizada pela efetiva construção de imagem e marca ao longo do tempo, sendo de difícil abalo.
Assim, destacamos o Kaká como exemplo para o segundo item, sendo que ele é citado em 8 dos 10 atributos de marca e, destes, em 4 deles está em primeiro lugar. Kaká é, portanto, exemplo de Credibilidade, Ética, Apresentação e Boa Formação, de acordo com a percepção das pessoas. Mesmo estando em um momento esportivo distante do auge de sua carreira e, por conta disto, estar afastado da cobertura midiática contínua, seu nome é amplamente lembrado pelo público, o que demonstra ter conseguido efetivamente registrar sua marca no mundo do futebol.

FONTE: AcontecendoAqui

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Meu Brasil brasileiro

Chega de falar de Inflação, Eleição, Mensalão, Apagão, Tufão, Seleção, Damião, Afeganistão,... Por mais que as coisas enrosquem, por mais que lá fora esteja preto, sempre sobram umas esperançinhas aqui, como da notícia agora de bater o recorde de colheita agrícola. É claro que o Brasil tem que evoluir, tem muito a avançar, mas também tem oportunidades como nunca vimos. É hora de olharmos pra dentro e de fazermos a nossa lição de casa.

Há uma espécie de revolução silenciosa (e saudável) acontecendo no mundo da mídia. É uma espécie de “redescoberta” do Brasil, uma vez que cresce a necessidade de dados sobre o interior do país.


Os profissionais de mídia brasileiros tomam por base os dados do “Marplan” (agora Ipsos-Marplan) para entender os hábitos da população.


Esses dados, tradicionalmente, eram apurados nos nove principais regiões metropolitanas (S. Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Brasília e Fortaleza). E sempre foram projetados como representativos da média da população brasileira - muito embora isso não seja exatamente o fato, é a praxe.


Dessa forma, praticamente todo planejamento de mídia nas agências começa por levantar a penetração dos meios no segmento de público que se quer atingir.


A boa nova deste ano é que não falamos mais de nove, mas sim de treze mercados, pois recentemente entraram Goiânia, Vitória, Florianópolis e o Interior de São Paulo.


Na saída dos nove pros 13, mesmo que se perca parte da história, pois nem tudo é comparável, o ganho em representatividade é considerável.


Olhando pros grandes números com base na análise do primeiro trimestre dos treze mercados e agora isso parece estar muito consolidado, podemos dizer que a penetração dos principais meios junto aos brasileiros se divide praticamente de três formas:


• a) quem fala com todo o mundo = só a TV (97%);

• b) quem fala com 3/4 = só o Rádio (74%) e
• c) quem fala com praticamente a metade da população, em geral mais qualificada = Internet (51%) / Jornal impresso e online (50%) / Revista impressa e online (46%) / DOOH (44%) e, em seguida, tendendo a se aproximar pelo crescimento mais recente, a TV por Assinatura (40%).

Desse retrato e olhando para a história dos trimestres anteriores, chama a atenção, além da estabilidade da TV Aberta, os crescimentos de TV Paga (contínuo), Revistas e DOOH (bem recentes) e Internet (agora mais devagar). Por outro lado, só o Rádio tem uma certa indicação de queda (de 78% para 74%).


Como a sede por informação no Brasil não para, a mais recente novidade é que até o final do ano, cinco novos mercados entrarão na análise de forma esporádica: Rondônia, Natal, Manaus, São Luiz e Interior do Rio Grande do Sul, o que vai ampliar o conceito de “Brasil” para permitir mais análises regionais.


Ufa, evolução à vista e ói nóis aquí tra vez!


FONTE: Meio e Mensagem

Publicidade nos dispositivos móveis realmente dá retorno para as empresas?

por Alan Chang*
Não devemos confundir Mobile Marketing com Mobile Advertising.



O primeiro pode ser definido como o envio de campanhas via e-mail e ou sms para a caixa postal do assinante, com ofertas de produtos e serviços. O Mobile Advertising é definido como a veiculação de anúncios publicitários em mobile sites ou embarcado em aplicações móveis gratuitas que são instaladas nos aparelhos pelo usuário.
As campanhas são baseadas em anúncios publicitários especialmente criados e formatados para os sistemas operacionais dos aparelhos móveis, tais como smatphones, tables e features phones. Entre os tipos mais utilizados no Mobile Advertising estão o Mobile Web Banner (no topo da página), Mobile Web Poster (no pé da página), o SMS (estima-se que represente 90% do mercado), o MMS (Multimedia Messaging Service, considerado uma evolução do SMS e que vem crescendo muito em todo o mundo), entre outros novos formatos.
Apesar de ser uma atividade recente no Brasil e boa parte do mundo, muitas agências de publicidade e anunciantes já incluem o Mobile Advertising em seu planejamento de mídia e a tendência é que este mercado possa crescer bastante nos próximos anos, principalmente pelo crescimento da oferta de smartphones e tablets, além do setor já ter descoberto que os features phones – os aparelhos celulares intermediários sem todos os recursos de um smartphone, mas com muitas funcionalidades, tais como enviar e receber e-mail, acessar à Internet e redes sociais. Este aparelhos possuem pero de 70% do mercado global, principalmente em países como o Brasil, India, Indonésia e America Latina, e vem se tornando uma grande atrativo para as agências de publicidade e anunciantes .
No âmbito geral, a receptividade dos anúncios para os dispositivos móveis também vêm despertando a atenção dos usuários. Uma recente pesquisa da Dynamic Logic aponta que, em média, de 24% dos usuários móveis que tiveram acesso a alguma tipo de publicidade móvel afirmaram que foram capazes de lembrar-se da marca de uma empresa que se utilizou dos anúncios móveis para a sua comunicação.
Outra pesquisa, agora do eMarketer, aponta que apenas 13% dos investimentos com campanhas móveis são destinadas para a área de branding, que é a ação de construção e fixação de uma marca no mercado. Os outros 87% são utilizados para retornos imediatos de vendas, serviços ou contatos. Nesta última pesquisa, cerca de 12% das pessoas que receberam um anúncio em seu aparelho móvel afirmaram ter associaram a mensagem passada à marca. Outros 5,4% passaram a conhecer ou a valorizar ainda mais a marca anunciante, e 4,7% foram induzidos a compras na empresa/site do anunciante.
Como se vê, o universo de possibilidades são enormes.
Para se ter uma ideia dos resultados, a Mobile Advertising Marketplace vem registrando forte crescimento no número de hits e de anunciantes nos últimos dois anos. No Brasil, por exemplo, a rede saiu de 900 milhões de hits no início de 2010 para mais de 5 bilhões de hits. O número de páginas móveis com anúncios saiu de 4.300 para 10.200 neste período e o grupo de anunciantes passou de 3.100 para 7.200. A estimativa é que até o final de 2012, a rede possa crescer 163%, em comparação ao ano passado.
Contribuirá para isso o aumento da confiança de todos os agentes que envolvem o Mobile Advertsing: as agências e os anunciantes, que já consideram suas verbas para este segmento da mídia, e os usuários móveis, que gostam de receber informações na ponta dos dedos e de maneira rápidas e atraentes. É neste item que entram na história os novos formatos de publicidade móveis, que vão muito além dos SMS de texto: agora é a interatividade que atrais novos consumidores. Por que estes somente se conquistam com criatividade e boas campanhas.
*Alan Chang é CEO da MobGold, provedora global de plataformas para publicidade móvel.

