quinta-feira, 30 de junho de 2011

Não fale com as paredes. Aprenda a ser influente nas redes sociais


Falem bem ou mal, mas falem de mim, é assim que os influentes das redes sociais pensam, como o apresentador Rafinha Bastos, eleito a personalidade mais influente do Twitter, segundo o jornal The New York Times.

Entre os mais influentes do Twitter, estão outras personalidades polêmicas, além de Rafinha Bastos, como o cantor Snoop Doog e a atriz Kim Kardashian. Como mostra o estudo do jornal norte-americano, nem sempre os mais influentes são os mais seguidos, mas sim os mais citados na rede, sejam em menções positivas, negativas ou neutras.

A MITI Inteligência, agência especializada em redes sociais, avaliou a presença de Rafinha Bastos na rede, entre os dias 5 e 9/5, quando o apresentador se envolveu em uma polêmica ao dizer que as mulheres feias deveriam agradecer pelo estupro.

No período do estudo, foram capturadas 1.866 interações sobre o apresentador nas redes sociais - Twitter, Facebook, blogs e Youtube – e 15,5% delas foram relacionadas a polêmicas envolvendo o comediante. De todas as interações, 44,3% foram negativas, mais que o dobro dos comentários positivos capturados (19,25%).
Quantidade não é qualidadeDe acordo com Elizangela Grigoletti, gerente de inteligência e marketing da MITI Inteligência, o influenciador não se faz pelo número de seguidores, mas por outros influenciadores. “Não é pelo número de amigos ou seguidores, mas pelas pessoas que você segue, se elas te escutam, replicam, mencionam”, afirma.

A especialista acredita que nem todos se preocupam em ser influentes na web, mas empresas e veículos agem estrategicamente nesse ponto. “Não podemos generalizar que isso seja uma preocupação constante das pessoas, tudo depende do meio. Há pessoas que começaram do nada, sem preocupações e conseguiram ser influentes, mas na maioria dos casos existe uma preocupação em ser um influenciador”.


Fonte: Comunique-se
Izabela Vasconcelos

terça-feira, 21 de junho de 2011

Agência de classificação de risco eleva nota do Brasil

A Moodys Investors Service aumentou a nota do Brasil de Baa3 para Baa2

Da Agência Brasil
A agência de classificação de risco Moody's Investors Service melhorou a nota do Brasil de Baa3 para Baa2, “com perspectiva positiva”. De acordo com comunicado da Moody's, a mudança na classificação se deve aos “últimos ajustes da política econômica que indicam um desenvolvimento mais sustentável do cenário macroeconômico e melhoria nos indicadores fiscais de médio prazo”.

O
rating (nota de classificação) indica para os investidores a capacidade de o país e empresas saldarem seus compromissos financeiros. Em abril, a Fitch, outra agência de classificação de risco, já tinha melhorada a nota do Brasil, de BBB- para BBB.

De acordo com o comunicado da Moody's, a perspectiva positiva prevê a possibilidade de novo aumento da nota nos próximos 12 ou 18 meses, desde que o o crescimento econômico seja moderado, em taxas mais baixas, mas sustentável, e as autoridades se mantenham dispostas e capazes de cumprir as metas orçamentárias de médio prazo. Se isso não ocorrer, a perspectiva é que o Brasil seja mantido no nível atual Baa2.

A última vez em que a classificação de risco do país havia sido alterada pela Moody's foi em 22 de setembro de 2009, quando a nota foi atualizada de Ba1 para Baa3.

Na última quarta-feira (15), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o risco de o Brasil deixar de pagar suas dívidas é menor do que o dos Estados Unidos. Neste caso, o ministro se referiu a outro tipo de avaliação feita pelo mercado financeiro, chamada Credit Default Swap (CDS), uma espécie de seguro usado por investidores como proteção contra o risco de o devedor não ter condições de quitar suas obrigações.


Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

“A comunicação da pequena e média empresa precisa deixar de ser vista como ‘desperdício’”, diz especialista

Paulo Nassar, professor da USP e diretor da Aberje, comenta a importância de uma comunicação bem-feita entre empresas e clientes

   
A apresentação de um novo produto com erros de português, um site feito sem cuidado, uma abordagem menos polida em um email. Embora todo empresário esteja sujeito a esses incidentes, a comunicação entre empresa e cliente é essencial na hora de lançar um novo produto ou informar sobre uma mudança. Muitas vezes relegada ao segundo plano, uma comunicação feita sem o devido cuidado pode surtar de maneira inversa e fazer a antipropaganda do produto e, por consequência, da própria empresa.

O professor da USP e diretor da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial Paulo Nassar conversou com a Pequenas Empresas & Grandes Negócios sobre como fazer com que a comunicação seja um trunfo do empresário e influa positivamente para a marca.

1) A comunicação, embora muitas vezes não esteja entre as prioridades do empresário, é muito importante, pois é o canal com o público. Como comunicar seus clientes que você executou uma inovação que pode trazer vantagens ao público?

A comunicação da pequena e média empresa precisa deixar de ser vista como “desperdício” de dinheiro, coisa para uma segunda etapa do negócio, instrumento das grandes empresas. Um dos principais motivos disso é que os negócios, as empresas independente do seu tamanho, são cada vez mais pressionados um por um consumidor fortalecido pela violenta concorrência entre empresas que lhe oferecem um extenso leque de produtos/serviços com preços, qualidade e outras vantagens superiores. O planejamento de Comunicação passa a ser, para o pequeno negócio, tão importante quanto o plano de voo é para o piloto de avião. A questão que se coloca é o custo da transformação de conhecimento em valor. Como destacado por inúmeros estudiosos do trabalho no ambiente do imaterial, a inovação, a produção de valor, não se dá a partir da homogeneidade, do padrão, mas da diversidade de interpretações e de formas de viver e de se comportar. A pequena empresa tem de combater usando principalmente os diferenciais, as qualidades de suas pessoas, principalmente do dono do negócio, que deve ser literalmente um “animal comunicador e relacionador”.

2) Que tipos de cuidados os empresários devem ter ao comunicar uma inovação?
A comunicação excelente deve estar relacionada e sincronizada ao contexto social, político, ambiental, pessoal, exigindo das empresas mais habilidade e versatilidade para contemplar todos estes aspectos e fazer com que a comunicação desperte interesse. A boa comunicação empresarial estimula a inovação. A cópia não tem história. Nesse sentido, o pequeno empresário tem que estar extremamente informado sobre o que acontece no mundo, em seu país, e essencialmente em seu bairro, em sua rua.
3) A comunicação em si sofreu uma inovação. Hoje são muitos os meios de comunicação entre um empresário e seu cliente. Como usar adequadamente as mídias sociais? Que papel os velhos meios de comunicação, como o telefone e a correspondência por correio, passaram a executar? Quem está dentro de uma organização precisa ter uma inteligência estratégica. Na era digital, a informação é uma commodity e se o profissional trabalha com a informação em sua forma bruta, ele não terá valor. É preciso fazer uma interpretação qualificada e criar um valor ao seu trabalho. Ao telefone, o cuidado com a comunicação deve ser maior do que em outras mídias, principalmente devido à instantaneidade das interações. A preocupação com o que é dito, e de que forma a informação é transmitida pode fazer a diferença entre um cliente satisfeito e uma crise de imagem que pode arruinar os negócios. As formas impressas de comunicação ainda possuem lugar na sociedade do conhecimento, na medida em que optamos por uma perenidade maior das mensagens, bem como a possibilidade de acesso às informações sem necessidade de nenhum facilitador eletrônico, tais como computadores e celulares.
4) Que tipo de atitude antes era usada na comunicação entre empresa e cliente e hoje não é mais? Desconhecimento das técnicas de gerenciamento e relacionamento com o cliente, falta de retorno de uma reclamação, não dar a voz para o consumidor expressar-se e relacionar-se com a empresa. Hoje, com as redes sociais, a reclamação não atendida pode se transformar em vídeo, em e-mail, em tuite (post no Twitter), que percorrem o mundo em questão de segundos. As empresas relutam em expor-se nas redes sociais com receio de não controlar o que é exposto sobre suas ações, sua reputação. Os administradores devem perceber as redes sociais como um canal onde os consumidores podem se relacionar com a empresa de forma transparente, envolvendo e cativando o cliente com a filosofia da empresa.
5) Que tipo de atitude na comunicação entre empresa e cliente nunca sai de moda? Atenção, respeito, diálogo e ética nas relações. As empresas devem compreender a visão e as razões de ser dos outros, seus públicos, as redes sociais com que se relaciona e os impactos causados por sua organização ao meio ambiente.

6) Se fosse dar um conselho para o empreendedor na hora de se comunicar com o cliente nos dias de hoje, que conselho seria?
Uma das principais causas da mortalidade infantil das pequenas empresas é o analfabetismo de seus gestores em comunicação. Outro ponto é conhecer o ambiente aonde o negócio vai se inserir, o público que irá consumir seus produtos e serviços e adequar a comunicação à sua linguagem. Os consumidores têm que se identificar com a empresa, seus valores, sua identidade, por que na hora da escolha pelo produto ou serviço, eles escolherão o mais alinhado às suas crenças.

