terça-feira, 30 de abril de 2013

Storytelling: como usar histórias na criação de conteúdo

Por: Sandra Turchi
Mas, afinal, o que é storytelling?
O conceito de Storytelling ainda é novo para a maioria das empresas, tornando-se um desafio, mas também uma grande oportunidade para as marcas que querem dialogar com públicos cada vez mais saturados de informação e, com isso, construírem uma estratégia de relacionamento baseada numa poderosa ferramenta de compartilhamento de conhecimento e emoção.  Mas, afinal, o que é storytelling? Segundo a língua inglesa é a união das palavras "history", que está relacionada com fatos reais ou alguma coisa que aconteceu, e "story", uma estrutura narrativa, geralmente ligada à ficção. Para uma empresa significa organizar seus fatos reais em uma estrutura de história e trabalhar os elementos e mensagens que compõem a história (story), seguido pela elaboração das obras narrativas (telling).

Segundo a Digitalents, o segredo está em atribuir significados emocionais a elementos técnicos por meio de um contexto ao ser relevante, ter um objetivo final e, ainda, trabalhar a curiosidade ao criar expectativa para que os consumidores queiram saber a continuidade da história e, assim, aumentar as possibilidades de engajamento e desdobramento.
Porém, não adianta apenas contar qualquer história. É necessário que o seu público se emocione com a marca, se identifique com o que está sendo contado, de preferência que cause alguma mudança na sociedade, encorajando a transformação ao inspirar valores maiores, do tipo: criatividade, autoexpressão e verdade, e traga as pessoas para o centro da narrativa ao personificá-lo como o herói e a marca, como a mentora.


Isso tudo requer um planejamento que obedece algumas fases como: ouvir, aprender, descobrir, explorar, criar, comunicar e encantar. Primeiro, a sabedoria de saber ouvir o cliente e outros eventuais atores do processo para entender como a conversa pode ser relevante. Depois, aprender sobre o negócio e descobrir a sua história ou outras histórias a serem contadas. E, por fim, explorar essas histórias, suas variações e implicações para criar conceitos de comunicação que possam encantar o consumidor.  É importante ampliar o alcance da história com o uso de transmídia, que é uma estratégia de comunicação integrada, ao contar essa história por meio de diferentes canais, de diversas maneiras e em diferentes plataformas, cada uma com sua narrativa específica, mas com uma mensagem que perpassa todas as ações, para manter a conectividade e, assim, atingir públicos diferentes.

Sob esse ponto, as redes sociais são o melhor caminho por permitirem contar uma história sem tempo determinado e facilitam o compartilhamento e a participação do seu público. Entretanto, isso não impede que uma história que comece na TV tenha seu desfecho na internet, ou outra mídia, e vice-versa.  E por que esse esforço vale a pena? A falta de tempo para consumir tanto conteúdo e a dificuldade, cada vez maior, de prender a atenção do telespectador em apenas uma mídia acarreta em alto investimento em comunicação o que torna a atenção dedicada do público na maior vantagem para uma marca.  Nesse sentido, o storytelling pode ser a melhor alternativa para conquistar essa atenção dedicada. Mas é importante reforçar que o ideal é que a história tenha uma continuidade, seja multifacetada e de fácil compartilhamento, conquiste engajamento e que seja capaz de perpetuar por diversos meios em sincronia, tirando, assim, o maior proveito da história como um todo.

FONTE: CidadeMarketing


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Agência de Propaganda resolve!

Por: Luciano Vignoli

Não existe nada nem ninguém que adore tanto o seu problema como uma Agência de Propaganda.
Contratar uma Agência de Propaganda é ter com quem discutir seus problemas mercadológicos de verdade, com sinceridade e empatia.
 
Aliás, fora seu psicoterapeuta, seus problemas só são bem-vindos numa agência de propaganda.
 
Experimente chamar seu gerente de banco, o presidente do sindicato de seus funcionários, seu principal fornecedor e a sua Agência de Propaganda, sirva-lhes café, biscoitinhos, respire fundo e, com altivez, diga para eles:
 
“Tenho um problema!”
 
Pode apostar:
Só sua Agência de Propaganda vibrará, só ela se mostrará feliz e estimulada.
Só o cérebro dela será ativado a pensar em como livrar você desta e não livrar a si mesmo desta situação.
 
Contratar uma Agência de Propaganda é ter do outro lado da mesa um parceiro estratégico que depende fundamentalmente do sucesso de sua empresa para continuar vivendo.
Ele tem interesse nisto.
Ele precisa disto.
Ele ganha com isto.
Ele vive disto.
Ele quer estar ao seu lado na noite de distribuição do Top de Marketing.
Ele quer estar na festa de final de ano de sua empresa para ver você entregando os Bônus aos seus principais executivos.
Ele quer ver o nome da sua empresa na Exame 500.
Depois na Fortune 500.
Depois ele quer dizer que tem você, um dos bilionários brasileiros, como cliente.
 
Ele precisa do seu sucesso e vai fazer de tudo para você obtê-lo.
 
Se você não está tendo sucesso, uma dica final:
 
Questione sua agência.
 