FONTE: Acontecendo Aqui

Publicidade integrada é desafio para jornais no país

A produção de conteúdo digital e a definição de modelos de negócio sustentáveis no meio on-line não são mais os únicos desafios das empresas de mídia. Com a maior influência do consumo de informações na internet e em dispositivos móveis, em paralelo com o formato impresso, uma das principais dificuldades dos departamentos comerciais dessas companhias passa a ser a venda de publicidade que integre tanto o meio on-line quanto o impresso.
“É uma questão de mudança cultural nas agências de publicidade e nas empresas [anunciantes]“, disse Marcelo Benez, diretor de publicidade do grupo Folha, durante apresentação no 9º Congresso da Associação Nacional de Jornais (ANJ), que começou ontem e prossegue até hoje em São Paulo.
A existência de agências de publicidade que desenvolvem campanhas apenas para o meio on-line e de outras que trabalham somente com o formato impresso é um dos fatores que dificulta a venda de campanhas publicitárias integradas, de acordo com o executivo. “Mesmo quando a empresa contrata uma única agência, na maioria dos casos há departamentos distintos para os meios on-line e off-line [impresso]“, afirmou Benez.
Segundo o executivo, as vendas de campanhas que integram os dois serviços vêm ganhando força nos últimos quatro anos. O uso de campanhas publicitárias integradas, entretanto, ainda é mais comum em ocasiões pontuais.
Apesar da necessidade de adaptação a esse novo cenário, aos poucos o mercado publicitário começa a perceber o jornal como um veículo multiplataforma, e não apenas como “mídia tradicional”, avaliou Benez. “É um processo que vai acontecer gradativamente”.
A crescente dependência tecnológica trazida pelo meio digital é outro desafio adicional para os grupos de mídia. Para acompanhar a mudança dos hábitos de consumo de informações, essas companhias estão tendo de fazer investimentos maciços em tecnologia da informação (TI), justamente no momento de transição do modelo de negócios.
“No nosso caso, o orçamento de TI já representa 20% da receita total do grupo. Hoje, é impossível dissociar nossos negócios da tecnologia”, disse José Papa Neto, diretor-executivo de estratégia corporativa e mercados digitais do grupo Estado.
Companhias do setor enfrentam dependência crescente da inovação tecnológica trazida pela área digital
A dependência tecnológica tomou conta do setor, reconhece a diretora de redação do jornal “Zero Hora” e das publicações do grupo RBS, Marta Gleich, referindo-se à terceirização de tarefas da área de TI: “A tecnologia tornou-se um negócio central e é importante cuidar disso dentro de casa.” Recentemente, o “Zero Hora” adotou o modelo de cobrança do conteúdo digital, seguindo o exemplo de diversas empresas de mídia nacionais e internacionais.
Mas, para acompanhar as inovações é preciso pensar no negócio como um todo. Isso inclui a implantação de uma infraestrutura tecnológica robusta, que suporte a plataforma de conteúdo digital.
“Além disso, é necessário adequar os sistemas a todo instante, porque a tecnologia é muito dinâmica”, explicou Melissa Beltrão, responsável pela área de negócios digitais do jornal “O Globo”. A Infoglobo, que publica “O Globo”, está concentrando seus investimentos em novos conteúdos digitais, como o “Globo a Mais”, uma edição exclusiva para tablets que é publicada de segunda a sexta-feira, às 18h.
Desde o lançamento do produto, em fevereiro, o “Globo a Mais” ampliou em três vezes a quantidade de conteúdos baixados pelos usuários e quadruplicou o número de seus assinantes. O serviço trouxe reflexos também para toda a oferta digital. “Quando foi lançado, o tempo médio de navegação em nossos serviços era de 26 minutos. Hoje, esse índice é de 1 hora e 17 minutos”, afirmou Pedro Doria, editor-executivo de plataformas digitais de “O Globo”.
A despeito das dificuldades na área de publicidade e dos investimentos demandados pela tecnologia, estabelecer o preço do conteúdo digital ainda é uma questão que frequentemente volta a ser alvo de preocupações nos grupos de mídia.
“Há uma cautela natural na precificação do conteúdo, o que acaba impedindo, em certa medida, um avanço mais rápido [das receitas] no digital”, disse Ricardo Garrido, diretor de operações da loja on-line de conteúdo digital da Abril Mídia, IBA.
Segundo o executivo, essa preocupação constante com o preço é necessária para que as empresas não tomem uma atitude precipitada, colocando em risco a receita com publicidade.

FONTE: Acontecendo Aqui

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

"Atenção para um recadinho..."

