quarta-feira, 30 de junho de 2010

Faturamento da indústria de máquinas cresce 15,9%

Entidade nunca se posiciona contra as importações pura e simplesmente, mas sim contra importações que não trazem contribuição na área tecnológica

Enquanto o faturamento nominal da indústria de máquinas e equipamentos registra crescimento de 15,9% no período de janeiro a maio desse ano em relação a igual período do ano anterior, o déficit da balança comercial do setor, de acordo com Luiz Aubert Neto, presidente da ABIMAQ continua preocupante.

"Enquanto as exportações passaram de US$ 3.124,97 milhões FOB de janeiro a maio de 2009 para US$ 3.330,83 milhões FOB no período de janeiro a maio de 2010, registrando um crescimento de 6,6%, as importações evoluíram de US$ 7.921,23 milhões FOB para US$ 8.703,91 milhões FOB, registrando um crescimento de 9,9%", explica Aubert Neto.

Para ele, a entidade nunca se posiciona contra as importações pura e simplesmente, mas sim contra importações que não trazem contribuição na área tecnológica. Por exemplo, a China já aparece em terceiro lugar na origem das importações do setor, enquanto que a India que até há pouco tempo não figurava nas estatísticas, agora aparece em décimo lugar.

NÍVEL DE EMPREGO

A contratação de mão-de-obra também cresceu no mês de maio de 2010 com uma taxa de variação de 4,4% em relação a maio de 2009, passando de 232.200 para 242.331 o número de empregados do setor. Sobre o mês de outubro de 08, mês que antecede a crise na indústria de máquinas e equipamentos, ainda registra-se queda de 3,15%

O nível de utilização da capacidade instalada registrou crescimento de 2,3% na média do período, evoluindo de 80,1% para 81,9%. "Mas - argumenta Aubert - não podemos perder de vista que estamos falando de um turno. Portanto, ainda temos muito espaço para crescimento.

O consumo aparente também registrou índices positivos de crescimento, atingindo a média de 7,8%, passando de R$ 34.497,45 milhões para R$ 37.180,84 milhões, sendo que o melhor desempenho do período em análise (jan-mai). O número de semanas para atendimento da carteira de pedidos cresceu 22,7%, passando de 18,1 semanas de atendimento para 22,2 semanas de atendimento, em média.

EXPORTAÇÕES/IMPORTAÇÕES

Os Estados Unidos embora tenham registrado queda de 11,4% nas compras de máquinas e equipamentos brasileiras, ainda continuam liderando o ranking, registrando valores de US$ 537 milhões em 2010 e também registra liderança no ranking de origem das importações, com participação de 26% no volume total e crescimento de 3,5% no período.

A Alemanha, no entanto, teve um decréscimo na participação de 1,6% pontos percentuais e também queda no volume de vendas de 2,7%, enquanto a China registrou um crescimento no volume de remessas de máquinas e equipamentos para o Brasil da ordem de 50,6%.

Fonte: Revista P&S
30/6/10

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mapa do crescimento da economia brasileira. Destaque para mineração.

Os dados de investimento da economia brasileira, da expansão do crédito, do aumento da massa salarial e do emprego mostram que não há razões para temer um crescimento acima de 6%. As teorias sobre PIB potencial são mais palpite do que matemática

Em 1996, Alan Greenspan, então presidente do Banco Central americano, cunhou a expressão “exuberância irracional” para definir a fantástica – e artificial – valorização das ações das empresas de tecnologia nos Estados Unidos, antes do estouro da bolha em 1999. Como ele acertou na previsão, a expressão emplacou no fim da década passada.

Desde então, o termo estava em quase desuso. Estava, mas voltou. Na semana passada, depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificar como “exuberante” o crescimento de 9% do PIB brasileiro no primeiro trimestre, o segundo melhor resultado mundial entre as grandes economias depois da China, economistas voltaram a dizer que o País corre o risco de viver um ciclo de crescimento desenfreado, algo semelhante à exuberância irracional de Greenspan. Mas será que essa teoria se aplica para a atual realidade do País?

// Notícias relacionadas
22-06-10 - Acredite: Afeganistão tem US$ 1 trilhão
22-06-10 - Vale prepara plano para investir R$ 159,4 bilhões...
18-06-10 - Projetos da Vale têm potencial para dobrar exportações...
17-06-10 - Reunião define hoje as sócias de Belo Monte
16-06-10 - IGP-10 acelera alta, minério e construção pressionam

Vários indicadores mostram que não. Bem diferente do que ocorreu no mundo com as recentes bolhas geradas pela especulação nos mercados financeiros, o crescimento robusto da economia brasileira tem fundamentos concretos. O aumento da oferta de crédito, que representava 34% do PIB em 2005 e hoje já supera 53%, sustenta o consumo e dá fôlego às empresas.

A taxa de desemprego em 7,2% – menor do que nos Estados Unidos e na maioria das economias europeias e latino-americanas – coloca o País num patamar de destaque no cenário dos maiores consumidores do mundo e, de quebra, inclui 40 milhões de pessoas (o equivalente à população da Argentina) no mercado de consumo. O País já é, por exemplo, o segundo em vendas de computadores e o quarto em veículos, atrás apenas de Estados Unidos, Japão e China.

Por que, afinal, o medo de crescer não faz sentido? Porque o principal argumento para tentar esfriar a economia, o risco de inflação, não tem origem na indústria, mas surgiu no início do ano de fatores sazonais. A disparada dos preços dos alimentos, o aumento das mensalidades escolares e o reajuste das tarifas de transporte público – fatores que não têm nenhuma relação com a produção industrial – foram os responsáveis pela alta dos preços. Não por acaso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem exaustivamente tentado esconder o crescimento do País, como se isso fosse algo nocivo. Mas, evidentemente, não é.

