segunda-feira, 29 de julho de 2013

Congresso aprova lei que classifica portal como empresa jornalística

internet e lei comunique-seAprovado pelo Congresso e encaminhado nessa segunda-feira, 15, para sanção presidencial, o Projeto de Lei de Conversão 17/2013 define o que é uma empresa jornalística e enquadra portais na classificação.O PL considera empresas jornalísticas “aquelas que têm a seu cargo a edição de jornais, revistas, boletins e periódicos, ou a distribuição de noticiário por qualquer plataforma, inclusive em portais de conteúdo de internet”.Ademais, o projeto desonera a folha de pagamento de diversos setores, incluindo o jornalístico. A redução de tributos atinge a contribuição de 20% ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sobre a folha de pagamento. Veículos da imprensa pagarão, a partir de janeiro de 2014, uma alíquota de 1% do faturamento.Caso a lei seja sancionada pela presidente Dilma Rousseff, portais deverão cumprir os requisitos estabelecidos pela Lei 10.610/02 que dispõe sobre a participação de capital estrangeiro na imprensa brasileira. O documento de 2002 vale apenas para companhias de radiodifusão.Outros pontosAlém de definir portais de internet como empresas jornalísticas, o texto trata de diversos temas, desde liquidação ou regularização de dívidas originárias do crédito rural, passando por compra, venda e transporte de ouro até tributação de companhias aéreas estrangeiras. 
Fonte: Comunique-se.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Recompensa dobra interação em celular

Estudo sobre relação entre consumidores e marcas em dispositivos mobiles indica que audiência procura algo tangível em troca de sua atenção
Por: Igor Ribeiro
Pesquisa conduzida pela MillwardBrown em parceria com a Session M revela que marcas que oferecem alguma recompensa tangível ou útil por meio de seus anúncios em celulares recebem o dobro de atenção dos consumidores. Cerca de mil pessoas foram consultadas nos Estados Unidos para um estudo quantitativo sobre anúncios em celular, enquanto 25 respondentes participaram também de uma fase qualitativa.O item de troca mais interessante para os consumidores seria cupons e ofertas: 44% disseram que ficariam entusiasmados caso a interação com o anúncio lhes garantisse um desses benefícios. Ferramentas gratuitas, como lembretes e lista de compras, ou conteúdo de interesse, como receitas e resultados esportivos, fazem o gosto de 27% dos pesquisados. Informações relacionadas à localização, como endereço de lojas e pontos de promoção, atraem 25%.O estudo diz que os consumidores têm, basicamente, três expectativas quanto à relação com marcas por meio de dispositivos móveis. Primeiro, o anunciante deve ser competente, segundo o entendimento de espaço e interatividade num dispositivo móvel. Depois, o consumidor espera que a marca saiba quem ele é o direcione produtos de acordo. Em terceiro, espera algo de valor em troca de sua atenção.Uma experiência de marca fornece algo de valor quando entende que o consumidor tem pouco tempo, que espera algo útil para ele ou para a sua família em troca e que preferem peças capazes de provocar engajamento. “É divertido ou informativo?” e “Vou querer ver de novo?” foram algumas das questões de adesão presentes na pesquisa.A separação entre anúncios que ofereceram experiências valorosas e os displays comuns mostraram grande diferença entre a receptividade de consumidores. A visita ao site da marca aumentou 16 pontos percentuais entre os dois grupos. Ou seja, só 20% dos consumidores que não obtiveram qualquer retorno de valor visitaram a página do anunciante, enquanto 36% o fizeram, quando estimulados por alguma troca útil (veja gráfico).Na amostragem qualitativa, esses índices foram ainda maiores. A percepção de marca aumentou até 63 pontos porcentuais entre as duas modalidades (sem recompensa, 14%, com recompensa, 77%). A associação de mensagem cresceu 26 pontos (sem recompensa, 37%, com recompensa, 63%). E a simpatia à marca aumentou 21 pontos (sem recompensa, 42%, com recompensa, 63%).