Meio & Mensagem ouviu profissionais do mercado para saber qual é a tendência do merchandising televisivo
Meio & Mensagem ouviu profissionais do mercado para saber qual é a tendência do merchandising televisivo Crédito: Reprodução
Quem acompanha programas de auditório está acostumado: entre um quadro e outro, o apresentador para, vai a uma bancada e começa a falar sobre os benefícios e as vantagens de um produto ou serviço. Tão antigo quanto a televisão brasileira, o merchandising na própria tem na figura do apresentador um dos principais pontos de sustentação. A prova é que, de todas as ações veiculadas nos primeiros cinco meses deste ano, 47% aconteceram em programas de auditório, segundo o estudo Merchanview, o primeiro do Ibope Media dedicado exclusivamente à modalidade.

Além da preferência pelos programas de auditório, a pesquisa revelou outros aspectos do formato comercial: o público se identifica mais com as ações de merchandising mais objetivas, na qual produto (ou a promoção) é explicado de forma bem detalhada — ou seja, exatamente as ações testemunhais, feitas pelos apresentadores.


Por
outro lado, uma zapeada por novelas, filmes ou quadros dos programas de variedades mostra que o product placement (ações inseridas na história da trama, na qual o produto faz parte de uma situação cotidiana ou, então, quando dá base a uma história a ser contada) ou branded content vêm ganhando mais espaço. São ações sofisticadas, que divulgam as marcas de maneira sutil, dando abertura para que os holofotes fiquem sobre o conteúdo, e, cada vez mais, estejam presentes nos planos de mídia, sobretudo dos grandes anunciantes.

As marcas, portanto, têm no horizonte dois caminhos a seguir. O primeiro, mais tradicional e, como demonstrou a pesquisa, de forte apelo popular, é a utilização de personalidades conhecidas do grande público para veicular as mensagens. Na outra rota, há a opção de investir mais para contextualizar os produtos em narrativas e, com isso, ganhar exposição mais ampliada de conceito ou atributo que o anunciante deseja transmitir.


Diante
disso, Meio & Mensagem ouviu profissionais de agência, veículos e anunciantes para saber se, nessa fase de evolução do modelo de merchandising, as ações testemunhais (e a figura de um apresentador) ainda são fundamentais, se é mais rentável, para as marcas, investir em projetos de inserção em narrativas para valorizar a imagem ou a força do testemunhal oferece mais garantias.  
Fábio Baracho - Diretor de Mídia da Ambev
Fábio Baracho - Diretor de Mídia da Ambev Crédito: Divulgação
Anunciante

“O merchandising no Brasil ainda é muito usado como varejo, como uma linguagem promocional. Isso é importante, pois passa a mensagem de maneira direta, muitas vezes com o aval de uma celebridade de peso. A diferença é que, quando falamos de merchandising contextualizado, não precisamos pensar com cabeça de varejistas. O consumidor está tão habituado com ações testemunhais que, na maioria das vezes, nem reconhece uma ação de branded content como merchandising. Na Ambev, estamos tentando optar sempre pela integração ao conteudo pois isso traz benefícios constantes para a construção de nossas marcas. Não significa, porém, que um modelo funciona e outro não. Acredito que, fora do Brasil, esse modelo já evoluiu muito, mas aqui ainda não existe uma abertura grande para a exploração de ações contextualizadas. Atualmente, estamos apostando na integração com o conteudo – como a parceria da Skol com o programa Pânico na Band, por exemplo – e todas as pesquisas que fizemos vêm mostrando que é um formato vencedor. " 

Aléssio Castelli - Diretor de Merchandising do SBT
Aléssio Castelli - Diretor de Merchandising do SBT Crédito: Divulgação
Veículo

“Cada cliente tem uma necessidade diferente de expor as funções do seu produto. Em um primeiro momento, quando se lança um produto, é conveniente ter um apresentador no merchandising, para fazer algo mais didático. Depois, esse produto pode aparecer em outro contexto. As grandes marcas estão preferindo as ações de branded content, inseridas na programação. Mas ainda há clientes que necessitam da bancada e da explicação didática. O SBT tem o privilégio de contar com um casting de apresentadores que sabem construir uma proximidade com os anunciantes; e o público, por outro lado, gosta de ver o apresentador, do qual ele é fã, falando sobre um produto. Ele se sente protegido. Mas são questões de necessidade. Há produtos que não necessitam de nenhuma explicação e podem aparecer tranquilamente em uma novela ou quadro. Já outros — sobretudo aqueles estruturados nas vendas via telemarketing — não conseguem fugir do formato testemunhal, pois precisam desse modelo para passar a sua mensagem.” 

Fabio Freitas - Diretor-geral de Mídia da Africa Rio
Fabio Freitas - Diretor-geral de Mídia da Africa Rio Crédito: Divulgação
Agência

“O grande segredo é saber encaixar ações de merchandising onde façam sentido, sem forçar. A marca precisa ter franquia para falar de um assunto específico. Se tiver, tudo o que fizer vai soar bem e gerar resultados positivos. Nunca uma ação dentro de uma novela será tão direta quanto uma no Faustão, na qual ele explica uma promoção. A novela não vai ancorar uma promoção, mas pode complementá-la. O primordial é que seja uma coisa factível, que faça sentido.Acredito que o branded content tende a crescer em termos de qualidade. Claro que o custo é diferenciado, pois a oferta e os espaços dentro das grades de programação são limitados. Nos programas de auditório, já está atingindo um limite. Então, será necessário encontrar novos caminhos e temos uma equipe que pensa e faz isso em tempo integral. A função da Africa Rio é, no universo do merchandising, encontrar a solução que o cliente precisa. O grande desafio é fazer que as marcas enxerguem o product placement como plataforma de comunicação e não como ação pontual.” 