As projeções sobre a capacidade de crescimento da economia brasileira estão longe de ser uma ciência exata. “Esse cálculo é muito mais intuitivo do que matemático”, reconhece o economista João Ildebrando Bocchi, diretor da PUC-SP e autor do livro Desafios para o Brasil – Como Retormar o Crescimento Econômico Nacional.

A julgar pelo retrospecto, os especialistas andam com a intuição descalibrada. Menos de uma década atrás, grandes economistas brasileiros afirmavam que a expansão do PIB não poderia passar de 3%. Passou. Nos últimos três anos, em especial antes da crise, diziam que o teto seria entre 4% e 4,5% para não gerar inflação. Erraram de novo.

Em 2007, o PIB avançou 5,4% sem perder o controle da inflação e, em 2008, subiu 5,1%. Hoje, o PIB potencial roda na casa de 6%, segundo economistas, mas já se prevê uma expansão acima de 7,5%, como projeta o Itaú Unibanco. “A expansão do PIB não é fato isolado porque está forte em todos os setores da economia brasileira”, afirma o economista-chefe do banco, Ilan Goldfajn. “O crescimento no primeiro trimestre no Brasil só não foi melhor que o da China. Imaginar para o País um PIB acima de 7,5% não é nenhum espasmo.”

Para o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), o atual ciclo de expansão do PIB está realmente longe de um espasmo, e tem sido puxado principalmente pela combinação entre aumento da capacidade de produção da indústria e explosão dos investimentos. “O Brasil está dinâmico e preparado para crescer forte”, diz o diretor do Iedi, Júlio Gomes de Almeida.

“Como crescimento no País é algo raro, muitos agora duvidam da nossa capacidade”, completa ele. A taxa de investimento no País está em trajetória crescente. Em 2009, o percentual de investimento em relação ao PIB foi de 16,7%, passou para 19% neste ano e deve chegar a 23% em 2012, segundo projeções do Banco Mundial. Entre 2010 e 2013, estão previstos investimentos da ordem de R$ 1,3 trilhão, de acordo com mapeamento do BNDES. O setor de petróleo e gás será a locomotiva desses investimentos, com R$ 340 bilhões. O setor de infraestrutura vem logo atrás, com R$ 310 bilhões nos próximos três anos.

Com esse vultoso volume de investimento, apesar de certo ceticismo entre economistas em relação ao crescimento do País, muitos investidores internacionais já não duvidam da capacidade de expansão do Brasil. Nos cálculos do Banco Central, os investimentos estrangeiros diretos deverão superar US$ 45 bilhões em 2010, o melhor resultado em 63 anos.

O maior volume até agora, atingido em 2008, antes da crise internacional, foi de US$ 43,9 bilhões. “O potencial de crescimento da economia tem atraído investimentos de toda parte do mundo. E estes são investimentos de médio e longo prazo”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luís Afonso Lima. “O Brasil pode, sim, crescer muito acima de seu PIB potencial”, garante o presidente da Alstom Brasil, o francês Philippe Delleur.

A afirmação dele se traduz em investimentos. A Alstom tem participado de quase todos os projetos hidrelétricos da região amazônica, além de estar em processo de fabricação de locomotivas para transporte público em várias partes do País. Nos últimos dois anos, a companhia desembolsou R$ 90 milhões para produzir turbinas de hidrelétricas em Rondônia, R$ 50 milhões para geradores eólicos na Bahia e R$ 550 milhões na automatização do metrô paulistano. As razões que inspiram a Alstom a investir no País são as mesmas que motivam a alemã Siemens. Em dez anos, a companhia colocou R$ 1,5 bilhão em setores ligados à infraestrutura no País.

Mesmo fora da órbita dos investimentos industriais, que dispararam 133% no primeiro trimestre de 2010, segundo o Ministério do Desenvolvimento, o discurso de que o Brasil não pode crescer é cheio de contradições. O BC, em ata divulgada após a elevação de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros, diz que há indícios de descompasso entre oferta e demanda.

O mesmo relatório, no entanto, destaca um recuo da inflação a partir do início de abril e enfatiza uma acomodação no ritmo do consumo – o que derruba o argumento utilizado para elevar os juros. No caso da inflação, o próprio BC reduziu de 5,64% para 5,61% a estimativa para o ano. Uma outra informação que derruba a ideia de desequilíbrio entre oferta e demanda é o nível de utilização da capacidade instalada, que está acomodada em 83%, segundo a CNI. “Não há uma trajetória explosiva do aumento do consumo. Pode até subir ou descer, mas vai continuar acomodado”, diz Flávio Castelo Branco, da CNI.

Esse aumento da capacidade está diretamente relacionado aos investimentos. Um exemplo disso é a Companhia Siderurgia do Atlântico (CSA), da ThyssenKrupp, no Rio de Janeiro, que entrou em operação na sexta-feira com investimentos de US$ 8,3 bilhões. A unidade elevou em 40% toda a produção nacional de laminados.

A tese de expansão descontrolada definitivamente não tem espelhado a realidade de diversos setores da economia brasileira. Para ilustrar o descompasso entre as teorias econômicas sobre PIB potencial e o que pode observar na economia real, João Ildebrando Bocchi, diretor da PUC-SP, faz a seguinte comparação: “Quando temos cinco cabeças e quatro chapéus, mandamos produzir mais um chapéu. Aqui no Brasil, a julgar pela decisão do BC de aumentar os juros e o medo de crescer, manda-se cortar uma cabeça.”

Mapa do crescimento da economia brasileira

R$ 549 bilhões para indústria

Petróleo e gás R$ 340 bilhões
Em três anos, a Petrobras investirá US$ 174 bilhões na exploração do pré-sal e no desenvolvimento de biocombustíveis. Fornecedores brasileiros e estrangeiros já se preparam para investir no País.

