sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O País da Televisão

Por: Adilson Xavier

Os números do Projeto Inter-Meios gritam. Televisão beira os 65%.

Que país do futebol que nada. O preço do ingresso nos estádios se mantém praticamente estável, o que valoriza de verdade é a cota do patrocínio televisivo. Os grandes clubes conseguem sustentar seus craques graças aos direitos de transmissão, não aos torcedores nas arquibancadas. Nem mesmo a seleção canarinho segura mais a onda, longe de estar com aquela bola toda, segue perdendo de goleada para as equipes que fazem da TV brasileira uma das melhores do mundo.


O Brasil é o país que mais assiste TV no planeta por várias razões, mas principalmente porque nossa televisão é excelente, tanto na versão aberta quanto na paga.


Televisão
no Brasil salva a pátria, tem protagonismo político. Aqui os partidos fazem coligações não por ideologia ou conteúdo programático, mas pra ganhar mais tempo na TV.

Somos campeões em internet? Claro que sim. Talvez por identificarmos na tela do computador uma outra forma de televisão, onde se pode escrever, trocar fotos, bater papo (muitíssimas vezes, aliás, comentando o que passa na TV), buscar informações e ver filmes ao mesmo tempo.


Campeões em smartphones? Somos também. Quem pode resistir a essas televisõezinhas de bolso?


Brasileiro gosta de assistir, participar, zoar. Somos capazes de trazer o enrêdo de uma novela para o dia-a-dia, e brincar com isso, compartilhando imagens de Carminha com Max no Facebook pra ver se elas chegam ao conhecimento do Tufão. Somos divertidos, extrovertidos, irreverentes, contagiantes, exibidos e, antes de tudo, gregários. O povo mais comunicativo que existe, que tem no gosto pelo coletivo sua maior singularidade. Um povo que se fantasia do Carnaval à Corrida de São Silvestre, e que se comporta habitualmente como os vídeos do Youtube: caprichando em suas manifestações, pra ver se elas bombam e chegam à glória de aparecer na TV.


FONTE: Meio e Mensagem

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Shopper marketing: as estratégias em alta

Por Juliana Nappo e Rafael D’Andrea , de Chicago (EUA)

Inovações tecnológicas ficaram em segundo plano nesta edição da Shopper Marketing Expo

Terminou na quinta-feira 18, em Chicago, a Shopper Marketing Expo, maior feira de shopper marketing do mundo. Foram três dias de discussões e seminários de alto nível, que contaram com a participação de CEOs e diretores das maiores empresas de bens de consumo, varejistas e agências americanas. Na pauta, a reinvenção do ambiente de negócios para conquistar e manter a lealdade do shopper.
A crise permeou toda a conversa, é claro. Segundo o jornal Wall Street, o pior já passou. Mas, de acordo com Wendy Liebmann, CEO & Chief Shopper da WSL Strategic Retail, que liderou o principal painel do dia junto com Michael Bloom, presidente da rede de varejo popular Family Dollar, 80% das shoppers americanas acreditam que a recessão ainda vai perdurar ao menos pelos próximos quatro anos.
Isso significa que, por mais quatro anos, no mínimo, esta shopper vai manter os novos hábitos adquiridos com o início da crise, em 2008: 75% colocam o preço em primeiro lugar em suas decisões de compra e 52% têm dinheiro apenas para o necessário. Atitudes que para nós, no Brasil, fazem ainda parte do dia a dia de boa parcela do mercado consumidor, são novidades para os americanos: shoppers pensando e fazendo contas antes de comprar, respeitando listas de compras e trocando de loja em busca de vantagem. Esta é a nova realidade nos EUA.
Assim, o varejo americano rapidamente se mobiliza, a busca está sendo por conhecer esta shopper. Mas não saber o que ela faz, simplesmente, por meio de dados e painéis setoriais. O grande desafio é descobrir por que a shopper se comporta desta forma, a fim de garantir a entrega da maior expectativa desta shopper: valor.
Há um entendimento geral de que para entregar valor para a shopper é preciso criar relevância, e que isso só se consegue por meio de conexão emocional. Está aí a definição do novo driver de crescimento, aposta da Family Dollar para aumentar o share of wallet com suas clientes atuais e ganhar novas – aquelas que estão em busca de lojas alternativas, mais baratas, mas que entreguem conveniência e marcas líderes, ou seja, valor. Mais do que abrir novas lojas, a Family Dollar aposta tudo em gerar fidelidade e mais visitas às suas atuais lojas. E pede a seus fornecedores, especialmente às marcas líderes, que ajustem as suas estratégias de canais e passem a atender esta Shopper. Por que não estar com a sua marca na Family Dollar, e só na Walgreens, se a shopper está indo fazer suas compras lá?
O que se percebe claramente é uma mobilização do mercado americano na mesma direção. As apresentações, de forma geral, focaram ou em ferramentas que garantem o entendimento profundo dos porquês do comportamento das shoppers ou em estratégias de shopper marketing que entreguem soluções para as shoppers e gerem conexão emocional delas com suas marcas preferidas. Estes, hoje, são os componentes essenciais do que chamamos experiência de compra: entender a essência, comunicar os triggers e fazer a conexão.
E isso tudo acontece no ponto de venda (PDV), onde marcas conversam com shoppers através de materiais de POP, ambientação, embalagem. Hoje, quando todos querem redesenhar esta conversa, o design passa a ser ainda mais importante, pois através dele as estratégias de comunicação ganham vida na loja. O que muda é como o processo criativo acontece: no mercado de shopper marketing americano, o design é pautado pelas descobertas das pesquisas e tem sua eficiência avaliada por ferramentas poderosas, que extrapolam o retorno financeiro.
Tecnologia = ferramenta
Diferentemente de outros anos, em que as inovações tecnológicas (QR Codes, mobile, APPs, etc.) foram o centro das atenções durante a feira e os painéis de discussão, este ano elas ficaram em segundo plano e apareceram como ferramentas. Importantes, sim, como meios para entrega da experiência. Mas não causam mais o frisson de antes, principalmente porque não desvendam porquês.
Seu papel está mais claro, e as expectativas quanto a seus resultados estão mais ajustadas. Um exemplo é a rede Peapod, rede de grocery cujas vendas são exclusivamente on-line e entregas rápidas. Seguindo um movimento social importante, o da busca por conveniência, a rede acaba de disponibilizar lojas virtuais nos metrôs de Chicago, a exemplo do que o Tesco fez na Coreia. É o mobile servindo a conveniência.
Isso mostra como, cada vez mais, há menos deslumbramento pela tecnologia e mais pela estratégia. O varejo americano hoje usa a tecnologia a serviço de seus principais objetivos: ser mais relevante para o shopper, entregar valor e fortalecer a conexão. A rede Target, por exemplo, passou a disponibilizar diretamente no smartphone dos shoppers de suas lojas uma lista de comparação de seus preços com os da Amazon, grande rival do mundo virtual. Foi uma resposta à estratégia que a Amazon criou para eliminar uma barreira de compra importante para algumas de suas categorias – o delay na entrega – montando um esquema gigantesco de depósitos espalhados pelo país para garantir entrega no mesmo dia.
Briga de gente grande, num mercado imenso, que foca seus esforços para potencializar a relação varejo, marcas e agências em busca de ganhos comuns. E não mais em calcular ROI de ações de ativação e materiais de PDV, fantasma que assombra muitos times de marketing pela imensa complexidade na medição e pouca confiabilidade dos resultados. O que vimos por aqui é a construção de uma arena de colaboração, onde metas, objetivos, informações e estratégias são discutidos às claras. O resultado foi um desfile de casos de sucesso pelo seu foco estratégico, rigor científico e assertividade criativa.
Brasil
Encontramos na Feira Juliana Costa, gerente nacional de Trade Marketing da DPA, divisão de refrigerados da Nestlé, uma das poucas brasileiras da indústria presente no evento. Segundo ela, o Brasil tem muito a aprender com o modo como indústrias e agências conseguem sistematizar o pensamento para direcionar as ações de PDV tendo o shopper como ponto focal da estratégia.
Da mesma forma que hoje fazem em consumer marketing, que tem ferramentas e metodologias já bastante estruturadas, as empresas no Brasil precisam transformar o shopper marketing em elo central de suas estratégias. Ela acredita que esse é novo caminho para conquistar uma shopper que, ao contrário da americana, está passando do estágio do “What I need” (O que eu preciso) para o “What I Want” (O que eu quero).