Ou tente outra.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Co-criação na era do individualismo

Por: Daniel Ferreti

Devo confessar que, como todo profissional de marketing, aproveitei o título para chamar a sua atenção e causar uma breve reflexão. Provavelmente, você deve estar pensando que o individualismo é o bandido e a co-criação (assim como todos os movimentos de colaboração) é o mocinho na história, mas não é bem assim…
Eu reluto acreditar que existe, efetivamente, a co-criação. Será que duas ou mais pessoas podem ter ideias e insights iguais ou complementares no mesmo instante? É muita ‘co-incidência’! Acredito que existe sim o processo colaborativo de criação, e quando falamos em processo deixamos de lado o ‘eureka’ da idéia brilhante, e passamos a entender que criar é transformar, melhorar, adaptar. Uma ideia nunca nasce do vácuo, uma chamada publicitária brilhante pode ter tido uma ajudinha do filme ‘cult’ que o redator estava assistindo na noite anterior enquanto ele tomava um bom vinho. Isso também é co-criacão!
E não há nada de errado nisso, muito pelo contrário. A colaboração é uma injeção poderosíssima e vital para o desenvolvimento da cultura. Mas como ela, assim como outros movimentos como crowdfunding, crowdsourcing (e como tudo na internet hoje em dia crowd-qualquercoisa, com #hashtag!) ganhou relevância e ‘momentum’ na era do individualismo?
É aqui o clímax desta reflexão. Não existe bandido e mocinho. Tanto a co-criação e os movimentos colaborativos, assim como o individualismo, são os mocinhos da história. Alias, porque será que a palavra individualismo ganhou uma fama tão ruim? Sinônimo de uma atitude solitária e antissocial. Não precisamos ir longe para entender o melhor sentido da palavra, até na Wikipedia tem uma definição mais neutra.
O individualismo, sob a ótica do marketing e da comunicação é um dos grandes trunfos e conquistas das últimas décadas. Nos anos 50 você era todo mundo, não existiam grupos, você fazia parte da massa. Já nos anos 70, surgem as tribos e os grupos por interesse, mas a comunicação seguia pasteurizada, feita para todos os gostos. Já nos anos 80, surgem os segmentos, o ‘público-alvo’, e novos canais que permitiam construir mensagens distintas para grupos específicos.
Mas foi a partir dos anos 90 que chega o marketing 1-to-1, do Michael Porter forçando as empresas de serviços a usarem e abusarem do marketing direto até a chegada da internet. Porter, que recentemente viu falir o seu Monitor Group por consequência de problemas financeiros provindos da crise de 2008, já tratava uma mensagem, uma oferta ou um produto para uma só pessoa.
Porém seus modelos de ‘clusterização’ sabiam apenas que, quem recebera aquela mensagem, tinha propensão para fazer algo com aquilo. Ele não conseguia dizer se você gosta de macarrão com molho vermelho ou branco. Era uma aposta estatística, assim como uma mensagem colocada em uma garrafa e atirada ao mar. Era a mesma coisa que mirar uma estrela no céu e transmitir uma música dos Beetles esperando que alienígenas escutem e respondam. E se eles gostam mesmo é do Naldo?
Com as redes sociais realmente nos tornamos indivíduos (virtuais, mas está valendo). Fora o CPF ou um código de cliente, os indivíduos têm nome, sobrenome, preferências e características que eles podem, ou não, compartilhar com você e com quem, como e quando preferirem.
Hoje, os diretores das empresas não estão mais vendo, através da ouvidoria, que as reclamações aumentaram. Eles conseguem ver que o Sandro, um sujeito com uma foto de boné e sem camisa no Facebook, está ‘gritando’ aos quatro ventos que o produto que ele comprou é uma porcaria!!@$!@$# (às vezes, em caixa alta).
É por isso que, a meu ver, a co-criação está em seu momento mais majestoso. Não pela repentina organização dos indivíduos em grupos com os mesmos objetivos, mas sim pela participação individual de cada um, compondo um grupo heterogêneo e rico. Este é o DNA das ideias hoje em dia, a diversidade e a pluralidade, assim como na genética, quanto mais misturado for melhor.

FONTE: AdOnline

quinta-feira, 25 de abril de 2013

É muito cinismo.

Por: Luiz Henrique Rosa

Vou tocar num tema que me preocupa muito: os desinvestimentos em marketing. Em verdade, o assunto caminha mais na direção da crítica ao tipo de investimento realizado cotejado com a importância professada pelos altos executivos das empresas. Chamar de falso paradoxo é florear a coisa.  O que acontece é cinismo puro. Falam uma coisa e fazem outra que a contradiz. Pois vejamos, a coisa toda começa nas manifestações públicas destes executivos: palestras, workshops, congressos, entrevistas pra imprensa,  os presidentes e os donos de empresas declaram toda a sua idolatria e reverência ao poder do marketing ( "MARKETING É TUDO! É FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO DA EMPRESA!"), no entanto, todo ano a gente - que está dentro e na linha de frente da empresa - recebe destes mesmos gestores a triste notícia de que a verba de marketing diminuiu ou, simplesmente, "não cresceu".
Chamar de falso paradoxo é florear a coisa.  O que acontece é cinismo puro.
Esta semana tive uma reunião com um professor universitário que havia assumido a gerência de marketing de uma empresa de pequeno para médio porte (mas muito promissora). Ele atua a um bom par de anos no mercado. A situação é que a empresa, segundo ele, “nunca investiu em marketing antes” e agora tinha contratado esse professor para assumir os compromissos e enfrentar os desafios do crescimento. Ele tinha carta branca para mexer em tudo, “inclusive na área de produção” (produção da fábrica, bem entendido), se assim julgasse necessário. Acontece que já na primeira pergunta a casa começa a ruir: “- Qual o faturamento anual da empresa?” Ele não sabia responder. A segunda, “- Qual a capacidade ociosa?” idem: desconhecia. “- E o Plano de Marketing?” adivinhem…:“- Não temos ainda!”. De cara, ficou evidente a sua pouca intimidade com a área financeira, com os investimentos corporativos, com a liberação de verbas, com a cúpula decisória da empresa.
 
Uma de suas primeiras providências no cargo estava sendo contratar novas agências de publicidade. Isso mesmo: “NOVAS”. Ele queria duas ou três agências, atendendo suas diversas linhas de produtos, queria estimular uma certa “concorrência entre as agências”.
Perguntado sobre o valor do investimento em publicidade, não sabia dizer; sobre qual o volume de trabalho, não sabia precisar, porque dependeria de uma verba que ele não sabia ainda qual seria– mas podia adiantar que seria “pouca”. O professor exigia que a agência realizasse uma reunião por semana (operacional), uma outra (estratégica) a cada mês e exigia que a(s) escolhida(s) “mergulhasse(m) na linha de produto”. Enfim, ele precisava do “envolvimento da agência”, porque ele era “sozinho” e precisava que a agência fosse “uma extensão do seu departamento de marketing”. Agora me diga se você acha que ele pretendia pagar por este envolvimento todo o valor deste envolvimento todo? Claro que não!
Agora me diga se é possível, hoje em dia, um profissional do marketing não se envolver com o faturamento e os custos internos da empresa? 
Pode um gerente de marketing não ter acesso direto – de porta aberta – com a presidência, com o dono ou com quem seja lá que realmente mande na casa? Posentão… assim é o pensamento nas pequenas empresas em crescimento; e nas médias que atingiram uma estabilidade e na grande maioria das grandes corporações. Aquele "professor" professa diariamente as qualidades e a capacidade do marketing de construir o futuro de uma empresa. Porém, vai se queixar amanhã de não ter conseguido realizar lá nada do que imaginava  “porque a empresa ainda não está pronta”.
Nesta batida ele próprio está construindo um tipo de relacionamento com sua agência de propaganda, baseado unicamente em um interesse unilateral: ou seja, o interesse da sua empresa em “pagar pouco”. Quem perde mais com isso? Perde o marketing. Perde a profissão. Perde a empresa ao viver de faz de conta.

FONTE: AdOnline

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Marcas precisam ser mais que conhecidas

Por: Julio Ribeiro

Sua empresa e/ou sua marca é uma das mais lembradas em seu segmento? Parabéns, você já tem um bom caminho percorrido para transforma-la em uma empresa/marca vencedora.
Ser conhecida é a primeira condição para uma marca conquistar mercado e depois vir a consolidar posição neste mercado. Mas tem um pequeno detalhe que pode fazer toda a diferença. Ser conhecida significa que as pessoas já ouviram falar dela, mas isso não é tudo, depende do que ouviram. A máxima usada por alguns políticos, segundo a qual “falem bem ou falem mal, mas falem de mim”, não serve para as marcas, é preciso que o que “se ouve” dela sejam coisas positivas.
É por isso que, nem sempre, as marcas mais lembradas são as que vendem mais. Usando o exemplo dos políticos, provavelmente, se perguntássemos hoje, em qualquer roda, o nome de um político, o de Renan Calheiros seria um dos mais lembrados e isso não significa que essas pessoas estejam dispostas a votar nele no futuro. O mesmo acontece em “n” categorias de consumo, uma empresa de telefonia ser muito lembrada pode significar que ela seja campeã de reclamações. Pode, não significa que seja.
Então, ser conhecido, lembrado, é muito importante, desde que seja por atributos positivos. E ai vem a segunda etapa na formação de marca vencedora, que é a do reconhecimento. Primeiro ela precisa ser conhecida e, num segundo instante, reconhecida. E isso vai depender da postura da empresa, do cuidado que ela tiver com sua marca, as associações que ela vier a fazer, os atributos físicos e os “não tangíveis” que ela pretender e, de fato, passar adiante em sua comunicação.
E comunicação não é só propaganda ou assessoria de imprensa. Cada vez que o consumidor entra em contato com sua marca, ali se estabelece um momento de comunicação. Pode ser ao ligar para o call Center da empresa, pode ser ao ver os caminhões da companhia nas ruas, pode ser ao pedir uma informação no balcão, pode ser ao olhar para a fachada, ou para o tipo de pacote com que recebe as encomendas feitas pela internet. Uma empresa está se comunicando mesmo quando acha que não está.
Reconhecimento vem com o tempo, por meio de uma comunicação persistente, relevante e pró-ativa. Ninguém que se estabelece hoje no mercado passa a ser reconhecido amanhã. Com altos investimentos em publicidade até pode ser conhecido, ser lembrado, num curto intervalo de tempo. Mas ser reconhecido, pelos atributos desejáveis, leva bem mais tempo.
Depois de conhecida e reconhecida, sua marca precisa ser desejada. Eu posso lembrar de uma marca, posso reconhecer nela uma série de atributos positivos, mas nem por isso, necessariamente, eu a deseje. É preciso que a gestão de marca (que o pessoal mais modernoso chama de “branding”) planeje e desenvolva um universo de aspiração em torno dessa marca, que tenha nexo com as pessoas que formam o mercado consumidor, real ou potencial dessa marca. E ai o furo é mais embaixo.
Portanto, parabéns, por sua empresa e/ou marca estar entre as mais lembradas. É o primeiro passo, para, a partir de uma gestão qualificada, ela vir a ser desejada um dia. E esse, imagino, é o desejo de todo o empresário. Ou não?

FONTE: AdOnline

terça-feira, 23 de abril de 2013

Profissionalizando a Administração Pública

Por: Evandro Dias Gomes

O desejo de acertar, na administração pública, não basta. A máxima prevendo que os fins justificam os meios é a maior de todas as ciladas. Nas relações particulares, privadas, na inexistência de lei ou quando ela existe e não proíbe, a conduta do cidadão estará autorizada. Basta observar o princípio da boa-fé. No segmento público, entretanto, qualquer passo deverá estar expressamente autorizada por lei. A diferença entre atuar na iniciativa privada e nos poderes públicos, pelo que já citamos, é forte.
Existe a tal da discricionariedade, largamente justificada pelos causídicos quando sustentam estarem preenchidos os requisitos da oportunidade e conveniência, garantindo ao agente público, nos limites da lei, uma certa flexibilidade decisória. É absolutamente questionável, entretanto, quando agredir a qualquer um dos princípios constitucionais basilares da Administração Pública, em especial os da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.


Tenho fé! O momento tupiniquim determina que já está em extinção a raça dos políticos não probos, dos sacanas, dos despreparados. O problema é que ainda resistem algumas criaturas que fazem no público o que não fariam na privada, ops, no privado.

