segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pesquisa aponta ganho em 14 dos 17 setores

Os ganhos de eficiência foram generalizados entre a grande maioria dos segmentos da indústria brasileira. De um total de 17 ramos industriais analisados pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), só três não conseguiram aumentar sua produtividade no primeiro trimestrede 2010, comparado com igual período do ano passado – papel e gráfica; coque, refino de petróleo e álcool, e fumo. Em compensação, o aumento da produtividade chegou a dois dígitos em 11 setores. Em produtos de metal (exclusive máquinas), o salto foi de 42,1%. Puxa da pela indústria automobilística, a produtividade na fabricação de meios de transporte aumentou 20,2% em relação ao primeiro trimestre de 2009. Osetor contoucoma ajudado governo federal, que reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros para manter o consumo aquecido. O benefício vigorou de dezembro de 2008,auge da crise, até março deste ano. Com a demanda das montadoras em alta, a empresa de auto peças Elring Klinger conseguiu aumentar em mais de 40% a sua produtividade, mesmo tendo de ampliarem 20% o quadro de funcionários este ano. A empresa abriu 40 postos de trabalho e emprega hoje 300 pessoas, número superior ao que tinha em setembro de 2008. “Entramos na crise revendo todas as maneiras de produzir, de forma a sermos ainda mais eficientes”, conta o diretor-presidente da Elring Klinger do Brasil, Hans Eckert. Segundo ele, a empresa decidiu investir este ano R$ 17 milhões para ampliar em 20% sua capacidade de produção. Devagar. Em setores mais atingidos pelos efeitos recessivos da crise,oprocessofoimaiscomplicado. No Grupo Orsa, fabricante de celulose, papel e embalagens de papelão ondulado – setor que é uma espécie de termômetro do ritmo de atividade –,aprodutividade chegou a crescer 20% em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. “O que esse número reflete é o aumento do volume de encomendas, pois estou com a mesma equipe e equipamentos que estavam ociosos no início do ano passado”, diz o presidente do grupo Orsa, Sérgio Amoroso. “O nosso ganho de eficiência foi de 9%, que é quanto aumentou a produtividade em comparação com o primeiro trimestre de 2008.” Destaque. No setor de borracha e plástico, o aumento da produtividade medido pelo Iedi foi de 34,5%. “O setor é um dos que apresentamos melhores desempenhos, principalmente em segmentos voltados para a construção civil, embalagens para alimentos e bebidas e indústria automobilística”, afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho. “A produtividade aumentou porque hoje as empresas estão com nível de utilização da capacidade instalada próxima de 0% e mais enxutas em relação ao começodoano passado, quando as vendas caíram e as fábricas ficaramociosas”, explica Roriz Coelho. (Fonte: O Estado de S Paulo - Economia - 14/03/2010)

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