FONTE: Meio e Mensagem

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Brazil zil zil

Por: Geraldo Leite

Há um processo cada vez maior de internacionalização da nossa comunicação, como extensão natural dos rumos da economia. O Brasil cresceu de importância como um mercado mais atraente que no passado, porque as empresas internacionais hoje precisam dos países emergentes e porque, além de tudo, faremos dois grandes eventos mundiais.

Como se diz: “é a economia, estúpido” e esse processo de internacionalização do nosso país vem de longe. No começo era praticamente só a política da boa vizinhança com o Zé Carioca e a Carmen Miranda. Daí, topamos conversar, mas sob condições: “se o Tio Sam pegar no tamborim”, nós vamos misturar o Bebop com o samba, Miami com Copacabana e o chiclete com banana.


E assim, na nossa jinga musical com DNA de Macunaíma, usamos a nossa desculpa de só falar português num continente latino, para ir avançando a passos beeem lentos.


Primeiro vieram as empresas de fora e conquistaram certos setores do mercado. Depois, já num raciocínio de integração mundial, os grandes grupos de comunicação internacionais tomaram posse do nosso mercado de agências de propaganda, controlando, praticamente, quase todas as principais.


Por fim, chegamos onde estamos: muitas marcas internacionais presentes, outras que querem chegar e nós, brasileiros, com muitas empresas nacionais, mas poucas marcas com capacidade de competição fora daqui.


A novidade agora, mesmo após a limitação do capital estrangeiro nos veículos eletrônicos (pois dependem de concessão governamental), é que parece haver uma nova onda de interesse pelo mercado de mídia brasileiro que se reflete em lançamentos de edições nacionais de jornais internacionais (N.Y. Times e F. Times), pela entrada no ano passado de novas Editoras (Conde Nast, por exemplo), do fortalecimento de grupos de TV por assinatura (Fox, Turner, HBO,..), de grandes players internacionais na área de educação e até mesmo, segundo dizem, de possibilidades de parcerias em emissoras de TV abertas.


Isso tudo sem contar uma nova categoria de veículos de comunicação que nasceram globais, como o MSN, Google, Facebook, etc.


Se é esse o caminho e se não há como resistir ao capital internacional, deveríamos procurar agir estrategicamente e adotar certas posturas para garantir o nosso futuro. Entre elas:

* Valorizar o nosso conteúdo nacional e regional;
* Atrair mão de obra qualificada;
* Incentivar a formação de talentos locais;
* Preservar a geração de empregos e de oportunidades no país;
* Treinar mais profissionais especializados no mercado internacional;
* Construir marcas nacionais para competir internacionalmente;
* Exportar mais produtos nacionais ligados à Cultura e à Tecnologia;
* Criar produtos brasileiros de comunicação para os canais internacionais.

Enfim, já que vamos miscigenar, que tal garantir um lugar na janelinha? 


FONTE: Meio e Mensagem

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Como cultivar os fãs certos no Facebook

O número de fãs não é tão importante quanto encontrar aqueles que serão defensores da marca


Consumidores, mesmo em tempos de e-commerce, apreciam ser reconhecidos como “pessoas”
Consumidores, mesmo em tempos de e-commerce, apreciam ser reconhecidos como “pessoas” Crédito: SXC
O número de fãs que a sua marca pode conquistar é importante, certo? Cada um deles é mais valioso do que seu consumidor normal, gasta mais dinheiro e possui impacto mais significativo nas finanças de sua companhia, não é? Pense novamente.

A ideia de que todos os fãs do Facebook são criados iguais é um mito perpetuado por muitos diretores executivos de marketing que conheci. A confusão que isso cria é uma das razões pelas quais os canais de mídias sociais ainda têm que alcançar os mesmos níveis de sucesso de seus pares móveis. 


Estes divulgadores estão confundindo correlação com casualidade. Eles acreditam que atrair uma pessoa a fim de torná-la uma fã no Facebook irá magicamente fazer deste um indivíduo propenso a gastar mais na marca deles. O que vem em seguida é uma campanha designada somente para adquirir novos fãs. Grande erro. 


Pense
desta maneira. Quando o sol está lá fora em um dia de verão, as pessoas gostam de tomar sorvete. Há uma correlação entre as duas coisas; quando você passa em uma loja de sorvetes em julho e agosto (verão do hemisfério norte), você sempre vê uma fila de fregueses em frente. Mas o sorvete não faz o sol aparecer, assim como um fã no Facebook não faz com que uma pessoa traga a carteira, compre seus produtos e serviços e se torne uma apaixonada defensora da marca.