Mineração R$ 52 bilhões
O apetite da China sustenta os investimentos no aumento da produção de minério de ferro. Só neste ano, a Vale vai investir US$ 12,9 bilhões, o maior valor entre as mineradoras internacionais.

Siderurgia R$ 51 bilhões
A CSA, da ThyssenKrupp, entrou em operação na última semana com investimento de R$ 15,5 bilhões e ampliará em 40% a capacidade nacional de aço laminado, para atender à indústria automobilística.

Química R$ 34 bilhões
A indústria química deve investir até 2014 cerca de US$ 26 bilhões em produtos para uso industrial no Brasil, segundo a Abiquim. Os focos são biocombustíveis, embalagens, medicamentos e cosméticos.

Veículos R$ 32 bilhões
A Volkswagen, Fiat, GM e Ford, as quatro maiores montadoras do País, têm, juntas, R$ 18 bilhões em investimentos para os próximos três anos. O Brasil já é o quarto maior mercado mundial.

Eletroeletrônica R$ 21 bilhões
Puxado pela produção de tevês de LCD e aparelhos de ar-condicionado, o setor de eletrônicos pretende investir R$ 20 bilhões entre 2010 e 2011, principalmente na Zona Franca de Manaus.

Papel e celulose R$ 19 bilhões
A recuperação do preço internacional da celulose motivou as empresas a investir. Neste ano, o País passará de 11º para 7º no ranking dos maiores produtores.

Energia elétrica R$ 98 bilhões
O setor de energia é um dos grandes beneficiados do PAC.Deverá receber mais de 55% dos investimentos totais.

Telecomunicações R$ 67 bilhões
O plano nacional da banda larga deverá receber, numa primeira fase, R$ 20 bilhões em investimento, além dos aportes das companhias em telefonia 3G e ampliação da rede.

R$ 310 bilhões para Infraestrutura

Saneamento R$ 39 bilhões
A segunda etapa do Programa de Aceleração do crescimento prevê investimento de pelo menos R$ 40 bilhões em saneamento básico em todo o País

Ferrovias R$ 56 bilhões
Grandes projetos ferroviários, entre eles a Ferrovia Norte-Sul, para escoar a produção de minérios e grãos do Centro-Oeste via portos nordestinos, colocarão o modal entre os de maior investimento no País nos próximos anos.

Rodovias R$ 36 bilhões
A privatização de rodovias estaduais e federais, em situação precária, faz do setor um dos com maior potencial de atração de investimentos

Portos R$ 15 bilhões
O governo pretende atrair de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões em investimentos privados nos portos brasileiros

Construção civil
Aumento da oferta de financiamento, programa Minha Casa, Minha Vida e disputa dos bancos por novos clientes continuarão puxando o setor imobiliário


Por: Hugo Cilo
Fonte: ISTOÉ
Fontes: IBGE, BNDES, CNI, Iedi e empresas

Brasil ultrapassará países ricos em atração de investimento

País é visto como quarto destino mais atraente para investimentos nos próximos três anos.

Uma pesquisa que ouviu mais de 800 executivos de grandes empresas internacionais aponta o Brasil como o quarto destino mais atraente para investimentos externos nos próximos três anos, atrás somente de China, Índia e Leste Europeu.

Segundo o levantamento, realizado pela consultoria internacional Ernst & Young, o Brasil deve superar Rússia, América do Norte e Europa Ocidental, hoje vistos pelos entrevistados como mais atraentes para investimentos.

Cada entrevistado foi questionado sobre os destinos preferenciais de seus investimentos atualmente e nos próximos três anos.

Com três possíveis respostas para cada questionário, o Brasil foi apontado como um dos destinos preferenciais atualmente por 12% dos entrevistados, mas por 53% quando considerados os próximos três anos.

Em 2006, apenas 5% das respostas viam o Brasil como um destino preferencial para os investimentos.

// Notícias relacionadas
21-06-10 - Na hora de investir, empresários asiáticos não...
21-06-10 - O estilo chinês de investir bilhões
18-06-10 - ANP cancela licitação que definiria cessão...
18-06-10 - BNDES aprova R$ 711,4 mi para projetos da Cosan
18-06-10 - Toyota, Hyundai e Honda ignoram crise mundial...

China
A China é vista como o país mais atraente para investimentos nos próximos três anos, com 66% das respostas, seguida de Índia, com 61%, e Leste Europeu, com 59%.

Logo atrás do Brasil estão Europa Ocidental (50%), América do Norte (49%) e Rússia (48%). As três regiões aparecem à frente do Brasil nos questionários sobre os destinos preferenciais de investimentos atuais.

Também aparecem na pesquisa Oriente Médio (42% de atração), Região Mediterrânea Sul (36%), Japão (35%), Oceania (32%) e África do Sul (29%).

Segundo a análise da Ernst & Young, os resultados mostram que apesar do crescimento da atração de destinos de investimentos como China, Índia e Brasil, os destinos tradicionais não estão muito atrás.

"Isso indica que o mundo para os investidores é de fato multipolar. Os destinos tradicionais de investimentos, que podem estar atrás nas pesquisas, são apenas levemente menos atraentes que os líderes China e Índia", diz o relatório da consultoria.

Os dados fazem parte da 8ª pesquisa sobre atratividade da Europa da Ernst & Young, que ouviu 814 executivos de grandes empresas de todo o mundo.