FONTE: Meio e Mensagem

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Venda de PCs em queda; tablets ganham liderança

No mundo, comercialização dos aparelhos acumulou marca negativa de 13% em relação aos primeiros meses de 2012
Entre janeiro e março, houve um aumento de 15% na venda de smartphones, em comparação a 2012
+


Entre janeiro e março, houve um aumento de 15% na venda de smartphones, em comparação a 2012
Crédito: Divulgação
No primeiro trimestre deste ano, usuários domésticos compraram 12% menos computadores, de mesa ou portáteis, em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo a IDC. Nesse período, 3,4 milhões de PCs foram vendidos, o que representa uma redução de 10%, sendo mais acentuada na comercialização de desktops (-11%) do que notebooks (-9%). O preço elevado é um dos principais fatores para esse cenário, que alcançou a marca negativa de 13% no mundo. “O mercado de PCs é muito sensível a preços e qualquer variação reflete nas vendas”, comenta Pedro Hagge, analista da IDC Brasil. Para este ano, a consultoria estima uma redução de 8% no mercado brasileiro de computadores.Smartphones e tabletsJá a venda global de tablets deve atingir a marca de 230 milhões de unidades neste ano, um acréscimo de 58,7% em relação a 2012. No ano passado, 144,5 milhões foram vendidos. No Brasil, deverão ser comercializados 5,8 milhões de unidades, o que representará uma alta de 89% sobre 2012. A projeção é superior a da categoria de desktops (5,5 milhões). 
Os dados divulgados pela IDC apontam ainda que entre janeiro e março de 2013 foram vendidos 14 milhões de telefones celulares no País, um crescimento de 15% em comparação ao início de 2012. Os smartphones representaram 48% das vendas de aparelhos em abril. Cerca de 1 bilhão de telefones desta categoria devem ser vendidos no mundo até dezembro.

FONTE: Meio e Mensagem

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Supermercados vendem 2,17% mais em 2013

Previsão é que o setor acumule um crescimento de 3,5% em 2013, otimismo atribuído ao aumento da renda e ao mercado de trabalho, ainda aquecido
Em maio, as vendas nos supermercados já haviam avançado 5,43%
+

Em maio, as vendas nos supermercados já haviam avançado 5,43%

Crédito: Fotolia.com


O Índice Nacional de Vendas, indicador apurado mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), mostra que as vendas reais do setor supermercadista aumentaram 2,17% no acumulado do ano.No último mês de maio, os resultados do segmento já haviam apresentado um avanço de 5,43% ante o mês anterior e alta de 4,28% em relação a maio de 2012, considerando cálculos já deflacionados pelo IPCA do IBGE. A expectativa é que os supermercados cresçam 3,5% em vendas em 2013.O otimismo ainda é atribuído ao aumento da renda do consumidor e ao mercado de trabalho que, apesar da alta do dólar, do aumento da inflação e das previsões do PIB, ainda permanece aquecido. Em valores nominais, as vendas dos supermercados subiram 5,82% em relação a abril e 11,04% se comparadas ao mês de maio de 2012. No acumulado do ano, o crescimento foi de 8,76%.