Isso
não é para dizer que os CMOs não devem construir uma base de fãs. A questão é como fazê-lo de modo produtivo. Não existem atalhos. Ganhar a fidelidade do cliente começa com a combinação de um ótimo produto mais a experiência repetida e sem falhas do consumidor. Esta experiência inclui muitos componentes, mas há alguns deles pelos quais sou mais apaixonado:

Personalização.
Consumidores não são mais receptivos às velhas táticas de marketing “jogue a isca e reze”. Com isto em mente, estaria você usando as informações que seus clientes lhe dão para que você os conheça como indivíduos? Quais dispositivos eles utilizam mais, em quais negociações estão mais interessados, e quando não efetuam a compra, você sabe o porquê, para que você possa consertar o erro? Como comerciante, eu sei que formar um perfil instantâneo de cada consumidor não é tão fácil como criar uma campanha no Facebook. Mas na posição de consumidor, sei que estou menos inclinado a comprar de um negócio que não me conheça como pessoa.

Dispositivos.
Fazer compras já não se trata apenas de ir à loja ou de adquirir itens por meio do PC. Testemunhamos durante a temporada de férias do último ano, um número recorde de pessoas comprando através de dispositivos móveis, inclusive por smartphones e tablets. Consumidores que exigem uma experiência móvel que não seja somente convincente, mas consistente para todos os dispositivos.

Ir
ao encontro das necessidades do consumidor coloca você em uma posição de pedir a eles que se tornem fãs no Facebook (se eles já não o fizeram por si mesmos). O que resta a você é algo mais valioso do que uma coleção de indivíduos estáticos que não possuem o menor interesse em sua marca. Bem o contrário: você possui novos canais de engajamento do consumidor habitados por pessoas que você pode seduzir diariamente com ofertas e informação personalizada.

Estes fãs também podem evoluir para o mais novo prêmio de marketing – defensores das marcas dispostos a colocar suas reputações em jogo. Você erguerá uma comitiva de fãs que irão não só desposar seus produtos e serviços, mas também seus valores. Isto é bastante valioso se você considerar que, segundo Nielsen, 90% dos consumidores confiam em recomendações alheias. 


Este
é o tipo do fã de Facebook no qual todos os CMOs deveriam mirar.

FONTE: Meio e Mensagem

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Aplicativo para Facebook cria banco de dados de tipos sanguíneos para ajudar hospitais a encontrar doadores de sangue

Inúmeros hospitais pelo Brasil necessitam de doadores de sangue. Essa realidade gerou a criação de um APP gratuito de nome “Sou Doador”, voltado para o Facebook, que irá auxiliar hospitais na estruturação de um banco de dados de possíveis doadores de sangue.

Como funciona
É preciso apenas que o usuário informe o seu tipo sanguíneo e automaticamente já estará cadastrado em um banco de dados. Sempre que um hospital da região necessitar, irá acessar um sistema restrito e enviará um e-mail convidando à todos da região que possuem o tipo sanguíneo que está precisando.


Segurança
“Os hospitais não têm acesso a qualquer informação das pessoas, eles apenas definem o tipo sanguíneo que precisam e o sistema faz, anonimamente, o envio dos convites por e-mails. Com isso, é assegurada a privacidade de decisão da pessoa de ir ou não fazer a doação”, comenta Thiago da Maia Rocha, criador do aplicativo.


Como participar
Para fazer a inscrição gratuita, basta acessar o app sou doador.


FONTE: Acontecendo Aqui

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O Brasil, ainda um gigante adormecido

Profissionais concordam que a era da colaboração chegou, mas questionam o despreparo do País para lidar com as transformações


Hugo Rodrigues, da Publicis: “Marcas não dizem o que o consumidor quer ouvir
Hugo Rodrigues, da Publicis: “Marcas não dizem o que o consumidor quer ouvir Crédito: Gustavo Scatena

A tecnologia bagunçou a vida do marketing. Antes, bastava um plano de mídia encabeçado por um filme de 30”. Hoje, esse mesmo comercial é só mais uma ferramenta na complexa busca das marcas para engajar e se relacionar com o seu público. Ao dar voz ao consumidor, as redes sociais obrigaram as empresas a ouvir o que o consumidor tem a dizer, transformando de forma irreversível o trabalho de construção das marcas em todo o mundo. Mas de acordo com os participantes do segundo debate do MaxiMídia 2012, o Brasil ainda não está preparado para lidar com as mudanças provocadas pela “The Relationship Era”, tema do debate proposto pelo evento na manhã desta terça-feira 02.
“As marcas insistem em dizer o que elas querem e não o que o consumidor quer. O Brasil é um País que não sabe ouvir com atenção”, alerta Hugo Rodrigues, da Publicis. Para Gustavo Diament, da Nextel, o mercado não soube acompanhar e se adaptar à nova realidade. “Não mudamos nada. Mas tudo está mudando. A mídia de massa sozinha é cada vez mais ineficiente para atingir os objetivos traçados”, afirma o executivo, que tem a sua análise compartilhada também por Luiz Fernando Vieira, da Africa. “Quantas vezes recebemos mensagens que realmente nos interessam ?”, questiona ele. Já Ken Fujioka, da Loducca, arremata a unanimidade entre as opiniões lembrando que “menos de 1% dos usuários realmente participam da dinâmica das redes sociais”.
Despreparado, o Brasil derrapa, por exemplo, ao valorizar excessivamente a busca por amigos no Facebook. “A empresa com o maior número de fãs do mundo se construiu respeitando o consumidor, baseado do feeling de um gênio, Steve Jobs, e sem precisar usar os artifícios das fanpages para ter um milhão de amigos”, resume Vieira, referindo-se à Apple, hoje considerada a empresa de tecnologia mais valiosa do mundo. Autenticidade, reputação e confiança. Esses foram os três principais fatores levantados durante a discussão, que ainda precisam de um melhor entendimento dos profissionais de comunicação e marketing para realmente inserir o Brasil na era da colaboração.

FONTE: Meio e Mensagem

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A filosofia open source e o código de um novo modelo econômico

Por: Philippe Bertrand

O mundo corporativo tem visto o surgimento de novos modelos econômicos baseados no open source. O software livre, o crowdfunding, sites de "compartilhamento de conteúdos" reinventado o mercado de música e vídeo etc. Modelos criados a partir de comunidades engajadas, que partem do princípio que "people share" e geram inovação através de 'inteligência coletiva'. Justamente por isso, não são em nada um fenômeno passageiro.

