sexta-feira, 28 de maio de 2010

Produção industrial mantém-se positiva em abril

Índice da produção industrial foi de 51 pontos em abril ante 62,9 pontos no mês anterior; apesar da queda, indicador acinda está acima de 50 pontos, mostrando crescimento da indústria


BRASÍLIA - O índice de produção industrial brasileira registrou uma queda em abril, mas ainda manteve-se acima do nível de 50 pontos, indicando que a indústria ainda está em crescimento. Segundo a Sondagem Industrial divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice em abril foi de 51 pontos ante 62,9 pontos no mês anterior. Valores acima de 50 pontos significam que a evolução é positiva.

O comportamento do índice de utilização da capacidade instalada efetiva também manteve-se no campo positivo. O indicador passou de 54 pontos em março para 50 pontos em abril. "A indústria voltou a operar em nível usual para o mês", afirmam os responsáveis pela pesquisa.

O cenário para os próximos seis meses é positivo. O otimismo com relação às exportações e compras de matérias-primas mantiveram-se inalterados, em 52 e 62,2 pontos respectivamente. Em relação à demanda, o otimismo se tornou um pouco menos disseminado pela indústria: o índice recuou de 65,7 para 64,4 pontos

A sondagem industrial foi feita entre os dias 30 de abril e 20 de maio, ouvindo 1.214 empresas.

Recuperação da atividade

O ritmo de produção e o volume de estoque da indústria brasileira em abril indicam que o setor deve concretizar este ano o processo de recuperação do nível de atividade num ritmo controlado, segundo avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). "A gente não está com aquele ritmo desenfreado que gerou todos esses medos que não se conseguiria atender a demanda", argumenta Renato da Fonseca, gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da entidade.

A sondagem industrial mostrou que, depois de aumentar fortemente a produção em março, as fábricas instaladas no Brasil conseguiram produzir em abril praticamente o mesmo volume do mês anterior. Segundo Fonseca, muitas das 1.214 empresas ouvidas pela CNI entre 30 de abril e 20 de maio responderam que a produção em abril foi igual à de março, o que levou o indicador a 51 pontos. Em março o índice atingiu 62,9 pontos, o que indicava que a maioria das indústrias estava aumentando sua produção em relação ao verificado em fevereiro.

"Se olharmos outros indicadores de produção e vendas de março, percebe-se que foi um mês atípico. Em abril, o que aconteceu é que não houve crescimento, manteve-se o mesmo nível de produção", explica Fonseca.

O comportamento do índice de utilização da capacidade instalada efetiva reforça essa análise, segundo o gerente-executivo de Pesquisa da CNI. De acordo com o levantamento, o indicador ficou em 50 pontos no mês passado, ante 54 pontos em março. "Isso mostra que o uso de capacidade está normal para o mês de abril".

O dado sobre estoques indica, na visão de Fonseca, que a recuperação da indústria - que sofreu no ano passado por conta da crise financeira internacional - acontecerá em ritmo adequado. De acordo com a pesquisa, o índice de estoque ficou em 48,7 pontos em abril, mesmo patamar verificado em março. "O aumento da produção está conseguindo atender a demanda. Não está tendo acúmulo e nem queda maior do que se gostaria. Isso é uma boa notícia". (Renato Andrade)

(com informações da Agência Estado)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Uma comunicação interna eficiente ajuda a evitar problemas com as redes sociais

Num universo de mídias sociais tão presentes, mais do que permitir ou não o seu uso durante o expediente, o empreendedor precisa se preparar para problemas mais graves, como o colaborador escrever algo negativo sobre a empresa no Twitter. O que fazer?

Uma saída pode ser antecipar-se ao problema, investindo, por exemplo, num plano de comunicação interna eficiente. Não apenas as grandes empresas podem lançar mão de manuais de conduta na internet. Os pequenos e médios empreendedores também deveriam fazê-lo.
Numa agência de comunicação paulistana de pequeno porte, logo no primeiro dia de trabalho os estagiários recebem um livrinho com as normas da casa e os cuidados necessários em relação ao uso da internet. Ali está escrito, entre outras coisas, que os e-mails da empresa são monitorados - então é melhor não usá-lo para conversas pessoais. Soube recentemente que agora a equipe busca uma maneira de deixar claro no manual quais serão as implicações para quem twittar algum processo interno da agência.