Valquirio Cabral Jr. - Diretor Comercial da Lupo
Valquirio Cabral Jr. - Diretor Comercial da Lupo Crédito: Divulgação
Anunciante

“Fazemos merchandising há muitos anos. Já participamos de programas do Milton Neves, da Ana Maria Braga, da Luciana Gimenez e de muitos outros apresentadores. É importante, sempre, escolher um apresentador que tenha a cara do produto, pois, quando ele fala sobre a marca, está passando a credibilidade dele no merchandising. Vejo essas ações como complemento ao plano de mídia da empresa. Nunca havíamos feito uma ação em novela como esta, de Avenida Brasil, e estamos surpresos e muito felizes com o destaque. É uma repercussão tão grande que, em minha opinião, dificilmente conseguiremos produzir outra ação contextualizada tão perfeita. O diferencial de aparecer na novela é que você pega o espectador em um momento de lazer. Ele está assistindo ao capítulo e, aí, vê o time de futebol usando o uniforme com a nossa marca. Continuamos trabalhando com todas as outras mídias e investindo em diferentes modalidades de merchandising. Mas essa ação em Avenida Brasil veio para coroar nossos investimentos este ano.” 


FONTE: Meio e Mensagem

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Cota de paciência

Tenho informações oficiais que o Governo brasileiro pretende criar a cota de paciência, inspirada na cota de negros, na cota de tela para filmes nacionais, na cota de produção nacional para operadoras de TV a cabo e, mais recentemente, na cota de egressos da escola pública nas universidades federais.

A medida tem como objetivo democratizar o limite da paciência nacional substituindo a expressão “minha paciência tem limite” pela “nossa paciência tem limite”, muito mais democrática e solidária.


A cota de paciência minimizará os efeitos danosos da preparação para a Copa do Mundo de futebol em 2014 e das Olimpíadas em 2016, ambos eventos capazes de esgotar a paciência do brasileiro. Mas também serve para nos preparar para situações limites, as quais estamos vivenciando, tais como o julgamento do mensalão, a greve dos servidores públicos federais, a medalha de prata do futebol em Londres, a discussão entre apresentadores de televisão, o horário gratuito para partidos políticos no rádio e televisão e até a instituição de novas cotas. Acontecimentos capazes de desafiar a paciência nacional.


A cota de paciência atinge todos indiscriminadamente e isso a faz o exemplo de medida de um governo popular e democrático. Paciência não tem cor, raça ou credo, é um estado de espírito que desafia a produtividade do Brasil e, portanto, deve ser determinada pelo governo nacional.


Não há prazo de validade para a cota de paciência. Depois de aprovada na Câmara e Senado, não sem antes ser muito discutida (haja paciência), ela será incorporada aos usos e costumes brasileiros e será cantada em verso e prosa pelas escolas de samba e do escolas do ensino médio, respectivamente.


Reconheço que no começo será um pouco difícil, principalmente diante do fenômeno crescente do brasileiro que, descuidadamente, perde a paciência com muita facilidade. E não se enganem. Foi isso que fez o governo tomar a providencial medida. Como governar descentemente com tanta paciência perdida.


É
hora de reencontrarmos nossas paciências. A cota de paciência veio para ficar e deve ser respeitada assim como a lei seca ou a inspeção veicular em São Paulo, medidas que de início parecem impopulares, mas convenhamos, melhoraram muito a sua, a minha, as nossas vidas.

Sobre
a coincidência de instituir a cota de paciência em um ano eleitoral, o governo rebate dizendo que medidas necessárias não podem esperar e estão acima dos debates partidários, são ações do governo. E pronto.

Enfim
foi feita justiça a uma das mais admiráveis e menos badaladas característica nacional e assim como a disputa das cidades para serem sedes da Copa do Mundo de 2014 (juro que eu gostaria de saber qual a importância de receber um jogo entre Camarões e Costa Rica), as capitais se preparam para disputarem a sede do Santuário da Paciência Nacional, visto que, não é de hoje, o brasileiro demonstra sua fervorosa devoção à Santa Paciência.

FONTE: Meio & Mensagem

Anatel pretende criar regra para proibir operadoras de cobrar por nova chamada após queda

De acordo com o G1, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pretende alterar o regulamento do serviço de telefonia móvel, que atualmente considera que a operadora deve cobrar apenas uma ligação caso haja da queda de uma ligação de até 30 segundos e nos próximos 2 minutos houver a tentativa de ligar para o mesmo número. A proposta é acabar com o limite de trintas segundos. Sendo assim, em chamadas de qualquer duração, ao cair a linha, se o cliente voltar a ligar no tempo de 2 minutos, seria considerada apenas uma única ligação.
A agência busca proteger os clientes depois do relatório onde houve suspeita de que a TIM derrubava chamadas e propósito e que mais de 36% dos clientes da operadora teriam tentativas de ligações fristradas.
A nova regra vai passar por votação no conselho da Anatel e se for aprovada valerá para todos os planos de todas as operadoras, independente de ser uma ligação de celular para celular ou de celular para fixo.

FONTE: AcontecendoAqui

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Porque tratar melhor seus melhores clientes

Abraçar o foco no relacionamento significa jogar no lixo hábitos antigos

Empresas devem centrar esforços nos clientes com maior potencial de lucro
Empresas devem centrar esforços nos clientes com maior potencial de lucro Crédito: Latinstock/© Michael Diehl/Westend61/Corbis/Corbis (RF)
Tim Suther, para o Advertisign Age