Compreender esses modelos pressupõe conhecer seus códigos. E uma boa maneira de fazê-lo é buscando na origem o princípio do “código aberto” - que por sinal tem o Brasil como um dos protagonistas do seu debate e valorização. O
open source funciona como método criativo e de produção revolucionário, que se implantou em nosso sistema de maneira pacífica, evolutiva e poderosa.

Tudo começou porque um grupo de programadores (considerados heróis no mundo da tecnologia) se revoltaram contra a política fechada de softwares caros x pirataria como única alternativa. Decidiram tomar uma iniciativa: vamos criar o nosso próprio software. E ao invés de proibir sua reprodução ou distribuição pirata, vamos fazer um software hippie, grátis, com código aberto para que qualquer um possa hackea-lo e assim convidamos as pessoas a ajudar a melhorá-lo.


Inicialmente, esses softwares eram bem piores que as plataformas oficiais (que contam com muito investimento e equipes bem remuneradas). Mas, subitamente, as pessoas começaram a usá-los, e a gastar horas e horas para hackeá-los, melhorá-los e colaborar com o seu desenvolvimento. Em menos de 15 anos, surgiu na web uma infinidade de software livres – alguns melhores que os oficiais – destinados a tudo que você possa precisar de tecnologia (de OpenOffice à programação hard core). Plataformas grátis, em constante melhoria, e com um diferencial muito estratégico: uma comunidade engajada por trás delas.


Se uma pessoa decide aprender a programar em software livre – como o popular
processing, que já permite programar diretamente para Java, JavaScript e Android com o mesmo código - vai encontrar não apenas uma infinidade de tutoriais na Internet. Vai encontrar fóruns oficiais do software onde encontramos desenvolvedores que ensinam, corrigem códigos, criam livrarias de códigos prontos para fazer copy/paste e respondem a todo tipo de dúvida (das mais idiotas às mais complexas). Gente que se dedica a isso grátis. Porque nesse sistema, a evolução depende das dúvidas, aprendizado e crescimento de sua comunidade. Daí nascem novos usuários e novos colaboradores.

Tá, mas como eles ganham dinheiro?


O que inicialmente funcionava a partir do princípio de doação e “sentir-se parte de um movimento” vem transformando-se em uma nova ciência: 'open source economics' que estuda e desenvolve novos modelos econômicos a partir de princípios radicalmente diferentes, em que a propriedade intelectual é aberta . Uma dinâmica econômica que está expandindo-se para além da indústria do software e que tem características bastante peculiares, como lista
Yochai Benkler:

• Autoridade descentralizada: você não precisa perguntar se pode contribuir, compartilhar ou inovar. Tudo está aberto a qualquer colaboração.

• Novos modelos de concorrência que entram por barreiras até então desconhecias (Linux x Windows, p2p x indústria da música e video, Wikipedia x enciclopédias, skype x telecom etc).
• Produção criativa social (inteligência coletiva): não só para criar videos colaborativos, mas utilizada até cientificamente - inclusive pela Nasa que contou com a colaboração de internautas para mapear superfície de Marte e obteve resultados precisos e mais rápidos que com seu grupo de PHDs.

E como implementar sistemas tão radicais no mundo corporativo?

A comunicação 2.0 tem induzido naturalmente esse processo. Um bom exemplo disso são os projetos de comunicação colaborativa ou os gexperimentos Betag– que deram origem a clássicos como Whopper Sacrifice. Outro bom exemplo é o case Connecting Lifelines da Honda que mostra como uma marca pode colaborar com a vida das pessoas, e não apenas comunicar.

Do ponto de vista de uma marca – que em última instância oferece um produto e/ou serviços para a vida da pessoa - é justamente dentro do princípio de colaborar com a vida das pessoas que me parece interessante pensar na filosofia Open Source. E é nessa premissa que creio existirem as melhores oportunidades de inovar e criar novos modelos econômicos colaborativos e open source. Projetos que podem ser feitos através de ferramentas de comunicação, mas oferecem muito mais do que comunicar.


FONTE: Meio e Mensagem

Sem pé, sem cabeça e sem emoção

Por: André Porto Alegre

De tempos em tempos (mais do que ano sim, ano não) visito a Bienal de Artes de São Paulo para confirmar minha tese de que “quem viu uma bienal, viu todas”.

A tese tem um Q de ignorância proposital, necessária no contexto em que qualquer bobagem assume importância desproporcional. Agora mesmo todos nós brasileiros engordamos o cofrinho de um ex-jogador de futebol que sem propõe a emagrecer na frente das câmeras e chamamos isso de superação.


A Trigésima Bienal de Artes de São Paulo decepciona. É exatamente o que não se espera dela. Um conjunto de propostas pessoais que transformam o visitante, na maioria do percurso, em um passivo espectador.


Visito
a Bienal à procura de referências para aplicá-las na minha vida profissional ou em sala de aula, portanto estou ávido por aquilo que me encanta, me impressiona, me desafia ou me enoja.

A sexagenária bienal não me fez de bobo porque eu não entendi suas propostas, e sim porque ela não tem propostas, nem aquelas que provocam a nossa ira, o nosso ódio. Há uma dissociação entre os artistas, suas propostas e o público, esse último, sempre generoso, à procura de uma surpresa que, depois da cansativa visita, descobre que não existe.


Parece
que tudo já está resolvido sob o manto da sensibilidade exclusiva do artista. Ele se basta e não resta nada para quem visita a exposição. O que é incompreensível aos olhos dos mortais assim o é não como conseqüência das experiências do autor levadas às ultimas conseqüências e depois compartilhadas com a platéia, custe o que custar, é voluntariosamente preparada para não provocar nenhuma emoção.

A trigésima bienal reproduz o ambiente das redes sociais onde o difusor cospe conteúdos desconexos alheios à audiência generosamente chamada de “amigos”, as emoções são comoditizadas e se limitam às fotos e o cúmulo de apropriação da mensagem é uma expressão que em português tem significado asséptico, curtir.


A bienal tinha oportunidade de falar e preferiu ficar calada e assim permanecerá até o ano da Copa em que, como todos sabemos, tudo será melhor e, porque não, mais magro. 


FONTE: Meio e Mensagem

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Produtividade, lucratividade e rentabilidade: três conceitos, um só caminho!

Não devemos entender produtividade, lucratividade e rentabilidade apenas sob a ótica financeira, isso seria um equívoco.
Perfeitamente natural que nos dediquemos à busca de melhores caminhos para a lucratividade e rentabilidade de nossos negócios. Isso não tem nenhuma relação com ganância e sim com produtividade e uma clara noção de que como a vida não é só trabalho - todas as demais áreas da vida devem ser beneficiadas pelo tempo a ele dedicado.  Quando nosso trabalho oferece baixa produtividade, lucratividade e rentabilidade, estamos dedicando a ele, proporcionalmente, um tempo demasiadamente grande frente ao retorno que ele oferece as outras áreas da vida, ou seja, estamos "roubando tempo" de outras áreas extremamente significativas da vida.