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios
Por Lorena Vicini   

quarta-feira, 15 de junho de 2011

As redes sociais invadem sua privacidade?

A rede social Facebook, que reúne mais de 500 milhões de usuários pelo mundo, foi notificada pelo Departamento de Proteção de Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, a prestar esclarecimentos sobre uma ferramenta que faz identificação facial automática. Para a Justiça, a ferramente invade a privacidade dos usuários, já que o internauta não sabe previamente, ou autoriza sua marcação nas fotos nos álbums de terceiros.

De acordo com a advogada Patrícia Peck Pinheiro, especializada em direito digital, a invasão de privacidade também é responsabilidade do próprio usuário. “O usuário deve ter muito cuidado com o que irá publicar. Mesmo alguém que te conhece, pode ir lá, pegar seu conteúdo e colocar onde quiser”. E alerta: “Os internautas devem ter cuidado com os serviços gratuitos. O serviço é pago com a sua informação”, explica respeito das publicidades personalizadas, que seguem o perfil, a partir das informações fornecidas pelos internautas.

Segundo ela, o mais difícil é deletar dados indesejados. “Eles são replicados ou ficam em cachê, retirar tudo da rede é parte mais difícil”, explica. No Facebook, o usuário decide quais informações quer compartilhar com todos os internautas ou apenas como amigos. No entanto, no começo deste ano, hackers invadiram o site, copiaram informações e fotos dos perfis de 1 milhão de pessoas e disponibilizaram no site Lovely Faces, site de encontros amorosos, já fechada.

A página foi criada por Alessandro Ludovico, editor-chefe da publicação Neural, que cobre assuntos relacionados à atividade hacker, e seu colega Paolo Cirio. Segundo eles, a intenção era mostrar ao público como expor seus dados pessoais numa rede social pode não ser seguro. Na ocasião, o Facebook disse que iria tomar medidas legais contra Ludovico e Cirio. De acordo com Patrícia, em casos como esses, os infratores e a própria empresa respondem pelos danos causados, com indenizações.

No Orkut muitos parecem não se importar com as ferramentas de privacidade e deixam seus perfis e fotos abertas. Mensagens e recados são espalhados em outros sites, com sátiras e polêmicas, muitas vezes sem o usuário saber. É o caso do Pérolas do Orkut, que divulga conteúdos, mas omite o nome dos perfis, para não causar constrangimentos.

Em casos em que o conteúdo é livre ou a pessoa tem permissão para acessar informações, mas faz uso indevido desse conteúdo, a empresa está livre da responsabilidade e o processo atinge apenas o amigo ou organização envolvida.


Fonte: Izabela Vasconcelos
Portal Comunique-se

sexta-feira, 3 de junho de 2011

MULTIFOCO LANÇA NOVO SITE

A Multifoco® Comunicação e Marketing apresenta seu novo site – www.multifocogroup.com.br

Com esta ferramenta o mercado tem acesso aos nossos serviços e uma explicação resumida do que envolve cada um destes produtos. 


Assessoria em Comunicação e Marketing , design gráfico e editorial, identidade visual, webdesign, criação e edição de vídeos institucionais  e coordenação e administração de feiras e eventos corporativos.


Há 8 anos, estabelecemos com nossos clientes uma conexão sólida pautada em transparência, ética, respeito e muito bom humor. Valores que não abrimos mão. É básico escutar o que o cliente tem a dizer. Precisamos entender o negócio do cliente, viver o negócio do cliente para poder vender o negócio do cliente. Só assim avaliaremos as oportunidades que surgem o tempo todo.

A Multifoco® tem uma estratégia de trabalho diferenciada. Somos mais do que uma agência de propaganda. Somos a extensão do departamento de marketing de nossos clientes ou até o próprio departamento de marketing para aquelas empresas que não tem um funcionário especializado nesta área.

Visite nosso site – www.multifocogroup.com.br

Dar liberdade aos funcionários ajuda empresa a inovar

 

Depois de visitar várias corporações no Brasil, o especialista americano em inovação Michael Schrage não tem mais dúvida: nosso principal problema é compartilhar informação
         
O Brasil pode se tornar líder global em inovação. Para chegar lá, contudo, as empresas precisam promover a cultura da cooperação. O conselho parte do professor do MIT Sloan School Michael Schrage, 50 anos. “Estruturas rígidas e modelos de gestão voltados somente para resultados financeiros ainda prejudicam os avanços do país”, diz ele, que fala com a autoridade de quem atua como conselheiro em inovação do governo americano, e é autor de dois livros sobre o assunto: Shared Minds: The New Technologies of Collaboration, e Jogando pra Valer (Serious Play: How The World’s Best Companies Stimulate to Innovate).