“A Rússia é uma incógnita, embrulhada em mistério, dentro de um enigma”. Winston Churchill, 1º de outubro de 1939.
Em uma transmissão de rádio no início da Segunda Guerra Mundial, Churchill ofereceu essa pérola sobre a Rússia, nos intrigando sobre o que ela tinha feito e por quê. É uma das minhas citações preferidas, dita durante um momento de alto risco e questões importantes.
De muitas maneiras, o foco no cliente é apenas como um enigma. Mas se o foco no cliente é tão atraente, por que tão poucas empresas não o abraçam completamente? Numa era de consumidor com o poder, por que as companhias não estão indo adiante na implementação de uma estratégia que claramente traga valor e consolide diferenciação?
Investir proporcionalmente ao valor do cliente, princípio chave do foco no cliente, pode incrementar as margens de 10% a 15% através de dois passos básicos: 1) realocar investimentos àqueles relacionamentos que têm maior potencial de lucro e 2) usar melhores disciplinas para evitar relacionamentos que nunca serão adequadamente rentáveis.
Apesar disso, a maioria das empresas não o faz. Por quê? O problema começa com o desalinhamento no orçamento. Nossa pesquisa indica que 60% dos anunciantes alocam 20% ou menos de seus orçamentos para cultivar relacionamentos com os clientes. Pior, 70% dos anunciantes alocam menos de 20% de seu pessoal para esse fim. Como resultado, a maioria das organizações está faminta por dinheiro, ferramentas e pessoas que conduzam ao foco no cliente.
Infelizmente, a maior parte dos orçamentos reflete um modo como o marketing costumava ser – um tempo em que as marcas estavam no controle, onde os domínios de canais e mídias soavam estratégicos. Hoje, os consumidores escolhem quando, onde, como e se eles querem se engajar com as marcas e é tempo de as marcas investirem de acordo com isso.
Esta não é uma tarefa fácil. A explosão de canais e formatos de mídia trazem questões complicadas. O que é melhor priorizar entre essas opções? Como elas deveriam ser integradas? Ao mesmo tempo, os anunciantes estão sendo pressionados a demonstrar resultados concretos agora. Não é fácil financiar transformações ao mesmo tempo em que se persegue sucesso em curto prazo.
Assim, aqui está a questão: que resultado o marketing procura? Frequentemente, resultados promocionais de curto prazo têm prioridade sobre criação de valor em longo prazo. Em casos como este, é pouco provável que a empresa adote o foco no cliente, porque as verdadeiras recompensas desse investimento apenas aparecem ao longo do tempo. Foco no cliente requer uma convicção de que alguns clientes valem mais que outros e que nem todas as novas contas deveriam ser igualmente valorizadas.
Anunciantes mais progressistas calcularão o valor de suas relações com os clientes, investirão proporcionalmente a esse valor e, então, vão buscar novas formas de relacionamento que ajam, pareçam e pensem como seus melhores clientes. Fazendo isso, serão recompensados com margens mais altas ao mesmo passo que criarão negócios mais centrados no cliente e duradouros.

Sobre o autor: Tim Suther é diretor de marketing e vice-presidente sênior da Acxiom

FONTE: Meio&Mensagem

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Vale-tudo: quando a marca é só pretexto para a criatividade

O coro de críticas à Nokia pelo caráter enganoso do viral sobre o sujeito que procurava a garota da balada (leia mais aqui) pode estar perdendo de vista um lado ainda mais questionável da campanha. Não foi correto, obviamente, induzir as pessoas a acreditar que se tratava de uma história real. Mas outras campanhas, convenhamos, já enveredaram por este caminho, de forma bem humorada, sem provocar reação tão negativa. O que talvez mais incomode, neste caso, é a completa falta de nexo entre o conteúdo da mensagem e o produto. Como se, nestes tempos saturados de comunicação e mídias, valesse tudo para capturar a atenção. A qualquer custo, e ainda que sem qualquer aderência com a identidade e o propósito da marca (leia, na seção Em Perspectiva, debate sobre este tema).

Como tão bem traduzido em Mad Men, a publicidade sempre foi uma profissão privilegiada. Por trabalhar com uma matéria prima nobre como a criatividade, atrair mentes brilhantes e desafiá-las diariamente a potencializar este talento em favor de um objetivo bem definido. Ao contrário dos artistas, livres para criar sem compromisso com a realidade, a propaganda sempre se guiou, ou se propôs a se guiar, por um ponto focal: o anunciante e seus objetivos.


Esta coerência, o nexo entre a mensagem e o produto, ficava sempre evidente para o consumidor quando a publicidade se limitava a "anunciar" os benefícios reais dos produtos - o refrigerante que refrescava, o sabão que lavava mais branco, a pasta de dentes que garantia um sorriso saudável. A credibilidade do discurso podia ser questionada, mas não o direito da marca de fazer promessas relacionadas a atributos funcionais. Porem, à medida que os diferenciais entre produtos foram ficando imperceptíveis, a ênfase da comunicação migrou para os benefícios emocionais a eles associados. Na perspectiva do
emotional branding, as marcas passaram a se propor, nada mais nada menos, do que a fazer as pessoas felizes. Como se supermercados, bebidas gasosas ou margarinas tivessem o dom de garantir aquele estado superior da existência que nem a religião ou a psicanálise conseguem entregar.

Com o advento do consumidor-cidadão e a cobrança por responsabilidade social, as promessas do discurso acabaram se expandindo um pouco mais. Além do êxito pessoal, o compromisso agora é contribuir para um mundo melhor. E é neste contexto de uma comunicação cada vez mais desafiante, pela multiplicidade de meios, a inovação constante, e uma sociedade cada vez mais crítica, que conceitos e mensagens com frequência se descolam completamente do território conceitual das marcas e da sua interação com o público. Basta ver a elasticidade com que se trabalha muitas vezes o
storytelling, como se o papel das marcas fosse competir com o cinema e a literatura. Será que este recurso faz sentido para o consumidor quando não tem relação com a marca, como no caso da Nokia? Sem considerar que, hoje em dia, se faltar credibilidade, as audiências criticam e parodiam - depois dos adbusters e do cultural jam, surge agora na Europa o subvertising.

Parece que, ao sair do formato consagrado do comercial de 30 segundos, para explorar outros meios de engajar o consumidor - como o digital, o
brandexperience, as relações públicas ou o branded content - a criatividade na comunicação de marketing enfrenta um novo desafio. Continuar fazendo a diferença e criando valor de forma inovadora sem perder o nexo e a credibilidade. O que não significa que não se possa - ou deva - ousar cada vez mais. Basta ver, como exemplo, o comercial criado pela TBWA/Hunt/Lascaris para divulgar o festival de jazz de Johannesburg - primoroso. Ainda que recorra a pombos para falar de música.

FONTE: Meio&Mensagem

E o mundo não se acabou...

Nada como um dia após o outro, não?

Estou pensando na cobertura exclusiva das Olimpíadas em TV Aberta, pela TV Record.


Não entro no mérito se é melhor ou pior – até acho que podia melhorar - mas o que eu gosto mesmo é de saber que a vida continua no dia seguinte.


