segunda-feira, 10 de junho de 2013

Onde foi parar o tempo que as marcas nos prometeram?

Por: Lucio Pacheco

Quando a economia americana cresceu no pós-guerra e com ela decolou o marketing e a publicidade, as pesquisas apontavam que a mulher  dona de casa, na sua maioria, tinha objeções aos eletrodomésticos que surgiam, pois iriam tirar dos seus afazeres a tarefa de manter a casa no American way of life, mudando o seus papéis. As pesquisas identificaram e as agências responderam com campanhas que diziam para elas que o tempo que se  levava lavando roupa, batendo bolo, tirando o pó ou dando um lustre no piso, poderia ser dedicado á família, ao marido, etc. Era o discurso das marcas.

Ainda nessa linha, lembramos de campanhas recentes  que as marcas ofereciam pagar as nossas contas no banco, sem a nossa presençapara termos mais tempo ao lazer e tocar coisas boas da vida. O computador estava na última tábua dessa promessa, mas a chegada da
mobilidade, além de sugar o tempo para atividades on-line, através de jogos, informações diversas, músicas, filmes, entretenimento.

O surgimento do SMS, do texto de 140 toques, acesso à caixa postal de e-mails e outros tantos meios, não só levou embora o prometido tempo que sobraria das tarefas automatizadas e eletrônicas, como está sugando mais tempo, quando coloca o telefone como uma plataforma que faz de tudo inclusive ficar ligado ao trabalho.


O conceito hoje é inverso da época e a mulher está em todos lugares e, muito pouco em casa. Em vez de ganharmos, mais tempo, está sendo oferecido formas de subtrair ele, aproveitando os deslocamentos nas ruas, transporte, lazer, férias, etc. Em troca, a possibilidade de vc levar o seu mundinho no bolso e estar ligado ao mundão das imagens e em inúmeras possibilidades de comunicar-se e ser comunicado, como nas Redes Sociais. E se escuta muito a expressão : o
tempo está passando muito mais rápido.


FONTE: AdOnline

Nenhum comentário:

Postar um comentário