Não devemos entender produtividade, lucratividade e rentabilidade apenas sob a ótica financeira, isso seria um equívoco. Empreendedores sociais dedicados a instituições sem fins lucrativos precisam tanto ou mais de produtividade, lucratividade e rentabilidade, embora não financeiras, quanto empresas com objetivos de mercado. Lembremos que existe o lucro social, a produtividade artística e a rentabilidade de recursos não financeiros!

Produtividade, Lucratividade e Rentabilidade: a diferença


Por produtividade devemos entender o resultado de nossos esforços em função do tempo. Produtividade = esforços/tempo.

Por lucratividade devemos entender o saldo da diferença entre os valores obtidos com a atividade (financeiros ou não) e todos os valores despendidos para realizar a atividade. Lucratividade = valores obtidos - valores despendidos.

Por rentabilidade devemos entender os resultados obtidos por determinada estratégia quando comparados aos resultados que poderíamos obter se utilizássemos outra estratégia disponível.

Assim, por exemplo, no exemplo financeiro, a lucratividade de uma venda é o resultado do valor obtido com a venda quando subtraídos todos os custos diretos e indiretos envolvidos na aquisição, armazenagem, comunicação, venda, entrega, etc. Já a rentabilidade é o resultado da comparação entre o retorno que obtivemos com esta atividade quando comparado a outras taxas de retorno que poderíamos obter aplicando o mesmo montante de capital em outra atividade lucrativa, aplicação financeira, etc.

Nos negócios

Quando estamos no mercado precisamos estar atentos às três dimensões, simultaneamente: produtividade, lucratividade e rentabilidade. Nosso objetivo é maximizar o resultado das três.

Uma empresa com baixa produtividade estará afetando sua lucratividade e rentabilidade. Não é o negócio ou o segmento que não estão bem, mas sim a administração do negócio que está enferma.

Uma empresa com alta produtividade e baixa lucratividade está com problemas na área de vendas, administração de custos e tributos.

E uma empresa com alta produtividade e alta lucratividade, mas baixa rentabilidade não está aproveitando bem as oportunidades de crescimento do negócio e as possibilidades de diversificação de estratégias e investimentos.

Otimizando os ganhos

Empresários sempre me perguntam: Hilsdorf como ganhar mais dinheiro com meu negócio?

As respostas são:

1) Pare de perder tanto dinheiro!

A baixa produtividade, uma administração deficiente de custos, o não-investimento em prioridades estratégicas, as perdas e todo o tipo de ineficácia, especialmente a das estratégias de atendimento e vendas, estão fazendo você perder muito, muito dinheiro.

2) Não confunda custo com investimento!

É frequente ouvir pequenos empresários dizendo, por exemplo, que comunicação e propaganda são custos, quando são investimentos fundamentais.
Só existe um tipo de propaganda que não dá resultado: a mal produzida, mal executada e mal veiculada.

O custo é um fim em si mesmo, o investimento é um meio para obter resultados positivos com retorno para o negócio.

3) Dedique-se a crescer!

Crescer não é uma opção, é o único caminho!
Você pode optar por ter um pequeno negócio, mas não um negócio pequeno...
É necessário olhar para o mercado e vislumbrar todas as imensas oportunidades que estão à nossa espera para o aprimoramento dos nossos negócios, produtividade, lucratividade e rentabilidade.
O cotidiano hipnotiza o empresário e o faz esquecer-se de ser empreendedor. Saia do cotidiano, visite outros negócios, outros segmentos, outros estados, outros países. Esteja atento para tudo aquilo que pode ser aproveitado em favor da evolução do seu negócio. Para crescer é preciso empenho e comprometimento, para desaparecer, basta ficar parado...

Na vida só temos duas opções: ou escrevemos nossa própria história ou teremos que nos contentar em ler a história que os outros vão escrever sem sequer nos consultar!

Não podemos escolher o que a vida coloca à nossa frente, mas podemos e devemos escolher o que vamos fazer deste ponto em diante. O que define um grande artista é a capacidade que ele possui de criar sua obra de arte, partindo da matéria prima que tem disponível naquele momento.

Não espere pelas condições ideais, elas não existem. Faça suas próprias condições, escreva sua própria história, a obra de arte é sua, a matéria prima é a do momento presente. Crie!

Estarei aqui sempre na torcida intensa e apoio ao seu sucesso e vitórias!

FONTE: Cidade Marketing

Como anunciar nas mídias digitais: compra e monitoramento

Seja qual for o veículo, canal ou formato definido, é preciso pensar também no modelo de compra desta mídia.
O crescimento continuado do número de pessoas que acessam a internet e as redes sociais tem incentivado muitas empresas de diferentes áreas e setores a buscarem estar presentes nesses meios. Mas além de contar com um site próprio, criar perfis nas redes sociais, como Facebook, Orkut, LinkedIn, Twitter, entre outros, e alimentá-los constantemente com conteúdos interessantes para o público, é também cada vez mais importante que essas empresas incluam, no seu planejamento de comunicação, formas de anunciar nos diversos meios digitais.

Para isso é preciso, inicialmente, desenvolver um planejamento estratégico e trabalhar, de preferência, com sua agência de publicidade. Há inúmeras possibilidades, a começar por um banner para ser veiculado nos sites mais conhecidos ou mesmo em sites de nicho como, por exemplo, o site da revista arquitetura e construção, da editora abril que é voltado para arquitetos, decoradores e estudantes. Ou ainda podem ser feitas alternativas como vídeos a serem postados no YouTube, links patrocinados nos buscadores (Google, Bing e Yahoo), blogs e nas diversas redes sociais.

Seja qual for o veículo, canal ou formato definido, é preciso pensar também no modelo de compra desta mídia. E aí as opções são bem variadas. Os tipos mais empregados são o CPM (custo por mil impressões), em que o custo do anúncio será definido com base na quantidade de impressões (exibições) alcançadas e o CPC (custo por clique) no qual o anunciante pagará apenas quando o usuário clicar no seu anúncio; este último é utilizado, principalmente, nos links patrocinados e nos grandes portais, como MSN, Yahoo, Terra e IG. Além desses há também a compra de faixa horária/diária e o patrocínio, no qual o anunciante sabe exatamente o dia e horário que sua comunicação será divulgada, o CPA (custo por aquisição) no qual o anunciante só pagará quando o visitante fizer uma ação específica, como preencher um cadastro, download de um jogo, inscrever-se em um curso, etc e o modelo utilizado especificamente para os formatos de vídeo, que é o CPV (custo por visualização) no qual a mídia será paga quando o usuário tiver assistido 30 segundos ou mais do vídeo. Surge agora também o CPV (custo por valor), que gera mais assertividade, pois o pagamento está atrelado à geração direta de resultados ao cliente.