Me lembro daquela questão da eterna luta do PT e do Lula para ser presidente. O que eu defendia na época é que a gente tinha que ser corajoso e testar. Ou viria um governo que mudaria tudo e eles teriam razão; ou ainda seria uma lástima, não melhoraria nada e nunca mais pensaríamos em elegê-lo de novo. Mas pelo menos teríamos tentado renovar e pensar de uma forma diferente.


No fim, como é natural, não foi nem uma coisa, nem outra, mas é certo que evoluímos muito. Acho que, independente das visões ideológicas, nesse período de FHC e Lula, nós, como nação, avançamos como nunca; na minha opinião, principalmente no segundo período do Lula.


O fato de ter conseguido distribuir renda em tão pouco tempo, foi uma ação extraordinária, algo pra todos nós nos orgulharmos – mas isso não quer dizer que só os governos do PT podem ser bons para o país; e o próprio mensalão (ops, ação penal 470...), precisa ser melhor explicado.


Mas 
por que essa conversa doida de misturar uma cobertura esportiva de TV, com política?

Porque
, da mesma forma, nessa disputa da exclusividade das Olimpíadas, o nosso mundo de mídia não acabou.

A Record tem procurado fazer o melhor, conquistou um evento de primeira e montou uma grande operação.


A Globo tem se portado de forma bem digna, apresentando as notícias da melhor forma possível, dando o crédito quando necessário e usando as suas armas para não perder a audiência.


O SBT e a Band, que não entraram na parada, ainda conseguem tirar uma casquinha, aproveitando as oportunidades que surgem.


As TVs por Assinatura tem uma chance extraordinária de alcançar volumes de audiência através do SporTV (com 4 canais!), ESPN e Band Sports.


E o Terra vem fazendo uma bela cobertura pela Internet com dezenas de canais em “real time”; o que consegue atender à todos os tipos de preferência de esporte.


É
um enorme evento e que vai muito além dos aficionados. Tanto que nos EUA, a NBC, que investiu mais de um bilhão de dólares (atenção: eu disse um Bi!!!) pelos direitos exclusivos, vem tendo, nessa fase de deprê econômica e moral norte-americana, a melhor audiência das últimas competições.

Coisas 
como essas nos ajudam a entender o real valor dos players e o papel da comunicação. A pensar melhor nas estratégias para os produtos e não só naqueles ligados ao Esporte. Isso nos faz entender o que deveria ser ajustado nas Olimpíadas do Brasil e mostra uma bela maturidade do mercado brasileiro. É bom ficarmos mais espertos e continuarmos evoluindo.

FONTE: Meio&Mensagem

terça-feira, 21 de agosto de 2012

As dores do crescimento

Já comentei aqui que a privatização da telefonia no Brasil foi amplamente bem sucedida. Antes dela, lembram, se pagava mais de 2 mil dólares por um telefone convencional. Se na telefonia fixa enfrentávamos um enorme déficit de linhas, imaginem como seria a implantação da  telefonia celular e da internet caso esses serviços ficassem sob responsabilidade de empresas estatais?  
Numa rara decisão estratégica correta adotada no Brasil, optou-se pela privatização completa da telefonia celular cuja tecnologia, à época, estava se disseminando em todo o mundo. No período pós-privatização, as empresas de telefonia investiram 300 bilhões de reais para ampliar e modernizar uma infraestrutura deficiente.
Deu certo, pelo menos até que milhões de brasileiros, recentemente, ingressaram no mercado de consumo e, entre outras coisas, começaram a comprar mais comunicação, seja o celular ou a internet. Só na telefonia celular, temos hoje 250 milhões de linhas, contra 4,5 milhões na época das privatizações. A revista Exame (08/08/2012) informa que, desde 2000, o número de usuários de internet fixa cresceu 9000%, as linhas de celulares 1013% e os usuários de banda larga fixa 1200%.  
Hoje, temos quatro grandes empresas que responde por quase todo o mercado de telefonia:  TIM, Vivo, Oi e Claro.  A Oi tem 18,7%, a vivo 29,6%, a Tim 26,9% e a Claro 24,6%. Não é um número grande de empresas, mas não se pode dizer que inexiste concorrência. Aliás, fruto de planos de vendas cada vez mais ousados, o custo da ligação está, inegavelmente, num preço bastante baixo. E o consumidor tem a opção, principalmente depois da regra da portabilidade, de facilmente trocar de operadora.
Então, como se explica a crise que vive o setor, principalmente, a quantidade enorme de queixas dos consumidores com a qualidade dos serviços?
Na semana passada, várias operadoras foram proibidas de vender novos chips até apresentarem planos para resolver problemas na prestação dos serviços, principalmente, queda das linhas.
As punições tiveram como motivação decisões do Tribunal de Contas da União que motivaram providências da ANATEL.  O TCU vem exigindo, faz tempo, que seja conferido mais peso aos indicadores de atendimento na fórmula usada pela ANATEL para avaliar a qualidade dos serviços. Se a ANATEL não tomasse providências poderia ser, ela própria, também punida.  
O fato é que, com a punição aplicada às operadoras, veio à tona alguns indicadores que mostram a situação crítica dos serviços de telefonia. A razão de tudo é uma grande defasagem entre o crescimento acelerado da venda de telefones celulares e acesso à internet móvel e a infraestrutura do sistema.
Embora as operadoras reclamem que as prefeituras dificultam a instalação de antenas, o fato é que o Brasil ostenta uma média de celulares por antena muito acima da média dos países desenvolvidos. No Brasil, existem 4,6 mil telefones celulares por antena, enquanto nos EUA são 1 mil, na Espanha 460 e no Japão 400. Sobrecarregadas, as antenas não conseguem garantir sinal com qualidade. As linhas ou a internet simplesmente caem.
A situação tornou-se tão crítica que as operadores de telefonia lideram o ranking de queixas dos consumidores nos PROCONs do país, ultrapassando os cartões de crédito e os bancos.  O atendimento nas lojas é ruim, muitos planos são difíceis de entender  e as linhas caem com frequência.  
Do ponto de vista econômico, em tese, grandes empresas, com tecnologia moderna, permitem a obtenção de ganhos de escala que podem ajudar a diminuir o custo dos serviços ao consumidor. No entanto, como no Brasil o número dessas empresas ainda é pequeno – são apenas 4 -  é preciso cuidar para que as empresas não façam acordos escusos ou combinem práticas que evitem ou dificultem a concorrência. Segundo estimativas, a telefonia brasileira precisa de investimentos grandes, da ordem de R$ 380 bilhões de reais para atender com qualidade os usuários já existentes e acompanhar o crescimento da demanda. Sem esses recursos, corremos o risco de apagão nas telecomunicações.
A ANATEL precisa trabalhar. Precisa cumprir o seu dever de fiscalizar e exigir a qualidade dos serviços das empresas privadas que detém as concessões de telefonia.   

