segunda-feira, 27 de maio de 2013

Receita de jornais dos EUA segue em queda

Washington Post e Miami Herald divulgaram balanço do 1º trimestre e aporte publicitário continua caindo

Whashington Post perdeu 8% de receita publicitária na comparação entre períodos
Whashington Post perdeu 8% de receita publicitária na comparação entre períodos Crédito: Daniel X. O'Neil/Wikimedia

Duas das maiores empresas de jornais americanas informaram queda nas receitas no primeiro trimestre deste ano. São o Washington Post e a McClatchy Co, que publica o Miami Herald – ambas perderam 4% na comparação com o mesmo período de 2012. O principal motivo foi o contínuo declínio de anunciantes das versões impressas.
No caso do Post, a queda de receita publicitária foi de 8%, chegando a US$ 48,6 milhões, e a de circulação foi, em média de 7,5%. O total de receitas no primeiro trimestre de 2013 foi de US$ 127,3 milhões. A operação da empresa inteira cresceu 1%, chegando a US$ 959 milhões. Isso se deveu principalmente às divisões de radiodifusão e TV a cabo, que cresceram 5%, chegando a US$ 285,6 milhões no primeiro trimestre.
O total das receitas da McClatchy caíram para US$ 276,7 milhões – só o aporte de propaganda caiu 6%, chegando a US$ 197,1 milhões. O que segurou a queda foi o crescimento da circulação paga, principalmente aos novos assinantes de paywall, que cresceu 1,6% no período, chegando a US$ 67,5 milhões. Os anúncios nas versões digitais também tiveram alta de 22% em relação ao primeiro trimestre de 2012, compondo 24% do total da receita publicitária da empresa. 

FONTE: Meio e Mensagem

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Opinião: Diversão e arte como a vida quer

Por que ainda produzimos ideias mirabolantes para enganar o consumidor fazendo que ele ache que vai encontrar uma coisa e... Surpresa, não era nada daquilo que estava imaginando?

Paula Nader
Paula Nader Crédito: Divulgação
 
(*) Por Paula Nader
Ok, eu já fiz. Você já fez. Nós já fizemos. Mas tem coisa mais chata do que sobrecapas de jornal e aqueles encartes rígidos, que fazem com que você abra a revista sempre na mesma página?
Minha reação instintiva é arrancar a tal peça e me livrar dela o mais rápido possível, impaciente e irritada com quem se colocou entre mim e minhas notícias.

Ah, e ainda me esqueci dos imbatíveis pop-ups que escondem o botão do “X” para você não conseguir fechá-los. Além de inconvenientes como as sobrecapas e encartes rígidos, ainda subestimam a sua inteligência...
Não gosto. E imagino que, talvez, mais pessoas tenham impressões e reações parecidas.
Temos vocação, talento, intuição, informação, repertório e, hoje em dia, literalmente, acesso a todas as referências do planeta.
Por que, então, temos de colocar nossas mensagens aos gritos no meio do caminho das pessoas? Por que ainda estamos apavorados com o fato de que, cada vez mais, as pessoas podem evitá-las, indo direto ao conteúdo que realmente as interessa?
Por que ainda criamos e produzimos, nos mais diferentes formatos, ideias mirabolantes para enganar o consumidor fazendo que ele ache que vai encontrar uma coisa e... Surpresa, não era nada daquilo que estava imaginando?!
Alguém ainda acha que isso funciona?
Mas também não venha me dizer, baseado no exemplo da Amazon.com, que quem tem algo que você quer comprar e presta um bom serviço antes, durante e depois da venda não precisa de propaganda.
Porque todos os dias, filmes, anúncios e peças digitais interessantes rodam nas nossas telas, enviadas não pelos anunciantes, mas por alguém que sabe como você pensa e achou que você poderia gostar de ver algo bem bolado, bem produzido e, por favor, bem-humorado. E muitas vezes você gosta.
Porque volta e meia você encontra uma peça de mobiliário urbano realmente útil, benfeita e com a cara da sua cidade, que carrega a mensagem de um anunciante que preferiu (ou foi obrigado a) não despejar no seu caminho um monte de lixo visual e sonoro.
Porque uma boa ideia, bem redigida e bem colocada, sempre interessa. É como conversar com alguém divertido, bonito e inteligente. Quem não quer?

Alguns vão dizer que o difícil é fazer isso e ainda atender a tudo o que foi colocado no briefing...
Então, vamos lá, redatores de briefing! Exercitem a síntese e pensem mais no que vai interessar a quem está fora da empresa do que a quem está dentro, achando que, se o texto da campanha descrever absolutamente todas as características do produto que ele quer vender, está tudo resolvido — para estes recomendo que você, meu caro redator de briefing, dê o exemplo da Amazon.
Não importa se você brifa, cria, aprova, produz ou veicula. Acho que temos a responsabilidade (e a fantástica possibilidade) de fazer algo que informa, emociona, diverte, encanta e... Vende?
Que te parece?

FONTE: Meio e Mensagem

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Samsung continua martelando a Apple

Estratégia da marca sul-coreana é convencer os novos consumidores a entrarem no mercado de smartphones com um Galaxy

(*) Por John McDermott, do Advertising Age

Como o comercial de estreia para o mais recente smartphone da Samsung, o Galaxy S4, mostra, a companhia ainda está agindo como a marca desafiante, quando se trata de sua concorrência com a Apple no mercado de smartphones top de linha.


O filme – exibido pela primeira vez durante um episódio de “Conan” – representa vários participantes de uma festa de formatura usando o S4 e causando admiração nos donos de iPhones. Quando uma jovem usa a tecnologia de comunicação por proximidade (NFC na sigla em inglês) do S4, desenhada para compartilhar fotos com um amigo, por exemplo, uma senhora perto dela tenta fazer a mesma coisa com o iPhone. A mais jovem rapidamente observa que iPhones não têm essa funcionalidade, o que faz o marido dessa senhora dizer “Então alguns telefones inteligentes são mais inteligentes que outros”.


A Samsung quer fazer os consumidores acreditarem que o S4 é o smartphone para os mais jovens, que conhecem mais de tecnologia e aderem rapidamente ao novo, mas o fato de a companhia continuar a tática inicial de publicidade do lançamento do S3 de criticar o iPhone levanta questões sobre o quão eficiente a Samsung tem sido em combater a percepção do iPhone como o primeiro smartphone do mercado. Muitos previram que a Samsung se afastaria dessa estratégia com o S4 e começaria a se concentrar em contar a história de seu próprio produto à la Apple. Evidentemente, a Samsung não viu esta como uma mensagem imediatamente efetiva.


Continuar a fazer marketing contra o iPhone também reforça a percepção de que os smartphones da Samsung não são para a elite tecnológica, mas para pessoas comprando seu primeiro smartphone. Ou seja, a Samsung não tem capturado os clientes leais à Apple, mas tirado vantagem da adoção abrangente de smartphones, convencendo aqueles que são novos nesse mercado a nele entrarem com a Samsung.


A estratégia tem sido bem-sucedida. A Samsung aumentou sua participação no quarto trimestre de 2012 em smartphones de 21% para 30%, comparando o período equivalente de 2011. A participação da Apple caiu de 41% para 39% na mesma variação de tempo.


A Samsung está se desviando da Apple com esse novo comercial, ao mostrar a comercialização de seus smartphones não como produtos isolados, mas ponto focal de um ecossistema de aparelhos eletrônicos. Um dos formandos usa seu telefone para mudar o canal de TV enquanto o anfitrião observa com reverência.


Parte da estratégia “smartphone como o Cavalo de Tróia” inclui o fato de a Samsung instalar Experience Shops em mais de 1.400 unidades da Best Buy no mês passado. Consultores nas Experience Shops têm demonstrado aos consumidores como a enorme quantidade de produtos mobile da Samsung e acessórios – smartphones, tablets, laptops e câmeras para internet – trabalham juntos.


(*) Tradução: Roseani Rocha
 


 

FONTE: Meio e Mensagem

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O futuro do marketing para as Pequenas Empresas

Por: Gabriela Otto
Mídias Sociais mais inteligentes
A corrida para ganhar presença nas redes sociais vai amadurecer e as empresas entenderão que simplesmente estar em todas as plataformas não garante engajamento, muito menos aumento na receita.  A partir de 2013, as pequenas empresas começam a ficar mais confiantes e hábeis na integração das mídias sociais, escolhendo plataformas específicas e conectadas com seu negócio. O retorno virá da decisão de quais plataformas são interessantes para atingir seu público.
Simplicidade vai reinar
O fato é que estamos exaustos. A hiper-conectividade do mercado atual passa a sensação que vivemos no clipe do Gangnam Style. Não aguentamos o ritmo brilhante e chamativo do Tecnobrega, 24 horas por dia.
Não tenho nada contra o coreano Psy ou o gênero musical nascido no Pará, acho até muito criativo e divertido. Entretanto, a comunicação corporativa tende a tomar outro rumo. A complexidade nas mensagens pode causar confusão e incerteza no consumidor.  Simplicidade faz a pessoa se sentir no controle, ela entende a mensagem e pode relacioná-la a sua realidade. O simples permite que você faça uma conexão direta com o seu público.
As estratégias de marketing mais bem sucedidas serão aquelas de natureza simples, que promovam bens e serviços que simplificam a vida do consumidor, ou apenas a sua experiência como cliente.




Campanhas de marketing vão fazer uma pausa Grandes campanhas vão perder a força. A falta do foco durante o processo longo e a não compreensão da linha de tempo da campanha pelo cliente são as principais causas.   O marketing em tempo real, através de mídias sociais e sites, será o foco.
Smartphones alcançarão seu devido lugar
No ano passado, compramos mais smartphones do que computadores. 90% das empresas globais tem um site adequado para smartphones, mas somente 20% dispõe de estratégias específicas para essa plataforma, totalmente integradas com seu plano de marketing. Os planos mais ousados devem se encaminhar para o mobile a partir de 2013.
De acordo com estudo da Fournaise Marketing Group, divulgado pela Forbes, 73 % dos executivos não acreditam que o marketing gere receita. Ao invés da simples medição de leads, o valor do marketing vai começar a ser medido pelo crescimento das vendas. Essas tendências vão conduzir a um departamento de marketing mais eficaz.
Por um Plano de Marketing inspirador!

FONTE: CidadeMarketing

terça-feira, 21 de maio de 2013

Como incrementar sua capacidade inovadora

Por: Marcos Hashimoto

Dicas para você melhorar sua capacidade de pensar diferente e gerar inovações  

Hoje é inquestionável a busca das empresas por profissionais que, além de bem qualificados para executar suas funções, sejam também criativos. Todos nós nascemos criativos, mas a vida acaba nos impondo restrições que nos obrigam a aprender a pensar sempre de um mesmo jeito, sempre alinhado com o que as pessoas pensam. Isso é extremamente normal, pois caso contrário nem sequer seriamos aceitos socialmente. O problema é que quando nos acostumamos a pensar sempre do mesmo jeito e sempre buscando a concordância dos outros, acabamos matando nossa capacidade de pensar diferente e, consequentemente, nossa capacidade criativa. Dá para mudar isso? Com certeza, mas exige um certo esforço cujos resultados não vêm de uma hora para outra e nem de uma vez só. A seguir passo algumas dicas para você melhorar sua capacidade de pensar diferente e gerar inovações.

