segunda-feira, 25 de julho de 2011

Esvaziar a cabeça é fundamental para produzir mais

Aumentar a eficiência, sem perder a qualidade de vida: esse é o objetivo do programa criado por David Allen, o guru mundial da produtividade         

Você liga o computador e encontra quinhentos e-mails o aguardando. A secretária eletrônica pisca com dezenas de recados ainda por responder. Seu bloco de anotações tem uma lista enorme de tarefas que você provavelmente não terá tempo de cumprir. Quando começa a se debruçar sobre os itens, o telefone toca: é um fornecedor, querendo marcar uma reunião urgente. Como se organizar diante de tantas demandas? É possível ter um alto índice de produtividade e, ao mesmo tempo, manter a qualidade de vida? As duas questões estão no centro do método GTD, ou Getting Things Done (em uma tradução livre, “Realizando tarefas”), criado pelo consultor norte-americano David Allen, de 65 anos. Considerado uma espécie de guru da produtividade, o autor do best-seller A Arte de Fazer Acontecer viaja pelos Estados Unidos levando o programa GTD a empresas como Sony e Microsoft e instituições como a Força Aérea Norte-Americana. Apesar de contar com técnicas e ferramentas sofisticadas, o método tem como base um pensamento simples: libere sua mente, e a produtividade virá.
Você criou um método para aumentar a produtividade que também promete melhorar a qualidade de vida de executivos e empresários. Como isso funciona?
Eu acredito que as duas coisas andam juntas. Quanto melhor for a sua qualidade de vida, mais produtivo você será, e vice-versa. Desde a época da faculdade, sempre me interessei por métodos e técnicas capazes de ampliar a minha capacidade de produzir, de realizar. Eu me envolvi com essa questão porque eu estava focado na experiência humana, queria saber que tipo de coisas eu poderia fazer sem mudar quem eu era. Meu objetivo não era ganhar mais dinheiro, e sim melhorar a qualidade da experiência, ser mais livre, mais flexível. Depois de passar por 30 empregos diferentes, percebi que eu mesmo teria que encontrar a resposta.

Vamos falar da sua vida antes de você criar o método. Você estudou história americana, mas largou a faculdade, certo?
Sim. Eu era fascinado pela história americana, mas depois descobri que queria ter mais experiências mais ligadas à vida real. Estava mais interessado em modelos culturais do que em datas, se é que você me entende.

Você costuma dizer que, nessa época, iniciou uma busca por Deus, pela verdade e pelo universo. Como foi isso? E como esse processo de autoconhecimento está relacionado com o mundo dos negócios?
Eu ainda estou em busca de tudo isso. Bom, a busca está relacionada com Deus, mas também com o modo como você lida com as pessoas, com a maneira como enxerga a sua vida. Se o seu destino é estar aqui na Terra e viver novas experiências, seja na vida pessoal ou na profissional, então deve aproveitar para aprender mais sobre si mesmo. Acredito que, se agimos conscientemente no dia a dia, podemos aprender muito sobre quem somos. É maluco isso, mas muita gente faz as coisas sem saber por que está fazendo. Quanto mais atento você está ao que faz, quanto mais você direciona a sua energia, menor é o desperdício e maior é o seu crescimento. É bom para os negócios, mas também o ajuda a crescer como ser humano.

Seu programa, o GTD, segue alguns passos básicos. O primeiro deles seria “esvaziar a cabeça” e “colocar tudo em um lugar seguro”.
Para começar, é preciso identificar e capturar ideias, projetos e objetivos que são significativos para você, e fazer uma grande lista, a mais completa possível. Você tem que externalizar tudo isso e colocar em algum lugar onde os dados fiquem seguros: pode ser no papel, em uma pasta no computador, no iPad, não importa - desde que você saiba onde está e como acessar. O segundo estágio consiste em avaliar tudo que está na lista, sendo bem específico sobre cada item. O que aquilo significa para você? É algo que precisa de atenção imediata ou não? Que resultados espera alcançar? Qual o próximo passo para chegar lá? Isso vale tanto para um e-mail quanto para um projeto de vendas. Em seguida, vem o terceiro estágio, em que você organiza os resultados das suas decisões de uma maneira que torne fácil localizar todas as resoluções. Por fim, a quarta fase é a da revisão e da reflexão. É preciso dar um passo para trás e observar todos os seus projetos, colocando no papel o que já foi feito e o que ainda precisa ser feito. Depois de tudo isso, se você decidir tomar uma taça de vinho, vai fazer isso com tranquilidade, porque saberá exatamente o que está deixando de fazer, e isso não será um problema.
Eu faço listas o tempo todo, mas isso não parece resolver o problema.
Fazer as listas é apenas a primeira fase. Se você não seguir para os outros estágios, realmente não vai adiantar nada. Diga algo que está na sua lista de pendências, qualquer coisa.
 
