sexta-feira, 28 de junho de 2013

Anúncios de TV crescem 3% em 2013

Projeção global da agência de mídia Magna mostra que o mercado de propaganda deve dobrar em 2014

O mercado de anúncios globais deve crescer 6% em 2014, prevê estudo da Magna Global
O mercado de anúncios globais deve crescer 6% em 2014, prevê estudo da Magna Global Crédito: Fotolia.com

O mercado de anúncios globais continuará a crescer de forma modesta até o final deste ano, mas devem dobrar em 2014, aponta pesquisa da agência de mídia Magna Global. Em 2013, o crescimento deve ser de 3% com US$ 486 bilhões – ano passado foi de 3,9%. Porém, no próximo ano, a previsão é de um aumento de 6%, com um alcance de US$ 515 bilhões.
A América Latina deve crescer 12,5% em 2013 e os países da Ásia Pacífica, 5,9%. No próximo ano, essas regiões devem ampliar seus mercados de propaganda em 12,9% e 7,4%, respectivamente. Os EUA atingirão US$ 155 bilhões neste ano, com um aumento de apenas 0,7%. Mas crescerão 5,9% no próximo ano e deverão chegar aos US$ 164 bilhões.
Os anúncios de TV nos EUA devem apresentar uma queda de 2,8% em 2013. A TV a cabo, no entanto crescerá 2,4%. A agência prevê que a mídia digital será a única a demonstrar um crescimento significante neste ano, de 11,5%. Os anúncios mobile aumentarão 61,7%, com US$ 5,4 bilhões. A receita de propaganda em revista impressa deve cair 6,7%, enquanto os jornais poderão sofrer queda de 6,8%.
Os mercados da Europa Ocidental passarão por uma baixa de 1,6% neste ano, segundo a pesquisa, mas se estabilizará em 2014. Já o mercado publicitário do Centro e do Leste Europeu devem crescer 7,6%. O Japão, país com a segunda maior receita, alcançará US$ 51,7 bilhões em 2013 e US$ 53,2 bilhões em 2014. A China, em terceiro lugar, pode atingir receita de US$ 42,8 bilhões neste ano e US$ 48 bilhões no ano que vem.
O crescimento de anúncios continuará a vir, em grande parte, da mídia digital. Em 2013, haverá um crescimento de 13,4% para US$ 113,6 bilhões. Ainda este ano, anúncios em search devem crescer 14,6%, com US$ 52 bilhões; o vídeo digital aumentará 21% para US$ 6,6 bilhões; os anúncios em mobile estarão 54% mais altos com US$ 12 bilhões; e o social mídia crescerá 39,6%, chegando a US$ 8,2 bilhões.
A Magna afirma no estudo que a compra “programada” – que representa 17% das transações online nos EUA – agora com US$ 2,4 bilhões – fará com que os negócios aumentem em 48% sua receita online até 2017. Outros mercados mostram que a compra programada possui 30% de share entre todos os negócios online. 


FONTE: Meio e Mensagem

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Estudo aponta campeões das redes sociais

Entre o noticiário, 52% dos links vêm de O Globo, segundo pesquisa inédita da E.Life; YouTube e Instagram também se destacam em vídeo e foto

Mais da metade dos links de noticiário compartilhados no Facebook e Twitter vem do veículo carioca
Mais da metade dos links de noticiário compartilhados no Facebook e Twitter vem do veículo carioca Crédito: Divulgação
 
Mais de 50% dos compartilhamentos de notícias em redes sociais vêm do jornal O Globo. Cerca de 90% dos vídeos vêm do YouTube e 60% das fotos, do Instagram.
Os números são resultados de pesquisa da E.Life, empresa de mensuração digital e inteligência estratégica, por meio da ferramenta BuzzMonitor, que avalia a performance de marcas, produtos e serviços em redes sociais. Foram analisadas 280 mil publicações no Facebook e Twtitter nos últimos cinco meses.
Entre o noticiário, na sequência do O Globo, os mais compartilhados são Folha de S.Paulo (14%) e revista Exame (7,3%). Em vídeo também aparecem Vimeo em segundo lugar (4%) e Dailymotion em terceiro (1,5%). No compartilhamento de fotos ainda figuram Twitpic com 26% e Flickr, com 12%. O estudo também identificou que as plataformas de blogs mais compartilhadas são Blogspot (38%) e Wordpress (15%), sendo que os 47% restantes diluem-se entre diversas plataformas.
Entre o noticiário, um dos motivos da forte presença de O Globo é o forte estímulo que têm suas áreas de tecnologia e redes sociais. Pedro Dória, editor-executivo de plataformas digitais, comanda a equipe de mídias sociais do jornal e falou ao ProXXIma, em maio, sobre as experiências do veículo em mobile

FONTE: Meio e Mensagem

quarta-feira, 26 de junho de 2013

A relevância das marcas para os brasileiros

Por: Mirella Portiolli

Estudo do Havas aponta que 75% dos entrevistados concordam que o setor privado deve suprir as deficiências deixadas pelo Estado

Petrobras é uma das marcas nacionais mais relevantes para o brasileiro, segundo pesquisa
Petrobras é uma das marcas nacionais mais relevantes para o brasileiro, segundo pesquisa Crédito: Divulgação
Metade da população do Brasil confia em empresas que privilegiam o coletivo, de acordo com pesquisa do grupo Havas, que ouviu cerca de dez mil pessoas, distribuídas em 23 países.
Os 2,7 mil brasileiros participantes consideram os projetos sociais, ambientais e econômicos como diferenciais para avaliar o impacto das marcas na vida das pessoas. O estudo aponta ainda que 75% concordam que o setor privado deve suprir as deficiências do Estado.
Sob esta justificativa, Danone, Coca-Cola, Del Valle, Petrobras e Natura foram indicadas como as cinco principais marcas para os brasileiros. Na visão de Rodrigo Cerveira, diretor de planejamento da Havas, a Danone ocupa a primeira posição porque equilibra os benefícios ao grupo e ao indivíduo. “A linha Activia, por exemplo, possui atributos funcionais e emocionais. Ao mesmo tempo, a empresa tem uma conduta ética em relação à politicas de mercado, preço e ajuda a economia do País”, afirma.
Veja outros insights gerados pela pesquisa do Havas, chamada de Meaningful Brands:
* 76% dos brasileiros que participaram do estudo concordam que grandes companhias deveriam ter um envolvimento ativo na solução de problemas sociais e ambientais;
* 65% frequentemente consideram o impacto das marcas no e bem-estar das pessoas e do meio-ambiente antes de tomar uma decisão relativa à compra;
* 45% acham que as marcas são sinceras quando divulgam seus compromissos e feitos – índice que fica em 36% para a América Latina como um todo.
Análise global
Por se tratar de mercados desenvolvidos, a população dos Estados Unidos e da Europa avalia as empresas segundo os benefícios pessoais que proporcionam. Por esse viés, casos entrevistados não estranhariam caso 73% das 700 marcas pesquisadas desaparecessem. Na análise global, Google, Samsung, Microsoft, Nestlé e Sony são as marcas consideradas fundamentais.

FONTE: Meio e Mensagem

terça-feira, 25 de junho de 2013

A maior rede social do mundo

Você pode nunca ter ouvido falar da Line, que está fazendo sucesso no Japão e é um fenômeno em número de usuários e performance comercial

O nome da rede social japponesa, Line, se refere às linhas telefônicas que se formaram após o terremoto Tohoku
O nome da rede social japponesa, Line, se refere às linhas telefônicas que se formaram após o terremoto Tohoku Crédito: Divulgação
 
(*) Do Advertising Age, por John Stampfel

Os japoneses passam muito tempo do dia fora de casa e os serviços móveis são uma parte essencial dos seus trajetos cotidianos. Durante as viagens diárias, contabiliza-se em 28% do uso de dispositivos móveis no Japão e as mídias sociais consomem grande parte disso.
Nove meses atrás, quase todo mundo em meu transporte diário estava usando o Twitter, que agora possui 20 milhões de usuários no Japão. Mas muitos mudaram para a plataforma em ascensão, a Line, lançada em 2011 pelo NHN Japão após o terremoto em Tohoku. O nome se refere às linhas que se formaram fora dos telefones públicos depois do desastre.
Com um forte suporte de anúncios e testemunhais de celebridades, o aplicativo, que oferece mensagens instantâneas gratuitas e ligações através de smartphones, tablets e desktops, é a rede social que hoje cresce mais rápido no país. Recentemente, alcançou 50 milhões de seguidores em apenas 399 dias. Em janeiro de 2013, o número total de seguidores japoneses atingiu 40 milhões; e 60% das japonesas entre os 20 e 30 anos, mostra a pesquisa da Line, usam a plataforma todos os dias.
A Line e seu aparente NHN (que também é dona da Naver, maior portal da Coréia) monetizaram a rede motivando usuários não só a seguirem marcas, mas a realizarem ações, o que tornou a Line incrivelmente atraente para os anunciantes do varejo. Segundo pesquisa realizada pela Line, mais da metade de usuárias seguem marcas oficiais. Além disso, 63% de todos os usuários leem mensagens de marca, 32% utilizam cupons enviados pela Line e 27% clicam em links.
Diferentemente do Facebook, entretanto, anunciantes podem usar a plataforma somente se pagarem. Há um cartão com tarifa fixa e o número de mensagens é controlado. Por exemplo, uma campanha de quatro semanas com cinco mensagens custará 8 milhões de yens (R$ 163 mil), enquanto uma campanha de 12 semanas oferecendo 15 mensagens (no máximo, duas por semana) terá o valor de 15 milhões de yens (R$ 305 mil).
As marcas podem usar mensagens para links e ofertas de cupons, presentes e prêmios. Há custos adicionais se os anunciantes quiserem criar selos patrocinados, uma forma de emoticons bastante populares no Japão, país obcecado por mangás. Isto é baseado na criatividade do cliente mas gerado pela Line. E os anunciantes têm grandes incentivos para continuar com a Line por um longo período, como decisão de parar de pagar aos meios se uma conta é deletada e perde não só seguidores mas o conteúdo que foi criado.
Nenhuma parte desse controle rígido afastou anunciantes em potencial, que agora incluem Coca-Cola, as lojas de conveniência Lawson e a rede de fast-food Sukiya. Quando Matsumoto Kiyoshi, uma rede de farmácias, precisou atrair mais clientes na faixa etária dos 10 aos 20 anos, ofereceu um cupom de 10% de desconto através da Line e, cinco dias depois, mais de 10.000 pessoas haviam usado um – metade delas pertenciam ao target. Um adicional de 300 mil pessoas também começaram a seguir a marca na Line.
Um dos aspectos mais marcantes da rápida ascensão da Line e seu modelo de negócios para anúncios é que muitas empresas aderiram a isso rapidamente. Enquanto consumidores são rápidos em pular para a próxima nova tendência, os negócios no Japão são notoriamente cautelosos com novas plataformas. A busca constante pela vantagem é simplesmente não tão arraigada na psique do marketing quanto em outros países ocidentais.
Na medida em que a Line se torna mais global, a NHN terá a chance de ver se essas características se aplicam fora da Ásia. Os primeiros resultados aparentam ser promissores: a Line clama, em seu site em inglês, que é o app mais baixado em mais de 40 países e disponível em 230 mercados. Serviços como a comunidade avatar Line Play estão disponíveis em inglês, e o aplicativo em si é disponível para iPhone, Android, Blackberry e telefones Windows. Em fevereiro, a Line assinou um contrato com a Nokia para torná-lo compatível com os dispositivos Asha na Ásia. O status da Line como maior rede social sobre a qual você nunca ouviu falar não vai durar muito.
(*) John Stampfel é diretor emerging digital na MediaCom Japão
Tradução: Isabella Lessa 

FONTE: Meio e Mensagem

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Sua marca é sustentável? Até que ponto?

Por: Gabriel Rossi
As marcas que vão fazer a diferença são aquelas que inspiram seus stakeholders a serem pessoas melhores, a fazer o mundo em que vivemos ficar melhor; 
As redes sociais e suas plataformas aceleram o processo de humanização das marcas, que agora precisam mostrar personalidade, ter carne e osso, tornando fácil o relacionamento das empresas com os seus stakeholders. Acabou aquele comportamento controlador. Isto me leva a crer que o approach dos consumidores delineia uma das maiores tendências do branding atual, que é a construção de marcas fortes cada vez mais conectadas a ideologias e causas. Estas marcas têm que se comportar como pessoas - é o que os outros cidadãos agora esperam delas! As empresas, agora, precisam sair de cima do muro, mostrando suas essências, crenças e apostas.

As marcas que vão fazer a diferença são aquelas que inspiram seus stakeholders a serem pessoas melhores, a fazer o mundo em que vivemos ficar melhor, tornando a nossa vida mais sustentável. O planeta agradece, e o consumidor individualmente também. Na era da transparência radical e da responsabilidade, antes de qualquer coisa, confiança e credibilidade precisam ser conquistadas pelas marcas. Chega de discurso. Nada mais é mera questão de escolha. Todas as dimensões da empresa são visíveis para qualquer um que quiser ver. Numa conversa - que acabou no livro "Brand Digital" - a futurista Faith Popcorn argumenta ao profissional de branding Allen Adamson - que o mundo digital está fazendo com que as marcas sejam enxergadas em sua totalidade. "Não apenas relativo ao que elas vendem, mas também pela fibra moral que a elas está relacionada", afirma a futurista.

Uma marca que conseguiu alcançar esta autenticidade e afirmação - ainda pouco conhecida aqui no Brasil - é a Patagonia, que é referência em "sustainable fashion", ou seja, moda sustentável. A Patagonia se celebrizou por promover eventos que demonstram forte apego às questões ambientais. O próprio nome da empresa já remete à ideia de natureza e preocupação ambiental - lembre-se das geleiras da Patagônia que estão derretendo em razão do aquecimento global. O site da Patagonia e o blog lá contido fazem a empresa respirar autenticidade e intimidade com a causa a que ela abraçou. Vale a pena ressaltar que não somente o on-line, mas também o offline da empresa é muito consistente.
É importante lembrar que para que o "equity" de sua marca cresça fortemente, os esforços de sustentabilidade precisam estar diretamente relacionados com o que sua marca realmente representa na mente de seu público. Dois cases já são clássicos. O primeiro é o da GE, especialmente quando a empresa se envolve em causas de energias alternativas. Ora, a GE lembra automaticamente duas questões: energia e imaginação. Basta lembrar que o seu fundador, Thomas Edison, é o criador da lâmpada bulbo. Nós, consumidores da GE, imaginamos que fontes de energia alternativa estejam relacionadas instintivamente com a companhia.