FONTE: Meio e Mensagem

terça-feira, 16 de julho de 2013

Três questões sobre o futuro das empresas de mídia

Já faz tempo que o bolo publicitário passou a ser dividido em mais pedaços. Verbas antes destinadas a campanhas em TV, jornais, revistas e rádio passaram a ir também para mídia exterior, eventos, Google, Youtube, Facebook... 
Até 2011, esse fenômeno não foi muito sentido no Brasil por uma razão simples. O país tinha virado a bola da vez e todo mundo queria investir aqui. O bolo da publicidade crescia, portanto, a migração não causava queda de receita para as empresas de mídia. Pelo contrário: o faturamento subia acima da inflação até para elas. Infelizmente, esse período chegou ao fim – mas a migração continua. O que acontecerá com as empresas de mídia nos próximos anos?
Não sei a resposta, mas acho que ela vai depender do resultado de algumas questões. Aqui vão três delas – pra começar.
1. Os leitores vão migrar para o tablet?
As empresas de mídia impressa querem muito que isso aconteça. Quando o iPad surgiu, há três anos, foi visto como uma espécie de salvador da pátria. Àquela altura, as empresas já sabiam que os sites ou portais de internet não se tornariam um negócio tão importante quanto os jornais e revistas. Por duas razões básicas: primeiro, porque nos sites o conteúdo é dado de graça, ou seja, não há a receita do leitor; depois, porque a publicidade na internet tem um valor muito menor. Provavelmente, porque seu impacto também é menor (basta colocar lado a lado um square banner e uma página dupla de revista para ver a diferença). Teoricamente, o tablet corrige as duas coisas: permite cobrar pelo conteúdo e oferece mais espaço e recursos para os anunciantes. Resta saber se a migração do público, que as empresas farão de tudo para incentivar, de fato acontecerá.
2. O modelo de paywall vai se difundir?
Uma lição básica da microeconomia recomenda, quando possível, cobrar preços diferentes dos consumidores de acordo com o valor que seu produto tem para cada um deles. É a chamada discriminação de preço. É esse princípio que está por trás da iniciativa de cobrar assinatura apenas dos leitores mais assíduos – e deixar o site aberto para quem só se interessa pelo seu conteúdo de vez em quando. Os heavy users pagam pelo acesso, enquanto que os leitores eventuais dão volume à audiência (e mais retorno para a publicidade). A indústria tem acompanhado com enorme atenção o até aqui aparente sucesso do The New York Times com esse modelo. No Brasil, a Folha de S.Paulo foi pioneira e também vem divulgando números promissores. Mas ainda cedo para saber se a mesma receita pode dar certo em outros lugares.
3. Quem vai financiar a produção de conteúdo?
O Google não produz conteúdo. O Facebook não produz conteúdo. Mesma coisa o Twitter, o Youtube. No entanto, essas empresas se tornaram grandes fontes de informação e entretenimento. Em parte, porque conseguiram despertar o desejo de criar conteúdo por parte dos internautas, mas muito também por aproveitar o conteúdo grátis gerado pelas empresas de mídia e compartilhado por seus usuários. E, como não podia deixar de ser, estão abocanhando fatias cada vez maiores de publicidade. Mas será que esse caminho é sustentável? Se as pessoas continuarem querendo conteúdo profissional (filmes, novelas, revistas, notícias do dia), quem vai financiar a produção? 
Questões como essas estão por trás de muitos dos cortes de custos verificados em empresas de mídia nas últimas semanas. Esse é o lado triste da história. O lado bom é que períodos de mudança costumam ser muito ricos em oportunidades e aprendizados. Quem sobreviver verá. 
FONTE: Meio e Mensagem

segunda-feira, 15 de julho de 2013

A inovação vem da necessidade

Infelizmente, a maioria das empresas não cultiva a inovação em seus negócios.