Outro ponto importante que precisa ser pensado está relacionado à gestão e monitoramento dos resultados da campanha, que poderá ser feito de forma manual, no qual a agência ou o cliente dependem das informações enviadas pelos veículos (o que normalmente ocorre somente após o encerramento da campanha publicitária), para analisar os resultados e propor mudanças para a próxima campanha, se necessário. O outro formato de gestão é o uso de adserver, que é um software contratado exclusivamente para gerir campanhas online, no qual a agência ou o cliente podem obter os dados de forma padronizada, a qualquer momento, permitindo uma tomada de decisão de forma mais ágil.

Os principais dados utilizados para a análise do desempenho da campanha digital são: CTR (click through rate), que indica a taxa de interesse do seu público por mais informações sobre o produto ou oferta divulgada - sendo que essa informação pode ser obtida por veículo e formato onde é possível identificar os que são mais eficazes. Taxa de Conversão, que indica o quanto aquele anúncio influenciou na venda de determinado produto ou serviço. E finalmente, o CPM (custo por mil usuários impactados), que indica a razão entre o número de investimentos em mídia e o número de usuários impactados durante a campanha.

É uma lição de casa um tanto trabalhosa, mas indispensável para as empresas que desejam não apenas participar desses novos canais, mas inclusive obter resultados compensadores para vender e promover seus produtos ou serviços e, de quebra, conquistar e fidelizar os consumidores tradicionais e, principalmente, os potenciais.

Sandra Turchi é consultora e palestrante sobre em Marketing Digital e E-commerce. Leciona no MBA da FGV em Marketing Digital e coordena diversos cursos na área digital da ESPM-SP. Atua como profissional de Marketing há mais de 20 anos onde foi executiva de grandes empresas. Bacharel em Administração de Empresas pela FEA/USP, pós-graduada pela FGV/EAESP, possui MBA pela Business School SP com a Toronto University e estudou empreendedorismo na Babson College de Boston.  www.sandraturchi.com.br

Renata Benigna atua como profissional de Mídia Online e Offline no segmento de telecomunicações e é especialista em Marketing Digital. Graduada em Engenharia Civil pela UNIP, com pós-graduação em Administração em Marketing pela FAAP e Comunicação com o Mercado pela ESPM.

FONTE: CidadeMarketing

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O que NÃO é empreendedorismo

Diante de tantas explicações sobre o assunto, fica cada vez mais difícil saber o que realmente significa o termo ‘Empreendedorismo'.


Eu vejo constantemente publicações, artigos, livros, textos, uma ampla miríade de conhecimento desenvolvido sobre o tema empreendedorismo, nas mais diversas áreas e mídias, algumas fidedignas, outras, nem tanto. A segmentação do assunto parece não ter fim: Empreendedorismo corporativo, empreendedorismo social, empreendedorismo em empresas familiares, empreendedorismo étnico, empreendedorismo de start-up, e assim por diante.

Diante de tantas explicações sobre o assunto, fica cada vez mais difícil saber o que realmente significa o termo ‘Empreendedorismo'. Eu mesmo me vejo, em algumas situações, com dúvidas cruéis sobre a legitimidade da presença de alguns termos nas definições que vejo, e o pior é que não consigo perceber nenhuma tendência de se chegar a um consenso em torno de uma definição única.

Assim, prefiro seguir o caminho contrário e procurar aqui definir o que eu NÃO considero empreendedorismo. Desta forma, posso dar espaço para que cada um construa sua própria definição, numa atitude mais democrática e mais condizente com o que o ensino do empreendedorismo deve ser: a construção do conhecimento ponderado pela união entre próprias convicções e informações externas, dando o máximo de liberdade de interpretação e contribuindo para ampliar ainda mais as distintas visões sobre o tema.

Empresários: Esta é a primeira e mais comum confusão que se criou nesta profusão de nomenclaturas. Muitas definições colocam empresários e empreendedores como sinônimos, quando, na verdade, o empreendedor é mais do que um empresário. Qualquer cidadão que abre um negócio é, a rigor, um empresário. Um empreendedor, por outro lado, vai além, constrói uma organização de sucesso com base em ousadia, determinação, criatividade, relacionamentos, realizações, auto-confiança, flexibilidade e visão. O empresário que não possui pelo menos metade destas características não pode ser considerado um empreendedor. Quem abre mais uma padaria ou posto de gasolina, sem ter vislumbrado uma oportunidade, sem ter construído uma sólida e factível visão do futuro ou se preparado para toda e qualquer vicissitude que encontrar no caminho, pode ser um empresário, mas dificilmente o consideraria um empreendedor.

Franquia: Ainda que seja possível ver um empreendedor conduzindo uma franquia, acredito que a franquia representa um tipo de modelo de negócio que afasta, ou deveria afastar, o verdadeiro empreendedor pelo simples motivo que uma franquia limita uma das coisas que o empreendedor mais preza: a liberdade. Com maior ou menor grau, todas as franquias oferecem como benefício aquilo que o empreendedor enxerga como restrição: Identidade visual, padronização de metodologia e processos, cadastro único de fornecedores, políticas de preços uniformes, infraestrutura centralizada, marca e imagem, além de outros elementos que, no conjunto, trazem a segurança de um modelo de negócios já testado e, provavelmente, com riscos bastante reduzidos. Um empreendedor pode até colocar a experiência de franqueado como uma etapa de seu processo de aprendizado, mas dificilmente vê uma franquia como seu objetivo final.

Herança: Empresas familiares podem ser de dois tipos: Aquelas originadas pelo empreendedor como fundador e aquelas que foram entregues já constituídas para as gerações seguintes. Posso afirmar com certa segurança que verdadeiros empreendedores se preocupam mais com a sustentabilidade do seu negócio no longo prazo do que a lucratividade por si só. Este fato já pode aumentar as chances de vermos sucessores empreendedores à frente de negócios de sucesso criados por uma ou mais gerações anteriores. Empreendedores formam (ou melhor, ‘forjam') empreendedores para dar continuidade aos seus negócios, mesmo que estes não sejam seus sucessores diretos, ou sequer familiares. Entretanto, ainda é grande o número de herdeiros que se dizem empreendedores sem saber que não detém as qualificações que colocaram o fundador à frente do processo de criação e desenvolvimento da organização que assumiu.

Líderes: Também existe uma grande confusão em torno das definições de empreendedores como líderes. Líderes são diferentes de empreendedores. Alguns tipos de empreendedores podem ser influentes, cativantes, capazes de mobilizar pessoas em torno de causas comuns, viabilizar grandes realizações através de equipes, compreender e explorar o que existe de melhor de cada pessoa. Mas isso, por si só, não faz de um líder um empreendedor. Um líder não necessariamente é dotado de alta flexibilidade e adaptabilidade, embora saiba praticar o modelo de gestão participativo. Um líder não é necessariamente perseverante e determinado, embora saiba construir e transmitir visões positivas do futuro que influenciam seguidores mais do que a si mesmo. Um líder também não costuma colocar ‘a mão na massa', ao conduzir projetos. Embora costume atuar mais como um facilitador para deixar as pessoas mais livres, prefere ser o maestro e reger os esforços da equipe, do que sujar as próprias mãos.

Inovadores: O economista Joseph Schumpeter foi um dos mais proeminentes estudiosos do empreendedorismo. Sua linha de estudos vincula a figura do empreendedor à do inovador. A maior parte dos estudos acadêmicos no Brasil também segue por esta linha. Antes de prosseguir na argumentação, é importante diferenciar uma idéia de uma inovação. Uma idéia é qualquer manifestação do pensamento criativo, enquanto uma inovação é o resultado do processo evolutivo de uma idéia em termos de valor agregado. Uma inovação é, portanto, uma idéia que serve para alguém ou alguma coisa. Isso posto, fica estabelecido o ponto de intersecção entre o inovador e o empreendedor. Toda iniciativa do empreendedor está cercada por algum grau de inovação. Não precisa ser um novo produto ou serviço, pode ser uma simples mudança ou melhoria num processo. Se ninguém havia pensado naquilo, então é uma inovação. O empreendedor é aquele que coloca a inovação em prática, realiza-a e gera resultados perceptíveis. Pessoas que são boas em gerar inovação, como cientistas e pesquisadores, não necessariamente são empreendedores. O empreendedor transforma a inovação em negócio.
E então, você já tem elementos suficientes para escrever sua própria definição de empreendedor ou empreendedorismo?

FONTE: Cidade Marketing

Shopper marketing: a nova força do varejo

O shopper marketing utiliza-se das ferramentas de marketing para atingir este comprador, tentar antecipar a sua decisão e, talvez, influenciá-la.
As gôndolas cada vez mais cheias de produtos e os consumidores, saturados de opções, cada vez mais confusos em relação ao que comprar. O cenário, bastante atual, abre um imenso e potencial desafio às marcas: entender o shopper, para poder auxiliá-lo durante suas compras. Com este objetivo, cada vez mais, as empresas investem no chamado shopper marketing.  A disciplina refere-se ao estudo do shopper, ou seja, da pessoa que realiza as compras. Esta pessoa pode, ou não, ser também o consumidor. Isso porque, em muitas situações, apenas compramos itens que serão consumidos por outras pessoas, como nossos familiares, amigos ou a equipe de trabalho.

O shopper marketing utiliza-se das ferramentas de marketing para atingir este comprador, tentar antecipar a sua decisão e, talvez, influenciá-la. Diferentemente da área de trade marketing, que volta-se mais ao sell in, o shopper marketing abrange ainda o sell out. Isso significa dizer que o foco da nova área não é só a venda de produtos da indústria para o varejo, mas tem como objetivo a relação do varejo com o comprador em suas diversas ocasiões de compra. Por isso, o entendimento do comportamento do shopper em cada uma dessas ocasiões, embora seja uma tarefa complexa, é extremamente importante.  O trabalho da área shopper marketing tem ainda uma terceira preocupação, igualmente importante, que é agregar valor à marca e incentivar a compra por impulso, a partir das soluções de marketing.

Para não ficarmos apenas na teoria, podemos dar uma ideia sobre como a aplicação do shopper marketing é prática e real. Em uma iniciativa da marca Coca-Cola Brasil, uma pesquisa realizada para o desenvolvimento de uma nova solução para exposição dos sucos Kapo, focados no público infantil, identificou a dificuldade das mães em encontrar na loja os produtos para compor o lanche dos filhos. As compradoras reclamavam da distância entre os produtos que compõem o lanche, como biscoitos e sucos. Muitas vezes, elas precisavam caminhar várias vezes pelo supermercado, para encontrar o que precisavam.

A solução desenvolvida foi um rack modular personalizado com a marca e denominado "Área do lanchinho". Neste equipamento, que poderia se adaptar ao tamanho e à área disponibilizados pelo varejo, foram expostos todos os produtos que fazem parte do lanche das crianças, facilitando as compras das mães e lembrando-as de outros itens que podem fazer parte desta lista. Além de um ponto extra de exposição destes itens, o resultado foi um incrível aumento das vendas destes produtos, elevando o tíquete médio da loja e a ativação da marca Kapo, como líder da iniciativa, sendo bem vista pelas mães.

Embora pareça algo simples, vale destacar que nenhuma marca havia tomado conhecimento deste problema anteriormente. E este é o grande diferencial do shopper marketing: entender as necessidades do comprador, de forma a minimizar dificuldades e tornar a compra mais agradável e objetiva, construindo valor e fidelização para a marca.   Outras possibilidades trazidas pelo shopper marketing são as entregas em casa, as embalagens com porções do produto focadas em diferentes situações de consumo e outros tipos de exposições integradas e soluções inteligentes. A consequência precisa ser diminuir a distância entre a promessa, geralmente veiculada pela grande mídia, e a entrega, que acontece nos varejos.

Hoje, embora ainda de forma inicial, já vemos o desenvolvimento das áreas de shopper marketing nas grandes indústrias. Mas vale destacar que o varejo também pode, e deve, se utilizar desta disciplina na tentativa de gerar melhores soluções ao seu cliente.   Em um País em que as compras por impulso têm taxas altíssimas, o shopper marketing consagra-se como uma excelente oportunidade para geração de valor e experiência de marca. Afinal, um consumidor informado é um shopper cada vez mais exigente, e para que as marcas se destaquem será necessário que sejam cada vez mais participativas e relevantes nos pontos de vendas.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Internet cresceu 16% nos últimos doze meses no Brasil, segundo dados do IBOPE Nielsen

O Ibope divulgou na semana passada uma pesquisa onde revela que 70,9 milhões de pessoas acessam a internet em casa ou no trabalho. No Brasil, a web cresceu 16% entre agosto do ano passado e o mesmo período deste ano.
De acordo com o estudo divulgado pelo IBOPE Nielsen Online, nos últimos seis meses a internet no Brasil aumentou 7%.E o acesso à ela, somado todos os seus ambientes de uso, atingiu 83,4 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2012.
Do total de acessos apurados, 50,7 milhões foram de usuários ativos em agosto, o que representa crescimento de 5% quando comparado a julho deste ano.