Desafie as regras - Todos nós, sem exceção, somos doutrinados a seguir regras desde a infância. ‘Não faça isso', ‘Não suba aí', ‘Isso é errado', ‘As pessoas não fazem assim'. Cada ‘não' que ouvimos é um tijolo que colocamos em paredes que formam ‘caixas' que nos cercam, nos protegem e permitem que sejamos aceitos socialmente. Ao chegarmos à idade adulta, o fato de estarmos encerrados nestas caixas do pensamento impedem que visualizemos uma realidade fora deste mundo de regras. Existe um jargão típico entre os consultores de criatividade que é ‘Pensar fora da caixa', que na verdade, nada mais é que desafiar estas mesmas regras que nos podam o pensamento inovador e imaginar como ficaria cada situação se não houvesse regras, se não estivessemos presos aos paradigmas sociais e legais que formam os paradigmas do que é ‘certo fazer', do que é correto e aceito pelas pessoas. Pensar fora da caixa é criar situações em que você possa se desvencilhar das convenções e normas e elevar o pensamento para encontrar soluções inovadoras e criativas.

Dê um ‘toc' na cuca - Muitas vezes precisamos que alguma coisa aconteça em nossas vidas para que saiamos do marasmo da rotina e impulsionemos nossa mente para explorar todas as possibilidades para lidar com situações adversas. Um ‘toc' na cuca pode ser dado por uma demissão, a perda de um parente próximo, uma viagem inesperada, um assalto, ou uma coisa positiva também, como uma promoção, um elogio vindo de alguém que você não esperava, regando o jardim. A revista Você S.A. publicou uma vez uma parábola que contava como dois monges foram bem recebidos por uma humilde família que repartiu o pouco que tinha para recebê-los e ofereceu sua casa para o pernoite. Ao saber que tudo que eles tinham era graças a uma vaca que lhes dava leite para beber e vender, o monge mais idoso ordenou seu colega que empurrasse a vaca penhasco abaixo no meio da madrugada. Sem entender, o jovem monge obedeceu. Na manhã seguinte, bem cedo, antes de todos acordarem, eles se foram. Depois de alguns anos, o jovem monge fez o caminho novamente e quis matar a curiosidade sobre o fim que levou aquela família. Qual não foi a sua surpresa ao descobrir que no lugar do casebre havia uma boa casa, crianças saudáveis brincavam no jardim e tudo estava bem cuidado e com sinais de prosperidade. Ao indagar o dono da casa, ele descobriu que sua vida mudou depois que sua vaca morreu. Ele e a família foram obrigados a buscar outro meio de sobreviver e então descobriram tudo o que eles poderiam fazer e assim reverteram suas vidas miseráveis. Tudo graças à morte da vaca que os sustentava. Você se lembra da frase: ‘A necessidade é a mãe da invenção'?

Divirta-se - Bem, se a necessidade é a mãe da invenção, o divertimento é o pai dela. Minhas melhores idéias surgem quando estou brincando com meus filhos, ou a partir da segunda cerveja com os amigos. Os momentos de descontração aliviam a mente para navegar solta, com as defesas abaixadas, sem bloqueios e sem a preocupação com as exigências e normas a serem seguidas. Na verdade, você não precisa necessariamente se divertir, basta se distrair. O importante é sair do contexto da situação que você está precisando resolver. Se alguém te perguntar qual é o momento em que você mais precisa ser criativo, com certeza, as principais respostas seriam algo como: ‘Quando tenho um problema para resolver', ‘Quando tenho uma necessidade para atender' ou ‘Quando o prazo está se esgotando'. Mas, se te perguntarem qual é o momento que as respostas vêm com mais facilidade, as respostas passam para algo como: ‘Quando estou fazendo alguma coisa não relacionada com o problema', ‘Quando estou só me distraindo' ou ‘Quando estou relaxado'.

Anote tudo - Talvez você não se dê conta, mas nossa mente trabalha o tempo todo, nunca tira folga, e, justamente nos momentos de descontração ou que se está fora do problema é que ele pode encontrar uma grande solução. Se você estiver focado no problema, com certeza se lembrará da solução depois de algum tempo. Só que nestes momentos, idéias espontâneas surgem, aparentemente do nada, e lamentavelmente a maioria é descartada antes de tomar forma, simplesmente porque forçamos a mente a focar no que é preciso pensar naquele momento. Como o lado direito do cérebro não sabe respeitar regras, ele insiste em levar seu dono para viajar nos momentos mais impróprios. Não restrinja sua mente de dar as suas viajadas ocasionalmente. Tenha sempre em mão papel e caneta para anotar qualquer coisa nova que surja. Depois, ao reler, pode ser que você simplesmente dê algumas risadas e jogue o papel fora, mas pode ser que ela venha a se tornar uma grande sacada para o seu negócio, sua vida ou seu trabalho.


FONTE: CidadeMarketing

E-commerce tem novas regras a partir de hoje

Sites de comercialização de produtos terão de disponibilizar canal de serviços de atendimento que facilite o trânsito de reclamações