Morita conta como era o conturbado Japão do pós guerra. Um Japão destruído, sem emprego, sem dinheiro, sem matéria-prima. No trem para Tóquio, onde tentaria trabalhar como professor, ele se perguntava: ‘Como sobreviver? Quem sabe posso fazer alguma coisa? O que os japoneses precisam agora?' ‘Tudo' era a resposta mais óbvia. Mas ao comer um bolinho de arroz que trazia para a viagem, veio a idéia: Arroz. ‘Quem sabe eu não poderia fazer algo para ajudar a cozinhar arroz?' Só que no Japão destroçado não havia metal em parte alguma, mas, por ter servido como oficial técnico durante a guerra, ele teve fácil acesso aos então inúteis compartimentos de bombas dos aviões. Ele então pegou os tanques e os reformou para fabricar as primeiras máquinas de cozinhar arroz.Seu segundo produto foi a fita magnética. Morita relata suas dificuldades em encontrar material adequado para servir como fita e como improvisaram papel usado para este fim. Depois extraíram o material magnético, o óxido de ferro, a partir de ferrite oxálico aquecido em frigideiras e pintaram nas fitas com a mão. As primeiras gravações eram horríveis, mas eles foram aperfeiçoando o produto que acabou culminando com um excelente contrato de fornecimento de fitas para a IBM em 1965.Esta e outras histórias que Akio Morita conta em seu livro, ‘Made in Japan', sobre sua vida e sua empresa, a Sony, lhe dão toda a autoridade para afirmar que ‘Todos podemos ser inovadores quando nossa vida depende daquilo'.Infelizmente, a maioria das empresas não cultiva a inovação em seus negócios. Aliás, muito pelo contrário, vemos muitas iniciativas para impedir o processo criativo nas empresas. Larry Farrell, um dos grandes estudiosos do empreendedorismo corporativo, explicou as sete formas de se matar a inovação na empresa:1) Eu estou OK, você está OK. Se estamos todos em situação confortável, por que mudar? Por que inovar? Por que querer fazer algo diferente?2) Alta direção desconectada, que acaba por não estimular um ambiente propício à inovação.3) Falta de contato. As boas idéias não vêm da sua cabeça. Geralmente vêm do cliente, ou do concorrente. Se você não estiver em contato com eles perderá boas fontes de idéias.4) Centralizando tudo. A visão taylorista de administração: ‘Eu faço tudo, você não precisa pensar, só obedecer.'5) Laboratório distante de tudo. Estar longe do seu mercado significa alto risco de inventar o que ninguém quer.6) Controle total ao Marketing. Quando eles só pensam em melhorar o que já existe e se prendem a paradigmas que impedem o desenvolvimento do espírito inovador.7) Um único jeito de fazer as coisas. Quando os processos estão cristalizados, os seus executores não conseguem vislumbrar formas diferentes de se fazer as mesmas coisas.Quem conhece uma animação da Pixar/Disney intitulada ‘Vida de Inseto', vai se lembrar de um excelente exemplo deste último item. No início do filme, Flick uma formiguinha ‘inovadora' procura demonstrar as vantagens de um equipamento que ele inventou para facilitar a colheita de grãos. ‘Flick, não temos tempo para isso' diz uma das formigas. ‘Mas é justamente isso! Com a minha ceifadora poderemos ampliar a produção e ganhar mais tempo!' argumenta Flick. ‘Ora, esqueça isso, largue este troço, volte para a fila e colha os grãos como uma formiga' todos dizem. E ele se vai, frustrado (mas não resignado como se verá ao longo do filme). ‘Ceifadora, hunf! Fazemos a colheita assim desde que eu era uma larvinha!' diz o mais velho da colônia. Alguma semelhança com situações que conhecemos?Mas o maior estimulador da inovação é mesmo a necessidade, como Morita já demonstrou. Outro empreendedor, Larry Hillblom da DHL também tem histórias para contar. Ao tentar transformar seu trabalho de entregador free-lance em uma companhia, Larry esbarrou nos bancos para obter crédito. Eles simplesmente não acreditavam numa empresa de entregas que não tivesse uma rede formada. Nada mais óbvio, não? Pois Larry passou então a viajar aos principais países para recrutar voluntários. No limite da necessidade, perguntou a um motorista de táxi em Sidney se ele não gostaria de se tornar o presidente da DHL na Austrália, e ele aceitou. Depois de um ano, com sua ‘rede' mundial formada, ele voltou e conquistou a confiança do Bank of América para iniciar o negócio. Hillblom ensina: ‘Podemos fazer muito mais em uma hora de crise do que em um mês de tranquilidade.'FONTE: Cidade Marketing

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Gestão estratégica de marcas

Por: Tom Coelho
200067997-001“Harley Davidson é, talvez, a melhor marca dos EUA. Coca-Cola é uma boa marca, mas as pessoas não a tatuam em seus corpos.” (Ralph Wanger)
Kevin Keller é um conceituado catedrático norte-americano, além de consultor de grandes empresas e autor de best sellers, entre eles, “Administração de marketing”, uma parceria com Philip Kotler.Ele alerta para a importância e poder das marcas como um meio de identificar e diferenciar produtos e serviços. Uma marca forte deve ser envolvente, previsível em sua capacidade de criar expectativas e satisfazer clientes. Vale ressaltar que grande parte do valor intangível das empresas é representado pela marca, sendo comprovada a relação positiva entre valor de marca e retorno de lucro.Branding é o nome do jogo. Um conjunto de ações adotadas na administração de uma marca buscando torná-la única. É a melhor alternativa contra a diferenciação baseada exclusivamente em preço e custo.Construir valor de marca baseado no consumidor consiste em trabalhar a percepção deste cliente, possibilitando sua fidelização, a aplicação de preços premium e até mesmo a extensão da família de produtos.Keller estabelece oito dicas para se conquistar a excelência de uma marca.1. Visão da marca centrada no consumidor e interesse pelo consumidor. Transcender as descrições e limites físicos do produto, descobrindo uma finalidade superior vinculada às aspirações do consumidor. Os passos para isso são: inspirar, inovar, focar, conectar e cuidar. Modelo a seguir: Nike.2. Posicionamento superior em relação à concorrência. A tarefa é desenvolver “pontos de diferença” em relação aos concorrentes que sejam atraentes para o consumidor e viáveis para a empresa. E estabelecer “pontos de paridade”, ou seja, aspectos similares capazes de neutralizar os diferenciais da concorrência. Exemplo de quem está fazendo isso: Accenture.3. Estrutura da marca claramente definida. É o que chamamos de arquitetura da marca. O ponto de partida é compreender o potencial de cada marca dentro do portfólio da empresa e estabelecer uma hierarquia de marca. Isso significa criar submarcas de uma marca principal apenas se tiverem papéis estratégicos claros. E maximizar a cobertura de mercado, minimizando a sobreposição por outras marcas. Um ótimo exemplo é a BMW (marca principal) com suas submarcas séries 3, 5 e 7.4. Programa de marketing totalmente integrado. A comunicação começa no boca em boca, passa pelo patrocínio, degustação, ações em PDV e, obviamente, alcança a mídia impressa, eletrônica, exterior, entre outras. A Red Bull tem observado este princípio.5. Cultivo de relações da marca. A meta agora é estender a percepção da marca para além do produto. Construir uma identidade e significado de marca capaz de estabelecer uma dualidade entre o desempenho do produto e a imagem da marca. Produzir respostas positivas racionais e emocionais. O exemplo aqui só poderia ser a Harley Davidson e seus fiéis HOGs (proprietários de motocicletas Harley).6. Estratégias de preço orientadas por prêmios. Em lugar de apenas reduzir preços, maximizar o valor para o cliente, participando de promoções extensivas no varejo, financiando campanhas publicitárias em parceria com revendas, estabelecendo uma comunicação direta com o cliente. Quem ilustra esta estratégia: Intel.7. Inovações relevantes em marketing. Introduzir novos produtos, comunicações e outras atividades de marketing criativas e cativantes. Buscar o encadeamento de clientes, conquistando novos e fidelizando os existentes. Há um ícone nesta categoria e seu nome é Apple. A inovação em seus produtos sempre esteve presente, desde os Macintosh até o advento do iPad. Muito além do design, a empresa tem disponibilizado produtos complementares (fones de ouvido, cabos diferenciados, adaptadores para carro) e um primoroso atendimento ao cliente.8. Administração adequada de estratégias de desenvolvimento de marca. Alavancar de maneira ininterrupta o valor da marca em novos produtos e mercados. Tomemos como exemplo a Starbucks. O desenvolvimento do produto está presente na oferta de novos sabores, aromas e embalagens de café, além de produtos complementares, como o cartão de crédito em parceria com a Visa. Já o desenvolvimento do mercado está representado pelas novas lojas em pontos como hotéis, aeroportos, livrarias, empresas, entre outros, além de novos mercados em outros países.A excelência de uma marca deve ser responsabilidade de toda a organização. Não é atribuição de algumas pessoas ou do departamento de marketing. Diretoria e funcionários, todos sem exceção, comprometem de forma positiva ou negativa a imagem da marca, afetando direta ou indiretamente as percepções e experiências de seus clientes.
FONTE: AcontecendoAqui