No afã de colocar em prática todas as promessas de campanha, é oportuno que os gestores públicos tenham convicção de que seus atos estão em absoluta conformidade com o que determinam as Constituições Federal e Estadual, a Lei Orgânica do órgão que comanda, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei das Licitações, o Estatuto dos Servidores Públicos, o Código Tributário Nacional e vários outros documentos legais que regram a atividade pública.


Para ser eleito não é exigido tal grau de conhecimento. Depois de eleito, entretanto, não há como desconsiderar esta carga de requisitos. A profissionalização da atuação pública, com a busca do conhecimento e a qualificação dos quadros, sempre primando pela inovação, é a maneira mais eficiente de alçar a atividade pública à excelência exigida na iniciativa privada. Fazendo isso, será muito maior o índice de acertos e, consequentemente, a satisfação de seu público, os eleitores. Todos ganham.


FONTE: AdOnline

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A arte da possibilidade

Por: Tom Coelho

“Para gerenciar uma equipe, você utiliza os músculos e a razão. Para liderar de verdade, use também o coração.” (Abraham Shashamovitz)

Artigo 153 - A arte da possibilidade

Em ano de Olimpíadas, prepare-se para uma overdose de artigos, debates e ensaios lastreados em temas esportivos. As empresas acreditam-se modernas, atuais, antenadas com o momento ao optarem por atletas, técnicos, comentaristas e toda sorte de profissionais – ou ex-profissionais – vinculados ao esporte como a solução mágica para questões do mundo corporativo.
É inegável que podemos encontrar no desporto grandes metáforas à realidade de empresas e profissionais. Assim, Ayrton Senna era exemplo de excelência; Robinho, sinônimo de ousadia; Oscar Schmidt, ícone da obstinação; Pelé, referência em marketing pessoal. As corporações também podem alcançar inspiração nas lições de gerenciamento e liderança legadas por Vince Lombardi (ex-técnico de futebol americano) ou, mais recentemente, Bernardinho, coach da vitoriosa equipe de vôlei masculino do Brasil, dentre tantos outros exemplos.
Embevecidos que ficamos com as fascinantes conquistas perpetradas pelos atletas, diante de sua superação e espírito de cooperação que envolve e transforma uma equipe, deixamos de notar que a realidade do universo empresarial é evidentemente distinta, muito mais complexa, de modo que muitas lições apenas não são aplicáveis.
Nos esportes, há regras claras e um ou mais juízes preparados para emitir um parecer instantâneo, ainda que por vezes inidôneo. Já o mercado insiste em burlar leis, romper contratos, ignorar regras. E a justiça, por sua vez, tem braços largos, porém lentos; olhos abertos, porém vendados.
Foi dentro deste contexto que encontrei uma metáfora mais adequada para arguir sobre liderança empresarial. Ela advém de outra arte: a música.
Observe uma orquestra. Seja ela uma orquestra de câmara (formada por poucos membros), uma sinfônica (mantida por uma instituição pública) ou filarmônica (sustentada por recursos privados), é constituída por diversos músicos e variados instrumentos, divididos em quatro grandes grupos: cordas, madeiras, metais e percussão, cada qual produzindo isoladamente um som característico.
Enquanto num esporte coletivo a equipe pode alcançar a vitória graças a um lampejo de genialidade ou sorte de um único atleta, mesmo com uma atuação medíocre em toda a partida, numa orquestra todos contribuem com o êxito do resultado final. Por isso, o produto que entregam é uma “sinfonia”, ou seja, todos emitindo o mesmo som.
Este objetivo é alcançado através da mediação de um personagem em particular. Trata-se do maestro, aquele mesmo que permanece em destaque durante a apresentação, tem sua foto estampada na capa de CDs e DVDs, profere palestras e concede entrevistas, mas que curiosamente é o único músico que não emite um único som.
Aprendi com Benjamin Zander, regente da Orquestra Filarmônica de Boston desde sua fundação, em 1979, que o papel do líder não é conquistar poder, mas tornar os outros poderosos. Permitir aos seus colaboradores que se transformem num novo tipo de ser, migrando do individual para o coletivo, de um ser isolado para um ser conectado.
No vídeo “A arte da possibilidade”, distribuído com exclusividade no Brasil pela Siamar, Zander compartilha suas experiências, instruindo-nos que um regente é um arquiteto das possibilidades do grupo. Sua missão é explorar estas possibilidades, mergulhando no âmago de cada membro de sua orquestra com o intuito de desvendá-los, ou seja, remover-lhes a venda que encobre o talento e o potencial de cada músico.
Costumo dizer que o líder é aquele capaz de conduzir as pessoas juntas e em direção a uma mesma visão, levando-as até onde não iriam se estivessem sozinhas. Ele vislumbra qualidades extraordinárias em pessoas comuns, potencializando-as, permitindo-lhes oferecer ao mundo o que têm de melhor. Não se trata de persuasão, mas de inspiração. Inspiração que nutre o entusiasmo, estimula a criatividade e promove a excelência.
Seguro de que todos podem fazer a diferença, Ben Zander estabeleceu um interessante critério para motivar seus pares. Ele sempre confere a nota máxima em uma audição preliminar, exatamente quando o músico está mais sensível e inseguro. Depois, solicita a cada músico que lhe escreva uma carta justificando como fará para merecer tal avaliação ao final de um semestre. O propósito é dar ao profissional uma dimensão de suas possibilidades de realizar e não a mera expectativa de alcançar. Afinal, é preciso fazer silenciar aquela voz na cabeça que em situações críticas procura nos constranger e apequenar, sentenciando: “Você não vai conseguir!”.
Analogamente, muitas são as oportunidades no cotidiano das empresas para valorizar e elevar seus colaboradores. Porém, não raro continuamos a testemunhar líderes que criticam em público e elogiam em particular, quando deveriam fazer o inverso. Líderes que ocultam os acertos e expõem os erros – jamais os próprios. Cultivam o “não”, afastando o “sim” do mapa de possibilidades.
Entre uma orquestra e outra, os instrumentos são os mesmos, mas os músicos não. Por isso algumas melodias falam mais alto ao coração.
É preciso compartilhar a visão, cultivar o brilho nos olhos, promover o relacionamento. Liderar não é verbo intransitivo. Se o líder está sozinho, ele não está liderando ninguém.