O que falta para as empresas brasileiras se tornarem inovadoras em âmbito internacional?
Os empreendedores brasileiros estão entre os mais bem preparados, motivados e abertos que conheci. São famintos por negócios inovadores, como já foram os do Vale do Silício. Nos próximos anos, as empresas do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) vão ser as grandes inovadoras globais. Mas há alguns desafios a serem superados. E não se trata de dinheiro. Existe uma falta de cultura da inovação nas organizações desses países, incluindo o Brasil. As empresas ainda se esforçam pouco para criar um ambiente que incentive o compartilhamento de informações entre as pessoas e a colaboração cruzada entre departamentos. Essa troca aumenta a chance de se criar produtos ou serviços surpreendentes. Uma estrutura rígida torna a inovação um mero acidente de percurso, e não um processo natural, que faz parte do modelo da empresa.
Quais são os maiores desafios do Brasil?
A lista de obstáculos é grande: infraestrutura de suporte inadequada, intranets medíocres e ferramentas de feedback, como avaliações 360º, utilizadas sem eficiência. Um funcionário inovador, por exemplo, costuma ter de esperar pela aprovação do seu chefe para realizar qualquer ação que envolva alianças com outras áreas e criação conjunta.
Como implantar então uma cultura da inovação?
Em geral, as inovações mais importantes resultam da interação e colaboração entre pessoas talentosas, e não de uma iniciativa individual. O ponto-chave para se criar uma cultura de inovação na empresa passa por não “empoderar” apenas os funcionários mais inovadores, mas tornar o mais fácil possível que pessoas talentosas trabalhem juntas. Há empresas que têm conseguido construir bons modelos. Um bom exemplo é a Embraer, que, apesar de ser uma grande corporação, tem lições que servem para empresas de qualquer tamanho. Nem sempre a Embraer esteve entre as marcas mais inovadoras. Mas tudo começou a mudar quando entrou em cena um de seus mais importantes clientes, a Jet Blue, que promoveu um ótimo sistema de colaboração na criação de aviões sob medida para suas necessidades. Os executivos da Embraer reconhecem que sem as demandas da Jet Blue a empresa não teria se tornado tão colaborativa. A nova geração de jatos projetados por elas, em parceria, levou a brasileira a ter um grau de colaboração nunca antes alcançado entre suas divisões.
Qual a importância de investir em tecnologia?
Eis uma questão essencial. Basta lembrar o início dos anos 2000. Naquela época, se uma empresa considerasse importante que todos os funcionários tivessem um celular seria vista como excêntrica. Dez anos mais tarde, todos têm um celular. Na verdade, muitos têm dois aparelhos: um para os negócios e outro para uso pessoal. Há alguns anos, também, ter um computador pessoal era um luxo. Hoje, muita gente acha que deve ter duas ou três máquinas. O mesmo vai acontecer com as novas tecnologias, como o GPS. Quando massificados, os serviços de localização permitem um grau de customização de atendimento e uma oferta de serviços inimagináveis.
As empresas devem planejar menos e testar mais?
Uma das áreas mais importantes de minhas pesquisas se chama gerenciamento de risco em inovação. Acredito que seja um erro de julgamento e de gestão separar inovação de gerenciamento de risco. É comum nas empresas os chefes reunirem um grupo e simplesmente dizerem: “Ei, tornem-se inovadores, ou empreendedores”. É o tipo de abordagem que gera fracassos. E o risco? Fica por conta de quem? Nos Estados Unidos, durante a crise, algumas pessoas criaram instrumentos financeiros inovadores, mas não avaliaram os riscos. Todas as empresas que desejam se tornar mais inovadoras precisam integrar os processos de inovação e de gerenciamento de risco. A melhor maneira de fazer isso é com experimentos, criando protótipos e simulações do novo produto ou serviço.
Como as empresas de pequeno e médio portes podem fazer isso?
As pequenas empresas têm as mesmas chances de criar simulações que as grandes. É uma verdadeira revolução de possibilidades trazidas por tecnologias como computação na nuvem, pelo Google e pelas mídias sociais. Fazer marketing, buscar informações, pesquisar qualquer dado hoje é mais barato e rápido do que jamais foi em toda a história. E vai ficar cada vez melhor. É só uma questão de tempo até que os tablets se popularizem e o acesso à internet rápida seja tão ou mais barato que a eletricidade. Essa base de consumidores conectados vai significar uma mudança radical na forma de fazer negócios. Nesse cenário, veremos uma democratização das plataformas de inovação.
O conceito de inovação está mudando? Os negócios mais bem-sucedidos simplesmente adicionam valores a serviços existentes, não são exatamente novos. Ter uma grande ideia é ótimo. Mas não fundamental para inovar um modelo de negócios. É melhor apostar em um portfólio de pequenas boas ideias.
Quais as grandes tendências de consumo?
Existem duas em curso: a primeira é a facilidade de uso de tecnologias complexas. Tudo ficará mais intuitivo e quase invisível, como faz a Apple, empresa que investe como nenhuma outra companhia, quase como obsessão, na melhor e mais simples interface possível. A segunda é a queda de preços. Empresas telefônicas já usam esse modelo de negócios há muito tempo. Dão quase de graça um aparelho em troca de uma fidelização no serviço. Por outro lado, tecnologias complexas e difíceis de usar vão perder espaço. Há inúmeras funções nos smartphones. Mas quem real¬mente usa tudo? Os inovadores de maior sucesso sempre se concentraram em como os consumidores conseguem mais valor no uso de seus produtos ou serviços.
Poderia citar um exemplo de empresa que faz isso?
É o caso da nova empresa de Jack Dorsey, cofundador do Twitter. Chama-se Square. O negócio se baseia em um dispositivo dado de graça que transforma o iPhone e outros smartphones em um leitor de cartões de crédito e débito. O modelo trabalha uma mudança fundamental na arquitetura da tecnologia de pagamento a cartão ao estender a qualquer pessoa a possibilidade de receber um pagamento por meio eletrônico. Isso se chama “ascensão da interoperabilidade”. No caso do Square eles estão ligando networks de redes sociais, mobile, pagamentos, bancos e cartões de crédito. Esse é um dos desafios da inovação — não basta ligar pessoa com pessoa. A questão é: como conectar redes com redes?
Em seu próximo livro (Getting Beyond Ideas: The Future of Rapid Innovation), o sr. descreve um exercício prático para criar inovações em empresas de qualquer tamanho. Pode nos explicar como?
No livro, eu vou apresentar a metodologia para estimular a inovação que chamo de 5x5x5 (Five by Five by Five). A ideia básica é criar um mercado interno para experimentos provocativos. O que nós fazemos é montar cinco grupos de cinco pessoas de diferentes partes da empresa. O ponto principal é que eles têm apenas cinco dias para trazer um portfólio de cinco experimentos de negócios. E esses não podem custar mais de US$ 5 mil para serem feitos e não podem durar mais do que cinco semanas. A razão pela qual eu proponho o número cinco serve apenas para estabelecer limites e parâmetros, importantes para provocar inovações. Esse grupo de funcionários talentosos terá de apresentar os projetos para a alta cúpula da empresa.
O sr. tem provas de que esse método funciona?
Em uma matemática simples, os cinco grupos terão criado 25 projetos. E eu posso dizer pela experiência nas dezenas de empresas nas quais já apliquei esse método, que de 10% a 15% desses experimentos serão brilhantes e realmente úteis. Ou seja, haverá três ou quatro projetos intrigantes que farão a alta administração dizer “Uau”. Esse trabalho sempre gera de três a seis inovações rápidas, baratas e acessíveis, que têm o poder de transformar o negócio e a rentabilidade. É um bom investimento: fazer as pessoas colaborar e inovar juntas.
Qual é o feedback das empresas?
Quando eu retorno às empresas e pergunto aos participantes o que eles acharam de mais útil na experiência, ouço que foi um investimento em suas próprias capacidades de inovar. Isso ocorre em cerca de 60% dos casos. As pessoas gostam do 5x5x5 porque as ajuda a se tornarem mais inovadoras. Os funcionários ficam contentes que a companhia tenha investido em seu potencial. Na verdade, tenho percebido que os envolvidos valorizam muito a troca e o capital humano compartilhado nesse tipo de interação.
Por Sérgio Tauhata   
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios
MICHAEL SCHRAGE
QUEM É: graduado em ciência da computação e economia pela Universidade de Illinois, foi correspondente da editoria de tecnologia do jornal Washington Post e ajudou a criar o prêmio de ciências da Rockefeller Foundation
O QUE FAZ: professor de empreendedorismo e inovação do MIT, blogueiro da Harvard Business Review e escritor. Seu novo livro, Getting Beyond Ideas: The Future of Rapid Innovation), com lançamento previsto para abril, vai tratar da inovação rápida para empresas de todos os portes