Outro exemplo é a marca de produtos - entre outros, vários de limpeza - Clorox. Digamos que, quando esta empresa se envolve com estudos para melhorar o ar, despoluindo o ambiente, ela está fortalecendo a percepção do consumidor sobre algo que é intimamente ligado a seu core business. E aqui vai uma pergunta: que consumidor não gostaria de comprar um produto de limpeza de uma companhia que, de certa forma, está contribuindo para a despoluição do planeta? Quando compramos algum produto do portfólio da Clorox, vamos nos sentir ainda melhor ao lembrar que a empresa está envolvida com a causa da higiene ambiental em diversas partes do mundo. Nossa consciência social vai se sentir bem, e nosso cérebro vai admitir a possibilidade de compra. Afinal, a proposta da marca é limpeza e saúde.

Há vários exemplos de empresas cujo líder tem carisma, apelo na sociedade e que demonstra preocupação com a questão da sustentabilidade. Muitos deles investem grandes recursos para semear a sua causa e tentar de alguma forma conectar suas marcas a um apelo sustentável. No entanto, se isso não estiver de algum modo linkado com a promessa central da marca, este esforço é inútil. Esforços de sustentabilidade, como qualquer outra ação de branding, só farão sentido se estiverem atrelados à diferença relevante que a marca promove.

E é aí que os pontos de contato podem contribuir de forma relevante. As empresas hoje em dia estão gastando bilhões no Brasil em relatórios de sustentabilidade e programas de reciclagem interna, que, sim, são necessários, mas estão deixando de lado uma parte essencial nesta equação que é a de escutar aquilo que o público on-line tem a dizer. A conversa do público digital, hoje em dia, oferece uma série de insights que podem revelar o comportamento de compra e aquilo que o seu consumidor realmente pensa que é sustentabilidade em relação a sua marca.
Nossa consultoria tem feito recentemente, por exemplo, alguns estudos nos quais é possível comparar e cruzar os esforços pró-ativos de comunicação no âmbito de sustentabilidade das marcas (RP tradicional, anúncios em mídia impressa e TV etc.) com o que está inserido na Wikipedia. Isto nos possibilita identificar o nível de sinais cruzados que tais marcas estão gerando.


De fato, plataformas de busca estão cada vez mais sociais e "real time". Levando em consideração que o boca a boca viaja muito mais rápido através do "retwittering" e que deixará rastros digitais permanentes, é um vácuo enorme em qualquer estratégia de sustentabilidade não dedicar esforços sérios e profissionais ao público digital. A reputação da sua marca e dos esforços que ela agrega em sustentabilidade têm uma relação simbiótica com os resultados do Google e afins.
Sem o boca a boca nada é sustentável.


FONTE: Cidade Marketing

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A inovação vem da necessidade

Por: Marcos Hashimoto
Infelizmente, a maioria das empresas não cultiva a inovação em seus negócios. 
Morita conta como era o conturbado Japão do pós guerra. Um Japão destruído, sem emprego, sem dinheiro, sem matéria-prima. No trem para Tóquio, onde tentaria trabalhar como professor, ele se perguntava: ‘Como sobreviver? Quem sabe posso fazer alguma coisa? O que os japoneses precisam agora?' ‘Tudo' era a resposta mais óbvia. Mas ao comer um bolinho de arroz que trazia para a viagem, veio a idéia: Arroz. ‘Quem sabe eu não poderia fazer algo para ajudar a cozinhar arroz?' Só que no Japão destroçado não havia metal em parte alguma, mas, por ter servido como oficial técnico durante a guerra, ele teve fácil acesso aos então inúteis compartimentos de bombas dos aviões. Ele então pegou os tanques e os reformou para fabricar as primeiras máquinas de cozinhar arroz.
Seu segundo produto foi a fita magnética. Morita relata suas dificuldades em encontrar material adequado para servir como fita e como improvisaram papel usado para este fim. Depois extraíram o material magnético, o óxido de ferro, a partir de ferrite oxálico aquecido em frigideiras e pintaram nas fitas com a mão. As primeiras gravações eram horríveis, mas eles foram aperfeiçoando o produto que acabou culminando com um excelente contrato de fornecimento de fitas para a IBM em 1965.
Esta e outras histórias que Akio Morita conta em seu livro, ‘Made in Japan', sobre sua vida e sua empresa, a Sony, lhe dão toda a autoridade para afirmar que ‘Todos podemos ser inovadores quando nossa vida depende daquilo'.
Infelizmente, a maioria das empresas não cultiva a inovação em seus negócios. Aliás, muito pelo contrário, vemos muitas iniciativas para impedir o processo criativo nas empresas. Larry Farrell, um dos grandes estudiosos do empreendedorismo corporativo, explicou as sete formas de se matar a inovação na empresa:
1) Eu estou OK, você está OK. Se estamos todos em situação confortável, por que mudar? Por que inovar? Por que querer fazer algo diferente?
2) Alta direção desconectada, que acaba por não estimular um ambiente propício à inovação.
3) Falta de contato. As boas idéias não vêm da sua cabeça. Geralmente vêm do cliente, ou do concorrente. Se você não estiver em contato com eles perderá boas fontes de idéias.
4) Centralizando tudo. A visão taylorista de administração: ‘Eu faço tudo, você não precisa pensar, só obedecer.'
5) Laboratório distante de tudo. Estar longe do seu mercado significa alto risco de inventar o que ninguém quer.
6) Controle total ao Marketing. Quando eles só pensam em melhorar o que já existe e se prendem a paradigmas que impedem o desenvolvimento do espírito inovador.
7) Um único jeito de fazer as coisas. Quando os processos estão cristalizados, os seus executores não conseguem vislumbrar formas diferentes de se fazer as mesmas coisas.

Quem conhece uma animação da Pixar/Disney intitulada ‘Vida de Inseto', vai se lembrar de um excelente exemplo deste último item. No início do filme, Flick uma formiguinha ‘inovadora' procura demonstrar as vantagens de um equipamento que ele inventou para facilitar a colheita de grãos. ‘Flick, não temos tempo para isso' diz uma das formigas. ‘Mas é justamente isso! Com a minha ceifadora poderemos ampliar a produção e ganhar mais tempo!' argumenta Flick. ‘Ora, esqueça isso, largue este troço, volte para a fila e colha os grãos como uma formiga' todos dizem. E ele se vai, frustrado (mas não resignado como se verá ao longo do filme). ‘Ceifadora, hunf! Fazemos a colheita assim desde que eu era uma larvinha!' diz o mais velho da colônia. Alguma semelhança com situações que conhecemos?
Mas o maior estimulador da inovação é mesmo a necessidade, como Morita já demonstrou. Outro empreendedor, Larry Hillblom da DHL também tem histórias para contar. Ao tentar transformar seu trabalho de entregador free-lance em uma companhia, Larry esbarrou nos bancos para obter crédito. Eles simplesmente não acreditavam numa empresa de entregas que não tivesse uma rede formada. Nada mais óbvio, não? Pois Larry passou então a viajar aos principais países para recrutar voluntários. No limite da necessidade, perguntou a um motorista de táxi em Sidney se ele não gostaria de se tornar o presidente da DHL na Austrália, e ele aceitou. Depois de um ano, com sua ‘rede' mundial formada, ele voltou e conquistou a confiança do Bank of América para iniciar o negócio. Hillblom ensina: ‘Podemos fazer muito mais em uma hora de crise do que em um mês de tranquilidade.'