O e-commerce (comércio eletrônico) conta com regras mais claras e rígidas a partir de hoje, com a entrada em vigor do Decreto Federal 7.962/13. Entre as obrigações previstas para as vendas feitas pela internet está a disponibilização, em lugar de fácil visualização, de informações básicas sobre a empresa, como nome, endereço, CNPJ - ou CPF, quando for o caso de a venda ser feita por pessoa física.
Com as novas regras, as empresas terão também a obrigação de respeitar direitos do consumidor, como o de se arrepender da compra no prazo de até sete dias úteis, sem a necessidade de que seja apresentada qualquer justificativa. Nesses casos, a obrigação pela retirada do produto na casa do consumidor e o estorno do valor pago será da empresa que vendeu o produto.
Os sites de venda de produtos pela internet terão de disponibilizar em suas páginas um canal de serviços de atendimento ao consumidor que facilite o trânsito de reclamações, questionamentos sobre contratos ou mesmo dúvidas sobre o produto adquirido. O decreto prevê algumas regras a serem cumpridas por sites de compras coletivas, como informar a quantidade mínima de clientes para conseguir benefícios como preços promocionais.
As lojas virtuais que desrespeitarem as novas regras poderão receber multas, suspensão temporária e até mesmo o fechamento definitivo. “As regras chegam para regulamentar o setor, deixando claros as condições e os benefícios do consumidor. Lojas que não se adaptarem serão naturalmente excluídas do mercado”, afirma Pedro Eugenio, presidente do Busca Descontos – www.buscadescontos.com.br - portal que reúne cupons de descontos grátis dos principais varejistas do e-commerce brasileiro.   
A advogada especialista em Direito do Consumidor Ellen Gonçalves, sócia do Pires & Gonçalves Advogados Associados, ressalta que as mudanças terão muito impacto sobre o mercado, principalmente com relação à cláusula de arrependimento. Com a nova lei, caberá ao fornecedor pelo site de comércio eletrônico comunicar o exercício do direito de arrependimento ao agente financeiro ou à administradora de cartão de crédito para que não haja lançamento em fatura ou, se for o caso, seja estornado o valor lançado.

Fonte: Jornal do Comércio

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Marketing, branding e a nivelação rasteira

Por: Gabriel Rossi
Uma empresa que parece ter desaprendido que marketing e branding são indissociáveis é a Brastemp.
No mínimo um cidadão míope que não sabe nada do que está falando e pior ainda, ensinando (minhas sinceras condolências para aqueles que pagaram para assistir alguma palestra com esse apocalíptico ‘expert'). Tive que conter qualquer reação mais exacerbada de minha parte - até por questão de elegância - mas difícil entender tal débil afirmação. Afinal de contas, Drucker mostrou ao mundo em The practice of management (1954) que o marketing é tudo que uma empresa faz e sua força se mostra em, principalmente, construir uma marca de fora (mercado) para dentro, caso contrário o processo se torna esquizofrênico. Esse documento culminado com sua ida para a General Motors como consultor, representou a fusão total e inegociável das duas disciplinas.

Francisco Alberto Madia de Souza, a quem todo mundo, incluindo seus alunos (também fui) e familiares, chamam simplesmente de Madia, escreveu um excelente artigo deixando bem claro que branding e marketing são "duas faces de uma mesma moeda"(1). John Jantasch , autor dos livros Marketing de Baixo Custo e Alto Impacto (2007) e The Commitment Engine (2012) , foi igualmente feliz em sua observação enfatizando que "marketing é a arte de convencer alguém que tenha um desejo, a conhecer, gostar e confiar em você"; e "branding é a arte de se fazer conhecido, querido e confiável"(2).

Em outras palavras, se o marketing estuda e entende, o branding encanta. É uma relação simbiótica e também saudável, oras. Inclusive, do meu ponto de vista, a fase atual da internet, que é essencialmente social, funciona como uma "cola" intensificando ainda mais a convivência harmoniosa. E, mais do que isso, ajudam na elaboração de estratégias fundamentais para conquistar e encantar o cliente (sei que isso soa clichê). Isso prova que um não vive sem o outro.
Um pouco desse teatro intelectualmente nefasto e ao mesmo tempo cômico se dá porque, muita gente que se diz entendida do assunto, não consegue realmente simplificar o sentido do marketing. Refiro - me, por exemplo, a toda canaille primitiva dos pseudo experts super valorizados que aparecem diariamente com o ego inflado nas redes sociais e ambientes afins. Enfim: Marketing nada mais é que se organizar na perspectiva do mercado e do cliente3. Inocentes aqueles que acreditam que marketing é apenas divulgar promoção ou fazer campanhas publicitárias caríssimas. Por falar nisso, sonho com um dia que a disciplina da empresa moderna deixe de ser a fluoxetina diária de certos publicitários pavões ególatras com todo o glamour jeca e cafona que carregam (sem generalizações, pois conheço profissionais de qualidade nesse ramo). Nossa profissão é séria demais para se resumir a apenas sacadinhas criativas.


Uma empresa que parece ter desaprendido que marketing e branding são indissociáveis é a Brastemp. Depois de conquistar e dominar por anos o mercado com seu belíssimo posicionamento "Não é assim uma Brastemp", Narcisos irresponsáveis recebem o poder em mãos e começam, alguns anos atrás, a mexer em time que está ganhando. Como políticos de oposição que rechaçam as obras do mandato anterior. Não importando o quão boas foram suas ações. Ironicamente o novo conceito foi batizado de Lado B. Nada mais justo. O Lado B do marketing criando uma campanha Lado B. O critério é simples: se não fui eu que fiz, não é bom. Realmente, esse case Brastemp é um dos cinco maiores fiascos do marketing moderno. Simplesmente bestial. Parecem ter esquecido que nenhuma marca nasce, resiste e se fortalece sem a validação do mercado! E o consumidor? Ah... o consumidor é apenas um penduricalho dispensável.

Independente dos meus furibundos protestos, não acredito, mesmo que gostaria, que essa bolha de ignorância e juniorização que ronda o marketing brasileiro possa acabar tão cedo. Talvez eu seja só um apaixonado pelo marketing (sentimentalismo a parte) que está cada vez mais assustado com a nivelação rasteira que estamos passando. Falta, entre outras coisas, vigor intelectual de parte dos atores. Mas quem, com o mínimo de conhecimento e paixão não estaria assustado e até mesmo indignado? Eu, com certeza, não estou sozinho.