FONTE: AcontecendoAqui

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Comunicação face a face

Por: Sara Caprario

Quando me perguntavam há alguns anos sobre como funciona a assessoria de imprensa era fácil responder. Hoje está cada vez mais difícil explicar como a atuação de uma assessoria de imprensa ou de comunicação pode influenciar na consolidação de uma imagem, pois o público alvo anda cada vez mais espalhado e ao mesmo tempo ávido por boas informações sem se importar com a fonte, desde que crédula seja.
O que antes era chamado de informação “boca a boca” é atualmente substituído pela troca de ideias face a face, ou facebook to facebook. As dicas, indicações e experiências compartilhadas servem como referências para as pessoas decidirem uma compra, uma escolha ou um investimento. Portanto, a comunicação institucional precisa ir onde seu alvo estiver.
A convergência de mídias permitiu avanços em muitos aspectos do desenvolvimento socioeconômico, mas não garante o completo alcance do público que se quer atingir. E aí volto a reforçar minha teoria de que a essência da comunicação continua a mesma, ou seja, repassar informações checadas, com responsabilidade e ética. Para isso serve o trabalho da assessoria.
Escrever todo mundo pode. Divulgar hoje em dia é rápido, basta ver exemplos de relatos nas redes sociais que ganham cinco ou dez mil compartilhamentos, revelando um alcance fenomenal. No entanto, a continuidade é fundamental para muitas empresas ou instituições, por isso que a assessoria trabalha com planejamento, acompanhamento, monitoramento e resultado. É preciso atenção a cada pedido de informação, cuidado a cada oferta de espaço e, principalmente, competência para coordenar todas as possibilidades que um cliente pode ter com a assessoria de imprensa.
A comunicação face a face pode ser eficaz por um tempo ou até mesmo para sempre, mas as ferramentas mudam e o fundamental continua, que é saber se comunicar dependendo do objetivo final.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Mark Zuckerberg anuncia o “Facebook Home”, novo serviço para Android que transforma smartphone na rede social

Mark Zuckerberg anunciou no dia 04/04, uma novidade de sua rede social, trata-se do novo serviço para Android que pretende integrar o usuário com as pessoas, chamado “Facebook Home”. A ideia é colocar a rede social na página inicial dos smartphones promovendo, assim, uma interação mais natural e instintiva com as pessoas.
As atualizações mais importantes dos seus amigos no Facebook aparecem na home do aparelho, enquanto os demais aplicativos do telefone ficam a um toque de distância. Dessa forma, basta que o usuário deslize a tela inicial para cima para ver sua lista completa de apps.
Uma ferramenta chamada “Cover Feed” mostra as imagens mais importantes que chegam ao feed de notícias do usuário, e basta deslizar a tela para o lado para visualizar as demais imagens postadas recentemente por seus amigos. Um toque sobre a foto desejada permite visualizar sua legenda, inserir comentários e utilizar as opções de compartilhamento. Depois de aberta, basta dar um duplo clique para curtir a foto.
Para Zuckerberg, os celulares devem ser muito mais ligados a pessoas que a aplicativos, sabendo que em média, 20% do tempo que as pessoas passam em smartphones é gasto no Facebook, ele decidiu criar o sistema que traz toda a integração social na home do Android.
Confira o primeiro comercial da novidade:


Com informações, Canal Tech

FONTE: AcontecendoAqui

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Vida de Steve Jobs vira mangá

Por: Camilo Rocha
Adaptação da história do cofundador da Apple tem cenas de Jobs fumando maconha e discutindo sua biografia com Walter Isaacson
SÃO PAULO – Depois de biografia, filme e HQ em inglês, a vida de Steve Jobs agora vira mangá.

Saiu dia 25/03 no Japão o primeiro capítulo de uma adaptação da biografia do cofundador da Apple para o formato de quadrinhos tipicamente japonês. A série estará disponível na revista mensal Kiss.

A história também está disponível na internet, na livraria online do Yahoo Japan.


O mangá é assinado pelo premiado autor Mari Yamazaki. É um panorama extenso da vida de Jobs, com cenas que vão dele fumando maconha e comprando LSD na faculdade até suas conversas com o escritor Walter Isaacson sobre sua biografia.
 

FONTE: Estadão

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Venda de tablets no Brasil tem aumento de 171%

Por: Nayara Fraga, de O Estado de S. Paulo

Mais da metade do mercado se concentra nos tablets ‘populares’, com preço até R$ 500, que se conectam somente às redes Wi-Fi

 
SÃO PAULO - O mercado brasileiro de tablets atingiu a marca de 3,1 milhões de unidades vendidas em 2012, segundo estudo da consultoria IDC. O crescimento de 171% em relação a 2011 foi motivado principalmente pelo surgimento de pranchetas eletrônicas abaixo de R$ 500, que respondem por quase metade do total comercializado.

Essa faixa de preço tem sido adotada sobretudo por empresas que há até pouco tempo investiam em outros produtos, como GPS, mas agora decidiram ampliar sua linha de eletrônicos. A Multilaser, que chegou ao mercado há 25 anos com cartuchos para impressoras, é uma delas.
A companhia vende hoje mais de mil itens, entre os quais estão artigos de informática, GPS, 15 modelos de celulares e oito tablets. Esta última categoria, que entrou para o portfólio da Multilaser em 2011, já foi responsável em 2012 por 25% do faturamento total. "A linha de tablets foi a que teve maior importância para a empresa no ano passado", diz o gerente de produto da Multilaser, Reinaldo Paleari. A maior parte dos tablets da empresa custa US$ 499 e se conecta à internet apenas pelo Wi-Fi.
Esse é justamente o tipo de equipamento que mais atrai o consumidor. Segundo o estudo da IDC, 67% dos tablets vendidos em 2012 tinham só o recurso Wi-Fi, enquanto 33% ofereciam suporte à telefonia de terceira ou quarta gerações (3G e 4G).
Isso não significa, no entanto, que o País tenha avançado na oferta grátis de pontos de conexão à internet sem fio, lembra o analista de mercado da IDC Pedro Hagge. "Não é que evoluímos no quesito acesso. É o preço que estimula esse cenário."
O Brasil tem cerca de 4,2 mil pontos de Wi-Fi, segundo a Jiwire, empresa dona de um aplicativo que funciona como um mapa colaborativo de pontos de rede sem fio no mundo. A Coreia do Sul tem mais de 186 mil e os Estados Unidos, mais de 182 mil. A China e a Rússia, as únicas do Brics no ranking dos dez países que mais têm pontos de acesso, ocupam a quarta e a sétima posição, respectivamente. (O bloco também é formado por Brasil, Índia e África do Sul).

Variedade. Atualmente, há cerca de 130 marcas de tablets no mundo. No Brasil, aproximadamente 20 estão à venda, excluindo o mercado paralelo.
Se analisados os dados das consultorias, a líder em vendas de tablets no País é a DL, comandada pelo chinês Paulo Xu. A companhia começou suas atividades em 2004 com a fabricação de panelas elétricas de arroz. Nos anos seguintes, migrou para MP3, GPS, equipamentos para som de automóveis e, em 2011, começou a investir em tablets.
O diretor comercial e de marketing da DL, Ricardo Malta, diz que a companhia vendeu 800 mil tablets em 2012 e que a estimativa para 2013 é de 1,5 milhão de unidades - ano em que a IDC espera contar 5,8 milhões de unidades. "A estimativa da consultoria reflete o posicionamento da classe C, nosso público, que foi quem mais comprou tablet." Por isso, a DL nem pensa em competir com Apple e Samsung. 

FONTE: Estadão

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Yahoo! paga US$ 30 milhões por startup de garoto de 17 anos


NICK D’ALOISIO: JOVEM CRIOU O APLICATIVO SUMMLY AOS 15 ANOS (Reprodução)
 
O Yahoo! anunciou no dia 25/03 a aquisição do aplicativo Summly, criado por Nick D’Aloisio, um jovem empreendedor de 17 anos, de Londres.
O Summly foi lançado em dezembro de 2011 somente para dispositivos da Apple. O app faz o resumo de notícias em 400 caracteres com base em um algoritmo que define quais são os trechos mais relevantes de um texto.
Os termos da aquisição não foram divulgados. Mas o site AllThingsD diz que o Yahoo! pagou US$ 30 milhões pelo aplicativo (90% em dinheiro, 10% em ações), segundo fontes do Vale do Silício, nos Estados Unidos.  O site avalia que foi um preço alto, considerando o nível de maturidade do aplicativo, que foi baixado cerca de 1 milhão de vezes e gerou 90 milhões de resumos de notícias. E, como é comum, até então não tinha um plano de negócios bem definido.
A presidente do Yahoo!, Marissa Mayer, já afirmou que a empresa está buscando a criação de serviços para celulares que se encaixem nos “hábitos diários” das pessoas, como a leitura de notícias. E Adam Cahan, vice-presidente sênior do Yahoo!, afirmou no blog da empresa que o Summly deixará de funcionar para que uma equipe possa incorporar suas características aos produtos existentes do Yahoo!.
Nick, que fundou o app quando tinha 15 anos de idade, disse em uma nota oficial publicada no site do Summly que nunca imaginou que estaria nessa posição tão rapidamente, e agradeceu a investidores e anunciantes por acreditarem no potencial de seu projeto.
O Yahoo! já fez uma série de outras pequenas aquisições nos últimos meses, incluindo o aplicativo Stamped e o site de leitura de notícias Snip.it. A empresa também negocia a aquisição do controle do site de vídeos da France Telecom, Dailymotion.

FONTE: Estadão

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Conectados, porém sozinhos

Por: Andréa Dietrich

“Nós esperamos mais da tecnologia e menos de nós mesmos”. Essa é uma das provocações colocadas por Sherry Turkle, socióloga e psicóloga que estuda as influências da tecnologia nas relações humanas. A apresentação de 20 minutos no TED pode não ter surpreendido mas faz pensar. 
Apresentação da socióloga e psicóloga Sherry Turkle, no TED

Você já parou para pensar que os nossos momentos de reflexão já são quase raros em nossas vidas? E deveriam ser fundamentais para refletirmos sobre nossas atitudes, nossos desafios e sobre nós mesmos. Durante o trânsito parado, no elevador, num restaurante, numa reunião, em todos os momentos lá estamos nós, conectados. Num encontro com amigos, num jantar com a família e lá estamos nós, conectados – e às vezes vemos a mesa toda nos seus celulares.

O que está por trás desse comportamento? Uma necessidade de compartilhar e mostrar somente os momentos onde estamos felizes, realizados e bem sucedidos. Uma imagem programada sobre o que queremos passar. Uma necessidade de editar o que pensamos e falamos, evitando o espontâneo do ‘ao vivo’. É o fenômeno do torpedo, mais textos e menos diálogo, a necessidade de estar em vários lugares ao mesmo tempo, sendo mais superficial nas relações.


A tecnologia não está mudando somente a forma com que fazemos as coisas, mas também o que somos, o que estamos nos tornando. Segundo a psicóloga, estamos exigindo cada vez mais da tecnologia, exigindo que nossos celulares entendam exatamente o que queremos, mas menos do que queremos das nossas relações pessoais. Ao invés de sentirmos para depois compartilharmos, nós compartilhamos o que queremos sentir.


Tudo isso nos faz refletir o quanto as novas gerações estão evoluindo sem conseguir se conectar ao vivo um com o outro. E perdendo uma das habilidades mais importantes para qualquer indivíduo, a convivência em grupo. Essa frase me fez lembrar do caso polêmico do home office abolido no Yahoo e a frase da CEO da empresa dizendo que muitas das melhores decisões das empresas acontecem num cafezinho, numa conversa de corredor, conhecendo pessoas. O mundo isolado das tecnologias, do home office, começa a ser discutido para trazer de volta a necessidade do contato, do diálogo, do jogo de futebol no campinho da esquina.


Eu mesma já escrevi um post no ano passado contra argumentando essa questão, mas, depois de ser mãe, começo mesmo a me preocupar com a individualidade e a vida programada às quais minha filha pode estar exposta daqui em diante.


Temos que aprender a equilibrar nossas vidas, valorizando aquilo que nunca vai conseguir ser apagado: nossas palavras, nossas memórias, nossas risadas, nossos amigos de verdade. 


FONTE: Meio e Mensagem

terça-feira, 9 de abril de 2013

Porque ninguém liga para a sua marca

Pare de se preocupar tanto em ser melhor. Seja relevante

Termostatos Nest: percepção além da categoria
Termostatos Nest: percepção além da categoria Crédito: Divulgação
Por Tom Denari*, para o Advertising Age

Aqui vai um exercício de humildade para hoje:
1- Desmarque a sua próxima reunião (confesse: você já queria fazer isso, mesmo)
2 – Saia do escritório e tome o rumo de uma área cheia de pessoas
3 – Encontre alguém que parece estar dentro de seu público-alvo e puxe uma conversa. Pergunte-o sobre a família, o lugar onde vive. Descubra o que é importante para ele. Com o que trabalha? O que faz nos finais de semana, nas horas de folga? Que programa faz com os filhos, se já forem pais. E o que o mantém desperto, à noite?
Aposto cem pratas que eles não mencionarão a torneira que instalaram no final de semana, os pães que acabaram de comprar ou ainda o test drive que fizeram em um carro recém-lançado. E não apenas não citarão a sua marca: eles sequer mencionarão a categoria na qual a sua marca está inserida. Howard Schultz (Starbucks), Phil Knight (Nike) e Tim Cook (Apple) – vocês não entram nesta aposta.
Você pode passar a maior parte de seu tempo acordado pensando na sua marca e na categoria como um todo, passando pelos fatos que fazem o seu produto ser superior aos concorrentes, mas o seu público-alvo não está nem aí. É duro de engolir, considerando quanto tempo, energia e esforços você coloca nos serviços e produtos que tenta vender. Mas se quer mesmo ser bem-sucedido, está é uma das maiores lições que podem te ajudar: as pessoas não ligam tanto para a sua marca quanto você.
Todas as nossas pesquisas de focus group, análises segmentadas e promoções em mídias sociais produzem uma porção de dados que nos enganam e levam a crer que as pessoas passam boa parte de seu tempo pensando em marcas e categorias de produtos. Por conta disso, achamos que nossa tarefa é simplesmente convencer as pessoas de que somos melhores que os concorrentes.
Gastamos muito tempo concentrados em fazer as pessoas saberem os recursos de nossos produtos, ou tentando nos certificar que nossas campanhas têm mais atributos para vendas do que a concorrência. E aqui vai uma nova luz: detalhes como esses escapam das pessoas, que não têm o tempo ou a energia necessária para o tipo de análise a qual esperamos que façam. Elas simplesmente tentam levar a vida, um dia após o outro.
Isso não significa que você deveria interromper o desenvolvimento de seus melhores produtos, atentos aos detalhes que o farão ter um desempenho excepcional. Mas, isolados, estes pontos não venderão uma marca. Podem, pelo contrário, inibir o público de se conectar com o produto. Seres humanos são guiados por decisões instantâneas e não pelas analíticas.
Nossos cérebros preferem usar a intuição, de tomar decisões baseadas no que parece ser o correto, além do pensamento lógico. Analisar uma situação e ponderar os fatos demanda muito esforço. Por mais triste que pareça, é mais provável que, ao escolhermos uma companhia de seguros, nossa maior influência seja um comercial do qual nos lembramos do que baseado em um ranking de eficiência.
Sendo culturalmente relevante, uma marca pode adentrar o consumidor mais facilmente do que provando ser melhor do que a concorrência. Uma marca não disputa apenas a atenção do consumidor dentro de sua categoria; ela disputa a atenção do consumidor. Ponto.
Lembre-se que as grandes marcas – Nike, Apple, Starbucks – já foram companhias pequenas um dia. Cada uma, do seu jeito, teve uma visão além da sua categoria. Mas se tornar culturalmente relevante não requer apenas visão, mas também coragem, porque significa fincar uma bandeira no chão e se posicionar – o que pode ser entendido da maneira errada por alguns.
Hoje em dia vemos alguns flashes de outras marcas abraçando este espírito. A Nest é um exemplo de percepção que ultrapassa a categoria. Por meio de um design bonito e mensagens simples, Nest transformou um produto sem graça em algo divertido, parecido com um brinquedo. Posso não querer comprar um novo termostato, mas quero um Nest.
Há alguns anos, quem diria que a Old Spice posicionaria sua imagem como “o pós-barba do meu avô”? Ao mirar bem longe da convenção da categoria (inclusive ao não testar seus anúncios), a P&G transformou esta antiga marca em um campeão de vendas, capturando nossa consciência cultural coletiva.
Por mais que isso vá contra os nossos instintos, é preciso dar conta de que devemos ignorar nossos concorrentes com mais frequência e encarar o fato de que o verdadeiro desafio não é a outra companhia de seguros. É a própria vida.