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O Copo Inquebrável

Por: Elóy Simões

1.    “Minha mãe comprou um copo inquebrável. Mas de vidro mesmo, vidro de verdade, e isso me deixava fascinado porque, quando tal fato teve lugar, o autor destas linhas tinha apenas poucos anos e suas faculdades mentais ainda não estavam suficientemente desenvolvidas para que pudesse imaginar que um copo em tudo semelhante aos que caem e fazendo trinn! (proporcionando uma boa dose de pescoções), pudesse ser inquebrável.Inquebrável! Parecia uma palavra mágica. Experimentei uma, duas, três vezes e o copo caia, quicava com um estrondo dos diabos e parava intacto.Certa tarde vieram uns conhecidos e oferecemos um chocolatinho (note-se que então tais guloseimas existiam, e em profusão). Com a boca cheia (não lembro se de Guianduia ou Strelio ou Caffarel-Prochet), vou até a cozinha e volto com o famoso copo na mão.(Umberto Eco em A Misteriosa Chama da Raínha Loana)“Senhoras e senhores”, exclamo com voz de proprietário de circo chamando os passantes para o espetáculo “apresento-lhes um copo mágico, especial, inquebrantável. Vou jogá-lo no chão e verão que não quebra”, e acrescento com ar grave e solene, “PERMANECERÁ INTACTO”.Jogo e..nem preciso dizer, o copo voa em mil pedaços.Sinto o rubor subir, olho alucinado para os cacos que, tocados pela luz do lampadário, brilham  como pérolas… e rompo em prantos.”

2.    Quantas vezes coisas desagradáveis acontecem no relacionamento entre agência e cliente, contribuindo para um afastamento mútuo? Do lado da agência vai cimentando a ideia de que “esse cliente é muito chato”, “não dá pra trabalhar com ele”, “não passa o brief direito” “é muito malcriado”, “não respeita o trabalho da gente”, e vai por aí afora.Do lado do cliente, as coisas também vão piorando. “Essa agência não entende o brief”, “a criação é muito fraca”, “eu tenho de refazer o trabalho dela”, “gosta de fazer gracinha, ao invés de anúncios que vendam” e as coisas vão gelando.Na verdade, no fundo são pequenas coisas que poderiam ser superadas se percebidas a tempo. No entanto, elas vão ocorrendo como o copo que a gente pensa que não quebra. A gente tende a achar que é possível superar cada incidente.Vivi um problema assim em uma das agências em que trabalhei. Tinha acabado de ser contratado e fui a uma reunião das segundas-feiras – aquelas em que se confere o que há para fazer -  e fiquei horrorizado. Ali, os clientes eram ridicularizados, tratados como palhaços, ignorantes. Felizmente cheguei a tempo de corrigir isso. A agência deslanchou.

3.    O fato é que na vida real nada é inquebrável, sobretudo quando se trata de relacionamento de negócios. Então, um dia a corrente se rompe.O copo quebra.O responsável pela agência chega e recebe a notícia: a conta já não é mais dela. Para surpresa dele, a conta, em outra agência, está anunciando. Bastante.“Mas como ele nunca faturou assim que conosco?,” pensa.Tivesse prestado a atenção nos detalhes e teria previsto isso. Ou poderia ter evitado que ocorresse.

4.    Teria visto que pequenas coisas acabaram empurrando agência e cliente para uma crise.É a história do copo, contada pelo Umberto Eco. Um errozinho aqui, um incidentezinho ali, uma palavra mal compreendida acolá, um anúncio que atrasa, e ele vai caindo sem quebrar, até que um dia…

5.    Como evitar isso?  São tantas as coisas que precisam ser cuidadas que não há como prestar atenção em tudo. No entanto, é preciso abrir bem os olhos e os ouvidos. Nem que seja necessário contar com ajuda de alguém de fora.Mas isso depende do tamanho do risco que cada um está disposto a correr.

FONTE: AcontecendoAqui