FONTE: AdOnline

sexta-feira, 17 de maio de 2013

De novo as cotas

Por: Tadeu Viapiana

Outro dia escrevi aqui que o problema das cotas é que elas não tocam no problema crucial da educação brasileira: a qualidade ruim do ensino básico e fundamental na escola pública. É simples, se o ensino básico e  fundamental fosse de boa qualidade, não precisava de cotas. Todos os alunos, sejam eles da escola pública ou privada, teriam a mesma condição de competir.
Agora surge mais uma boa evidência para reforçar meu argumento. Uma pesquisa feita por dois professores da Universidade Federal Fluminense mostrou que os alunos cotistas têm notas inferiores aos alunos não cotistas. Pior, a diferença não é apenas nos primeiros semestres, ela ocorre ao longo de todo o curso.  A amostra da pesquisa é grande: foram analisadas as notas de 167 mil alunos, de treze cursos diferentes nas áreas de ciências humanas, engenharia, filosofia, história e matemática.
Conforme a Folha de São Paulo (28/04), as diferenças de notas entre os cotistas e não cotistas mostrou-se mais elevada nos cursos de Física (73%), Ciência da Computação (43%)  e Filosofia (26%), e menor nos cursos de Administração (4,2%) e Matemática (0,15%).
A pesquisa reafirma uma conclusão já conhecida dos especialistas em educação: a qualidade do ensino básico e fundamental é preditiva do desempenho futuro do estudante. É nesses dois níveis que se formam as competências básicas dos estudantes. O que deixamos de aprender ali, ou aprendemos mal, nos acompanham para o resto da vida.
Já se disse que um dos maiores erros cometidos pelo Brasil nos anos 1980 e 1990 foi não ter compreendido a necessidade do investimento correto em educação básica e fundamental, como fizeram muitos países asiáticos. Hoje, eles estão na nossa frente em competitividade econômica e produzindo bens com alto valor agregado em tecnologia.
Ao invés de aprender com eles, optamos pelo caminho mais fácil da improvisação.  Optamos pelas cotas, o caminho mais fácil e, vemos agora, o menos adequado.

FONTE: AdOnline

Branding aplicado aos relacionamentos

Por: Luiz Henrique Rosa

Branding nos relacionamento parece forçassão. E é! O relacionamento entre duas pessoas pode ser comparado com o relacionamento de uma marca com seu consumidor? Às vezes.
Na verdade, por sua natureza, o conceito de branding permite ilações deste tipo. Ao contrário do que já se pensou antigamente, a ação de conquistar consumidores não é unilateral. É mais uma interação do que uma ação. É avenida de duas pistas. Ambos coadjuvantes numa co-relação. Na gestão de branding não é só o consumidor que escolhe a marca mas, também,  a marca escolhe o seu consumidor. A resultante destas forças bi-laterais é fortemente afetiva, emotiva, sensorial. Por isto é descrita – não sem razão – por expressões como “conquistar o coração do consumidor”, “desenvolver amor pela marca”, “fidelidade de marca”. Há amor e sentimentos envolvidos.
Conceito é tudo. Até mesmo nos relacionamento. Se Branding é o modo como aguçamos a percepção de um potencial consumidor, de modo a que ele sinta a marca não como a melhor entra as concorrentes, mas como a única solução para o que ele busca; então não é difícil aplicarmos o conceito de branding aos relacionamentos interpessoais.Então, vamos tentar aproximar branding das relações afetivas:
 
 
10 CONCEITOS DE BRANDING APLICADOS AOS RELACIONAMENTOS
1. Comece por pensar profundamente no tipo de pessoa que você gostaria de ter como seu consumidor.
Que coisas (características pessoais)  você gostaria que tivesse aquele “alguém especial”, aquele “alguém pra chamar de seu”?
Quando perguntadas, as pessoas comuns descrevem características pessoais e de comportamento semelhante aos critérios utilizados por um gestor de marcas para determinar o potencial de seu mercado-alvo ou para definir seu público de interesse: poder aquisitivo, escolaridade, localização geográfica, faixa etária, sexo, estado civil. Faltou alguma coisa? Basta olhar os perfis dos sites de encontros, esta é a primeira bateria de perguntas que umcandidato a encontrar alguém precisa preencher.
2. Descubra o que realmente importa para o outro.
Você precisa olhar e entender francamente o que está acontecendo entre vocês. Quem é o outro e o que ele está buscando em você. Precisa pensar se você tem – ao natural - as características exatas que o outro procura ou vai precisar “mostrar” que você  pode atender a esta(s) necessidade(s)? O objetivo do Branding é atrair quem você escolheu para o que você tem a oferecer. E isso começa por conhecer o outro. E adaptar a sua oferta aos desejos do seu consumidor-alvo.
3. Entenda que não basta você ser diferente, tem que ser relevante.
Isso precisaficar claro: apenas ter um diferencial é insuficiente. Você tem que importar, tem que fazer falta em algum campo específico da vida desta pessoa. Se você descobriu ( item2) o que ela procura, entenda também a relevância que a pessoa percebe em você e invista em ampliar as margens desta relevância. Fazer diferença é mais do que “ser diferente”. Sua ausência precisa ou criar um "buraco", um desconforto na vida dela ou então, enchê-la de orgulho, de satisfação ou emprestar-lhe, de algum modo, PODER.
4. Esteja pronto para ser comparado (a) com outras “marcas” igualmente atraentes e interessadas no seu amor.
É preciso entender que assim como uma brand, pessoas interagem com outras marcas, com outras pessoas, com outras situações de consumo nas quais você não tem qualquer controle. Os relacionamentos de qualquer tipo – entre marcas e seus consumidores ou entre pessoas que se gostam esta sendo permanentemente testado. Todos os dias, nas ruas, na televisão, no rádio, no trabalho ou no metrô. Não há como fugir disso. O risco da experimentação é inerente. Ou seja, a única garantia de fieldade é se você construir um relacionamento sólido. RELACIONAMENTO É CONSTRUÇÃO DE LONGO PRAZO.
5. Construa o caminho da fidelidade.
Construir um relacionamento é entregar as coisas que um espera do outro de modo constante e sem stress. Não pode parecer um favor ou um sacrifício. A Coca Cola promete um determinado sabor, uma determinada aparência, um padrão e higiene e uma exata textura. Ela promete e entrega. A dica é: se você acertou o caminho do coração dele, repita. As pessoas sabem o que esperam de cada marca e do seu produto. É o cumprimento destas expectativas que garantem a longevidade e o frescor da relação.
6. Só faça promessas que você possa cumprir.
É fundamental saber no que basear a sua proposta de valor. Se você tiver que falhar em alguma coisa, e você vai falhar, tenha bem definida que coisa você não pode falhar de maneira alguma. Se tudo o mais desse errado, que característica você gostaria de ver associada à sua imagem pessoal? Isto precisa ser tão relevante no campo afetivo para que esta pessoa perceba você, como a única solução para o que ele busca.
7. Comunique, ao outro, como você quer ser lembrado.
Fale, repita. Diga a mesma coisa de modos diferentes. Associe novas ideias a sua ideia-básica. Não deixe de dizer inúmeras vezes o que você está prometendo para aquela pessoa. Dê publicidade ao seu posicionamento. Posicionamento é o lugar que você vai ocupar no cérebro desta pessoa. Um bom posicionamento não pode ser genérico ou demasiadamente subjetivo: tem que ser específico e pontual; e como já falamos tem que ser relevante para o seu “consumidor”. Tem que, de fato, fazer diferença pra quem importa. Este conceito precisa ser fixado, tem que estar associado a você, umbilicalmente colado em você. Diga, por exemplo, eu quero ser lembrado por sempre acordar com um sorriso no rosto.
8. Talvez eu tenha omitido uma palavra fundamental: VERDADE.
Branding se baseia nisso. Amor se alimenta disso. Não tem como fazer de conta. O que você escolher como a sua ”promessa de valor” precisa ser alicerçada em valores verdadeiros. Se você prometer: que vai estar ao lado da pessoa nas horas difíceis é bom que você não seja um viajante. Você não vai cumprir esta promessa. Você não vai conseguir – no longo prazo – atender a esta expectativa. Se você disser “vamos rir juntos” é bom que você seja engraçado, bem humorado e que seja um otimista por natureza. Se você prometer que será “a rede” da outra pessoa, tenha segurança financeira para segurar as broncas que virão.  Se você se posicionar como  justo e ponderado. Seja Zen.
9. Pós-venda é perguntar "foi bom pra você?
 Uma marca, como eu já disse, se constrói no dia a dia, se consolida e fideliza pela entrega constante de um determinado “standard” de valor. Uma expectativa recíproca e permanente que precisa ser atendida e revalidada diuturnamente. Branding é construção. É constância.
Hoje não se discute mais a importância da prestação de serviços dentro de um sistema de ações de branding. Você precisa ouvir permanentemente quem você ama. E principalmente quem você quer que ame você. Crie o seu SAC particular. Encoraje-o a pegar o telefone perguntar, tirar suas dúvidas, elogiar, reclamar sugerir. Esteja pronto(a) para discutir a relação. Assim como as corporações estimulam seus clientes, você deve criar canais de diálogo.
As pessoas se sentem respeitadas e valorizadas não quando uma marca demonstra conhecer o consumidor agindo em seu processo de compra, mas quando a corporação demonstra um entendimento legítimo da pessoa travestida de consumidor. Sugestões são sempre construtivas.
Há pessoas que se ofendem com o que deveria ser o seu indicativo de acerto. Uma crítica nada mais é do que uma expectativa que não foi atendida. Uma reclamação pode ser apenas “um momento fora do normal” ou uma falha na sua proposta de valor. Numa relação, enfurecer-se diante da crítica é como quebrar o termômetro por ele indicar febre. Esteja pronto para escutar, se desculpar, esclarecer e -principalmente – corrigir-se.
10. Empresas de sucesso, pessoas infelizes.
O consultor Clemente Nóbrega escreveu um livro muito elucidativo sobre a quase impossibilidade de se ser feliz e construir uma empresa de sucesso na mesma encarnação. Ele mostra (e prova) em seu livro que as duas coisas são quase incompatíveis. Trabalho duro e felicidade pessoal não são naturais ao ser humano. Sucesso em branding, na minha opinião, por sua vez pode ser, sim, construído sobre alicerces de felicidade.
Branding, em resumo, é ser percebido por alguém como a sendo a única solução viável para que ela própria se sinta feliz.
Então, você será um sucesso na aplicação dos conceitos de branding se o conjunto das suas ações, ao longo do tempo, fizerem de você uma pessoa inesquecível para alguém, e esta “inesquecibilidade” se construiu exatamente pelo fato de ela acreditar que ela própria é inesquecível pra você.

FONTE: AdOnline

quinta-feira, 16 de maio de 2013

O pior comercial de rádio que já ouvi na vida

Por: Julio Ribeiro

Depois de um feriado “de pé quebrado”, em que tive tempo de ouvir um pouco mais de rádio, zapear pela tevê e ver alguns DVDs, ai vão alguns tiros que se fazem necessários:
- Eu não me lembro de ter ouvido, alguma vez, um comercial de rádio tão ruim, mas tão ruim, como o das lojas Multisom para o Dia das Mães. São produções colegiais, sem querer ofender a gurizada de 14/15 anos que, certamente, criaria coisa melhor. São duas “peças” naquele estilo preguiçoso de dar o briefing com diálogos inverossímeis e idiotas. Nos comerciais, dois adolescentes (a outra “peça” repete o roteiro, trocando os adolescentes por duas crianças) falam sobre ideias de presentes para suas mamães, e ai um deles indica a Multisom, que tem tudo. O outro fecha com aquele tradicional “ah, vou lá amanhã mesmo..”. Não sei qual foi a agência que criou essa “maravilha”, nem sei se a Multisom tem agência de publicidade, mas é de sentir vergonha alheia. Não vale nem o troféu Framboesa, no máximo um butiá. Estragado.
- Outra xaropice no rádio do RS (imagino que em outros lugares em que a Record tenha espaço, o fenômeno se repete) são as chamadas para a minissérie “José no Egito”, que tenta dar a uma história bíblica, religiosa, contornos de novela mexicana. Coisas do tipo: “..conseguirá o amor de José e Azenate superar a separação?”. Aí a Globo, mesmo com o texto debiloide da Glória Perez, continua dando de relho nas produções da Record e os bispos não sabem porque!  
- Por falar em novela, comecei a assistir no final de semana, com minhas irmãs mais velhas (que eu, carinhosamente, chamo de “cajazeiras”) o DVD com os capítulos da novela “O Bem Amado”, levada ao ar em 1973. E aí a conclusão é evidente: quem nasceu para Silvio de Abreu, nunca chegará a Dias Gomes. Além de matar a saudade, e a curiosidade, sobre atores e personagens históricos da tevê brasileira, é um belo de um passatempo assistir a uma produção do tempo em que tudo era mais ingênuo. Até o político safado da época, Odorico Paraguassú, parece um escoteiro perto dos nossos políticos de hoje. E o pistoleiro Zeca Diabo, hoje, não assusta nem criança de berçário. Baita novela. Vale a pena comprar o DVD ou pedir emprestado a um amigo e assistir.
- Ouvi na “A Hora do Brasil” da última sexta-feira, dia 3, que o deputado Raul Lima (PSD/RR) está propondo a possibilidade de jovens de 16 a 18 anos tirarem Carteira Nacional de Habilitação e poder dirigir em todo o território nacional. Mas ai me ocorreu o seguinte: se um menor de idade, um guri de 16 anos, por exemplo, tiver o direito a dirigir, ele estará sujeito ao Código de Trânsito Brasileiro, no qual estão previstos “crimes de trânsito”. Mas se a joinha é ineputável criminalmente, como vai ser? A menos que se baixe a maioridade penal para 16 anos, como quer a grande maioria da população brasileira. Se não, vão continuar andando na carona dos papais, ora essa!
- Eu assino uma dessas operadoras de tevê, com canais em HD. Ao todo, são mais de 100 canais. E ai, às vezes, eu fico com tendinite de tanto rolar pra lá pra cá o controle remoto, buscando alguma coisa interessante pra assistir. Se me fosse dada a possibilidade de comprar e pagar a la carte somente os canais que me interessam, não passariam de dez. Ai eu pago um monte de porcaria ou coisas que não me interessam e que só sabem encher lingüiça. Quando será que vamos chegar à civilização? 

FONTE: AdOnline

segunda-feira, 13 de maio de 2013

A força do caderno de rascunho

Por: Lucio Pacheco
 
Um dos protocolos mais comuns nas reuniões de planejamento é  o uso de computadores nas suas diferentes versões. Na medida que a reunião avança, crescem as postagens, consultas ao Google, apresentações e conversar paralelas.
Mas sempre tem alguém que prefere o uso do papel e lápis para registrar e imaginar o que se está discutindo. Personagens como esses, estão ganhando mais força por praticar uma das mais antigas praticas do homem, que é o registro gráfico, o desenho, agora estudado como método para desenvolver inclusive a inovação.O design thinking.
Postado pelo designer Craighton Berman,  no site  core77 – Design, magazine & resource, traz à tona uma análise do processo que as pessoas fazem quando usam um notebook. A metodologia proposta não só fascina pela simplicidade de como as informações de uma reunião podem ser sistematizadas sem prejuizo para o livre pensar.
Pense improvisação, não a perfeição, afirma Berman. Sketchnoting não é ilustração apenas - é rabiscar conteúdo e driven para alguma coisa fora, mas no contexto do tema. Se você errar uma linha, desenhe  sobre ela novamente.
Se você escrever a palavra errada, risque apenas. O momento da  improvisação, é mais importante do que a produção refinada. Eles são o seu ponto de vista sobre um assunto e sinta-se livre para adicionar seu próprio comentário na página personalizando do seu jeito. Vale a pena conferir:
http://www.core77.com/blog/sketchnotes/sketchnotes_101_the_basics_of_visual_note-taking_19678.asp

FONTE: AdOnline

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Redes Sociais: Pode tudo. Mas vale tudo?

Por: Luciano Vignoli

Pra retomar o assunto, quem sabe uma ou duas frases do post anterior pra contextualizar o assunto:
1 – Nas Redes Sociais, como nunca antes neste universo, uma marca pode se expor por inteiro, plena, ampla, com todos os seus valores e crenças transfigurado em conteúdo multiplataforma.
2 – Afinal, ali (onde, mesmo?), de maneira multifacetada, rápida, atualizada, quase em tempo real, a marca se mostra como quer e como pode, reforçando seus laços emocionais com seus públicos de interesse, criando uma via de mão dupla para um relacionamento baseado em experimentação de marca.
            Eis, como já disse à exaustão, um mundo fascinante, sem dúvidas.
            Para uma agência de propaganda, este tal fascínio carrega em si tantas oportunidades e desafios positivos, quanto ameaças e dificuldades.
            Pensemos:
Há mais ou menos 100 anos, a Procter & Gamble dividiu, nos Estados Unidos seu marketing por marcas, talvez dando início a mais inexata das ciências, o branding.
Eis uma ciência que, por anos a fio, teve seu planejamento e execução a cargo das agências de propaganda que, com muito talento, grandes ideias, comerciais espetaculares (alguns tão eloquentes e brilhantes que viraram verdadeiros clássicos da cultura popular), com mídia de massa comprada com muito planejamento, enfim, com a velha e boa propaganda, criou e gerou marcas fortes e lucrativas, verdadeiros ícones de uma sociedade de consumo sempre sedenta por valores e referências.
Mas, agora, eis que Facebook, Twitter, YouTube, Pinterest, blogs, Tumblr, Instagram e quetais vêm desafiar esta lógica.
E como ficam as agências neste processo?
Continuam protagonistas?
Definem o branding, ainda?
E com tanta amplitude de formas de trabalho as agências devem fazer tudo?
Aliás, como integrar tudo?
Como costurar tudo?
Quem faz isto? Agência? Cliente? Agência e parceiros? Cliente e parceiros?
Grosseiramente, antes um anúncio era “somente” isto: Um anúncio. Algo que expunha uma promessa de marca, e/ou um conjunto de propostas feitas pelos clientes aos seus mercados.
Era, basicamente, pegar ou largar. Comprar ou não.
Hoje, as ofertas de um simples anúncio de varejo podem/devem ser consideradas como conteúdo de marca e abastecer a relação com os clientes, podendo (ou melhor seria dizer devendo) virar tweets, posts, cards, imagens, enfim, se transformando em um conjunto diferenciado de estímulos de relacionamento amplamente multifacetados que podem, sim, sublimar o branding.
Fascinante, não?
Fascinante e assustador.
Alinhar tudo isto em tempo real, vai muito além do plano cartesiano de planos de ação expostos em power-points incríves e desdobrados em cronogramas e calendários, que já nos desafiam enormemente no dia a dia.
Aqui, num exercício orgânico, as coisas vão se sucedendo, se intercambiando, provocando e se integrando de maneira total, rápida, frenética e totalmente imprevisível.
Pergunto de novo:
E como ficam as agências neste processo?
Continuam protagonistas?
Definem o branding, ainda?
E com tanta amplitude de formas de trabalho as agências devem fazer tudo?
Aliás, como integrar tudo?
Como costurar tudo?
Quem faz isto? Agência? Cliente? Agência e parceiros? Cliente e parceiros?
Fascinante...

FONTE: AdOnline

quinta-feira, 9 de maio de 2013

“A publicidade é um caminho sem volta nas redes sociais”

Por Mauro Donato
Os anúncios no Facebook devem ser comemorados ou repelidos?

São 71 milhões os usuários ativos do Facebook só no Brasil. Passa de 1 bilhão em todo mundo. Era natural que a publicidade se infiltrasse.
Essa propaganda pode ser saudável, inovadora e útil?
Os usuários do Facebook passaram a conviver com a existência da “publicação sugerida” em seu feed de notícias. A tal publicação é um anúncio pago e quase sem evolução com relação aos banners do tipo classificados que persistem no canto da página. A vantagem de ambos os formatos, entretanto, está na adequação da tal “sugestão” ao perfil do usuário. São seus costumes, seus gostos, seu time preferido, sua profissão, seu gênero que contribuíram para que a publicidade chegue sob medida para ele. É mais eficiente e certeiro do que em mídias tradicionais. Mas ainda é pouco.
A relação usuário/anunciante pode ser muito melhor que isso e empresas mais conectadas às redes saem-se muito bem em termos de posicionamento, relacionamento, fortalecimento da marca — os fundamentos do marketing.
Exemplo de sucesso é a Nike. Com sua série de ações interativas que integram aplicativos e fãs de suas páginas sociais, a companhia se destaca em engajamento e envolvimento com a marca estimulando o usuário a competir e desafiar amigos, equipes ou a si mesmo. Seus resultados são compartilhados com os amigos instantaneamente, formando uma grande rede esportiva. Isso não é saudável? E, de quebra, ela vende seu peixe.
Se parecem ser ambientes naturalmente amistosos e receptivos para empresas de artigos esportivos como a Nike, as redes sociais são página em branco para qualquer segmento. Basta criatividade.
A construtora Gafisa lançou uma campanha há mais de um ano em que usuários do Facebook (fãs da página da construtora e portanto potenciais clientes) faziam sugestões de confortos e inovações que gostariam de ver num lançamento imobiliário da empresa. Obteve mais de um milhão de views e o “edifício colaborativo” está em fase de aprovação na prefeitura com várias das propostas incorporadas ao projeto. Até o nome do edifício foi escolhido na rede.
A publicidade tal qual a conhecíamos até hoje, invasiva, chata, pedante, que exige um comportamento passivo do espectador, está condenada ao desaparecimento. E já vai tarde.
Minha opinião é a de que até mesmo anúncios baseados nas informações do usuário como as atuais “publicações sugeridas” tenham vida curta caso não ofereçam nada além. Se não houver um relacionamento de fato (é uma rede de relacionamentos, certo?) o espírito unicamente mercantil da publicação/veiculação tenderá a ser desprezado na maioria das vezes. Quer vender para mim? Dê-me algo em troca.
Para isso, mais até do que a publicidade, a presença institucional das empresas/anunciantes nas redes sociais através de suas páginas próprias é de fundamental importância. E benéfica para todos.
As redes sociais e a internet obrigaram as empresas a reinventar a forma de comunicar-se com os clientes. Agora é aguardar os próximos capítulos torcendo por mais inovações e que todos façam sua parte. Já se fala que a partir de junho ou julho anúncios em vídeo serão inseridos no feed. Não é preciso ser catedrático em marketing para deduzir que, na hipótese de que os filminhos comecem a ser reproduzidos automaticamente no instante em que aparecerem no feed e sem chance de interrupção, haverá uma reação altamente negativa e com toda razão.
Particularmente, não vejo nenhum problema em ter uma “publicação sugerida” em meu feed de notícias. Seja filme, foto, texto ou música. Se pertinente aos meus interesses, coerente com meu perfil e compreensiva com minha opção de não acatá-la, acho até bem melhor do que dar audiência a posts desnecessários do tipo “Bom dia!!!!!!!” ou foto de gente fazendo biquinho.

FONTE: AcontecendoAqui