* Tom Denary é presidente da Young & Lamore

FONTE: Meio e Mensagem

terça-feira, 2 de abril de 2013

YouTube, um país de 1 bilhão de habitantes

Google comemora o recorde de usuários mensais em sua plataforma de streaming de vídeos

Mais de um bilhão de pessoas acessam a rede sociais a cada mês
Mais de um bilhão de pessoas acessam a rede sociais a cada mês Crédito: Reprodução

Se fosse um País, o Youtube já seria o terceiro mais populoso do mundo, atrás apenas da Índia e da China. Foi com o uso dessa e de outras metáforas que o Google anunciou – e também celebrou – a marca de 1 bilhão de usuários únicos por mês em seu serviço de streaming de vídeos.

Prestes
a completar oito anos de existência, o YouTube comemora não apenas o sucesso entre o público, mas também entre os anunciantes. De acordo com o comunicado do Google, todos as marcas que fazem parte da lista dos 100 maiores anunciantes do Advertising Age já veiculam campanhas no YouTube.

Para representar o alcance da plataforma, o Google também disse que metade das pessoas que usam a internet em todo o mundo já usam o YouTube e que esse montante de usuários mensais equivale a 13 estádios do Maracanã lotados ou a dez vezes a audiência do Super Bowl, o evento de maior audiência da TV dos Estados Unidos. O comunicado enviado ao mercado brasileiro ainda compara a “população” do YouTube a mais de 285 Paradas Gays de São Paulo ou a mil “carnavais” de Salvador.

FONTE: Meio e Mensagem

segunda-feira, 1 de abril de 2013

10 lições para empreender

Por: Marcos Hashimoto
Você quer ser um empreendedor?
Veja algumas dicas coletadas com empreendedores experientes ao longo dos anos:
1) Inovar não é o mesmo que empreender. Uma boa idéia por si só não se transforma em resultado sem um estudo de viabilidade, um planejamento de implementação, investimentos, ajustes e acompanhamento. O sucesso está diretamente relacionado com a eficácia das ações. Se você tem uma boa idéia mas não a implementa, então você não tem nada.

2) Não tenha medo se não der certo. Seja sucesso ou fracasso, não importa qual o resultado do seu projeto, saiba que tudo é passageiro. Ter sucesso pode ser apenas um status provisório que não se sustenta no longo prazo. Ter fracasso, igualmente pode ser apenas uma etapa necessária no caminho rumo ao sucesso. Seja perseverante e siga o mantra ‘não desisto nunca'.

3) Até das pedras no caminho precisamos: Os melhores casos de empreendedorismo  começaram em um momento de crise, de grande dificuldade. Muitas vezes um problema grave serve como estopim para a revisão de paradigmas e pressupostos que levam a um processo de ruptura e busca de novos conceitos aumentar a competitividade e a eficácia. Mais uma vez, o valor do esforço pela necessidade de sobreviver.

4) Não existe empreendedorismo solitário. A não ser que você se julgue o profissional completo que bate, cabeceia e defende, você precisará buscar o apoio de pessoas que tenham competências complementares à sua para formar uma equipe integrada e tocar o projeto escolhido. O mundo está tão complexo que ninguém hoje pode dominar todos os elementos sozinho. Qualquer empreendimento de sucesso possui sempre uma equipe por trás delas e não apenas o empreendedor.

5) Estruture sua idéia. Para transformar uma idéia em algo factível é preciso, no mínimo, recursos. Pessoas, tempo, espaço, dinheiro, equipamentos, etc são todos elementos que precisam ser organizados e planejados. Muitas boas idéias soçobraram por não terem sido adequadamente planejados e estruturados. Nem todos possuem habilidades administrativas, portanto traga para a equipe quem pode ajudá-lo nisto.

6) Alinhamento com a visão. De nada adianta ter uma grande idéia se ela não está alinhada com a visão que o empreendedor escolheu para si. Busque este alinhamento através do processo de auto-conhecimento e dos seus sonhos de vida. É importante que o empreendedor saiba como ele se vê no futuro, o que estará fazendo, que estilo de vida pretende adotar, para saber se o empreendimento sendo criado lhe proporcionará isso.

7) Não espere para poder agir. Muitas coisas só são possíveis com a ajuda e cooperação de outras pessoas. Infelizmente, nem todos têm o mesmo grau de comprometimento com a sua idéia do que você. É preciso conquistar o apoio daqueles de quem você depende. Em alguns casos, é importante até mesmo ter a coragem de quebrar algumas regras e linhas hierárquicas para fazer as coisas acontecerem.

8) Saiba vender sua idéia: De todos os apoios que você precisa, nenhum é mais necessário do que aquele que dará luz verde para você iniciar o projeto. Geralmente um investidor ou parceiro deve aprovar seu projeto para liberar os recursos que você precisará. Não basta levar uma boa idéia, vontade e determinação. É preciso provar que a idéia é viável. É preciso provar os benefícios do projeto. Em muitos casos, é preciso fazer um bom plano de negócios. Para se tornar mais efetiva sua venda, conquiste apoios entre aqueles que tomarão a decisão, antecipe suas preocupações e eventuais resistências à idéia.

9) Tenha um mentor: Se você está muito distante de pessoas que podem ajudá-lo, ajuda muito ter pelo menos uma pessoa com livre trânsito entre os tomadores de decisão ao seu lado. Ele será o seu mentor e o ajudará a vender a idéia e obter os recursos e apoios necessários para implantar sua idéia. Quanto mais relevante a posição e influência dele, melhor.

10) Pequenas ações empreendedoras: Nem todas as ações empreendedoras dizem respeito a projetos de negócio ou com alto grau de complexidade. O espírito empreendedor está em todas as coisas, uma mobilização para juntar dinheiro para ajudar um amigo doente, a resolução de um pequeno problema do cliente que não tinha nada a ver com você, a preocupação em levar um pacote de salgadinhos para oferecer numa reunião. Qualquer coisa que envolve criatividade, iniciativa e realização é uma importante prática da atitude empreendedora.

FONTE: Cidade Marketing