Fazendo com o que o colaborador saiba exatamente quais serão as consequências de seus atos virtuais – entenda-se aí a publicação de scraps e tweets -, o empresário não terá maiores dores de cabeça na hora de explicar o porquê da advertência. Afinal, está tudo previsto no manual.

Implementar esse método na empresa requer alguns cuidados. É importante que as regras sejam escritas de forma clara, para não deixar dúvidas pendentes, e abranjam o maior número possível de questões.

Pequenas Empresas Grandes Negócios Online
Escrito por Heloiza Camargo em 13.05.2010 Categorias: Recursos Humanos

terça-feira, 11 de maio de 2010

Emprego industrial cresce 2,4% em março, diz IBGE

Crescimento é o maior desde agosto de 2008.
Em relação a fevereiro, houve aumento de 0,7%.

• Emprego na indústria cresce 0,6% em fevereiro, diz IBGE
O emprego na indústria cresceu 0,7% em março ante fevereiro, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta terça-feira (11). É a terceira alta consecutiva nessa comparação.
A alta mais expressiva, no entanto, foi registrada em relação ao mesmo mês do ano passado, quando houve crescimento de 2,4% na massa de pessoal ocupado assalariado, a maior variação positiva desde agosto de 2008 e a segunda expansão seguida nessa comparação. Na ocasião, antes da crise financeira internacional iniciada em setembro daquele ano, o crescimento havia sido de 2,5% .
Com o resultado, o indicador que mede o emprego na indústria ainda acumula no ano variação negativa, de - 4,2%. No trimestre, houve expansão de 0,7% na comparação com igual período do ano anterior.
Na comparação com um ano antes, houve crescimento no número de contratados da indústria em todas as regiões pesquisadas e em 15 de dezoito setores pesquisados pelo IBGE.
São Paulo foi o principal destaque nas contratações, cpm 2,7%; vindo a seguir região Nordeste (3,5%), Rio Grande do Sul (3,2%), Ceará (8,7%) e região Norte e Centro-Oeste (2,6%).
No estado paulista, os campeões na geração de vagas foram os segmentos de alimentos e bebidas (4,7%), têxtil (11,1%) e papel e gráfica (6,1%). Na região Nordeste, sobressaiu o setor de calçados e couro (18,3%), enquanto, na indústria gaúcha, destacaram-se positivamente outros produtos da indústria de transformação (11,5%), máquinas e equipamentos (8,3%) e borracha e plástico (12,6%).
Salário e horas pagas
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria aumentou 1% em março ante fevereiro, o segundo resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período acréscimo de 2,5%.
A folha de pagamento real dos trabalhadores cresceu 1,2%, o terceiro acréscimo consecutivo no período. Em relação a março do ano passado houve alta de 5,6%, a mais expressiva desde setembro de 2008, quando houve expansão de 7,7%.

Na comparação com março de 2009, o número de horas pagas cresceu 3,7%, segunda taxa positiva seguida e a maior desde fevereiro de 2008 (4,1%).

Do G1, em São Paulo

Indústria deixa crise para trás, diz CNI

Faturamento de março foi recorde e superou em 5,8% setembro de 2008, patamar pré-crise

O gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, afirmou há pouco, com base nos Indicadores Industriais do primeiro trimestre, que a indústria brasileira "deixa a crise para trás e passa a trabalhar em patamar superior ao de setembro de 2008". O mês marcou o início da crise global com a quebra do banco americano Lehman Brothers.

Objetivamente, apenas o indicador de faturamento já superou o patamar pré-crise, mas com larga vantagem. Segundo a CNI, o patamar das vendas em março, que aliás é recorde para a série histórica iniciada em 2005, está 5,8% acima do registrado em setembro de 2008. Mas, se os outros indicadores ainda não ultrapassaram o patamar pré-crise, estão prestes a fazê-lo.

No caso das horas trabalhadas na produção, por exemplo, o índice de março ainda está 1,7% abaixo de setembro de 2008. "Mas já deve reverter essa situação no segundo trimestre", comentou o analista de políticas e indústria da CNI, Marcelo de Ávila. O emprego, por sua vez, está mais perto de quebrar a barreira pré-crise, já que em março ficou apenas 0,5% inferior ao ponto em que estava em setembro de 2008. "Em abril, é possível que já ultrapasse", disse Ávila.