FONTE: AdOnline

Juiz suspende decisão de tirar Facebook do ar por descumprir legislação eleitoral

Luiz Felipe Siegert Schuch, juiz da 13º Zona Eleitoral de Florianópolis, suspendeu neste sábado (11) a decisão de tirar o Facebook do ar por descumprir a legislação eleitoral.
Na última sexta-feira (10) o juiz teria determinado que a rede social saísse do ar por 24h em descumprimento à decisão judicial que solicita a suspensão do perfil anônimo “Reage Praia Mole”. (Saiba mais aqui)
Em sua nova decisão Luiz Felipe Schuch alega que os representantes do Facebook no Brasil mostraram-se dispostos a construir ferramentas que evitem a utilização da rede social de forma indevida e fora das regras previstas pela Justiça Eleitoral.
Luiz afirma que sua decisão inicial não era de censura e que os usuários podem se manifestar nas redes sociais, desde que não violem a legislação eleitoral. Os usuários também devem ser devidamente identificados e não anônimos, garantindo “um parâmetro ético mínimo no plano da liberdade de expressão no mundo virtual”.

Com informações do Estadão.


FONTE:  Acontecendo Aqui

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Crise na telefonia móvel será o novo apagão do Brasil

Mesmo com a liberação pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para a venda de linhas em estados onde estavam proibidas desde o último dia 3, as companhias de telecom, que elevaram em R$ 4 bilhões os investimentos para os próximos dois anos, chegando a R$ 20 bilhões, não saíram do foco midiático. Isso aconteceu após um relatório do escritório de São Paulo da agência reguladora apontar que a TIM derruba ligações do plano Infinity Pré, que é cobrado por ligação e não por tempo de ligação.
De nada adiantou a Anatel emitir nota de esclarecimento informando que o relatório está em fase de “instrução” e de que “somente após a regular tramitação do processo, com direito ao contraditório e à ampla defesa da prestadora, a agência irá deliberar sobre o assunto”. Ou a TIM negar “veementemente que eventuais quedas de chamadas de seus clientes Infinity sejam motivadas por ação deliberada da companhia” e afirmar que houve graves “erros de processamento” que levaram a “conclusões erradas”. Com isso, a relação entre a empresa e a agência promete novos episódios quentes.
Na opinião do chefe do departamento de marketing da ESPM, Marcelo Pontes, uma das duas empresas terá muitas explicações a dar aos consumidores e à sociedade. “Uma das duas marcas sairá bastante arranhada”. Segundo ele, à TIM, com a imagem bastante impactada, caberia, além de falar que o diagnóstico da Anatel está errado, mostrar o que há de incorreto. “Todas as pessoas com Plano Infinity, no mínimo, vão pensar se continuam ou não com o serviço”. O novo fato colocou mais tempero nas críticas envolvendo as operadoras e mais argumentos para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que foi protocolada pelo deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS) contendo 246 assinaturas. O próprio presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já prometeu trabalhar para que seja instalada.
Entre os pontos que a comissão pretende discutir estão os preços cobrados quando o usuário faz uma ligação para um número de outra operadora, denominada de interconexão; a questão das antenas, cuja burocracia para instalá-las, na opinião das operadoras, é um dos principais responsáveis pelo momento atual, entre outros. De acordo com Jerônimo Georgen, do PP-RS, um dos articuladores para a instalação da CPI e crítico dos serviços prestados pelas teles, até a saída em maio deste ano do presidente do TIM, Luca Luciani, pode entrar nas investigações dos deputados.
Para Pontes, uma questão importante quando se analisa o quadro atual é o impacto que os problemas nas teles podem vir a representar para a imagem brasileira, que concentrará os megaeventos esportivos dos próximos anos. “Hoje, independentemente de qualquer coisa, as marcas de quatro operadoras estão sendo questionadas. Daqui a dois anos, se os serviços continuarem ruim, além dessas empresas, a marca Brasil será prejudicada”.
O comentário está em linha com matéria publicada pela revista inglesa The Economist, que alerta para os riscos de um apagão na telefonia móvel do país. Um levantamento da publicação demonstrou que a sobrecarga das redes de telefonia móvel de Londres no período dos Jogos Olímpicos foi superior em sete vezes à de Pequim, na China, que recebeu o evento em 2008. Ou seja: se a expansão da demanda continuar neste nível e a oferta não registrar evolução significativa, o país pode ter sérios problemas.
Campanhas
Ao mesmo tempo em que acontecem as movimentações em Brasília, com críticas e até ações judiciais, as operadoras tentam reforçar suas imagens após a suspensão, com o lançamento de campanhas abordando o compromisso com os clientes, usando o mesmo roteiro traçado no período da medida cautelar, como é o caso da Claro que mantém campanha estrelada com Fernanda Lima, tratando dos investimentos da empresa. Segundo Pontes, as operadoras tinham que dar alguma satisfação, porém o conteúdo explicativo não interessa aos consumidores. “O que eles fizeram foi, para a imprensa, tentar explicar de forma mais técnica, e para os consumidores, propaganda falando dos bilhões investidos. Realmente, tinham que dar alguma satisfação, mas não adianta ir para a televisão com algum famoso ou enviar torpedos citando bilhões em determinada quantidade de tempo. O consumidor quer que o celular funcione e conseguir falar”, analisa o professor.