Fonte: BBC
23/6/10

Saiba um pouco mais sobre o e-mail marketing no B2B

Nas últimas semanas, tenho recebido muitos e-mails marketing aproveitando a Copa do Mundo para divulgar promoções, alertas de novos negócios, feiras e outros assuntos que nem me lembro. Ao ler as mensagens – acredite, leio cada e-mail que recebo! -, encontrei um artigo bem interessante do Eduardo Marques, gestor de projetos web da dBrain, agência especializada em marketing de canais. O mais curioso é que Marques escreveu sobre a importância do e-mail marketing nos negócios.

Não sei como anda sua caixa de e-mails em relação a esse tipo de material, mas acho que vale ler o artigo – que reproduzo abaixo, na íntegra – para se tirar algumas conclusões. Boa leitura!

O uso do e-mail marketing como um instrumento eficiente no aumento das vendas em uma relação B2C já é bastante conhecido. O que ainda não é de conhecimento de muitos empresários é a utilização dessa ferramenta como grande fomentadora de negócios para um canal B2B.



Para muitos profissionais, conquistar a atenção do parceiro de negócios através do e-mail tem se tornado um grande desafio. Na era do excesso de informação, é grande a chance do seu e-mail se tornar apenas mais um item não lido na caixa postal. Para que isso não ocorra, ou melhor, para que a sua empresa não desperdice mais oportunidades, existem alguma dicas preciosas.


A primeira delas é investir no branding. Através de um modelo de e-mail bem desenhado, entregar mensagens com a identidade da marca fortalece a credibilidade do leitor e cria uma ponte visual que torna mais constante a presença da empresa.


A segmentação é outro ponto importante. Classificar os destinatários em grupos de afinidades de acordo com as segmentações pré-definidas pela empresa. Dessa forma, seus parceiros somente receberão as informações que realmente importarem para eles e a sua empresa colherá um resultado mais positivo das ações de envio com mais e-mails lidos e menos e-mails ignorados.


Personalizar também é preciso. Com a lista de receptores devidamente classificada e segmentada em um banco de dados, é possível exportar informações que irão personalizar o e-mail. Relatórios de vendas, transações e convites podem ser entregues com uma maior agilidade e relativo baixo custo.


Integrar o e-mail a outros canais digitais é outro ponto a ser notado. A recente explosão das redes sociais, a popularização de extranets e o desenvolvimento de exclusivos portais de parceiros de canal, mostram-nos que o comportamento digital está em constante mudança. Estar atendo a essas mudanças é importante para integrar o seu serviço de email marketing às outras mídias. Ele deve ser parte integrante de um plano de marketing e comunicação digital bem definido.


O ROI (Return On Investment) também não é mais o mesmo. Por algum tempo, creditou-se o sucesso de uma ação de e-mail marketing ao retorno do clique efetuado pelo usuário. Porém, mais eficiente do que o clique é a conversão. Se no planejamento da sua ação, o pretendido era a inscrição em um curso, mais importante do que os cliques para a exibição das informações, será o ponto de conversão de destinatários em novos participantes. Dessa forma, a mensuração do retorno do investimento se torna palpável.


Enfim, se anteriormente o foco estava nos envios em massa, hoje uma campanha bem estruturada de email marketing está na personalização, conhecimento da cultura digital e na integração com outras mídias. Isso sem falar é claro, do conteúdo relevante para o destinatário.

Radar Industrial - 23/6/10
Análise, Artigo, Opinião Por Kleber em 21 de junho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

Petrobras planeja investir US$ 224 bilhões até 2014

A Petrobras planeja investir US$ 224 bilhões entre 2010-2014, uma média de US$ 44,8 bilhões por ano, informou a estatal em fato relevante disponível na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Do montante total, 95% serão aplicados no Brasil, ou US$ 212,3 bilhões, e a parcela restante no exterior, ou US$ 11,7 bilhões.

"O Plano de Negócios 2010-2014 mantém as metas de crescimento para a companhia, incluindo os recursos necessários para a exploração e desenvolvimento das descobertas de petróleo no pré-sal. A meta de produção de petróleo é de 3,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe) em 2014 e projeção de 5,4 milhões de boe em 2020", revelou a estatal.

A Petrobras notou que o novo planejamento implica um aumento de 20% em relação ao antecedente, sendo US$ 31,6 bilhões referentes a novos projetos, dos quais 62% dedicados para a área de Exploração e Produção (E & P), ou US$ 19,7 bilhões.


Valor Online - 22/06/10

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Emprego na indústria registra 4ª alta mensal seguida, diz IBGE

O nível de emprego na indústria subiu 0,4% em abril, na comparação com março, quarta alta consecutiva nesse confronto, informou nesta sexta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em relação a igual período em 2009, houve alta de 3,3%, terceiro resultado consecutivo. É a maior variação, nessa comparação, desde fevereiro de 2008, quando o avanço havia sido de 3,5%.

No acumulado dos últimos 12 meses, registrou-se queda de 3,4%. De janeiro a abril, o emprego industrial registrou elevação média de 1,3%.

O valor da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria caiu 0,4% em relação a março. Na comparação com abril de 2009, verificou-se aumento de 5,4%. No acumulado em 12 meses, porém, houve queda de 1,3%.

Na comparação com igual mês em 2009, o emprego industrial subiu em todos os 14 locais pesquisados, principalmente no Ceará (8,9%), no Rio Grande do Sul (4,9%) e em São Paulo (2,8%).

// Notícias relacionadas
16-06-10 - Membro do BCE vê Brasil, China e Índia puxando...
14-06-10 - Microcrédito bate recorde no Brasil
14-06-10 - Indústria brasileira fica mais eficiente na crise
11-06-10 - Sinal verde para Petrobras
11-06-10 - Siderurgia busca ganho de escala e tecnologia,...

Entre os setores, houve avanço em 13 dos 18 ramos industriais. As maiores contribuições vieram das produções de alimentos e bebidas (2,7%), calçados e couro (7%), produtos de metal (6,9%) e máquinas e equipamentos (5,8%).

Por outro lado, houve retração de 8,7% na produção de madeira.

O número de horas pagas ficou praticamente estável ante março, com variação positiva de 0,1%. Em relação a período correspondente em 2009, houve alta de 4,2%, a mais significativa desde dezembro de 2004, quando subira 4,7%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, foi constatada retração de 3,1%.

Em relação a fevereiro de 2009, o número de horas pagas registrou avanço nas 14 regiões avaliadas, e em 14 dos 18 ramos. Em termos setoriais, as principais contribuições vieram das indústrias de meio de transporte (9,3%), alimentos e bebidas (3,1%) e máquinas e equipamentos (8,6%).

Por: Cirilo Junior
Fonte: Folha

Indústria brasileira fica mais eficiente na crise

São Paulo - A indústria brasileira aproveitou a crise e a retomada do crescimento econômico para ganhar eficiência. No primeiro trimestre de 2010, a produção por hora paga nas fábricas cresceu 15,9% em relação a igual período de 2009. Em relação aos três primeiros meses de 2008, o ganho de produtividade foi de 4,3%.

Aumento de produtividade significa que o custo de produção diminuiu na indústria. Isso permite que o setor absorva melhor aumentos de custo de todos os tipos, inclusive o de salários, além de abrir espaço para queda de preços e aumento da competitividade do produto brasileiro. No entanto, o fôlego extra varia de setor para setor e de empresa para empresa.Impulsionada pela expansão de 18% na produção industrial, entre o primeiro trimestre de 2009 e o deste ano, a evolução da eficiência nas fábricas veio acompanhada de crescimento de 0,7% no emprego e de 1,8% nas horas pagas. A folha de pagamento cresceu 3,3% acima da inflação do período. Já o custo do trabalho, medido pela relação entre a folha de pagamento real e as horas pagas, subiu 1,5%. A alta de custo foi menor que o ganho proporcionado pelo avanço da produtividade, o que sinaliza que, em média, os aumentos salariais foram concedidos pelas indústrias sem pressões inflacionárias.

Fonte: Agência Estado

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pesquisa aponta ganho em 14 dos 17 setores

Os ganhos de eficiência foram generalizados entre a grande maioria dos segmentos da indústria brasileira. De um total de 17 ramos industriais analisados pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), só três não conseguiram aumentar sua produtividade no primeiro trimestrede 2010, comparado com igual período do ano passado – papel e gráfica; coque, refino de petróleo e álcool, e fumo. Em compensação, o aumento da produtividade chegou a dois dígitos em 11 setores. Em produtos de metal (exclusive máquinas), o salto foi de 42,1%. Puxa da pela indústria automobilística, a produtividade na fabricação de meios de transporte aumentou 20,2% em relação ao primeiro trimestre de 2009. Osetor contoucoma ajudado governo federal, que reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros para manter o consumo aquecido. O benefício vigorou de dezembro de 2008,auge da crise, até março deste ano. Com a demanda das montadoras em alta, a empresa de auto peças Elring Klinger conseguiu aumentar em mais de 40% a sua produtividade, mesmo tendo de ampliarem 20% o quadro de funcionários este ano. A empresa abriu 40 postos de trabalho e emprega hoje 300 pessoas, número superior ao que tinha em setembro de 2008. “Entramos na crise revendo todas as maneiras de produzir, de forma a sermos ainda mais eficientes”, conta o diretor-presidente da Elring Klinger do Brasil, Hans Eckert. Segundo ele, a empresa decidiu investir este ano R$ 17 milhões para ampliar em 20% sua capacidade de produção. Devagar. Em setores mais atingidos pelos efeitos recessivos da crise,oprocessofoimaiscomplicado. No Grupo Orsa, fabricante de celulose, papel e embalagens de papelão ondulado – setor que é uma espécie de termômetro do ritmo de atividade –,aprodutividade chegou a crescer 20% em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. “O que esse número reflete é o aumento do volume de encomendas, pois estou com a mesma equipe e equipamentos que estavam ociosos no início do ano passado”, diz o presidente do grupo Orsa, Sérgio Amoroso. “O nosso ganho de eficiência foi de 9%, que é quanto aumentou a produtividade em comparação com o primeiro trimestre de 2008.” Destaque. No setor de borracha e plástico, o aumento da produtividade medido pelo Iedi foi de 34,5%. “O setor é um dos que apresentamos melhores desempenhos, principalmente em segmentos voltados para a construção civil, embalagens para alimentos e bebidas e indústria automobilística”, afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho. “A produtividade aumentou porque hoje as empresas estão com nível de utilização da capacidade instalada próxima de 0% e mais enxutas em relação ao começodoano passado, quando as vendas caíram e as fábricas ficaramociosas”, explica Roriz Coelho. (Fonte: O Estado de S Paulo - Economia - 14/03/2010)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Emprego industrial cresce 3,3% na comparação anual, maior alta em 26 meses

O emprego na indústria brasileira cresceu 3,3% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2009, segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira. Esta é a maior variação, na comparação anualizada, desde fevereiro de 2008, quando o avanço havia sido de 3,5%.
Todas as 14 regiões pesquisadas tiveram aumento do emprego, com destaque para São Paulo (2,8%), Nordeste (5,8%) e Rio Grande do Sul (4,9%).
Na comparação com o mês de março deste ano, o emprego na indústria subiu de 0,4%. Em 2010, o setor acumula alta de 1,3%.
Doze setores contrataram em abril. As maiores altas no número de vagas foram de Alimentos e bebidas (4,4%), Têxtil (11,7%) e Máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,3%).
O número de horas pagas na indústria teve variação positiva de 0,1% em abril sobre março, com ajuste sazonal, e 4,2% contra abril de 2009.
O valor da folha de pagamento real caiu 0,4% no mês, com ajuste, após ter crescido por três meses seguidos, e subiu 5,4% na comparação anual.
Entenda a pesquisa
Segundo o IBGE, a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário produz mensalmente indicadores sobre vagas e remuneração nas atividades industriais, sobre pessoal ocupado assalariado, admissões, desligamentos, número de horas pagas e valor da folha de pagamento em termos nominais (valores correntes) e reais (deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA).

São consideradas as empresas que possuem unidades locais registradas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e reconhecidas como industriais pelo Cadastro Central de Empresas do IBGE.

A pesquisa é dividida nas seguintes áreas: regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul, Pernambuco, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O levantamento foi iniciado em 1968 com o nome de Pesquisa Industrial Mensal – Dados Gerais. Em 1997, passou a ser denominado Pesquisa Industrial Mensal - Emprego, Salários e Valor da Produção.

A partir de 2001 a pesquisa foi reformulada, deixando de levantar informações relativas ao valor da produção industrial e passando a ser denominada Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário.

Da Redação, em São Paulo
11/06/2010 - 09h04 – UOL Notícias
(Com informações da Reuters)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Indústria vê manutenção de crescimento entre 5%e 7%

A economia deverá seguir aquecida até o final do ano, mesmo que em ritmo mais fraco que o do primeiro trimestre. É a avaliação de executivos de industrias tão diversas quanto a de carros, a de celulares, a de bens de capital e a de materiais de construção. Eles trabalham com perspectivas de crescimento do PIB brasileiro que variam de 5% a 7%, em2010. Para Marcus Daniel de Souza Machado, diretor comercial de celulares da LG Electronics, o desaquecimento é até saudável para que o país tenha tempo de adequar sua infraestrutura. Preocupação compartilhada por Cledorvino Belini, presidente da Fiat para a América Latina. “As condições macroeconômicas do Brasil estão melhores que a Europa, por exemplo, mas temos que ver até quando a infraestrutura suporta crescimento”, diz. Nomais, afirma Machado, da LG, as perspectivas são bastante boas: “temos vendas negociadas até setembro e os clientes estão otimistas”. O que não bastará para ocupar a capacidade instalada da empresa, que concentrará investimentos em marketing e no lançamento de aplicativos para o TVfone. Na Dedini, uma das maiores fabricantes de usinas de açúcar e álcool do país, o clima também é de otimismo. Depois de enfrentar em 2009 um dos piores tombos de sua história, com retração de 60% nas vendas, a empresa espera crescer 40%. Segundo Sérgio Leme, seu presidente, há boas perspectivas emsetores nos quais a companhia busca se diversificar, como o de hidroenergia e o de óleo e gás. Emesmo emaçúcar e etanol pode haver alguma retomada até o final do ano, na esteira do momento econômico. “Achamos que o PIB ficará de 6% a 7% acima de 2009”, diz. No setor de construção civil, embalado por programas de crédito habitacional, empresas como Tigre e Cecrisa não veem grandes contratempos. “Talvez uma pequena acomodação no início de 2011”, diz Rogério Sampaio, presidente da Cecrisa, que este ano investiu R$ 23 milhões em qualificação da produção, e aposta em crescimento do PIB por volta de 5%, em2010. Para Evaldo Dreher, presidente da Tigre, a única coisa que poderia atrapalhar um pouco as coisas seria um grande conflito bélico no exterior. Em um cenário de paz como o atual, a empresa espera que o PIB cresça de 6% a 6,5%, emantéminvestimentos de R$ 200 milhões para o ano, 33% mais que em 2009.
(Fonte: Brasil Econômico - 09/06/2010)

terça-feira, 8 de junho de 2010

Economia cresce 9% no 1º tri e tem expansão anual recorde

Em ritmo mais forte de expansão após a crise, a economia brasileira cresceu 2,7% no primeiro trimestre ante os três meses imediatamente anteriores, registrando o maior aumento nesse comparativo desde a expansão contabilizada no primeiro trimestre de 2004 (2,8%).

Já ante igual período no ano anterior, o incremento foi de 9,0%, apresentando o maior crescimento nesse confronto em toda a série histórica, iniciada em 1996, segundo os dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O PIB no período foi de R$ 826,4 bilhões.

Nos últimos 12 meses encerrados em março, o PIB reverteu seguidos resultados negativos e acumula elevação de 2,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

O PIB, que mostra o comportamento de uma economia, é a soma das riquezas produzidas por um país --é formado pela indústria, agropecuária e serviços.

O indicador também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Neste caso, é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.

O investimento, medido pela chamada FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), teve alta de 26% no primeiro trimestre, se comparado a igual período no ano anterior --o resultado é o melhor na série histórica. Na comparação com o quarto trimestre, houve incremento de 7,4%. Em 12 meses, a expansão é de 1,5%.

A taxa de investimento representou 18,0% do PIB no primeiro trimestre. No mesmo período de 2009, havia significado 16,3%.

O setor industrial cresceu 14,6% em relação ao primeiro trimestre de 2009. Na comparação com o quarto trimestre, a indústria teve alta de 4,2%, e nos últimos 12 meses, ficou estável.

Já o setor de serviços registrou incremento de 5,9% frente ao primeiro trimestre de 2009. Em relação ao quarto trimestre, o segmento cresceu 1,9%, e nos últimos 12 meses, tem alta de 3,6%.

O setor agropecuário subiu 5,1% na comparação com o período de janeiro a março do ano passado. Em relação ao quarto trimestre de 2009, a agropecuária teve alta de 2,7%, e nos últimos 12 meses, acumula queda de 3,3%.