FONTE: AcontecendoAqui

Facebook consome sete horas por mês do funcionário

Quantas vezes, no meio do expediente de trabalho, você se pegou dando aquela espiada no Facebook ou fazendo algum comentário aparentemente inofensivo no Twitter? Quanto as redes sociais distraem você dos afazeres do dia a dia?
Muito mais vezes do que você pode imaginar. A empresa Red e App desenvolveu um infográfico que mostra como as interrupções influenciam a produtividade dos funcionários. Foram medidas quantas “escapadinhas” são feitas durante o dia aos mais populares serviços: Facebook, Twitter e e-mails.
Dentre as descobertas mostradas no estudo, 28% do dia seria gasto em interrupções e tempo de recuperação de tarefas. Se levarmos em consideração que um dia de trabalho possui 8 horas, significa que os funcionários gastam um pouco mais de 2 horas se distraindo com abas de serviços não relacionados às atividades.
Ainda segundo a pesquisa, funcionários interrompem suas tarefas uma vez a cada 10,5 minutos, ou seja, quase seis “escapadinhas” por hora. Além disso, mais de 40% dos trabalhos interrompidos não seriam imediatamente retomados – trabalhadores demorariam mais de 23 minutos para voltarem aos afazeres.
Outro dado interessante é que quase metade dos funcionários (45%), segundo o infográfico, acredita poder realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo. O que não é lá muito real, porque, segundo a análise, tarefas realizadas simultaneamente levam, em média, 30% mais tempo para serem finalizadas do que se fossem feitas sequencialmente.

Redes de interrupções
O Facebook registra diariamente mais de 1 bilhão de postagens, sendo 700 mil o número de mensagens enviadas a cada segundo pela rede social de Mark Zuckerberg. Ainda de acordo com a análise, a média de tempo gasto por usuários no site, por mês, é de 405 minutos (quase 7 horas).

Já os números registrados para o Twitter são um pouco menores, mas não melhores. Segundo a pesquisa, 400 milhões de tuites são enviados a cada dia. A média de tempo que usuários gastam no microblog é de 89 minutos por mês (cerca de 3 horas). Por segundo, o número de mensagens chega à marca de 175 mil. Fora isso, a Red e App registrou 1 milhão de novas contas cadastradas a cada dia no site.
Embora a última informação seja surpreendente, vale lembrar que o número de contas falsas também é bem alto. Segundo um estudo realizado pela empresa americana de segurança virtual Barracuda Labs em agosto desse ano, mais de 72 mil contas no Twitter seriam falsas e 11 mil pertencentes a abusadores – pessoas que compram seguidores falsos para ganhar dinheiro com publicidade.
No quesito e-mails, a leitura de mensagens recebidas durante o expediente sugaria 28% do tempo dos funcionários, em média, sendo 112 a média de mensagens que o trabalhador troca durante o dia. O número de e-mails que circula na Internet chega a 62 bilhões, em média, diariamente.
Se você ainda acha que tudo isso não passam de números, saiba que o impacto calculado dessas “escapadinhas” diárias é de cerca de 650 bilhões de dólares por ano, ou mais de 1 trilhão de reais em gastos – isso só nos Estados Unidos.

FONTE: AcontecendoAqui

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

REDES SOCIAIS – QUANDO UMA EMPRESA DEVE ESTAR PRESENTE?

O mundo está nas redes sociais. Potenciais compradores de produtos e serviços que sua empresa oferece, sejam pessoas físicas ou jurídicas.  Este artigo é focado no segmento corporativo. Pessoa física será tema de outro artigo que escrevo em parceria com uma profissional da área de relações públicas.

Mas como fica a participação de empresas nas redes sociais? Estar presente ou não? “Ser ou não ser?”
A verdade é que poucas empresas sabem se devem ter seu perfil e, principalmente, como administrá-lo de forma eficaz.
A primeira regra é sagrada. Se sua empresa tem telhado de vidro, não se exponha. Se você tem problemas com prazo de entrega, assistência técnica, reposição de peças, política de troca, entre outros, não esteja nas redes sociais. Resolva isso antes.
As redes sociais são seu porta-voz na comunicação eletrônica e até hoje não existe propaganda melhor que o “quem indicou”. Logo, “quem não indicou” tem uma força maior ainda.
Qualquer consumidor de seus produtos seja uma empresa ou pessoa física, insatisfeito com seu serviço espalha a notícia aos quatro cantos e isso no mundo virtual é repercutido milhares de vezes, o prejuízo é grande. Após postado, não dá para reverter a situação. Tenha cautela. Uma empresa leva anos para construir uma imagem sólida. Para despencar, basta um dia.
Você não terá resultado algum se não souber administrar seu perfil. É pura perda de tempo. Esqueça seu filho, sobrinha ou afilhado, que vivem conectados a estas ferramentas. Eles estão por dentro da filosofia da sua empresa?  Conhecem seus produtos e serviços detalhadamente? Você os contrataria para atender seus clientes?
Quem for administrar seus perfis nas redes sociais precisa conhecer seus produtos e serviços para responder perguntas. Não há nada pior que não responder um post de um cliente ou prospect. E, é indispensável que saiba escrever bem, não publique nada com erros de ortografia. Lembre-se é a imagem da sua empresa para milhares de compradores em potencial.
Publique informações úteis sobre sua empresa, produtos, serviços e sobre o mercado em que atua. Não é comércio, não é promoção.  Para isso existe e-mail marketing e anúncios em sites e blogs.
Tenha bom senso em relação à frequência. Dois a três posts por semana em uma fanpage do Facebook, por exemplo, é mais que suficiente, se você não quiser que os seus seguidores bloqueiem suas atualizações.
“Uma andorinha não faz verão”. Estar presente nas redes sociais não fará sua empresa vender mais. Então por que sua empresa devem fazer uso destas ferramentas? Para reforçar a marca. Sempre com critério, planejamento e acima de tudo bom senso.

Marot Gandolfi
www.multifocogroup.com.br