A ordem das companhias, contudo e ao que parece, é tocar a vida e os negócios, até para aproveitar as datas importantes como o Dia dos Pais, presente em campanhas das quatro operadoras. A Vivo, que tem mantido discrição em meio ao caos, empreendeu uma ação agressiva ao distribuir até três chips por CPF com R$ 10 de carga, ao passo que a TIM voltou a investir em campanha para o Infinity-Pré, em ação criada pela WMcCann e estrelada por Daniele Suzuki, lançada antes de o relatório vir a público.

Fonte: Propmark

Compartilho com vocês minhas experiências e dicas de como utilizar Linkedin, Slideshare, Pinterest, Scoop It, Twitter e Facebook, através de um Whitepaper sobre Presença Digital Relevante

Como em 1 ano de coluna aqui no Acontecendo Aqui (AA), presença digital relevante foi um dos assuntos mais lidos e comentados, resolvi preparar este material que pode ser útil tanto para a sua presença digital pessoal quanto para a presença digital de seu negócio, sua marca ou sua causa.

Em 1 ano de coluna aqui no AA tive a oportunidade de expressar as minhas ideias e compartilhar as minhas experiências com um público super seleto e interessante. Agradeço as centenas de leitores que me enviaram feedbacks, opiniões, dicas e mensagens de incentivo. Agradeço ao AA pelo espaço concedido e apoio em todos os temas e novas ideias.


Agradeço em especial, aos mais de 400 leitores que baixaram o Whitepaper sobre o Marketing no Mundo Interconectado que escrevi com base no curso que fiz com o Philip Kotler. Para quem trabalha com Marketing de Conteúdo como eu, esta aceitação vinda de pessoas de todo o Brasil é um presente e um incentivo para continuar compartilhando.

Espero que gostem do Whitepaper sobre Presença Digital Relevante e que o mesmo possa ser útil para as suas vidas, carreiras, negócios, marcas e causas.

FONTE: Acontecendo Aqui

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Agências On x Off

Você, meu caro leitor, já conheceu ou ouviu dizer sobre agência de comunicação de rádio? Ou agência de comunicação de TV? Ou ainda, agência de comunicação para impressos? Acredito que não. Pois realmente não existe este tipo de especialização na atuação das agências. Como nunca vemos uma Agência de comunicação se intitular “Televisiva” ou especializada em ações para a televisão, por que vemos agências ditas “Online”? E por consequência irracional, algumas agências passam a se intitular “Offline”? O que é uma agência “Online”?

Normalmente uma empresa quer se comunicar com o seu público com um ou vários objetivos e, para isso, recorre a um prestador de serviço especializado, no caso uma agência de comunicação. A ela cabe a tarefa de divulgar os produtos e/ou serviços da contratante, através de anúncios ou como chamamos, propaganda.

Com o intuito de atingir a atenção do consumidor, este anúncio pode ser veiculado nas várias plataformas existentes, dentre as quais destacamos: televisão, rádio, revistas, jornais, mídias exteriores e na internet. Estas plataformas são conhecidas por mídias e daí algumas caracterizações como: mídia eletrônica, mídia impressa, mídia exterior e mídia online. O que torna, então, a mídia online tão específica a ponto de ser tratada de forma tão especializada por algumas pessoas?

Com a entrada das mídias online, houve o rompimento de um paradigma. O paradigma da mensuração. Antes das ações de divulgação na internet não era possível mensurar com exatidão o retorno das ações realizadas. Ninguém conseguia saber ao certo quantas pessoas viram determinado anúncio na televisão ou em uma  revista. Apenas tinha-se a ideia da quantidade potencial de espectadores ou de leitores. Este fato cunhou a famosa expressão  dos 50% dos investimentos em propaganda que vão para o lixo, mas sem se saber qual metade!

Com as ações no meio digital, foi possível mensurar todos os passos do consumidor em todos os momentos do consumo. O cenário foi alterado completamente, pois para cada peça ou ação tornou-se possível saber o sucesso ou não. A subjetividade cedeu lugar às estatísticas. O que acredito existir hoje são dois problemas:  de técnica e de vontade.

Técnica, pois as métricas do mundo online exigem um constante estudo e trabalho. Estudo em entendê-las corretamente e trabalho em realizar as modificações pertinentes em busca da melhoria continua do ROI. Vontade, pois sempre foi muito mais fácil ganhar o pão nosso de cada dia com um plano de mídia tradicional, aprovado e desenvolvido uma única vez e sem a necessidade de prestação de contas “real time, online”. Muito mais simples apostar na subjetividade do gosto pela boa peça de propaganda e questionar as pesquisas de recall, por seus possíveis vieses.

Estes problemas foram compreendidos rapidamente pela “garotada”. As agências tradicionais relutavam em investir na técnica e não possuíam vontade de trabalhar mais para ganhar a mesma coisa. Tampouco alguns profissionais de marketing dos anunciantes se empenharam em estudar para aprender como usar com eficiência estas ferramentas. Até porque os resultados negativos de qualquer ação errada saltam aos olhos no mundo das métricas.

A garotada antenada aproveitou e criou a “Agência Online”, onde tudo ocorre dentro do correto entendimento das várias plataformas e ferramentas, porém, muitas vezes, em detrimento da correta comunicação. Várias ações na internet são feitas tendo  o fim em si mesmas, esquecendo-se da marca e produto. Nas redes sociais conseguem gerar um monte de seguidores e fans, mas sem o devido aumento nas vendas. Após o término da ação, não sabem  o que fazer com estes “novos amigos” conquistados. Realizam promoções de grande impacto, recebem prêmios e esquecem de verificar o impacto nas vendas.

Propaganda boa é aquela que atinge os objetivos das empresas, que em 99% das vezes visa o aumento das vendas, quer ela seja feita através de um panfleto, na televisão ou nas redes sociais. Uma marca não deve se apresentar de várias formas, uma para cada mídia, mas, sim, de forma única, buscando uma percepção positiva na mente de seus consumidores. Não acredito em “Agências Online”. Acredito na boa comunicação feita por uma boa Agência.

FONTE: Mundo do Marketing