O consumo das famílias teve aumento de 9,3% no primeiro trimestre. Em relação ao quarto trimestre, constatou-se crescimento de 1,5%, e nos últimos 12 meses, acumula incremento de 6,0%.

O consumo do governo registrou alta de 2,0% no primeiro trimestre. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o consumo do governo cresceu 0,9%, e nos últimos 12 meses, acumula expansão de 3,1%.

Pelo lado do setor externo, as exportações de bens e serviços subiram 14,5% frente ao primeiro trimestre de 2009. Ante o quarto trimestre, apresentaram elevação de 1,7%.

Já as importações de bens e serviços aumentaram 39,5% em relação ao primeiro trimestre de 2009 --a maior expansão da série--, e registraram alta de 13,1% se comparado ao quarto trimestre.


CIRILO JUNIOR
Folha.com
08.06.10

Padrão visual para pequenas e médias empresas não é um bicho de sete cabeças!


As indústrias de pequeno e médio porte começaram a se dar conta da importância da comunicação com seu público-alvo há pouco tempo. Na verdade, depois que a China entrou para valer em vários segmentos do mercado industrial a concorrência ficou muito mais feroz e a necessidade de se fazer presente falou mais alto.
Existe um mito de que propaganda exige um grande valor de investimento e que somente as grandes empresas têm fôlego para isso. Não é bem assim!
Continuo encontrando ainda no mercado muitas empresas que deixam sua comunicação nas mãos de uma sobrinha que fez um cursinho na escola à tarde e que, portanto, se acha apta a desenvolver um anúncio ou pede a um conhecido que sabe mexer em algum programa de criação para desenvolver um logotipo. Eu pergunto: você colocaria um projeto técnico de um equipamento ou componente que sua empresa fabrica para apresentar a um potencial cliente nas mãos do seu afilhado de 18 anos que ainda não tem experiência? Por que você faz isso com a comunicação da sua empresa?
A indústria tem um jeito peculiar de se comunicar com o mercado. Em primeiro lugar é preciso determinar quem é o seu público-alvo. Definido isso, fica muito mais fácil pensar na estratégia de comunicação.
Entretanto, a base para tudo é definir um padrão visual. Isso não requer um investimento alto, mas bom senso e orientação para todos na empresa. Estabelecer um padrão permite ao receptor da mensagem identificar de bate-pronto que aquele material se refere à sua empresa. Seu logotipo tem que ter cores especificadas e em todos os lugares em que ele for aplicado deverá sair com as mesmas cores, no mesmo tipo de letra, sem distorção – cartão de visita, nota fiscal, papel de carta, envelope, orçamentos, anúncios, no site, nos uniformes e assim por diante.
Você já parou para pensar que o logotipo é a “cara da sua empresa”? Grandes empresas sabem disso e têm um manual de identidade visual com regras muito claras de como usá-lo e de como aplicá-lo em cada um de seus materiais.
Isso não é um detalhe insignificante e sim uma estratégia que demonstra coerência e cuidado por parte da empresa, garantindo o reforço da sua marca. Toda vez que o seu comprador vir o seu logotipo, ele vai lembrar da sua empresa.
Pense nisso: o investimento é muito pequeno e o retorno, a médio e longo prazo, é significativo.



segunda-feira, 7 de junho de 2010

Financiamento de máquinas e equipamentos bate recorde

SÃO PAULO - Os financiamentos disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a aquisição de máquinas e equipamentos atingiram níveis recordes no acumulado de janeiro a abril de 2010, tanto em valores desembolsados quanto em número de operações, divulgou o banco, ontem, por meio de nota.

O BNDES Finame - subsidiária para financiamentos à produção e compra de máquinas e equipamentos - contribuiu com 44% do total de desembolsos realizados pelo BNDES entre janeiro e abril de 2010, os quais somaram R$ 35,7 bilhões, isto é, alta de 34% sobre o total liberado no primeiro quadrimestre de 2009.

De janeiro a abril, foram disponibilizados R$ 15,6 bilhões em créditos à aquisição de bens de capital por meio da linha BNDES Finame, o que representa expansão de 133% na comparação com os mesmos meses do ano passado (R$ 6,7 bilhões), envolvendo 67,5 mil operações. Ou seja, foram feitas mil operações por dia útil, acima da média histórica de 340 operações diárias (crescimento de 194%), no âmbito do BNDES Finame. Segundo a nota do banco, a principal razão para esses resultados é o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), aprovado em junho do ano passado, com financiamento a máquinas e equipamentos com taxas de juros fixas.

// Notícias relacionadas
04-06-10 - Volkswagen vai usar 30% de aço importado
04-06-10 - Investir na Ameristeel vai elevar risco da Gerdau...
02-06-10 - Governo sobe meta de exportações para US$ 180...
02-06-10 - Shell e Vale negociam acordo global
01-06-10 - Estádios podem virar "elefantes brancos"

O professor de administração da ESPM, Adriano Gomes, comenta que o resultado sobre o crédito para compra de máquina e equipamento é um fato positivo à medida que mostra que as empresas estão renovando seu parque industrial. "Os números apresentados pelo BNDES é reflexo da economia em ritmo de crescimento em torno de 7%", diz.

Sobre o total dos primeiros quatro meses de 2010, as aprovações dos financiamentos atingiram R$ 38,5 bilhões (alta de 30%), os enquadramentos registram R$ 46 bilhões, e as consultas, R$ 54,4 bilhões. Segundo a nota, "os dois últimos indicadores tiveram recuo de 32% na comparação com janeiro a abril de 2009, devido unicamente ao efeito do empréstimo de R$ 25 bilhões feito a Petrobras, que deu entrada no Banco em abril do ano passado e que não se repetiu em 2010".