FONTE: CidadeMarketing

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Lápis com ponta de estilete.

Por: Luiz Henrique Rosa

Sempre gostei de lápis bem apontado.
E, decididamente, um lápis só pode se dizer bem apontado se foi esculpido com estilete. "Esculpido" é um termo meio forte, mas me falta vocabulário pra definir melhor a diferença entre uma ponta comum e uma produzida à estiletadas.
Bem, durante muito tempo eu apontava todos os lápis que encontrava na agência de publicidade que eu trabalhava. Enquanto fazíamos "reuniões de brain" (forma preguiçosa da palavra "brainstorming"- tempestade de ideias) eu me distraia demoradamente desbastando as arestas agudas; e relaxava afinando e arredondando a ponta rombuda de lápis soltos pelas canecas e porta-lápis da agência.
Sempre da mesma forma: tirando lascas laterais de modo a arredondar o pau que se desnudava por debaixo da cor externa e superficial.
Como um artesão criando, eu ia revelando a tês inconfundível do madeira.
Sempre  que alguém estranhava aquela obsessão eu, sem vacilar, obtemperava (não vou no dicionário ver se empreguei certo a palavra estranha que incorporei agora)  que provavelmente Walt Disney havia desenhado o primeiro Pato Donald com um assim: preciso, afiado, pontiagudo, estiletado, como os lápis devem ser.
Jamais uma obra-prima sairia de uma ponta rotunda, tosca, sem forma.
Não tenha dúvida, verdadeiras obras de arte da pintura, da publicidade, do cinema, das HQ, das artes plásticas nasceram da ponta de um lápis afiado. Nunca de um computador com uma mesa e uma caneta digital. Me poupe.
E de todas as possibilidades de realizar uma boa ponta para a criação, o apontador escolar é a mais ridícula.
O apontador escolar é econômico demais, não quer gastar a madeira, quase esconde o grafite, põe à mostra o mínimo do veio. Não é inspirador.
É inconcebível o belo nascer de um ferramental mal acabado, de um lápis mauricinho, todo  certinho e econômico.
Já um lápis apontado com navalha machuca o papel com o seu fio. Rasga o branco da folha com precisão e destreza milimétrica, tem uma rebeldia, uma maldade, uma fúria contida (ou incontida?) no grafite agressivo, acusador.
Bem..ali, estou eu:  apontando capa lápis...pacientemente, como o caçador primitivo preparando dardos de madeira para acertar com exatidão alguma ideia selvagem.
Lápis são flechas envenenadas na mão de caçadores de elite.
Quem pode afirmar quão inspiradores foram aqueles fios de madeira com grafite no meio? Quem pode inocentá-los da criatividade que fluia daquelas salas de reunião, daquelas folhas de ofício brancas? Quantas A4 foram dobradas e levadas para serem decifrados mais tarde e transformados em filmes e comerciais? Quantos patos donalds e mickeys não surgiriam mundo afora se mais gente se dedicassem a apontar seus lápis com estilete?
 
 
escrever à caneta
no papel
tem uma leveza
que nenhum teclado
sonha
 
à lápis
o atrito
do epigrama
na lápide
de granito
 
a tela branca
acesa
manchada de tinta seca
pelos dedos
distantes
não sabe
que o poeta
e o papel
já foram amantes
 
Silvestrin, Ricardo, em  Metal, Artes e Ofícios, 2013 - pág 80.

FONTE: AdOnline

terça-feira, 18 de junho de 2013

Excite-se! E faça coisas! – Com tecnologia...

Boston. Início de Maio passado.
Planning-Ness, um curioso evento de planejamento, cujo lema/razão de exstir resume-se na frase:
Excite-se! E faça coisas!”
Ainda dados da palestra do Dr. Carl Marci, “Como criar melhores conexões compreendendo o funcionamento do seu cérebro.”
Foco da apresentação: Quanto maior a experiência gerada, maior o engajamento emocional e igualmente maiores os resultados para as marcas (Detalhes? Vide post anterior).
Dr.Marci enfatizou e que a questão de gerar engajamento é basicamente explicitada pela equação de conseguir atenção e interação daquilo que emocionalmente impacta você.
Mas como se destacar hoje em dia, em tempos de um comportamento always-on, com uma opção interminável de fontes de informação e de milhões de áreas de interesse dividindo e competindo pela atenção do consumidor?
Com o desafio de entender isto, ou seja, de como hoje sobressair-se no dia-a-dia, Dr. Marci relatou uma experiência, na foi realizado um teste de antropologia dos sentidos.
Nesta, um cinturão com sensores capturava os principais sinais de alteração emocional das pessoas a ele submetidas, enquanto uma câmera – colocada na cabeça, à altura dos olhos – capturava e relatava as principais atividades do dia a dia das pessoas.
O objetivo do estudo era detectar como e de onde as pessoas estão consumindo mídia hoje em dia.
Além disto, o que lhes chama a atenção, gerando sincronia, com grande intensidade e, portanto, provocando engajamento (de novo: vide post anterior).
Dois grupos de pessoas foram testadas:
·        Os nativos digitais, aqueles da propalada geração Y, que já nasceram conectados e com um gadget nas mãos;
·        Os imigrantes digitais, pessoas na faixa dos 40 anos que cresceram consumindo mídia analógica, mas que estão aprendendo – imigrando – para esta nova realidade, incorporando digital à sua vida.
Os resultados são interessantes:
·        Eles mostram que os nativos digitais AINDA consomem mídia analógica , mas preferem as mídias on-line numa proporção de, mais ou menos, 70-30%;
·        Os imigrantes, consomem mídia já numa proporção de, mais ou menos, 50-50%;
Mas a grande diferença entre os dois grupos não está no quanto consomem, mas como consomem:
·        As mudanças de plataforma nos nativos digitais são muito mais rápidas, dinâmicas e facilmente intercambiáveis;
·        Eles de distraem com uma facilidade impressionante e não toleram nada que não lhes seja apresentado num ritmo rápido, frenético, que diga logo a que veio;
·        Longos programas, longas cenas, longas histórias são facilmente abandonadas, pois sua atenção sempre é dividida em multitarefas simultâneas;
·        Para eles, a metáfora utilizada foi a de que as histórias precisam ser contadas em capítulos curtos, excitantes, rápidos. Muito mais como snacks (refeições rápidas) e não como uma longa e tradicional refeição de 5 pratos.
·        É comum a ales assistirem à TV, baixarem músicas, atualizarem seus perfis nas Redes Sociais, navegar na web, tudo isto ao mesmo tempo, agora;
·        Por isto mesmo, os Y nunca (ou quase nunca), consomem mídia numa plataforma só, usualmente assistindo à TV, por exemplo, com o seu SmartPhone, e/ou tablet e/ou notebook (já francamente em desuso) por perto. E em grande atividade;
·        Este comportamento também está começando a atingir os imigrantes digitais, que costumam, eles sim, levar seus notes para a frente da TV;
·        Experiências simultâneas de cross-media, envolvendo off-line/on-line são muito bem aceitas pelos nativos digitais. Assim, opinar em tempo real sobre um programa de TV, compartilhar algo, ampliar a experiência de informação (com a sugestão de aprofundamento de conteúdos na web, por exemplo) são altamente recomendáveis para as marcas;
·        Portanto, quanto mais diversificada e maior for a experiência de marca em múltiplas plataformas, melhor o engajamento;
Dito assim, até parece simples.
Mas é, literalmente, o pânico para pensamentos off-line/cartesianos/tradicionais.

FONTE: AdOnline

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Jornalismo viralizado

Por: Marcelo Rech

Ok, estamos todos de acordo que viralizar um vídeo fake para fazer buzz sobre um produto, serviço ou lançamento é uma arte que está atingindo requintes antes reservados aos grandes mestres da prestidigitação. O sucesso instantâneo de alguns vídeos forjados para parecerem reais e que, de fato, acabam iludindo milhões de usuários poderia ser endereçado para o escaninho das discussões éticas, mas não é este o caso. Pessoalmente, prefiro me divertir com as pegadinhas ungidas em laboratórios nos quais publicitários com visão digital produzem irresistíveis alquimias visuais, como a da louca que destrói a marteladas o carro de sua paixão ou do amante em cuecas que escapole pela janela do prédio.

Bacana mesmo. E compreende-se o entusiasmo em se comemorar 3 milhões de views de um vídeo (embora esta audiência seja menor do que a de uma matéria no noticiário do fim da tarde da RBS TV no Rio Grande do Sul...). O que não é animador é tomar conhecimento de que jornalistas e veículos jornalísticos não só caíram nas pegadinhas como se transformaram em correia de transmissão de um conteúdo forjado.


Meu argumento é simples: publicidade é publicidade, jornalismo é jornalismo. Cabe a publicidade vender, e bem, um produto. Cabe ao jornalismo informar a verdade, às vezes à custa de desgostos, insatisfações e boicotes de empresas, governos e até de parte do público. Paciência: o jornalismo não está no ramo de fazer amigos, mas de retratar e interpretar a realidade. Este não é um conceito anacrônico. Ao contrário, nunca foi tão vital para a indústria. Diante da mistureba de conteúdos, chegar o mais próximo da verdade tornou-se imprescindível, estratégico mesmo, para a saúde e o futuro da comunicação e, em particular, dos empreendimentos jornalísticos. Se eles perderem a credibilidade junto ao público, o que mais restará perder?


Por isso, o jornalismo que dá vazão a um vídeo fake como se verdadeiro fosse está, para dizer o mínimo, cometendo um equívoco brutal, ao qual deve se seguir um pedido de desculpas ao público. O jornalismo precisa, mais do que nunca, informar a verdade (aliás, como bem fez este site do
Meio & Mensagem ao dar em manchete “Amante da janela é viral da Discovery.)

A primeira obrigação de uma redação não é transmitir notícias: é checar informações, descobrir se ela é verdadeira ou não. E, se não for, trazer à tona a verdade, estragando a festa dos outros, se necessário for. Por isso, parabéns viralizadores e meus lamentos aos que descumpriram o dever do bom jornalismo.


FONTE: Meio e Mensagem

Agências com contas públicas crescem mais

Por: Alexandre Zaghi Lemos

Nova/SB, PPR, Leo Burnett, Propeg e Master tiveram os melhores desempenhos na comparação de 2012 com 2011

Em 2012 a Nova/SB passou a atender a conta da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom)
Em 2012 a Nova/SB passou a atender a conta da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) Crédito: Vídeo

O atendimento a contas públicas, conquistadas ou mantidas em 2012, é o fator que mais alavancou a saúde financeira das maiores agências de publicidade atuantes no Brasil. O ranking Agências e Anunciantes, que circula em especial encartado no Meio & Mensagem desta semana, mostra que as que mais cresceram no ano passado entre as 30 maiores do mercado foram: Nova/SB (109%), PPR (52%), Leo Burnett Tailor Made (48%), Propeg (45%) e Master Roma Waiteman (38%) – isso excetuando a My Propaganda, house da Hypermarcas, que avançou 78%. Não por acaso, todas têm contas públicas entre seus principais clientes – e, em alguns casos, o faturamento com anunciantes deste segmento responde pela maior parte da receita.
O ano de 2012 marcou o início do atendimento à conta da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (R$ 150 milhões anuais) por Nova/SB e Leo Burnett – no caso desta última, outro peso importante, mas este na iniciativa privada, foi a conquista de Carrefour (ex-F/Nazca S&S). Já a Propeg, além de manter sua fatia da Secom, venceu as duas maiores concorrências públicas promovidas no País em 2012: Correios (R$ 250 milhões anuais) e Governo do Distrito Federal (R$ 150 milhões para três agências). A Master também foi uma das quatro vitoriosas na disputa pelos Correios.
Por outro lado, nesta mesma seara, a perda da conta da Secom contribui para que a Grey141 apareça na 20ª posição, com faturamento 26% menor que a soma de 141 e Grey no ranking de 2011 – quando, se já estivessem juntas, ocupariam o 14º lugar. No grupo das que mais caíram entre as 30 maiores estão ainda Multi Solution (-55%), que perdeu a Cervejaria Petrópolis, e Havas (-29%).
Nos três primeiros degraus do ranking Agências e Anunciantes, as mesmas de 2011. Y&R, na liderança pelo 11º ano consecutivo e vitaminada pelas conquistas de Cervejaria Petrópolis e Peugeot; a Ogilvy, mantendo o segundo lugar conquistado em 2011; e a AlmapBBDO, sustentando a terceira posição. Elas são as únicas que superam a marca de R$ 1 bilhão faturado em 2012. Já nas três posições seguintes houve uma troca: a WMCann, impulsionada pela conquista do Bradesco, saiu de 6º para 4º; e a JWT fez o caminho inverso.
A 7ª do ranking é também a maior surpresa desta edição: a holding PPR, que acaba de abandonar essa denominação e de unir as operações de NBS e Quê. A nova NBS, que atende Petrobras e BR Distribuidora, seria, então, a maior agência controlada pelo capital nacional em atuação no País e a única entre as dez primeiras.
















É evidente que uma das possibilidades prováveis para o futuro da nova e reforçada NBS é a venda para um grupo multinacional. Com o segmento publicitário brasileiro dominado pelas grandes holdings globais, ser a maior nacional do ranking atrai atenção e aumenta o desejo de interessados em ganhar musculatura via aquisição. Ao colocar sob o mesmo teto as expertises da Quê nas contas de governos e da NBS na iniciativa privada, a agência é a dama da vez.


Outra opção vistosa é a Nova/SB, que já flerta com o WPP e também está em carreira ascendente impulsionada por verbas públicas.

Negociações anteriores com o antigo PPR não vingaram, em parte porque a operação precisava se organizar melhor. Reconhecendo isso, os sócios contrataram consultorias como Ernst & Young, KC&D e INDG. Uma negociação internacional exige disciplina, fôlego e paciência – vide a recém-fracassada entre Grupo Totalcom e Dentsu, que se arrastou por mais de ano.

O editorial de Regina Augusto, publicado no Meio & Mensagem de 20 de maio, revela que a NBS vinha negociando uma possível venda para a Isobar, do grupo inglês Aegis, recentemente comprado pela Dentsu, e que a agência brasileira também conversa com o Havas (leia mais aqui).

FONTE: Meio e Mensagem

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Opinião: Existe vida após a criação?

Por Rodrigo Leão

O emprego do criativo do século passado era criar propostas de venda, ou Big Ideas. Nosso novo trabalho será o de ajudar a criar significado real para as marcas. Significado que se torne missão

No livro Big Data, Viktor Mayer-Schonberger e Kenneth Cukier explicam como a análise dos grandes bancos de dados disponíveis atualmente vai mudar a economia e a vida no mundo
No livro Big Data, Viktor Mayer-Schonberger e Kenneth Cukier explicam como a análise dos grandes bancos de dados disponíveis atualmente vai mudar a economia e a vida no mundo Crédito: Divulgação

A importância do criativo publicitário foi inventada por George Lois e sua turma na DDB no começo dos anos 1960 e acabou três anos atrás quando Alex Bogusky largou a agência mais criativa e premiada do mundo para lutar contra o consumismo. Entre uma e outra coisa se passaram uns 40 anos — tempo em que a nossa profissão foi divertida, relevante e bem remunerada.
Durante esse período aconteceu outra coisinha: a mais revolucionária alteração na maneira com que consumimos e distribuímos informação desde que Gutenberg inventou o tipo mecânico móvel para impressão, por volta de 1440, permitindo pela primeira vez a reprodução e distribuição maciça de informação tendo como consequências a reforma religiosa, a Renascença artística, a revolução científica e o Iluminismo filosófico.
Hoje, a internet, os dispositivos móveis digitais, as redes sociais e a internet das coisas estão mudando toda a comunicação entre humanos de uma forma que, por enquanto, ninguém entende direito.
Alguns bem que tentam. Como no recém-lançado livro Big Data – A Revolution That Will Transform How We Work, Live and Think, de Viktor Mayer-Schonberger e Kenneth Cukier, que explica como a análise dos grandes bancos de dados disponíveis atualmente vai mudar a economia e a vida no mundo.
Um dos casos que o livro narra é como o Google foi capaz de prever a trajetória de disseminação do H1N1 nos Estados Unidos mais rápido do que a OMS usando os termos de busca dos internautas e modelos matemáticos de disseminação de vírus anteriores. Chegaram a um grupo de palavras que, quando eram pesquisadas pelas pessoas de uma determinada área, indicavam que a contaminação pelo vírus havia chegado ali. Ou seja, até nossas dúvidas viram ouro na mão de quem sabe garimpá-las.
A consultoria McKinsey estima que os varejistas sejam capazes de aumentar sua rentabilidade em até 60% diminuindo riscos, melhorando análises de consumo e criando ofertas baseadas em geolocalização e sugestões de compra inteligentes. Assim, conforme as empresas sejam capazes de usar as infinitas informações a sua disposição para orientar o consumo, aquilo que procuramos chegará até nós antes de sabermos que é aquilo que queremos.
Dentre as várias previsões que se faz sobre o mundo depois do advento do Big Data uma, em particular, nos interessa: a de que o uso da estatística na análise de grandes bancos de dados nos permite enxergar e prever fenômenos comportamentais sem necessariamente o entender o “porquê” dos mesmos. Marcas serão cada vez mais capazes de agradar seus consumidores com base na estatística, mesmo não sendo capazes de entender exatamente por que estão agradando. Criar e manter a aliança psicológica e o relacionamento entre consumidor e marca continuará a ser nosso trabalho.
O emprego do criativo publicitário do século passado era criar propostas de venda, ou Big Ideas, como gosta de dizer George Lois, impactantes, sintéticas, emocionantes e adequadas aos formatos disponíveis nos meios.
Nosso novo trabalho como criativos será o de ajudar a criar significado real para as marcas. Significado que se torne missão. Missão que se consolide em reputação. E reputação que se torne valor para todos envolvidos na relação. Vamos ser chamados a criar e aprimorar produtos, lojas, experiências e serviços para que estes se tornem melhores ferramentas de comunicação entre marcas e consumidores. Computadores cuidarão das ofertas.
Acho que não devemos ficar como os escribas nos monastérios medievais, paralisados, enquanto a tecnologia destrói o mundo que conhecemos. O negócio é participar da destruição dessa velha ordem. Inventar uma nova maneira de injetar vida e valor na relação entre organizações com fins lucrativos e seres humanos com desejos, necessidades, sonhos e aspirações. Criar significado para o consumo é também combater o consumo sem significado, a força principal na destruição do nosso planeta. Se ajudarmos a criar este novo mundo, aí sim seremos realmente criativos.

FONTE: Meio e Mensagem

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Hippies e valuation: a cota de cada um

Por Ernesto Bernardes

Eventos como os suicídios da Foxconn na China (fornecedora da Apple) ou a explosão de fábrica em Bangladesh (fornecedora de JC Penney e Wal-Mart) são capazes de fazer qualquer presidente de empresa acordar suando no meio da noite

No Goldman Sachs, em 2003, apenas sete pessoas em todo o grupo levantavam informações socioambientais para a base de dados da companhia e, agora, são 400.
No Goldman Sachs, em 2003, apenas sete pessoas em todo o grupo levantavam informações socioambientais para a base de dados da companhia e, agora, são 400. Crédito: Divulgação

Certa vez, um CEO, apresentando o diretor de sustentabilidade de sua empresa a um colega, explicou jocosamente que ele havia sido contratado "dentro da cota de inclusão de hippies". Pois bem, na Conferência Global sobre Sustentabilidade e Relatórios Corporativos, em Amsterdã, Holanda, o mercado financeiro sinaliza que será necessário acionar o RH – essa cota terá de aumentar muito nos próximos anos. Cada vez mais, a demanda por informações de sustentabilidade fará parte do dia a dia de analistas, administradores de fundos e investidores profissionais. Motivos não faltam para isso.
O primeiro deles é uma tradução. Onde os supostos hippies falavam com palavras do jargão socioambiental, como "pegada de carbono", "questões de gênero" e "trabalho digno", os financeiros começaram a entender termos com os quais já trabalhavam há tempos: "gestão de riscos", "perda de ativos" ou "administração temerária". Num mundo em que 80% do valor das marcas estão em seus ativos intangíveis, sonhar com eventos como os suicídios de operários da Foxconn na China (que fornecia produtos para a Apple) ou a explosão de uma fábrica em Bangladesh (fornecedora de JC Penney e Walmart) é um susto capaz de fazer qualquer presidente de empresa acordar suando no meio da noite. As escolas de negócios usam como exemplo de mau planejamento as indústrias que empregavam amianto como matéria prima - e não se prepararam para o fato de que esse material, cancerígeno, poderia não somente ser banido, mas gerar processos que quebrariam a maioria dos players.
Outro motivo importante é a demanda dos clientes: além das "pessoas físicas" com alma hippie, há os fundos de aposentadoria do primeiro mundo, que movem quantias gigantescas e passaram a exigir investimento responsável – também por medo do risco. "Quantos? 89% dos investidores me questionam sobre isso", explicou Steve Waygood, diretor da Aviva Investors, um grande gestor de fundos britânico. "Se o mercado leva isso em consideração? Bom, se não levasse acho que eu não teria esse emprego, correto?", ironizou Nick Hartley, diretor da GS Sustain, área de análise de sustentabilidade do Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento do mundo. Hartley explica que, quando montou sua equipe, em 2003, apenas sete pessoas em todo o grupo levantavam informações socioambientais para a base de dados da companhia. Agora, são 400.
Isso coloca uma pressão enorme sobre as empresas no momento de produzir seus dados socioambientais. "A tendência é que cada vez mais esse tipo de informação se torne divulgação obrigatória", disse Ernest Ligteringen, CEO do Global Reporting Initiative (GRI), organismo que fornece padrões para relatórios de sustentabilidade. São os dados desses relatórios que terminam nos bancos de dados dos analistas e, em países como Suécia e Dinamarca, nos registros dos órgãos reguladores. No Brasil, o Banco Central já estuda a obrigatoriedade de exigir esse tipo de informação das instituições financeiras.
Mas essa exigência não é somente um fardo a mais para as companhias. É também uma oportunidade e tanto. "Ao fazer nossos estudos de sustentabilidade, descobrimos que nosso maior problema ambiental não era o plástico, mas o couro que usávamos nos tênis", exemplificou Jochen Zetz, diretor do grupo Kering, que controla a marca de artigos esportivos Puma. As empresas que aprenderem lições semelhantes terão uma grande oportunidade de valorizar seus 80% de ativos intangíveis, mas também poderão atacar de frente custos e desperdícios em seu trabalho cotidiano e tangível.

FONTE: Meio e Mensagem

A estratégia depois do hype

Por: Daniel de Tomazo

Comparar o mundo da comunicação e das marcas de hoje com o de 10 anos atrás chega a ser assustador. É tudo tão diferente, mas tão diferente que é difícil acreditar que estamos falando do mesmo universo.

Na minha opinião, a transformação foi pra melhor.


Mas não é sobre a qualidade das mudanças que esse texto trata. O assunto aqui é em que pé fica a estratégia depois de tudo isso. Em que pé está a estratégia no mundo da comunicação e das marcas hoje.


Parece ser uma boa hora pra falar sobre estratégia.


Quando surgem mudanças profundas e importantes, é natural que elas sequestrem a nossa atenção. Com tudo o que aconteceu no nosso universo nesses últimos anos, foi assim. De repente, quem não tivesse uma presença digital, colaborativa, social e transcendental estava condenado à morte. Pior ainda, estava condenado a ser chamado de velho.


Quando surgem coisas novas e importantes, é natural que uma boa dose de hype apareça na cola. E todo hype é exagerado. É assim por definição – em inglês, é uma abreviação de hipérbole. E, se por um lado esse exagero ajuda boas novidades a serem conhecidas e adotadas, por outro ela inibe uma discussão mais objetiva sobre as virtudes de se fazer isso ou aquilo.


E é aqui que o hype e a estratégia se desencontram.


Estratégia é fazer escolhas. Optar pelo caminho A ao invés de B porque por aqui é mais interessante e produtivo. E principalmente, fazer essa escolha de maneira consciente. Optar pelo caminho A ao invés de B porque parar pra pensar faz diferença.


O hype não é muito bom nessa coisa de parar pra pensar. E o hype também tem prazo de validade. Uma hora passa. A sensação que dá é que, no mundo da comunicação e das marcas, o hype está passando. Todo mundo já tem a sua presença digital, colaborativa, social e transcendental. E é nítido como muita gente começa a se perguntar por quê.


Essa reflexão é formidável. Duvido que alguém vai chegar à conclusão que tem que voltar ao que se fazia. O resultado de pensar nessas coisas é entender melhor como elas funcionam. É aprender a fazer cada dia melhor. Fazer comunicação, marcas e coisas cada vez mais interessantes e eficientes.


Quando o hype enfraquece, a estratégia ganha espaço. Aproveitar o momento é bom para todo mundo. Porque fazer boas escolhas é, sem sombra de dúvida, a coisa mais importante da história do universo.


FONTE: Meio e Mensagem

terça-feira, 11 de junho de 2013

Persona da Marca: Parte importante da Estratégia nas Mídias sociais

Por: Sandra Turchi
Cresce a importância de as marcas se tornarem cada vez mais humanas e personalizadas visando estabelecer um vínculo emocional mais forte e duradouro.
Todo relacionamento requer um nível de afinidade entre as partes para que se estabeleça um elo afetivo, social e uma interação. Os sentimentos e as relações interpessoais acontecem entre as pessoas e as marcas, já que reconhecemos nelas características psicológicas, comportamentais, emocionais e, até, de caráter.   Baseados em nossas percepções, formamos opiniões e demonstramos sentimentos que podem ser facilmente compartilhados, o que se amplia hoje com as redes sociais. Por isso, cresce a importância de as marcas se tornarem cada vez mais humanas e personalizadas visando estabelecer um vínculo emocional mais forte e duradouro.

Uma das principais estratégias para essa humanização é a criação do que chamamos de Persona da Marca, que deve ser debatida até mesmo antes da definição de seu logotipo. Essa persona leva em conta sua história, características emotivas e físicas, personalidade, valores e ideias compatíveis com as do seu público-alvo, que poderão ser alteradas com o tempo ao vivenciar experiências e aprender coisas novas. Além disso, é extremamente importante a empresa ter uma postura de transparência, principalmente quando a marca comete erros.  A criação da Persona é uma estratégia de comunicação muito eficiente para obter lembrança de marca, permitindo um menor esforço de mídia (frequência) para a transmissão de uma mensagem, já que esta se dissemina de uma maneira muito mais natural entre os seus públicos.

Segundo a Consultoria Digitalents é importante a empresa encarar o momento de criação da Persona da Marca como uma oportunidade para rever seus conceitos, valores e avaliar se os mesmos se refletem em suas ações para realizar mudanças e correções, caso seja necessário.  Essa Persona, algumas vezes, se transforma num tipo de mascote, mas é necessário ressaltar que são coisas diferentes. Um exemplo disso é o Pinguim, da rede de lojas Ponto Frio, utilizado com a finalidade de promover engajamento e, até mesmo, diferenciação nas redes sociais, ele é a personificação da marca - o responsável por manter um relacionamento com os clientes - e prospects - aproximando-se do seu público, gerando identificação e empatia. Trabalhar dessa forma facilita a geração de um conteúdo com linguagem mais adequada ao público-alvo. Outro exemplo ocorre com o Magazine Luiza, que tem a "Lú", um personagem que está presente nas redes sociais, no site da empresa recomendando produtos, além de ter o seu próprio blog num modelo de SAC 2.0, criado para fornecer conteúdo sobre produtos.

De qualquer forma, a Persona da Marca se destacou na era das mídias sociais, quando a preocupação com relacionamento, conteúdo e transparência ganhou força. No entanto, poucas empresas ampliam sua atuação para torná-la a base da estratégia de relacionamento. Vale ressaltar também a importância de que esse posicionamento adotado nas mídias sociais reflita no atendimento off-line (lojas físicas).   Para entender melhor o sucesso de certas estratégias, é importante ter um novo olhar para o consumidor e o seu comportamento: pouco tempo, dúvidas sobre uma grande variedade de produtos disponíveis e medo de errar nas suas escolhas. A solução encontrada por muitas pessoas é procurar por "especialistas", pessoas reconhecidas num assunto específico, próximas e confiáveis, que possam lhe ajudar a minimizar os erros na tomada de decisão. É exatamente neste ponto que estratégias que tornam a marca mais humana se diferem das outras e, consequentemente, obtém vantagem competitiva. Afinal, as pessoas, hoje, são mais informadas, exigentes, demandam um relacionamento mais próximo e relevante por parte das empresas, ou seja, mais humano, transparente e orientado para seus próprios valores, que possibilite aproximação e troca de experiências para que sejam construídos fortes elos de encantamento, engajamento e fidelização.

FONTE: CidadeMarketing
 

Burocracia, um mal necessário

A despeito desta conotação negativa, a burocracia é importante e sempre será. O que precisamos é usá-la com bom senso.


Um amigo empreendedor me confidenciou uma vez que o que estraga na vida dele é ter que lidar com a parte burocrática da empresa: Folha de pagamento, demonstrações contábeis, controle dos estoques, reconciliação bancária, elaboração de contratos, planejamento de fluxo de caixa, envio de títulos para protesto, revisão do cadastro de clientes, e mais uma infinidade de coisas que não tem nada a ver com o negócio em si.  Ele tem um centro automotivo e sua grande paixão é atender os clientes, conversar sobre carros, explicar as vantagens de uma revisão programada, orientar funcionários no uso de um equipamento computadorizado de diagnóstico, aprender com representantes de fornecedores algumas dicas para avaliação de suspensão em veículos importados, navegar pela Internet para se informar sobre o que há de mais novo em tecnologia de manutenção. Ele nunca imaginou, ao abrir seu negócio, que precisaria se preocupar com estes ‘detalhes'.

‘Bem, mas são estes ‘detalhes' que definem o sucesso do seu negócio', aleguei. ‘Porque você não contrata um administrador para cuidar disto?', sugeri. Sua resposta foi lacônica: ‘Ora, estes profissionais são muito caros. Outro dia eu vi o salário médio de um gerente administrativo para uma empresa como a minha. Não compensa! Eu não gosto, mas não tem outro jeito, tenho que fazer eu mesmo.' 

Este episódio me veio à mente justamente quando me vi obrigado a preencher aqueles diários de classe que todo professor odeia. Ao final de cada bimestre, temos que preencher quadradinhos, contar faltas, calcular médias, preencher diários. Aquela obrigação burocrática que o MEC exige e que me colocou no lugar do meu amigo, me ajudando a sentir o que ele sente. Falar é fácil, até o momento em que você vivencia o mesmo drama. O meu prazer está na sala de aula. É explicar o mundo das corporações para os alunos, abrir sua mente e me extasiar com suas descobertas e seu processo de transformação. 

Em suma, todos nós temos uma parcela de burocracia, ou obrigações que, à primeira instância, podem parecer mera perda de tempo, mas, se pensarmos bem, ela é necessária, pelo menos para alguém. O grande problema é que nem sempre questionamos se alguém atribui algum valor pelo que fazemos.  Nos primórdios da administração profissional, Max Weber e outros teóricos da administração desenvolveram suas idéias sobre a necessidade das organizações aprenderem a estabelecer controles, regras, fluxos e métodos para diminuir as crescentes perdas decorrentes da desorganização e desordem em processos que aumentavam de complexidade na medida em que as empresas cresciam.

Graças à burocracia, não se perdia mais pedidos de clientes, sabia-se exatamente quantos itens havia em estoque e quantas peças foram rejeitadas no controle de qualidade. A burocracia permitiu que as compras fossem mais inteligentes, pois a decisão se concentrava em apenas uma pessoa. As pessoas sabiam exatamente quem fazia o quê, os processos passaram a fluir mais ordenada e rapidamente. A burocracia ajudou a ‘pôr ordem na casa'.  Mas com o tempo, a burocracia acabou ganhando uma interpretação bastante pejorativa, designando todo e qualquer processo que ‘amarra' a empresa e impede não só o seu crescimento como a inovação. O problema é que as vantagens de sua implantação acabaram por alçá-la a um patamar de valorização extremada que levou ao excesso de uso. De repente, nos encontramos mergulhados num mar de papel, carimbos, assinaturas, comprovantes, relatórios e verificações como se mais burocracia trouxesse mais eficiência.

A despeito desta conotação negativa, a burocracia é importante e sempre será. O que precisamos é usá-la com bom senso. O empreendedor típico rejeita a burocracia porque olha apenas o seu lado negativo. Como vivemos em vários sub-níveis da sociedade e não atuamos sozinhos nunca, constantemente precisamos prestar contas ao governo, aos funcionários, aos chefes e empregadores, aos clientes e fornecedores, às associações de classe e aos parceiros e sócios. Que outra forma pode-se aprender com o passado? Como se pode planejar o futuro sem informações? Como garantir que parceiros cumpram com que lhes é devido? Como o MEC pode avaliar a qualidade dos cursos superiores?

As pessoas precisam das regras, pois se sentem mais seguras quando elas existem. Mesmo para eliminar regras, é preciso estabelecer outras. Uma vez minha filha pediu para ir à piscina com a amiga. Eu disse que não, pois ela sabia que a regra era: nenhuma criança pode ir à piscina sem um adulto junto. Mas, como ela já tinha crescido e ambas já sabiam nadar bem, resolvi ceder, mas não sem antes colocar outras regras: Não corram em volta da piscina, não se separem uma da outra, dentro de 1 hora vocês têm que estar de volta, nada de brincadeiras perigosas.

Liberdade é assim, não se dá de uma vez só, senão as pessoas perdem a referência. Vai se dando aos poucos, e avaliando como elas vão lidando com a liberdade que estão conquistando. Quando a pessoa domina o processo, a regra é inócua e passa a ser vista de forma pejorativa, como algo negativo, que trava e amarra o processo. Para reinventar a burocracia precisamos trocar as regras rígidas por regras mais flexíveis na medida em que as pessoas vão aprendendo mais sobre o processo. Só assim nossas empresas finalmente poderão se tornar mais competitivas por meio da inovação.

FONTE: CidadeMarketing