quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Campanha da Escócia contra o alcoolismo lança aplicativo que mostra os efeitos do álcool a longo prazo

O Ministério da Saúde da Escócia desenvolveu uma campanha contra o alcoolismo para mostrar como o excesso da bebida pode ser prejudicial.
Intitulada ‘Drop a glass size’ (“Diminua o tamanho do copo” – ou as doses – em tradução livre), a campanha tem como primeira iniciativa um aplicativo que simula em fotos os efeitos do álcool a longo prazo.
“Sempre deixei claro que há mais coisas que podemos e devemos fazer. Além das iniciativas educacionais como esta campanha, vamos trabalhar para que as pessoas bebam menos e que nos tornemos um país mais saudável”, comenta Alex Neil, secretário da Saúde da Escócia.
O aplicativo está disponível para download na App Store e no Google Play.
Com informações do Propmark.




Alcoolismo_Escócia

FONTE: AcontecendoAqui

Crescimento multitelas é o futuro

Por: Fernando Murad

Ainda resistente a entrar no segmento de televisão, Grupo Positivo baseia expansão nas áreas de tablete e telefonia

Hélio Bruck Rotenberg - presidente da Positivo Informática
Hélio Bruck Rotenberg - presidente da Positivo Informática Crédito: Guilherme Pupo - Folhapress

Líder do mercado brasileiro de computadores há sete anos e com participação superior a 13%, de acordo com a IDC Brasil, a Positivo Informática pretende dar um novo salto. Com a entrada na categoria de tablets em 2011 com a marca Ypy e nos segmentos de smartphones (também com Ypy) e de messaging phones (com a marca Positivo) em 2012, a empresa aposta na conquista de espaço junto aos consumidores da classe média e na ampliação da receita anual, que supera a casa dos R$ 2 bilhões. Nesta entrevista, o presidente Hélio Bruck Rotenberg, no posto desde a criação da companhia em 1989 e também comandante do Grupo Positivo desde o ano passado, relembra o início da trajetória da empresa, comenta a importância da ascensão da classe C para o crescimento da Positivo Informática, cita os planos de expansão da operação internacional (hoje restrita ao mercado argentino), conta sobre o trabalho com as ferramentas de publicidade embarcadas nos PCs como o DeskMedia e define o futuro do setor: “a cumulatividade de telas”.


Meio & Mensagem ›› A Positivo Informática ingressou na área de tecnologia para atender à demanda do próprio grupo? Quando a empresa vislumbrou que essa divisão poderia ser um negócio à parte e como foi esse processo?
Hélio Bruck Rotenberg ›› Na realidade não foi bem isso. Criamos a empresa para fornecer computadores para a rede de escolas que o grupo já atendia com material didático, não para uso interno. Começamos a fornecer para as escolas e foi uma coisa curiosa, porque não fomos nós que mudamos de ideia, as escolas que mudaram. A empresa abriu em maio de 1989, o Collor (presidente Fernando Collor de Mello) assumiu no começo de 1990 e congelou as mensalidades escolares. Ao congelar as mensalidades, ficamos sem mercado. Daí, nós começamos a atuar em outras áreas. Para mim, crise sempre representa oportunidade, e as diversas crises que o Brasil já viveu foram oportunidades para conquistarmos novos mercados e lançarmos produtos. Em 2002, por exemplo, vendíamos para o governo e para escolas. O governo parou de comprar no final de 2002 e, ao mesmo tempo, algumas empresas ficaram em dificuldades porque o dólar foi a R$ 4, e ficamos sem entregas para fazer no começo de 2003. Com isso, vislumbramos uma oportunidade que foi entrar no varejo. Essa decisão foi a grande mudança na empresa. Entramos no varejo no final de 2003 e isso representou uma grande mudança de patamar de volume.

M&M ›› Pesquisa e desenvolvimento são fundamentais para inovação em tecnologia. Como a empresa trabalha essa frente? É tudo feito internamente? Tem parceria com institutos no Brasil e no exterior?
Rotenberg ›› Pesquisa e desenvolvimento, para nós, é tudo. Fazemos muita pesquisa e desenvolvimento interno e também trabalhamos com parceiros. Nenhum modelo pode ser seguido como sendo único. Dou como exemplo um divisor de águas para o mercado brasileiro que foi o PCTV, que passou a ser o primeiro computador e a segunda televisão das residências brasileiras. Esse foi um projeto em parte desenvolvido internamente, com as pesquisas de mercado e a conceituação, e parte externamente, com o desenvolvimento da placa de TV. Em 2010 e 2011 foram investidos, respectivamente, R$ 38 milhões e R$ 45,9 milhões em P&D. Entre janeiro e setembro de 2012, os investimentos foram de R$ 39,7 milhões.

M&M ›› Em 2011 a empresa ingressou no segmento de tablets e em 2012 no de telefonia. O que essas novas frentes representam para a sustentabilidade no negócio?
Rotenberg ›› Veja, não há como não entrar. Hoje temos quatro telas, computador, televisão, tablet e celular, e o que as diferencia é onde você as usa. Se você usa no bolso ou no conforto do sofá, essa é a questão. Então é um caminho natural para nós a entrada nesses outros segmentos. Ainda estamos resistentes a entrar no segmento de televisão pela verticalização do mercado. Nas outras telas, entramos em todas. É um caminho natural para a sustentabilidade do negócio. A nossa marca é muito forte na classe média brasileira e não podíamos ficar fora. O PC continua sendo o nosso produto mais vendido porque os outros são novos. Mas não dá para pensar em divisão. Não dá porque você, como consumidor, deve usar quatro telas, ou pelo menos três. Há um acúmulo de telas. A casa tem sempre televisão, tem sempre um computador, e cada pessoa tem um celular e um tablet, e ainda pode ter ou não um computador. É uma cumulatividade de telas. Nenhuma vai deixar de existir em prol da outra. Pelo menos no horizonte finito de tempo que vislumbramos, pois novas formas podem surgir, formas híbridas.

M&M ›› Além de hardwares a companhia desenvolve softwares?
Rotenberg ›› Muito. Tanto na área de tecnologia educacional, na qual somos muito fortes, quanto para os nossos hard­wares. Dentro dos nossos hardwares tem o Positivo Conecta, por exemplo, que conecta os dados do tablet com os do celular e os do computador. Nós temos o Positivo Backup para fazer backup. Temos vários aplicativos desenvolvidos dentro de casa para deixar o computador mais amigável. Temos duas equipes de desenvolvimento, a do Centro de Inovação e a equipe de Convergência Digital, que é onde são feitas nossas lojas: a de livros e a de apps, por exemplo, esse tipo de coisa, que também é software. Temos ainda o portal Mundo Positivo que é sensacional e vai embarcado em todos os nossos computadores.

M&M ›› O público-alvo da empresa é a classe média. Como equilibrar tecnologia e preço num produto para agradar esse consumidor? É possível ter um produto de ponta com preço que caiba no bolso?
Rotenberg ›› Sem dúvida nenhuma. Na verdade não é preço mais acessível. É o preço adequado para aquele produto. Nós não somos mais baratos que outros produtos com as mesmas características. Nós fazemos os produtos com as características que a classe média brasileira quer. Um exemplo que já dei é o PCTV, que juntou as duas coisas. Agora lançamos o computador 3D, lançamos o note­bookTV, o gabinete que muda de face. Esses produtos têm tecnologia de ponta e preço que o consumidor pode pagar. Na área de telefonia lançamos já de cara o nosso celular mais barato com três chips e televisão. São algumas necessidades da população brasileira e estamos aqui o tempo inteiro pesquisando as demandas desse público.

M&M ›› Falando em classe média, muito se falou no fenômeno da classe C e de sua importância para o crescimento da economia brasileira. Qual o peso desse movimento nos resultados da Positivo?
Rotenberg ›› Esse movimento teve um papel muito importante. A penetração do computador na classe C brasileira em 2004 e 2005 era de menos 15%, hoje é de 45%. Fora isso, a classe C brasileira cresceu um monte. Isso tornou o mercado exclusivo e o Brasil, o terceiro maior mercado mundial de computadores e o quarto maior de celulares. O mercado brasileiro se tornou muito importante, e isso foi pelo aumento do poder aquisitivo da classe média brasileira.


Este conteúdo é parte da entrevista publicada na íntegra na edição 1542, de 14 de janeiro, de Meio & Mensagem

FONTE: Meio e Mensagem

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Mercado Livre firma parceria com os Correios

Por: Isabella Lessa

Serviço de tecnologia Mercado Envios possibilita administração de envios e melhores tarifas


Stelleo Tolda, José Furian Filho e Helisson Lemos
Stelleo Tolda, José Furian Filho e Helisson Lemos Crédito: Divulgação
 
O Mercado Livre anunciou nesta terça-feira 15 o lançamento do Mercado Envios, seu novo serviço de tecnologia que permite a administração de envios das compras. Em parceria com os Correios, a novidade, que já está no ar e atende o País inteiro, possibilita melhores tarifas de frete para os produtos negociados na plataforma.
O serviço é opcional e gratuito aos vendedores, que podem coordenar os fretes e gerenciar as entregas através de uma etiqueta que é gerada imediatamente após a finalização da compra. O vendedor deve entregá-la na agência dos Correios mais próxima. Na própria página dos anúncios de produtos, o consumidor visualiza o calculador de frete, ferramenta que facilita a decisão entre entrega normal ou expressa. Existe também a opção de o comprador pagar um frete ao Mercado Livre, que negocia diretamente com os Correios a melhor tarifa.
"O Mercado Envios é o novo Mercado Pago em termos de funcionalidade. O custo do envio fica bem mais acessível ao consumidor, pois negociamos com base no volume gerado por milhares de vendedores profissionais”, diz Helisson Lemos, CEO do Mercado Livre no Brasil, comparando o novo serviço com a plataforma de pagamentos pela Internet.
A estimativa é de que aproximadamente 500 vendedores já estejam usando o serviço. “Queremos a democratização do comércio, assim como o Facebook democratizou a informação”, ilustra Lemos.
“Acreditamos que a maioria de nossos vendedores irá aderir”, projeta Stelleo Tolda, vice-presidente executivo de operações.
A integração do Mercado Envios aos serviços do Mercado Livre foi possível a partir do investimento da empresa em uma renovação tecnológica da plataforma, anunciada em outubro do ano passado.
Com uso das APIs (interfaces de programação de aplicativos) da companhia foi criada a solução com a integração dos Correios. Segundo eles, a iniciativa representa o primeiro serviço de tecnologia de administração de envios no Brasil.
O MercadoLivre é o 10º player dedicado ao e-commerce no ranking mundial e responsável por 55% das compras online na América Latina. Em setembro de 2012, foram registrados 77,2 milhões de usuários cadastrados no continente latino-americano. Foi movimentado US$ 1,436 bilhão no 3º trimestre de 2012, um crescimento de 6,5% em relação ao mesmo período de 2011.

FONTE: Meio e Mensagem

Brasil, sete anos no topo do Google

Operação nacional comemora ritmo de crescimento bem superior ao da internet no País. Google Brasil está de casa nova e aposta no mobile

Área externa do restaurante e café do Google Brasil, no Itaim Bibi (SP)
Área externa do restaurante e café do Google Brasil, no Itaim Bibi (SP) Crédito: Divulgação/ Cláudio Pepper
 
O Brasil vai muito bem. Embora números não sejam revelados facilmente, como é tradição no Google, a operação nacional respondeu pelo sétimo ano consecutivo pela melhor performance para a companhia dentre todas as demais no resto do mundo. 

Os números do último trimestre de 2012 devem ser revelados pela gigante da tecnologia no dia 21, mas serão dados globais. Não se sabe se a direção do Google fará um recorte sobre o desempenho do Brasil, porém nos bastidores não se esconde o orgulho de ver, mais uma vez, o ritmo de crescimento do País liderando os demais escritórios.


Outro motivo de orgulho é a nova casa da empresa em São Paulo, situada em um endereço nobre da cidade, em um prédio que dista poucos metros de onde está o Facebook. A sede, instalada no moderno Pátio Bandeiras, se distribui em dois andares e meio de um edifício que tem duas torres e uma terceira coluna nascida sobre um vão livre gigantesco que cria um retângulo, como uma moldura vazada. A construção ganhou o apelido de Bob Esponja – e para entender a brincadeira é preciso lembrar das pernas do personagem animado.

Ambiente reproduzindo uma feira livre é um dos espaços criados na nova sede do Google Brasil
Ambiente reproduzindo uma feira livre é um dos espaços criados na nova sede do Google Brasil Crédito: Divulgação/ Cláudio Pepper
 
Canto do Bixiga, uma das micro cozinhas, ambientes que reproduzem elementos de São Paulo. Além desses espaços, há um restaurante
Canto do Bixiga, uma das micro cozinhas, ambientes que reproduzem elementos de São Paulo. Além desses espaços, há um restaurante Crédito: Lena Castellón
Em nove mil metros quadrados, o novo Google Brasil mantém o estilo informal e divertido que o coloca entre uma das melhores empresas para trabalhar no mundo. Com direito a todas as regalias comuns aos escritórios montados em diversas partes do planeta: sala de jogos, de descanso, de reuniões. No caso do novo endereço, há um restaurante amplo (200 lugares) e uma varanda com mesas e almofadas para relaxar.
Nos outros andares, espalham-se micro cozinhas com nomes que homenageiam a capital paulista (Liberdade, Canto do Bixiga e Baixo Augusta, por exemplo). Em um desses espaços, há até mesmo uma "Kombi" em um ambiente que reproduz uma feira livre. Com tudo isso, podem ser servidas mil refeições por dia.

A decoração é outro atrativo, com direito a muitas bandeiras (países e times), e elementos brasileiros (uma poltrona tem estampa de uma saca de café). As baias, que não são fotografadas por questões de seguranças, conservam os enfeites e peças de toy art, que já viraram marca da empresa. Há salas com redes e outra preparada para mães que ainda amamentam. Em outro ambiente, um estúdio de música e para a realização de hangouts e um “estacionamento” para patinetes – para quem estiver com pressa e não quiser usar patins pelos corredores.

No 18º andar, fica o ambiente batizado de Baixo Augusta. Nele, uma das atrações é este painel, com telas e teclado para navegar pelo mundo
No 18º andar, fica o ambiente batizado de Baixo Augusta. Nele, uma das atrações é este painel, com telas e teclado para navegar pelo mundo Crédito: Lena Castellón
 
Chama atenção também um imenso painel com telas, ligado a um teclado, pelo qual se navega pelo Google Street View, em um processo que entretém, hipnotiza o visitante. Esse equipamento está disponibilizado no 18º andar, depois que se ganha acesso para o interior da empresa. 

Jornalistas foram recebidos na noite desta terça-feira, 15, para apresentação oficial da nova casa. Na ocasião, Fábio Coelho, diretor geral do Google Brasil, fez uma rápida análise do que foi 2012 para a empresa e abordou algumas perspectivas para este ano. “Para o Google, 2012 foi um ano excelente. Crescemos no Brasil e trouxemos mais gente. Acreditamos que 2013 também será excelente. Vamos trazer mais soluções para o usuário final”, comentou.


Acima do mercado


De acordo com o executivo, no mundo o Google soma cem bilhões de busca por mês. O Google Play já atingiu 25 bilhões de aplicativos baixados. E pelo Google Street View são mais de oito milhões de quilômetros de estradas mapeadas. Quanto ao Android, 1,3 milhão de devices são ativados a cada dia com o sistema. “Pouco tempo atrás, esse número era 500 mil”, comparou. Além disso, o Google Now está para chegar ao País.


Coelho não informou números, mas salientou que o crescimento foi “várias vezes acima da média” do mercado. Segundo o Projeto Inter-Meios, com dados atualizados até outubro de 2012, a internet teve um salto de 8,63% no acumulado do ano, em comparação ao mesmo período em 2011. O diretor do Google Brasil destacou ainda que há mais gente na web móvel. “35% das buscas totais já são por mobile”. Em sua apresentação, ficou clara a aposta da empresa na força da mobilidade. “Estamos otimistas. Vamos manter nosso foco no usuário, mesmo no mobile. Trabalhamos com três pilares: contexto, tecnologia e interação mais inteligente”, acrescentou.


Questionado sobre o Orkut, Coelho disse que a rede está em declínio, mas conta com uma base cativa de usuários. “A gente entende as migrações”, admitiu. Mas, em função disso, o Orkut continuará nas atenções da empresa. Sobre a busca social do Facebook, o executivo demonstrou não temer a concorrência. Para ele, a decisão está na mão do usuário.

 
Espaço tech do Google Brasil no prédio Pátio Bandeiras
Espaço tech do Google Brasil no prédio Pátio Bandeiras Crédito: Divulgação/ Claudio Pepper

FONTE: Meio e Mensagem 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Vamos de onda ou de tsunami?

Por: Geraldo Leite

O ano mal começou e já vem um vento azedo de agouros prenunciando tempos difíceis e piores para o Brasil e para o nosso mercado.

Dos 365 dias que temos para construir as nossas vidas, de nossos filhos, das pessoas queridas, como também de nossas empresas, cai um véu de maldições, visões exageradamente pessimistas para o ano, que nos envolvem numa trama além dos esforços normais.


Se não chove, vai faltar luz. Se tem menos produção, vem o desemprego. Se menos pessoas trabalham, vem mais violência, inflação, cresce o problema social e, daqui a pouco, em mentes que vão entrando nessa neurose coletiva, paranoica, já estamos todos pulando do precipício ou procurando mudar para os países vizinhos...


Não
é bem assim.

É
claro que o mundo não é cor de rosa, mas dificuldades estão em todo o lugar e, na maioria dos outros lugares, os obstáculos, não são menores que por aqui.

Temos
problemas de planejamento, sim. Temos desgastes das autoridades, sim. Temos uma impaciência, irritação, vontade de chutar o balde enorme, é claro - mas parte da solução está no nosso espírito, no bom senso, na garra, na vontade de resolver, no prazer de envolver as pessoas em um projeto conjunto.

Nós
não temos uma excelente qualidade da comunicação no país? Um belo e invejável parque técnico de empresas de comunicação? Uma qualidade da propaganda elogiada em todo o mundo? Talentos artísticos, jornalistas, técnicos que garantem essa qualidade no ar, nas bancas, nos mobiles, etc?
Se nós queremos melhorar, se nós podemos sugerir, se nós soubermos enxergar, com boa vontade, com humildade, sem prepotência, temos todas as possibilidades de realizarmos, de fato, um ano melhor para a grande maioria.

Lembre
que nunca tivemos tanta gente empregada. Que o consumo tem avançado. Que nunca tivemos uma situação tão boa no que se refere à nossa força de trabalho e que isso não tem nada a ver com política, é estatística, é o crescimento da nossa população com idade ativa para trabalhar – e nós podemos e devemos nos aproveitar dessa maré.

Tem
uma onda vindo e dá pé. É pra gente pegar. Dá jacaré. Dá pra surfar. Dá para se deixar levar. E dá pra saber viver. 


FONTE: Meio e Mensagem

O antropocentrismo e o shopper marketing

Por: Leonardo Lanzetta
As pessoas tornaram-se mais sociáveis, mais disponíveis e a qualquer momento é possível acionar um familiar ou amigo.
O mundo está em plena transformação. Temos visto muitas mudanças, em todas as esferas da sociedade e novidades surgem a todo momento, fazendo com que os seres vivos não se comportem mais como antigamente. Basta analisar a ação do homem sobre o planeta, alterando negativamente todo o seu funcionamento, com resultados como o aquecimento global, a extinção de espécies e a ampliação das cidades, tudo influencia o meio em que vivemos.

O fato é que toda mudança impacta também em nós, seres humanos. Por isso, não podemos mais pensar que as coisas estão iguais, precisamos evoluir com tudo o que nos cerca. Isso vale também quando pensamos nas novas tecnologias e ferramentas, que há pouco mais de 50 anos não existiam da forma como conhecemos hoje, como televisão, computador, celular, Internet e até o supermercado, o cartão de crédito e o autosserviço! Dispositivos mais recentes, com menos de 10 anos de uso, como Internet, Ipod e mídias sociais, não eram sequer cogitados e hoje, transformaram a maneira das pessoas se relacionarem e se conectarem.

As pessoas tornaram-se mais sociáveis, mais disponíveis e a qualquer momento é possível acionar um familiar ou amigo. Na mesma proporção, o excesso de informação tornou-nos mais seletivos, de forma a filtrar melhor as informações que recebemos e registramos. As ideias e conceitos agora precisam de mais sentido, de propósito, para que sejam capazes de nos engajar.

Neste contexto, as marcas precisam pensar com a lógica do "antropocentrismo" - o homem no centro do universo, abordando as pessoas simplesmente como pessoas. E para entender cada diferente ocasião de compra, entra em cena o shopper marketing, que, em linhas gerais, dedica-se ao entendimento do comportamento das pessoas, a fim de buscar soluções que possam engajá-las, atendendo suas necessidades, desejos e tornando suas experiências de compra mais agradáveis, mais gostosas.

As pessoas cumprem diferentes papeis ao longo do dia, são multitarefas e, consequentemente, têm diferentes personalidades ao comprar e diferentes ocasiões de consumo. Um bom exemplo é o da pessoa que pode pagar R$ 6,00 por uma lata de refrigerante em um restaurante refinado, mas com certeza se negará a pagar o mesmo preço em uma lanchonete popular, embora o produto continue sendo o mesmo. Entender as pessoas em cada uma destas ocasiões, objeto de estudo do shopper marketing, torna-se premissa básica para alcançar sucesso na sua relação com ele.

Às marcas, cabe entender os diversos gatilhos que influenciam a compra, principalmente em um cenário onde o ponto de venda já não tem paredes. Para isso, o shopper marketing traz um arsenal de ferramentas que permitem desenhar e comprometer toda a cadeia, desde as ocasiões aos stakeholders que a compõem. Aliado ao conceito do antropocentrismo, o shopper marketing traça uma estratégia perfeita para entender quem se relaciona com a marca e elevar a relação a um patamar ainda mais confiável.

O desafio de ser relevante no relacionamento com as pessoas é um caminho sem volta para as marcas. Buscar o entendimento e uma estratégia de inserção inteligente na rotina das pessoas pode ser a diferença na obtenção de lucros na nova era.

FONTE: CidadeMarketing

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Facebook lança mais uma novidade: “Busca Social”

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou no dia 15/01 a novidade que todos esperavam. Trata-se de uma ferramenta de pesquisa para a maior rede social do mundo. No Brasil, ela foi intitulada de “Busca Social”, e irá fornecer resultados baseados em buscas inteligentes. Por exemplo, se você digitar “Músicas que meus amigos curtem”, ou “Pessoas que curtem ciclismo” ou ainda “Pessoas que curtem ciclismo em São Paulo”, a busca fornecerá tais resultados. Pode ser uma maneira de Zuckerberg rivalizar com o Google, líder em buscas na Internet, que vem melhorando sua rede social oficial, o Google+.
Segundo o CEO, há algumas maneiras de conectar as pessoas no Facebook: o feed de notícias e a timeline, por exemplo. “A Busca Social será o outro pilar para conectar as pessoas”, disse num vídeo que apresenta a novidade.
A busca, segundo o Faceboook, está disponível em um programa beta limitado para públicos do idioma Inglês (EUA). É preciso se cadastrar para entrar numa lista de espera e poder começar a usar a Busca Social. Não há previsão de quando estará disponível para todos.
Privacidade
“Então quer dizer que agora tudo que eu postar estará disponível nessa busca?”. Sim, porém, depende para quem você decidir compartilhar. Você só pode procurar itens que consegue ver normalmente. Por exemplo, se uma foto de um amigo na Disney não está liberada, e você utilizar a busca com os termos “Fotos de amigos na Disney”, ela não irá aparecer. E vice-versa.

Zuckerberg lembra a parceria com a Microsoft e ressalta: “Quando você não conseguir encontrar o que está procurando, temos uma parceria com o Bing”. A previsão do tempo, por exemplo, não é algo que estará na Busca Social. No evento de apresentação, Zuckerberg fez questão de ressaltar que “ela não é uma pesquisa na web”.
Acesse a página oficial e entre na fila de espera da novidade.
Veja o vídeo sobre a privacidade na Busca Social:

 

FONTE: Acontecendo Aqui

Sustentabilidade é Cuidado

Por: Tônia Horbatiuk Dutra

Os verões brasileiros têm sido tumultuados nos últimos anos: a incidência de eventos climáticos extremos provoca tempestades, inundações, deslizamentos de terra, falta de água e energia, quando não resultam em morte, doença, perda total de moradias e tudo o que elas representam.
Os dados das pesquisas sobre o clima indicam que o Brasil está entre os dez países que serão mais afetados pelas mudanças no clima, que já dizimou nos últimos vinte anos mais de 500 mil pessoas ao redor do mundo, de acordo com o Relatório de Risco Climático 2013[1].  A essa perspectiva se somam a pobreza, a improvisação reativa e quase sempre inócua diante de tais catástrofes, a falta de informação e a ausência de infraestrutura das cidades brasileiras, prognosticando resultados ainda mais devastadores.
Curioso é que o Brasil é um dos países que têm uma das mais avançadas legislações ambientais e está sempre entre os adeptos das Convenções Internacionais para a proteção dos Direitos Humanos! E o que dizem essas normas? Que é preciso usar dos princípios da prevenção e da precaução, de modo a evitar os danos às pessoas e ao meio ambiente e mitigar os prejuízos inevitáveis, e que a tecnologia e o conhecimento devem estar a serviço da humanidade para impedir que ocorram tantas perdas e não apenas para contabilizá-las.
A respeito de custos, é desanimador perceber que os recursos que deveriam ser destinados a projetos de proteção nas áreas de risco, de tão mal gerenciados, esvaem-se com a lama das enxurradas. Apesar disso trata-se de um país que pretende assumir posição de destaque e liderança no cenário mundial!
Reverter essa postura reativa de vítima requer atitudes sustentáveis, seja por parte do poder público, seja das empresas e dos cidadãos em geral. Atitudes que se traduzam em cuidado. Cuidado que pode tanto se concretizar em projetos de remanejamento de populações de áreas de risco evidente, como em medidas de saneamento, capacitação de equipes de emergência, ou em atividades educacionais de longo prazo, incutindo uma nova cultura nas novas gerações e estimulando comportamentos mais ecológicos.
A percepção da necessidade de mudança de atitudes e hábitos para um convívio harmônico com a natureza, de modo a preservar o ambiente com qualidade de vida, precisa fazer parte da nossa compreensão de mundo e, portanto, de uma nova ética, a ética do cuidado e da responsabilidade.
Aos profissionais que trabalham com as ideias, que são formadores de opinião, cabe o desafio de fomentar e abrir caminhos para essa via da sustentabilidade. Neste caso, o cuidado, que é antes de tudo uma atitude de cidadania para a sustentabilidade, reside na disponibilização e disseminação de informação verdadeira e transparente, no respeito ao interlocutor, na preocupação em colaborar para o desenvolvimento humano, estimulando a inteligência, o senso crítico e a solidariedade.
O Brasil não precisa resignar-se a computar seus mortos e desaparecidos, à medida que as intempéries se tornam mais frequentes e intensas. E mudar essa realidade depende de muitos braços e mentes capazes, dispostos a agir com cuidado pela sustentabilidade e pela vida.

FONTE: AcontecendoAqui

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O futuro começa agora

Por: Milena Seabra

Início de ano é sempre momento de apostas, previsões, promessas e sonhos para o ano que se inicia. Muita energia renovada e a necessidade cada vez maior de se reinventar.

Essa necessidade de se reinventar é vivida por todo mercado, já que o consumidor busca a cada dia novas experiências e a quantidade de informação e a tecnologia criam novos hábitos para esse consumo. Mas a indústria que mais precisa se reinventar nesse momento é a editorial, que vive um cenário de transformação devido à abundância de informação e à facilidade na geração de conteúdo.


A verdade é que estamos vivendo um grande paradoxo, pois como já tive a oportunidade de escrever aqui, em outro artigo, nunca lemos tanto, nunca tivemos tanta informação sendo gerada e consumida, mas o modelo de negócio da indústria editorial está sendo repensado, pois passa por um momento crítico e delicado. A internet quebrou todas as barreiras, pois revolucionou o negócio das mídias e o hábito no consumo de informação, com isso os jornais e revistas buscam o caminho para encontrar a rentabilidade e o equilíbrio financeiro.


O fato é que com a tecnologia toda empresa pode se transformar em mídia, mas nesse cenário é importante destacar que o sucesso mesmo virá da qualidade e relevância do conteúdo gerado, pois só isso trará a audiência que pode ser transformada em resultado, seja pela venda de publicidade, seja pela venda do próprio valor do conteúdo.


Na
última edição da HSM Management, a revista trouxe um especial chamado “Dossiê Mídia Ambidestra” que vale muito a pena ser lido. O Dossiê aborda o momento vivido na indústria da mídia, principalmente pelos jornais, com base em três estudos, o World Press Trends, realizado pela WAN-IFRA, Global Entertainment and Media Outlook, da PwC e o Global Media & Entertainment High Performance Study, da Accenture, além de conversas com especialistas da área.

O Dossiê com pouco mais de 20 páginas, aborda questões muito interessantes como a missão do jornalismo na produção do conteúdo e o papel cada vez mais importante de avaliar e filtrar a informação, dando a devida relevância, para que o leitor possa não só conhecer os fatos, mas entender seu significado. Nesse ponto a credibilidade da marca e a confiança que o leitor deposita no veículo fazem muita diferença nessa relação.


Confirma
também a tendência já apresentada ao mercado nesses últimos anos, o crescimento dos tablets e smartphones que passam a garantir cada vez mais aos jornais a participação e o compromisso dos leitores e a necessidade de interação e relacionamento com o público, reforçando o conceito da participação cidadã como geradora de conteúdo.

O dossiê apresenta ainda toda discussão em torno da tendência do Paywall e os novos papéis que podem estar surgindo ao longo dessa cadeia de valor. Como proposta de ação, foram apresentadas seis medidas para que a indústria reinvente seu modelo de negócio. Entre elas vale a pena destacar:


- a reafirmação de seu valor real e a venda de curadoria e opinião, não apenas a informação,


- o foco no consumidor, para entender cada vez mais o que é relevante e entregar um produto e serviço que realmente agregue valor e assim atuar fortemente na experiência e relacionamento com o leitor,


- investir em inovação para criar novos diferenciais, já que estamos vivendo um momento de transição e não uma crise momentânea.


Apesar
de ninguém ter as respostas, todos estão no caminho, mas uma coisa é certa, a tecnologia e a internet realmente provocaram uma revolução e uma nova forma de comunicar, mas trouxeram também muitas oportunidades. Por exemplo, sabemos que diante de todos os desafios nunca foi tão importante o conhecimento e o relacionamento com o consumidor, e essa mesma tecnologia que causou a ruptura do modelo de negócio é a que possibilita um alto volume e qualidade de informações sobre o comportamento de consumo.

Nesse
momento é vital para qualquer negócio e para qualquer marca entender cada vez mais quem são e como se comportam esses consumidores, para assim descobrirmos produtos, serviços e conteúdos que sejam de fato relevantes e façam a diferença diante de tanta oferta.


FONTE: Meio e Mensagem

Começo ruim

Por: Tadeu Viapiana
 
O ano começou mal para o governo federal. 
Nos últimos dias de 2012 a equipe econômica concebeu um conjunto de medidas que a imprensa chamou de “manobras contábeis”,“contabilidade criativa” e “manipulação contábil”, para aumentar artificialmente o superávit primário – a diferença entre o que o governo arrecada e gasta, exceto os juros da dívida.
O superávit primário é um importante indicador, pois revela que o governo está administrando bem as contas púbicas, gerando a poupança necessária para  pagar os serviços da dívida.
O governo havia prometido obter um superávit fiscal de 3,1% do PIB em 2012. Mas chegou a hora da conta, faltou parte do dinheiro. O governo decidiu, então, fazer a “macumba” e criar ficticiamente R$ 57 bilhões.  
Aliás, o que foi feito agora não é novidade. Em anos anteriores foram utilizados os mesmos expedientes. Se o Brasil fizesse a conta do superávit como fazem todos os demais países – incluindo os juros e sem a sujeira contábil – em 2012 teríamos um déficit equivalente a -3 % do PIB, exatamente o oposto do resultado da sujeira.
Mas o tiro saiu pela culatra. O que era para ser escondido acabou revelado em  toda a sua inteireza. Os maiores jornais do país fizeram dezenas de matérias e editoriais revelando a malandragem e apontando as consequências ruins para o governo e para a economia.
As manobras contábeis não denotam apenas um comportamento técnico e político reprovável, mas também a fragilidade da gestão das contas públicas. Hoje, todos os que acompanham a política econômica, empresários, investidores, economistas, contadores, etc sabem que o governo não tem controle dos gastos públicos, gasta mais do que deve na manutenção da máquina pública e investe quase nada.
Como disse a Folha de São Paulo, em um de seus editoriais: o “governo coloca sob risco um patrimônio da política econômica brasileira conquistado a duras penas ao longo de duas décadas. Trata-se da confiança dos agentes privados nas ações e nos compromissos assumidos pelas autoridades”.
Se o governo, como sempre alega, espera que os empresários nacionais e estrangeiros realizem investimentos no Brasil, o seu comportamento não ajuda na formação de um ambiente de previsibilidade e confiança.
A contabilidade suja, ao contrário, reforça ainda mais a percepção de que a política econômica não é confiável. Que as regras do jogo podem mudar quando o governo quiser e como quiser. Se tudo pode mudar a toda hora, como antever o futuro?
Como isso repercute na vida do cidadão comum? De duas formas: a) mostra que o governo vem gastando mais do que deve no funcionamento de uma máquina pública que presta poucos e ruins serviços públicos; b) que cedo ou tarde haverá mais aumento de carga tributária para a sociedade, pois o aumento das despesas precisa ser coberto por aumento das receitas.
Como tudo sempre pode ficar pior, nas próximas semanas deve sair o número oficial do PIB de 2012. Ao contrário do que prometeu o ministro da Fazenda o ano passado inteiro, vai ser um “pibinho”, próximo ou inferior a 1%.   
O Jornal o Estado de São Paulo fez a síntese das “manobras contábeis” do para criar receitas artificiais, em sua edição de 04/01/2013. Confira:
“1º Operação
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) compra, usando títulos públicos, ações da Petrobrás que pertenciam ao Fundo Fiscal de Investimentos e Estabilização (FFIE), administrado pelo Banco do Brasil, onde estão depositados os recursos do Fundo Soberano do Brasil (FSB). 0 Tesouro Nacional resgata os títulos usados pelo BNDES, transformando os papéis em dinheiro, e injeta RS 8,847 bilhões no caixa do governo federal.
2º Operação
O BNDES antecipa o pagamento de mais dividendos para a União. Os dividendos são pagos também com títulos públicos. Tesouro resgata os papéis e garante mais R$ 2,317 bilhões para o cofre federal. Para reforçar o caixa do BNDES, o Ministério da Fazenda antecipa a liberação de uma parcela de RS 15 bilhões de empréstimo do Tesouro para o banco de fomento.
3º Operação A Caixa
Econômica Federal antecipa o pagamento de dividendos, usando títulos públicos que estavam em seu poder. Assim como nas outras operações, o Tesouro transforma os papéis em dinheiro e engorda o caixa do governo federal em mais R$ 4,69 bilhões. Para reforçar as contas da Caixa, o Ministério da Fazenda autoriza aumento de capital do banco estatal de R$ 5,4 bilhões.”
O restante dos recursos fictícios neessário vem do “abate” de R$ 25,6 bilhões gastos com obras do PAC.

FONTE: AdOnline

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Quando você não é visto

Por: Tom Coelho

Artigo 179 - Quando você não é visto
O homem deve criar as oportunidades e não somente encontrá-las.” 
(Francis Bacon)

O relato a seguir é um caso real que me foi narrado por meu amigo Flávio Maneira, executivo da indústria farmacêutica.
Conta-me ele que em uma cidade interiorana havia um renomado médico famoso por sua impessoalidade no tratamento aos propagandistas – nome dado aos executivos de vendas de laboratórios.
O referido doutor recebia estes profissionais uma única vez por semana, num intervalo de duas horas e mediante prévio agendamento. Os vendedores entravam um a um em seu consultório e enquanto demonstravam seus produtos, o médico se ocupava em navegar na internet e responder e-mails. Deixavam suas amostras e partiam sem receber do digno catedrático um aperto de mãos, um agradecimento ou mesmo um mero olhar.
Flávio me conta que em sua terceira visita a este médico pediu-lhe que parasse de manusear o computador e o ouvisse por apenas um par de minutos. Começou perguntando-lhe se sabia seu nome, recebendo uma resposta negativa, embora nas ocasiões anteriores tivesse se apresentado e deixado seu cartão. Em seguida, disse-lhe que não mais o visitaria, pois para deixar amostras de produtos bastava enviar um mensageiro. Por fim, comentou com o cliente: “Você sabe qual sua imagem em nosso meio? Absolutamente ninguém gosta de visitá-lo!”.
Surpreendentemente, o médico olhou para Flávio, repetiu seu nome e pediu-lhe que retornasse ao consultório, no dia seguinte, para conversarem. Neste encontro, o clínico pacientemente ouviu todas suas considerações, acatando a sugestão de promover cafés da manhã com os executivos de vendas para conhecer com adequação seus produtos. Deste dia em diante, tornaram-se grandes amigos e o tratamento ministrado pelo médico àqueles profissionais nunca mais foi o mesmo de outrora.
Esta história certamente se repete no mundo corporativo e nos mais diversos segmentos. Compradores atendem a um batalhão de vendedores, das mais variadas empresas, oferecendo produtos e serviços múltiplos. Neste contexto, não é improvável que você seja tomado como apenas “mais um”,com grande dificuldade para se destacar. O que pode ser feito?
Primeiro, conheça seu interlocutor. Identificar necessidades comerciais é fator primordial para praticar uma boa venda consultiva. Porém, é imprescindível ir além. Atente para características que possam conduzir a uma relação mais amistosa. Descubra se o comprador tem filhos, qual o time do seu coração, que tipo de música aprecia, seu prato predileto. Isso lhe permitirá adotar um diálogo mais leve e fluido, falando sobre amenidades e quebrando resistências. Assim se constrói uma venda relacional.
Lembre-se também de cuidar de seu marketing pessoal. Cabelos penteados, barba feita ou maquiagem leve, trajes adequados, enfim, cultive uma aparência agradável. Além disso, seja pontual e desenvolva a capacidade de falar com moderação e ouvir com ponderação.
Por fim, repita seu nome e do seu interlocutor sempre que possível. Escutar o próprio nome ser pronunciado funciona como música para os ouvidos. Assim, durante o diálogo, repita o nome do seu ouvinte a cada oportunidade, fitando-lhe nos olhos. E, claro, repita também o seu nome ao contar pequenas histórias ou causos, para ajudá-lo a memorizar e lembrar-se de você futuramente.
Ao fazer tudo isso você ainda correrá o risco de não ser notado. Afinal, outros seguirão o mesmo receituário. Por isso, espelhe-se no exemplo de meu amigo Flávio, que poderia simplesmente ter se resignado diante do tratamento recebido, mas que adotou uma atitude proativa, optando por agir e construir uma nova e produtiva relação profissional e pessoal. A propósito, tempos depois Flávio Maneira foi promovido – o que não foi por acaso…

FONTE: AcontecendoAqui

O desafio de manter a motivação dos profissionais

Por: Gerson Ferreira

Gerson_Ferreira


Organizações de qualquer natureza possuem um propósito, uma razão para existir e o que as fazem se desenvolver é a capacidade de atingir objetivos. E, para isso, elas dependem do comprometimento dos funcionários. Mas, como gerar e sustentar um alto nível de engajamento do público interno com os desafios de crescimento de uma organização?
O desempenho profissional depende basicamente de motivação pessoal, de competência técnica e da capacidade da empresa em proporcionar as “ferramentas” adequadas de trabalho. Destes três itens, a motivação é o ponto mais sensível do processo de engajamento. No entanto, recompensas extrínsecas como bônus no fim do ano e premiações não se sustentam no decorrer do tempo, porque as pessoas tendem a estar motivadas apenas enquanto existir o estímulo.
Sustentar a motivação do profissional depende muito da capacidade da liderança em trabalhar fatores de satisfação pessoal e, consequentemente, de garantir o estímulo para produzir mais e melhor em busca dos objetivos da organização.
O primeiro fator sustentável de satisfação e motivação pessoal está relacionado à capacidade da organização em exercer uma gestão de pessoas que envolva o profissional em um propósito que empolgue, sirva ao bem comum, seja ético e realizável. Isso faz com que o indivíduo sinta-se parte de algo maior, estabelecendo um significado grandioso para o que ele faz.
O segundo é que o profissional precisa sentir-se reconhecido pelo seu trabalho na busca dos objetivos e na realização do propósito. É a satisfação de ser aceito pelos líderes e colegas de trabalho pela aplicação eficaz de suas habilidades e conhecimentos.
Segundo Victor Vroom, professor da Yale School of Management, pesquisador da teoria da motivação e autor, entre outros, do livro Work and Motivation, na sua Teoria da Expectativa, de 1930, a motivação está na relação entre as metas e as expectativas de sucesso, ou seja, atingir os objetivos e metas da organização e ser recompensado adequadamente. Para potencializar a satisfação pessoal do profissional, é fundamental que ele tenha certeza de que está se tornando melhor e mais capacitado. Ser recompensado por atingir as metas e objetivos da organização não é suficiente. Ser um profissional em evolução é o terceiro fator de satisfação e motivação pessoal.
Desta forma, uma gestão bem sucedida nos itens anteriores tem como resultado um quadro de profissionais pró ativos, que procuram antecipar futuros problemas, buscar novas soluções e inovar.
Organizações que trabalham o engajamento do público interno produzem mais e dão mais retorno financeiro. E mais: fazem com que os públicos externos fiquem mais felizes, voltem e recomendem a organização, seus produtos e serviços, garantindo ainda mais prosperidade.

FONTE: AcontecendoAqui