No primeiro quadrimestre deste ano, o setor de infraestrutura ocupou R$ 14,1 bilhões em desembolsos do BNDES, cujo valor foi 41,3% superior em relação aos R$ 9,9 bilhões liberados no mesmo período de 2009. Segundo a nota, o crescimento foi puxado pelo segmento de transporte rodoviário (R$ 7,6 bilhões). De acordo com o Banco, foram desembolsados R$ 10,5 bilhões entre janeiro e abril em benefício à indústria, com destaque para alimentos e bebidas (R$ 3,2 bilhões), material de transporte (R$ 1,5 bilhão) e mecânica (R$ 900 milhões). No setor da agropecuária, "em fase de recuperação", o BNDES liberou, no mesmo período, R$ 3,4 bilhões (alta de 100,6%). O setor de comércio e serviços também apresentou elevação expressiva na comparação, de 144% para R$ 7,5 bilhões de desembolsos.

O professor da ESPM, no entanto, afirma que, apesar dos números de desembolsos realizados neste ano serem positivos, o investimento no Brasil, principalmente no setor de máquinas e equipamentos, é tardio. "Dos países do BRIC [Brasil, Rússia, Índia e China], somos [Brasil] o menor em número de investimentos. Enquanto a China apresentou um patamar de 42% em 2009, nosso total gira em torno de 16%", alerta Gomes.

Em abril
Somente em abril, o BNDES liberou créditos totais de R$ 10,2 bilhões em financiamentos, ou seja, 28% maior do que no mesmo mês de 2009 (R$ 7,9 bilhões).

No quarto mês de 2010, as aprovações de empréstimos atingiram R$ 11,6 bilhões (alta de 26%). Segundo o banco, o bom resultado foi puxado pelos segmentos de química e petroquímica (R$ 3 bilhões aprovados) e alimento e bebida (R$ 750 milhões).

Os enquadramentos subiram 8% em abril para 13,4 bilhões. Já as consultas, caíram 62%, passando de R$ 21,6 bilhões para R$ 8,1 bilhões dentro do período comparado. "A entrada no BNDES de uma parcela do pedido de financiamento à Petrobras, pressionou o resultado."

Em 12 meses
Nos últimos 12 meses, encerrados em abril, a nota do BNDES revela desembolsos de R$ 146,4 bilhões, valor 58% maior que o registrado em igual período do ano anterior, considerando o empréstimo à Petrobras. Sem a operação da Petrobras, os desembolsos em 12 meses, até abril, cresceram 31%. As aprovações de crédito ficaram em R$ 179 bilhões (alta de 55%), "mostrando vigor no nível de investimentos do País". As consultas mantiveram-se estáveis em R$ 199 bilhões.

De acordo com Gomes, é possível que o número de pedidos de financiamentos reduza, isto porque a confiança do empresário apresenta índices mensais no mesmo patamar. Dados recentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelaram que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) teve queda de 0,6 pontos em maio.


Por: Fernanda Bompan
Fonte: DCI

BNDES chancela a política industrial com mais crédito

Os desembolsos com inovação, por exemplo, ficaram em R$ 563 milhões em 2009

A aplicação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem seguido quase que à risca a política industrial lançada pelo governo federal em 2008. Nesse ano, das 179 operações diretas do banco para a área industrial, 75% eram relacionadas com setores incluídos na Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP). Em 2009, a fatia aumentou para 83,3% dos 156 contratos para a indústria. A estatística leva em conta empréstimos de capital de giro e créditos para projetos industriais de implantação ou expansão.

O crescimento da aplicação de recursos do BNDES para outras áreas que são pilares da política industrial mostra a prioridade do programa. Os desembolsos com inovação, por exemplo, ficaram em R$ 563 milhões em 2009. De janeiro a março deste ano já atingiram R$ 353 milhões, valor 366% maior do que do mesmo período do ano passado. A previsão da instituição é chegar a R$ 2,41 bilhões até o fim do ano. As operações voltadas para micro e pequenas empresas ficaram em R$ 31,3 bilhões nos últimos doze meses terminados em abril. Nos doze meses anteriores, atingiram R$ 22,4 bilhões.

A sintonia fina com a política industrial foi detectada por pesquisa da Direito GV, sobre o papel do BNDES como fomentador da política nacional. Segundo Mario Gomes Schapiro, autor da pesquisa, as operações diretas para o setor industrial realizadas pelo BNDES, em 2008 e 2009, mostram consistência entre a política industrial e os financiamentos diretos concedidos pelo banco. Ele lembra que as empresas apoiadas apresentam em sua maioria projetos de expansão, de ampliação ou modernização de suas plantas, sendo a menor parte dirigida a financiamento de capital de giro. Dos 156 contratos de colaboração financeira para a indústria em 2009, apenas 16 foram para capital de giro.

João Carlos Ferraz, diretor de planejamento do BNDES, diz que a adoção da PDP pelo governo acabou agregando metas da política industrial na atuação do banco. Além de apoio à ampliação de exportação, Ferraz destaca programas para inovação, micro, pequenas e médias empresas e o incentivo à ampliação do investimento fixo. A média diária dos pedidos de liberação da Finame, voltada para aquisição de máquinas e equipamentos, atingiu R$ 251 milhões em abril, quantia que superou os picos dos dois últimos anos (R$ 212 milhões em janeiro e R$ 153 milhões em setembro).

Para Schapiro, além da atuação ligada à política industrial, o BNDES consolidou, nos últimos cinco anos, uma forma de financiar empresas e programas "sem concorrer nem predar o mercado de capitais".

Valor Econômico On Line
Marta Watanabe, de São Paulo
04/06/2010