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios
por Marisa Adán Gil   

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Facebook, Twitter ou Foursquare: descubra aqui qual a melhor alternativa para aproximar a sua empresa dos consumidores

Com a popularização da internet no começo da década de 2000, parecia que a última fronteira para qualquer empresa seria a criação de uma loja on-line e o início de uma estratégia de e-commerce. Só que outro fenômeno surgiu e conquistou a atenção dos usuários: as mídias sociais. Ficou provado que, mais que um instrumento, a internet é uma comunidade. E que, para conquistá-la, é preciso usar as ferramentas certas. “O conceito de mídias sociais precede a própria internet”, diz Ludovino Lopes, vice-presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). “Mas a web amplificou o seu significado, trazendo a possibilidade de interação e colaboração.”

Hoje, não basta apenas vender, é preciso vender socialmente, praticando o que ficou conhecido como social commerce. “Esse comércio é feito de usuário para usuário”, diz Thiago Nascimento, fundador do Bloompa, plataforma social de compras. “A venda é resultado dessa interação: a empresa entra apenas como estímulo.” Mídias como o Facebook e o Twitter funcionam não só para aumentar as vendas, mas também para cativar e fidelizar clientes. Segundo Lopes, o boom das redes levou muitos negócios a usarem esses canais de forma pragmática e fria, visando somente o incremento da receita. “É preciso ultrapassar essa primeira fase, agregar valor, passar um conteúdo de relevância. Essa é a mágica da mídia social. O discurso só de venda provoca uma resposta morna”, afirma.

Seja qual for o uso das redes, a verdade é que a relação mais humanizada com os usuários pode, sim, converter-se em retorno financeiro. Na opinião de Danilo Alvarenga, diretor técnico da empresa americana de soluções em e-commerce 3dcart, o uso sistemático do Twitter e do Facebook pode levar a um crescimento de até 34% no tráfego do site de vendas da empresa.

Mas não se engane com os números animadores: antes de colocar seu empreendimento nas mídias sociais, dedique algum tempo ao planejamento e à organização do conteúdo. “Quando se publica qualquer coisa nas redes sociais, a primeira impressão é a que fica. Então tenha certeza de que a casa está arrumada antes de abrir as portas”, afirma Alvarenga. Ou seja, pesquise quais mídias funcionam para seu negócio, conheça o público que você quer atingir e defina como vai interagir com ele. A seguir, boas ações de social commerce que podem ser postas em prática para aumentar as vendas.
APOSTE NO VISUAL
YOUTUBE
Ter um perfil na rede de compartilhamento de vídeos pode ser útil se a empresa tiver capital para investir nesse tipo de produção. “Os vídeos têm grande impacto sobre os usuários e podem se tornar virais facilmente”, afirma Ludovino Lopes, vice-presidente da camara-e.net. Faz parte da estratégia deixar na descrição do vídeo um link que direcione o usuário ao produto anunciado, para estimular a finalização da compra. Os posts no Youtube também servem como apresentação para o consumidor conhecer o dia a dia da empresa, humanizando mais a relação entre os dois.


FLICKR
Essa rede de compartilhamento de fotos pode ser útil para provocar o interesse dos consumidores: o método mais utilizado é postar imagens de novos produtos. Propagada pelo Twitter, a estratégia de “teaser” pode alimentar a vontade de comprar até que o lançamento seja feito. Como o Youtube, também pode ser utilizado para mostrar a rotina da empresa, aproximando o consumidor.