Fonte: AE

Vendas de máquinas e equipamentos sobem mais de 20%

O faturamento da indústria de bens de capital atingiu R$ 16,7 bilhões no primeiro trimestre de 2010

As vendas da indústria de máquinas e equipamentos atingiram R$ 16,7 bilhões no primeiro trimestre de 2010, um aumento de 20,2% em relação ao mesmo período de 2009. De acordo com a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a alta foi puxada pela recuperação do setor depois desaceleração causada pela crise econômica mundial.

Os dados divulgados nesta quarta-feira pela Abimaq mostram que o aumento do faturamento nominal (descontada a inflação do período) foi de 19,9%. Os números positivos revelam que as empresas do setor estão recuperando gradativamente o crescimento, mas ainda não atingiram o faturamento registrado antes da crise.

A Abimaq representa cerca de 4.500 empresas dos mais diferentes segmentos fabricantes de bens de capital, cujo desempenho tem impacto direto sobre os demais setores produtivos nacionais.

Por: Daniela Barbosa
Fonte: iG São Paulo

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Produção industrial sobe 19,7% em doze meses, maior alta mensal desde 1991

Segundo economista do IBGE, a expansão reflete a baixa base de comparação de 2009, o maior ritmo da produção em 2010 e o dia útil a mais que março deste ano teve

A produção industrial subiu 19,7% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo divulgou há pouco o IBGE. O aumento representou o maior crescimento mensal desde abril de 1991 (37,2%), segundo destacou o economista da coordenação de indústria do instituto, André Macedo. As projeções dos analistas iam de 16,50% a 20%, com mediana de 18,80%. No ano, a produção acumula alta de 18,1% e em 12 meses, variação negativa de 0,3%.

Na comparação com fevereiro, houve alta de 2,8% em março, na série com ajuste sazonal. O resultado veio acima do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (1% a 2,62%), com mediana de 1,85%.

Segundo Macedo, a expansão em março reflete a baixa base de comparação do ano passado, "o maior ritmo da produção industrial em 2010" e o fato de que março deste ano teve um dia útil a mais do que o mesmo mês do ano passado. Macedo observou também que a alta de 18,1% na produção da indústria no primeiro trimestre é a maior para um primeiro trimestre desde 1991.

Trimestre
No primeiro trimestre de 2010, a produção industrial registrou o segundo crescimento trimestral consecutivo ante igual trimestre de ano anterior e a quarta expansão consecutiva ante trimestre imediatamente anterior, segundo o IBGE. A alta de 18,1% no primeiro trimestre deste ano, ante igual período do ano passado, foi bem superior ao aumento de 5,9% apurado, nessa base de comparação, no quarto trimestre de 2009.

Ante o quarto trimestre de 2009, a indústria aumentou a produção em 3% no primeiro trimestre de 2010, após uma expansão de 4,3% no quarto trimestre de 2009 ante o terceiro trimestre do mesmo ano.

Bens de capital
A produção de bens de capital, que sinaliza o desempenho dos investimentos, aumentou 3% em março ante fevereiro. Na comparação com março do ano passado, a produção dessa categoria aumentou 38,4%. No primeiro trimestre do ano, a indústria de bens de capital registrou crescimento de 25,6% ante igual trimestre do ano anterior e alta de 4,0% ante o trimestre imediatamente anterior.

Todas as categorias de uso pesquisadas apresentaram crescimento em março, ante o mês anterior e ante igual mês do ano anterior. A produção de bens intermediários aumentou 1,3% em março ante fevereiro e 18,6% ante março do ano passado; os bens de consumo duráveis tiveram alta, respectivamente, de 0,1% e 25,8%, enquanto os bens de consumo semi e não duráveis elevaram a produção em 1,3% em março ante fevereiro e 11,4% ante março de 2009.

O índice de média móvel trimestral da produção industrial aumentou 1,8% no trimestre encerrado em março ante o terminado em fevereiro. O resultado mostra uma aceleração em relação ao índice do trimestre encerrado em fevereiro ante o terminado em janeiro (0,9%).

O IBGE também divulgou algumas revisões nos resultados da produção industrial na série com ajuste sazonal. O dado de janeiro de 2010 ante dezembro de 2009 passou de +1,2% para +1,3%. O resultado de dezembro de 2009 ante novembro foi revisado de -0,1% para +0,1%. A revisão se deve à introdução de novos dados na série com ajuste sazonal.


Por: Jacqueline Farid
Fonte: Agência Estado

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Indústria confirma alta disseminada no 1º trimestre

Bernardo Wjuniski, da Tendências: crescimento em março foi disseminado e expansão no ano pode ser de 10% a 11%
O desempenho da produção industrial em março confirmou o forte ritmo de crescimento da economia brasileira. A alta foi expressiva e generalizada, levando a indústria de volta ao nível pré-crise. Com a expansão de 2,8% sobre fevereiro, na série livre de influências sazonais, a produção ficou a apenas 0,1% do nível de setembro de 2008 e a 0,3% do recorde atingido em julho de 2008. O resultado de março já leva bancos e consultorias a revisar as previsões para a expansão da indústria em 2010 - o Santander, por exemplo, elevou a sua estimativa de 9,5% para 13,6%.

No primeiro trimestre, a produção industrial cresceu 18,1% sobre o mesmo período de 2009, a maior expansão trimestral desde o início da série histórica, em 1991. Essa base de comparação, porém, é bastante fraca, já que o Brasil ainda sofria bastante com os efeitos da crise global.

A economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Marzola Zara, ressalta o crescimento disseminado na indústria em março. "Isso evidencia um grande dinamismo do setor industrial", afirma. Em março, 19 dos 27 setores pesquisados pelo IBGE tiveram alta em relação a fevereiro, o equivalente a 70%. Nos quatro meses anteriores, a média foi de 60,5%.

"A abertura setorial impressionou, mostrando uma ampla difusão do crescimento", concorda o economista Bernardo Wjuniski, da Tendências Consultoria. A produção de bens de capital cresceu 3% sobre fevereiro deste ano, enquanto a de bens intermediários (insumos como aço, produtos químicos e celulose) avançou 1,3%.

Entre as 27 atividades analisadas pelo IBGE, um dos principais destaques foi o setor de veículos automotores, como aponta a economista Luiza Rodrigues, do Santander. Com o fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) marcado para o fim de março, as montadores aceleraram a produção, para atender a forte demanda dos consumidores. A expansão em relação a fevereiro foi de 10,6%, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, a fabricação de veículos respondeu por pouco mais de um quarto da alta da indústria de 2,8%, nota Luiza.

Apesar desse crescimento do setor de veículos automotores, ela destaca que o bom momento da indústria não se concentra num ou noutro segmento. "A expansão foi espalhada pela indústria." Segundo ela, a força do mercado de trabalho, com alta do emprego e da renda, puxa a demanda por bens duráveis, num cenário de ampla oferta de crédito e desonerações tributárias para produtos como veículos e eletrodomésticos da linha branca. A retomada dos investimentos pelas empresas explica a alta na produção de bens de capital.

Com o crescimento expressivo no primeiro trimestre, Wjuniski deve revisar de 9% para 10% ou 11% a sua projeção para a expansão em 2010. Para ele, o fato de a indústria ter voltado para os níveis pré-crise mostra o vigor da economia. "Antes a expectativa era de que isso demoraria mais para ocorrer." No caso da indústria de transformação, a produção já supera em 0,7% o patamar de setembro de 2008 e em 0,5% o recorde alcançado em julho daquele ano. Para o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, Wjuniski espera crescimento de 2,2% sobre o trimestre anterior, feito o ajuste sazonal, mas considera possível uma alta de 2,5%. Os economistas do Itaú Unibanco são ainda mais otimistas: dizem que o resultado de março dá um viés de alta à sua estimativa de um crescimento de 3%, nessa base de comparação. Com isso, é possível que ganhem mais força estimativas para uma expansão do PIB de 6,5% a 7% neste ano.

Para os próximos meses, os analistas acreditam que haverá alguma desaceleração na indústria. Luiza diz que a produção de veículos deve arrefecer, depois do forte crescimento registrado neste ano -de janeiro a março, a alta foi de 38% sobre igual período de 2009.

Wjuniski também aposta em alguma desaceleração. Segundo ele, do mesmo modo que os estímulos fiscais e monetários estimularam a economia, o fim das desonerações tributárias, o aumento do recolhimento compulsório e a alta dos juros devem levar a uma expansão mais modesta da atividade.


Sergio Lamucci, de São Paulo
05/05/2010
Ana Paula Paiva/Valor Econômico

terça-feira, 4 de maio de 2010

Indústria registra maior avanço para um trimestre desde 1991, diz IBGE

A indústria começou o ano com o pé no acelerador, com recorde de produção para um trimestre e crescimento generalizado entre os setores. De janeiro a março, houve avanço de 18,1% em relação a igual período em 2009. Nessa comparação, trata-se do mais significativo avanço para um período acumulado de três meses, desde o início da série histórica, em 1991, da PIM (Pesquisa Industrial Mensal), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Produção industrial sobe 2,8% em março e quase zera perdas com crise
Emprego industrial cresce abaixo da média e cede espaço a serviços
Indústria ainda tem espaço para aumentar produção, diz Fiesp

O avanço de 19,7% observado no mês de março, também em relação a período correspondente no ano anterior, foi o maior registrado desde abril de 1991. Os bons resultados são corroborados pelo fato de a indústria ter praticamente zerado as perdas geradas com a crise econômica.

A produção industrial, ante os números de setembro de 2008 --mês que marcou o agravamento da turbulência-- registra variação negativa de apenas 0,1%, e já se aproxima do patamar recorde verificado pouco antes da crise.

Para o responsável pela PIM, André Macedo, o resultado de março, que registrou ainda avanço de 2,8% ante fevereiro, mostra uma expansão mais disseminada da indústria, ainda liderada pelos setores ligados ao mercado interno.

"O início de 2010 confirma o movimento de recuperação da indústria e o aumento no ritmo da atividade. Há um perfil generalizado do crescimento, com a produção bem próxima ao patamar de 2008", afirmou.

Na comparação com março de 2009, 76,7% dos produtos avaliados apresentaram expansão, nível recorde para o chamado índice de difusão, que começou a ser medido em janeiro de 2003. Dos 27 segmentos analisados, 25 se elevaram. Foi o melhor resultado desde agosto de 2004, quando 26 setores registraram aumento da produção.

O desempenho da indústria em março foi puxado pelo segmento de bens de capital, que teve avanço de 3% sobre fevereiro, 12ª consecutiva nessa comparação. Em relação a igual período no ano anterior, a alta de 38,4% foi a maior variação observada desde março de 2004.

"O resultado de bens de capital mostra uma retomada dos investimentos, que foi ajudada pelas desonerações fiscais concedidas pelo governo", comentou Macedo.

04/05/2010 - 11h01
Publicidade
CIRILO JUNIOR
da Sucursal do Rio

Produção industrial sobe 2,8% em março e quase zera perdas com crise

A produção industrial subiu 2,8% frente a fevereiro, terceira alta consecutiva nessa comparação, informou nesta quinta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No mês anterior, a indústria já havia avançado 1,5%. A variação é a maior desde outubro de 2009, quando a atividade subiu 3,2%.

Com o resultado, a indústria praticamente zerou as perdas geradas pela crise. Na comparação com setembro de 2008 --mês que marcou o agravamento da turbulência-- a produção industrial tem variação negativa de apenas 0,1%.

Em relação a igual período em 2009, a produção industrial subiu 19,7%. A indústria fechou o primeiro trimestre com avanço de 18,1% na comparação com os três meses iniciais do ano passado. Sobre o quarto trimestre, houve ganho de 3%. No acumulado dos últimos 12 meses, verifica-se recuo de 0,3%.

A Pesquisa Industrial Mensal demonstra que houve aumento na produção em 19 dos 27 ramos pesquisados em março, na comparação com o mês anterior. O principal destaque ficou por conta da indústria de veículos automotores, com alta de 10,6%, seguido da produção de bebidas (7,6%).

Por outro lado, os principais resultados negativos foram constatados na indústria farmacêutica, com queda de 9,7%, e nos segmentos de refino de petróleo e produção de álcool (-9,4%).

Entre as categorias de uso, a produção de bens de consumo duráveis teve elevação de 0,1% frente a fevereiro; em relação a março de 2009, houve avanço de 25,8%.

A produção de bens intermediários teve incremento de 1,3% frente a fevereiro, mas subiu 18,6% em relação a março do ano passado.

Já a produção de bens de capital teve elevação de 3% frente a fevereiro, mas teve alta de 38,4% contra março do ano passado.

Por fim, a produção de bens de consumo semi e não duráveis cresceu 1,3% em março, na comparação com fevereiro. Em relação a igual período em 2009, no entanto, houve registro de elevação de 11,4%.

04/05/2010 - 09h01

Publicidade
CIRILO JUNIOR da Sucursal do Rio (Folha Online)
atualizado às 09h10.