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios
Rafael Farias Teixeira

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Bom-humor nos negócios

Muito antes de Steve Jobs lançar ao mundo o iPod, Andreas Pavel dedicou seus dias a desenvolver um aparelho capaz de levar sons a qualquer lugar. Apaixonado por música, o alemão, que veio para o Brasil com seis anos de idade, viu-se diante de um problema ao receber o convite de uma namorada para viajar à Europa. “Como aguentaria ficar tantos dias sem ouvir nem sequer uma cançãozinha?”, pensou. Foi assim que nasceu o walkman.
Na última semana, o inventor do aparelho ministrou uma palestra durante o I Fórum Sul-Brasileiro de Investimentos, que aconteceu em Curitiba, no Paraná. Para uma plateia composta por 50 investidores e representantes de 21 empresas da região Sul do país, Pavel destacou os valores que guiaram seu trabalho, e suas invenções, ao longo dos anos. Em seu discurso, o europeu reconheceu a estreita relação entre o bom-humor e os bons negócios.
“O humor está ligado à verdade. Um ser bem-humorado é aquele que lida com a realidade dos fatos de uma forma diferente, mais amena, quase como uma brincadeira. O bom-humor permite reconhecer erros sem sofrimento ou vergonha. O cara bem-humorado está mais preparado para recomeçar, para fazer ótimos negócios e conquistar bons clientes”, disse.
A palestra de Pavel foi encerrada com uma dica aos empreendedores: “Se você está pensando em abrir uma loja ou uma rede ou criar uma marca, aposte na felicidade. Ser feliz é uma necessidade do ser humano, e tudo o que é necessário vende muito.”

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Você sabe a diferença entre mídia e rede social?

Uma coisa que eu quero fazer desde quando criei esse blog é tentar conceituar mais claramente a diferença entre mídia e rede social. Por serem palavras diferentes, você presume que tenham significados diferentes. Mas muitas pessoas acabam usando as palavras como sinônimos e até mesmo não sabendo o que separa um conceito do outro.
Alguns dias atrás, perguntei na página do Facebook da Pequenas Empresas & Grandes Negócios se nossos fãs sabiam a diferença entre os dois termos. 78 pessoas responderam que sim, e 26, que não. Outras 15 afirmaram que sabiam “mais ou menos” – o que pode ser uma forma envergonhada de dizer que não, certo?
Pedi a ajuda de dois especialistas sobre o assunto para tentar dar uma definição mais acurada das duas expressões.

Redes sociais
Como eu falei no
primeiro post, o ser humano é um ser social, e essa socialização precede a internet. Obviedades à parte, as redes sociais são, portanto, grupos de pessoas com interesses em comum, que curtem compartilhar e conversar sobre temas similares – e isso não significa necessariamente apenas na internet. “Redes sociais são nodos ligados por relações sociais que foram estruturadas por pessoas com um interesse em comum”, afirma Thales Brandão, professor da Faculdade AGES e editor-executivo do Portal CidadeMarketing.
Sandra Turchi, diretora de marketing da Boa Vista Serviços (SCPC), coordenadora e professora do curso “Estratégias de Marketing Digital” da ESPM, também reforça: “Redes sociais se referem a comunidades, são redes de relacionamento”.
Com a internet, essas comunidades ganharam a possibilidade de explorar o mundo virtual. Portanto, qualquer ferramenta on-line que reúna pessoas com interesses similares pode ser chamada de rede social.
Mídias sociais
Ok, agora é que as definições podem ficar um pouco confusas. Mídias sociais são os meios pelo quais construímos redes sociais e compartilhamos e propagamos conteúdo. “As mídias sociais são o meio ou ferramenta para se comunicar”, afirma Sandra. “Mídias sociais associam-se a conteúdos (textos, imagens e vídeos, entre outros) gerados e compartilhados pelas pessoas nas redes sociais”, complementa Brandão.

Se pensarmos em todos esses conceitos, ainda assim vamos esbarrar em uma pergunta que pode arruinar todo o nosso percurso até agora: o Facebook é uma mídia ou uma rede? Tempo!
A resposta seria os dois! Isso porque você pode usar o Facebook como meio para divulgar e compartilhar o que você pensa, a face mídia da ferramenta, e também pode se conectar com pessoas com interesses comuns por meio das páginas de interesses. Outras páginas na internet são apenas redes, como a ShelfLuv, que reúne apenas pessoas amantes da literatura.
Com isso, podemos concluir que as redes sociais estão dentro das mídias sócias, que são um grupo muito mais amplo. “Por exemplo: pode existir uma comunidade de pessoas que gostam de fazer musculação, e isso é uma rede social. Esse grupo pode estar reunido no Orkut, ou no Facebook, ou em outra ferramenta, isso é mídia social”, afirma Sandra.
Será que consegui ser claro? Agora tentem colocar em prática essas diferenças. E não apenas “mais ou menos”.
Não esqueçam: comentem e compartilhem! =D

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios