sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Natal: Dicas de segurança para suas compras online

Por: Sandra Turchi
Segundo o estudo, este ano, 70% das pessoas das classes A, B e C deverão fazer suas compras no e-commerce.
Natal: tempo de festa, de alegria e de confraternização. Nada mais prazeroso do que participar das brincadeiras de amigo secreto feitas nas empresas, ou mesmo a troca de presentes entre amigos e familiares, antecedidos por aquele momento mágico de escolher as tais "lembrancinhas" para cada uma das pessoas queridas. Toda essa diversão só perde um pouco a graça, principalmente nas grandes cidades, como São Paulo, por exemplo, porque ir às compras também significa ter de enfrentar o trânsito, que fica ainda mais caótico nessa época do ano, sem falar no empurra-empurra nos shoppings e no comércio de rua, abarrotados de pessoas a qualquer hora do dia e da noite, e ainda na árdua missão de achar uma vaga para estacionar o carro.

Por esses e outros motivos, cada vez mais os consumidores estão optando por fazer suas compras, ou pelo menos boa parte delas, pela internet. É o que revela uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte intitulada "Pesquisa de Natal 2012 - Intenções e expectativas do consumidor brasileiro". Segundo o estudo, este ano, 70% das pessoas das classes A, B e C deverão fazer suas compras no e-commerce, sendo que 37% dos acessos serão via mobile, ou seja, efetuados por meio de celulares, smartphones e tablets, o que é uma novidade em comparação aos anos anteriores.

Não há dúvida de que a Web representa uma mão na roda, não só para pesquisar as várias opções existentes em termos de produtos, como também para comparar preços e benefícios oferecidos pelas diversas lojas em termos de condições de pagamento e de prazos de entrega. É também uma forma, bem mais prática, confortável e rápida de se fazer compras, e bastante segura, desde que tomados alguns cuidados básicos.  O primeiro deles é dar preferência aos sites conhecidos e lojas virtuais bem estabelecidas, que apresentam certificação digital (um cadeado ou selo de proteção, que ao se clicar sobre ele se obtém informações sobre a segurança daquele site). Outra forma de se saber se a loja é confiável é verificar seu CNPJ na página da web, ou ainda fazer uma pesquisa em sites como o ReclameAqui (www.reclameaqui.com.br ) e o Procon (www.procon.org.br), e analisar se existem queixas sobre a mesma. Vale também perguntar às pessoas conhecidas, da própria rede de relacionamentos, se possuem informações sobre a loja virtual.   O Procon recentemente publicou uma listagem de lojas não recomendadas para o E-commerce .

Não acreditar em ofertas mirabolantes, com preços muito inferiores aos dos concorrentes, ou ainda em promoções que exijam o preenchimento de cadastros. Em muitos casos, são formas de hackers e bandidos virtuais terem acesso a informações do consumidor como endereço, CPF, número do cartão de crédito, etc., que poderão ser usados em ações fraudulentas e criminosas.  Outra boa dica é não responder a mensagens e nem clicar nos links anexos que chegam por e-mail, SMS, MSN, ou pelas redes sociais. Elas podem ser uma forma de direcionar o consumidor para uma página falsa, criada para roubar seus dados ou para induzi-lo a efetuar uma compra que nunca será entregue.

Outra dica é usar preferencialmente o próprio computador (de casa ou móvel) para fazer as compras virtuais, e não o da empresa ou de lan houses, hotéis, bares e restaurantes, porque o equipamento pode estar configurado para salvar a digitação do teclado e enviar os dados para fraudadores. O mesmo vale para as conexões sem fio desconhecidas, que podem ter sido habilitadas com o intuito de capturar as informações enviadas. O indicado é usar redes wi-fi confiáveis.  Manter o antivírus ativo e atualizado, ter um firewall para controlar o tráfego de dados entre o computador e a internet, são outras medidas de segurança importantes. E para não correr o risco de o presente não chegar no dia, sempre é bom programar as compras com antecedência e não deixar tudo para a última hora. E ainda, verificar os prazos de entrega que são fornecidos pelo próprio site. No mais, é aproveitar esse período festivo (e o tempo ganho, graças às compras on-line) para rever amigos e se divertir!

FONTE: Cidade Marketing

O mundo é um moinho.

Por: Hector Valente Franco

“… quando notares estás à beira do abismo, abismo que cavastes com teus pés”…
Cartola, o gênio do morro que esculpiu estes versos não poderia imaginar, mas mandava, sem querer, um recado grave para a gente.

Quando eu digo “a gente”, e para isso peço licença aos incontáveis leitores do Acontecendo Aqui em todas as partes do mundo, me refiro aos que por nascimento ou por opção, vivem na Velha Desterro, a Floripa dos sonhos de tanta gente. Mas pode valer para muitos lugares, também.
Então, vou entrar em um tema que poderá gerar opiniões inflamadas e todas serão bem-vindas, ajudem a discutir o assunto.
Vamos lá, entender o “abismo” que estamos cavando com nossos próprios pés…
Está no próprio título da canção. O mundo é um moinho. E sem dó nem piedade, vem reduzindo a pó boa parte das certezas que se tinha em termos de vida nas cidades.
A noção antiga do que significa morar, trabalhar, consumir, se locomover, conviver e preservar, morreu muito antes do eterno Niemeyer, mais ou menos na época em que caducou a arquitetura modernista que o revelou e consagrou.
Não se engane, a ideia de civilização está na cidade, na urbe, na polis e em nenhum outro lugar.
Estado, federação, não conseguem chegar nessa discussão.
Por isso muitas cidades já se antenaram disso e resolveram abordar a questão com a seriedade necessária.

Em Florianópolis percebo, sem apontar o dedo para ninguém, e sim para o nosso pensamento coletivo, uma receita de soberba, saudosismo, negligência e falta de ousadia.
Soberba, por que fomos acostumados a pensar que nosso “pedacinho de terra perdido no mar” (hoje é dia de samba-canção, marcha-rancho e hífens…) é o máximo de beleza que a natureza conseguiu reunir. Assim, tudo já estava meio pronto, isso aqui é demais, urrú, bora prá praia, comer tainha escalada, tomar uma geladinha, se quéx quéx, se não quéx, dix…
É bom? Olhólhó… É bom demais. Mas não basta. Muita gente veio de fora, nossas referências podem e devem mudar. Repensar e admitir que não somos o máximo é o primeiro passo no caminho para sê-lo.

Boa parte dessa soberba se encaixa direitinho com o saudosismo. O maior exemplo disso, entre outros (sei que agora vou apanhar…), é a ponte Hercílio Luz. O antigo governador, que sonhou com o que se chamaria Ponte da Independência, não projetou um cartão postal. Seu sonho era consolidar a cidade como capital, pois outras cidades alegavam que seu isolamento prejudicava os negócios do estado.
Recentemente os jornais de Santa Catarina publicaram as declarações do engenheiro Khaled Mahmoud, da Bridge Technology Consulting, dizendo que a ponte pode “entrar em colapso” a qualquer hora. Pessoal, a tradução correta para “collapse” é “desabar”. A ponte Hercílio Luz está fechada desde 1982. 30 anos. Mais da metade da população da cidade nunca passou por esse equipamento de mobilidade urbana. Pois é. A Hercílio Luz não é um cartão postal. Foi construída para que cem por cento da população possa cruzá-la para ir trabalhar, ir para casa, viver. Não podem. Mas poderão vê-la desabar. Uma nova ponte, moderna, projetada para os próximos 100 anos (quanto tempo a estrutura e os materiais de uma ponte restaurada poderão suportar? Quem garante?) poderia substituir a atual, mais rápida e economicamente e um lindo museu poderia preservar sua história como o legado de uma época que passou, como aconteceu com Wembley, em Londres. Muito já se discutiu, se projetou e se gastou para recuperá-la em nome de uma única coisa. Saudosismo.
Saudosismo que esconde nossa negligência.
“Não dá”, “é difícil” e “vamos ver” são frases muito escutadas entre nós. Marinas e atracadouros na nossa orla? Não dá. Banheiros decentes nas praias? É difícil. Respeitar a faixa de pedestres, usar a bicicleta, pegar o ônibus e com isso exigir um serviço decente, não andar com a moto entre as faixas? Vamos ver.
Negligência é, junto com a imprudência e com a imperícia, um dos três pilares da culpa. Então, por lógica, a culpa do que acontece é toda nossa, de toda a sociedade.

Responsabilizar apenas os governantes é fácil.
Nunca, repito, nunca, trabalhando com eles, em várias instâncias, vi um só governante dizendo, “hihihi (risadinha do Nilo de Avenida Brasil), vamos ferrar a população, eles merecem viver lascados, mesmo, hihihi”.
Eles são o reflexo. O rosto no espelho é o nosso.

Assim, nossas soberba, saudosismo e negligência catalisam uma danosa falta de ousadia, de criar o novo, o difícil, de ir buscar a grana que a gente não tem, de pedir ajuda, de fazer vaquinha, de xingar o juiz, de se mexer.
Louvo a quem empreendeu a Protur (Sergio Rego Monteiro, Fernando Marcondes de Matos, Mauro Fiuza, entre outros), a Fundação Pro-Florianópolis (Zeno Vieira, entre outros) e a hoje atuante FloripAmanhã (com a contribuição mais que interessante do Guga), que torço muito para que consolide seus esforços. Esse é o espírito.

Outras cidades já operaram essa transição, da soberba para consciência e daí para o orgulho legítimo.
Do saudosismo atrasista (não sei se a palavra existe em português, em espanhol existe), para a preservação e o tributo ao passado que enobrece.
Da negligência letárgica para um espírito de ação coordenada e cidadã, que envolve e impacta todo mundo.

Pode ser que assim, com os imensos valores pessoais, técnicos, filosóficos e intelectuais que temos na cidade, mas que não percebo integrados em uma real vibe de mudança, possamos criar uma cidade muito legal para a gente viver. Porque só uma cidade muito boa para quem vive nela poderá ser interessante para turistas, gente de negócios, investidores.
New York reduziu uma criminalidade sufocante com o programa Tolerância Zero.
Barcelona aproveitou as Olimpíadas e se orientou para um modelo contemporâneo de viver em cidade.
Lisboa, depois da Expo de 1998 se transformou barbaramente.
Panamá é um canteiro de obras, está recuperando o Casco Antiguo (patrimônio da humanidade pela Unesco).
Podemos aprender, copiar e melhorar com o que essa turma fez.

Voltando ao Cartola, “ainda é cedo, amor”. E, contrariando a lógica, se nossos sonhos não forem mesquinhos, dá tempo de transformar o abismo metafórico, de uma herança cínica em um exemplo para todo o mundo e um legado para o futuro.

FONTE: Acontecendo Aqui

Twitter apresenta filtros para fotos em nova atualização

O blog oficial do Twitter apresentou na última segunda-feira (10) uma atualização do aplicativo da rede social que inclui filtros de fotos. Os filtros foram desenvolvidos pela Aviary e podem ser vistos de uma vez em uma grade de preview de imagens. A atualização também oferece ferramentas de corte, zoom e ajuste automático.
De acordo com o site do microblog, são oito filtros que variam de preto e branco à “vintage”.
Confira o vídeo explicativo (em inglês – para ativar as legendas basta clicar no ícone correspondente):


FONTE: Acontecendo Aqui

Top 10 de livros de Marketing mais vendidos em 2012

Philip Kotler lidera a lista e tem quatro livros no ranking. Marketing 3.0, Administração de Marketing, Princípios de Marketing e Marketing de A a Z são os destaques

Por Bruno Mello, do Mundo do Marketing | 11/12/2012

Entra ano e sai ano, os profissionais de Marketing se debruçam sobre os mesmos livros na hora de se atualizarem e de se formarem na área. Pelo quinto ano consecutivo, Philip Kotler lidera a lista dos livros de Marketing mais vendidos do ano elaborada pelo Mundo do Marketing a partir das vendas das principais livrarias do Brasil. Marketing 3.0 manteve o primeiro lugar e é obra mais vendida em 2012. Kotler figura ainda na segunda, sétima e nova colocações do ranking, com Administração de Marketing, Princípios de Marketing e Marketing de A a Z - 80 Conceitos que Todo Profissional Precisa Saber, respectivamente.
 
Quatro livros brasileiros estão entre os mais lidos de 2012, de acordo com o levantamento realizado junto às livrarias Saraiva, Siciliano, Cultura e Fnac e dos sites Submarino e Americanas.com. A Bíblia do Marketing Digital, de Cláudio Torres, aparece em terceiro no ranking. Os 8 Ps do Marketing Digital - O Seu Guia Estratégico de Marketing Digital, de Conrado Adolpho, figura na quarta posição. Já Marketing Na Era Digital - Conceitos, Plataformas e Estratégias, Martha Gabriel, é o quinto título mais vendido, enquanto Marketing de atitude, de Julio Ribeiro, está em décimo lugar.
 
No Top 10 de livros mais vendidos de 2012, apenas a obra do publicitário Julio Ribeiro foi lançada este ano. Todos os outros já são conhecidos, a exceção do oitavo colocado Nos bastidores do Google - Tudo o que sei sobre Marketing aprendi com o Google, lançado em 2011. Fechando a lista está outro best seller: A Lógica do Consumo, em sexto lugar, do especialista em neuromarketing Martin Lindstrom.


FONTE: Mundo do Marketing

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A assertividade do erro

Por: Eduardo Axelrud

Você está numa reunião. O atendimento relata que o cliente não aprovou o anúncio e que da próxima vez precisamos ser mais assertivos. Como bomEduardo Axelrud é vice-presidente de criação da Competence
redator, o domínio que você tem da sua língua materna permite que você entenda essa frase com o significado correto da palavra “assertivo”: ser mais afirmativo, mais claro, mais firme, mais enfático. Ter mais assertividade. Uma palavra pouco usada, que remete a provas que você fazia no colégio, onde se pedia que você distinguisse com F ou V as assertivas falsas das assertivas verdadeiras.

Na verdade, o uso desse termo até surpreende você positivamente em relação ao emissor. Legal quando o atendimento usa uma palavra mais culta, querendo provavelmente dizer que precisamos usar na campanha uma linguagem mais direta. Mas no dia seguinte você está numa reunião com outro grupo, e alguém parabeniza o financeiro pela assertividade das previsões orçamentárias. E no fim do dia, ao avaliar a performance da agência em prospecções no último semestre, alguém parabeniza: ganhamos 5 contas, isso significa que estamos com um alto índice de assertividade das propostas.

E aí, cai a ficha.

Essas pessoas não estão falando na assertividade do Aurélio. Elas estão falando de algo que na cabeça delas provavelmente está escrito com “c”. Acertividade. A capacidade que alguém ou algo tem de acertar. Só que essa palavra não existe. “Acertivo” não é uma palavra certa. Apesar das pessoas se encherem de razão e serem tão assertivas quando ficam repetindo esse termo o dia inteiro.

E aí, o que você faz? Corrige o interlocutor a cada vez que você escuta, e corre o risco de passar por chato? Faz um texto no blog de um importante veículo denunciando o mau uso da língua mãe e passa por mais chato ainda?

Talvez a melhor saída seja perceber que quando essas palavras surgem de repente e passam a ser usadas massivamente, é porque elas vem a calhar. Elas cobrem um furo da língua. Uma necessidade de expressar algo que as pessoas precisam, mas que não encontram amparo no vocabulário do dia-a-dia. Junto com uma predileção das pessoas por falarem difícil. Parece ser mais bonito e polido dizer que “temos que ser mais acertivos”, do que dizer que “estamos errando pra dedéu”.


Assim foi com “a nível de”. Assim foi com “No caso, seria” (preferida por 10 entre 10 balconistas, que adoram dizer que “no caso, isso seria com o gerente”). E assim foi com o gerundismo, que daqui a pouco vai estar passando a completar quase uma década de vida. Da mesma maneira que as modas, as gírias e os memes, essas invenções da língua popular são uma praga. Surgem não se sabe de onde, e preenchem um espaço vago no repertório do povo. E justamente por isso, pegam. E de um jeito que você não tem outra saída senão, no mínimo, se resignar a uma convivência pacífica. Quer saber? Daqui a pouco isso passa. E espero estar sendo bem acertivo nessa minha previsão.


FONTE: Meio e Mensagem

O show tem de continuar

Por Janaina Langsdorff

O Projeto de Lei 4.571/08, do Senado, é uma das alternativas discutidas atualmente para fechar o cerco aos mandos e desmandos da meia-entrada. Aprovada no último dia 14 de novembro pela Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara dos Deputados, a proposta relatada pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) limita a concessão de meia-entrada a 40% do total de ingressos. O texto exige também que as produtoras dos eventos tornem público o número total de ingressos colocados à venda, assim como a quantidade correspondente para os usuários da meia-entrada, avisando de maneira explícita o esgotamento desta carga específica de tíquetes.
Os empresários do setor prometem se unir para criar duas entidades representativas, uma voltada para as produtoras de shows e musicais e outra com a missão de defender os interessas das empresas que comercializam as entradas. A movimentação acontece no momento em que os principais players do segmento assistem os seus resultados caírem em cena. A Time For Fun (T4F), líder do mercado, acumula uma queda no valor das suas ações, que, de R$ 17, no último mês de setembro, passaram a valer R$ 10, em novembro - uma das mais fortes desvalorizações do ano na Bolsa de Valores de São Paulo.
A empresa também coleciona problemas com o Procon. Nos últimos dez anos, as autuações expedidas pelo órgão já somam mais de quatro milhões de reais. As irregularidades envolvem desde a falta de meia-entrada e de informações sobre a quantidade de ingressos disponíveis para pré-venda até a cobrança da taxa de conveniência. O debate inflamado pela meia-entrada apresenta a oportunidade do setor ensaiar novas estratégias, uma vez que não só cresceu o número de empresas - entre elas a XYZ Live, de Nizan Guanaes, a IMX, de Eike Batista, e a Geo Eventos, da Rede Globo - como também o volume de shows repetidos, o que torna ainda mais seletiva a decisão de comprar ingressos caros.
O PL nº 4.571/08 ser[a eficaz para reduzir os preços dos ingressos dos shows e moralizar a questão da meia-entrada ? Seja pela força da lei ou pela disposição conciliadora das lideranças do setor, a discussão vale para que ninguém termine vaiado ao farfalhar das cortinas.

FONTE: Meio e Mensagem

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Quem vê a mídia digital out-of-home?

Por: Bárbara Sacchitiello

Pesquisa inédita encomendada pela ABDOH ao Instituto Ipsos Marplan mostra os sete grupos de público que são impactados pelas telas

Para a Associação Brasileira de Mídia Digital Out-Of-Home (ABDOH) o mercado de comunicação nacional vive a era da quinta tela. Na tentativa de propagar a ideia de que, após a exploração do cinema, da TV, do computador e dos celulares como meio de divulgação de conteúdo, é a vez da mídia digital out-of-home chamar a atenção do público, a entidade apresenta uma nova pesquisa, que visa segmentar o setor.

Feita pelo instituto Ipsos Marplan, a pesquisa Segmentação DOOH é o primeiro estudo que se propõe a fazer uma divisão do meio pela perspectiva do publico que o consome. Os dados foram coletados nos 13 mercados brasileiros que fazem parte do mapeamento do instituto e serão utilizados pela associação como fonte de dados e de argumentos da força do meio DOOH no universo publicitário.


“Uma pesquisa como essa é fundamental para mostrar a evolução dos consumidores e o papel da mídia nesse novo contexto. A avaliação mostrou que 6 em cada dez pessoas já notaram a presença de telas de mídia digital out-of-home em algum estabelecimento. Já tínhamos ideia dessa penetração, mas é bom poder comprovar isso com dados de credibilidade”, diz Geraldo Leite, que é sócio diretor da Singular, Arquitetura de Mídia e também participa do núcleo estratégico e operacional da ABDOH.


Veja
as características de cada um dos grupos impactados pela mídia digital out-of-home, de acordo com a pesquisa da ABDOH: 

Batalhadoras correspondem a 21% do público consumidor da mídia DOOH
Batalhadoras correspondem a 21% do público consumidor da mídia DOOH Crédito: Reprodução
Batalhadoras

Mulheres (88%), Acima dos 30 anos; classes econômicas D e D, com nível de instrução mediano; donas de casa, predominantemente casadas, que decidem as compras no lar. Cuidam da casa e da família e se preocupam com a própria saúde e bem-estar. Assistem TV aberta e leem revistas.


 

Bem-sucedidos: 8% do grupo
Bem-sucedidos: 8% do grupo Crédito: Reprodução
Bem-sucedidos

Jovens, com idades entre 25 e 34 anos, das classes A e B. A maioria tem ensino superior (60%), atuam no mercado de trabalho (78%). Pretendem viajar pelo exterior, frequentam lanchonetes e fast food e possuem cartões de crédito. Gostam de comer fora, frequentar shows e viajar. Comprar por prazer e relaxamento. São muito assíduos na internet e consomem, também, TV aberta e paga.


 

Independentes: 16% do grupo
Independentes: 16% do grupo Crédito: Reprodução
Independentes

Maioria de homens, acima de 30 anos, da classe C. São predominantemente chefes de família, casados, com instrução mediana e atuantes no mercado de trabalho. Consomem produtos de higiene e guloseimas, tomam cerveja e possuem automóvel. São cuidadosos com o dinheiro e planejam seu consumo. Privilegiam conforto e preço e não costumam ser fieis às marcas.


 

Tradicionais: 16% do grupo
Tradicionais: 16% do grupo Crédito: Reprodução
Tradicionais

Homens e Mulheres, da classe B2C, com idades entre 20 e 49 anos. A grande maioria é casado(a), com nível de instrução mediano. São organizados, empreendedores e consumistas. Preferem pagar as compras à vista. Os homens tem vida social ativa e praticam esportes; as mulheres gostam de cozinhas. Assistem à TV aberta e leem revistas e jornais.

 

Bem-resolvidos: 15% do grupo
Bem-resolvidos: 15% do grupo Crédito: Reprodução
Bem-resolvidos

Homens e mulheres, predominantemente das classes A e B, com idades entre 30 e 59 anos. A maioria tem alto nível de instrução e trabalham. São antenados e buscam informações sobre política, economia e assuntos gerais. Gostam de atividades individuais e veem a internet como um importante meio de obtenção de informações.

 

Ousados: 14% do grupo
Ousados: 14% do grupo Crédito: Reprodução
Ousados

Jovens com idades entre 13 e 24 anos, das classes B e C. A maioria depende financeiramente dos pais e são solteiros. São consumistas e não guardam dinheiro, frequentam cinemas e se interessam por esportes, moda e entretenimento. Consomem muito TV aberta e rádio.


 

Conectados: 14% do grupo
Conectados: 14% do grupo Crédito: Reprodução
Conectados

Jovens de ambos os sexos das classes B2 e C, com idades entre 13 e 24 anos. São estudantes, solteiros e dependentes financeiramente dos pais. São otimistas e muito antenados com tecnologia e tendem a adotar novas marcas e produtos. Gostam de fugir da rotina e tem vida noturna ativa. Usam a internet como primeira fonte de informação. 


FONTE: Meio e Mensagem

 

Como medir o comportamento do usuário sobre ações online

*Por Mário Galhardo
A maioria dos usuários, quando está lendo algum texto em sites na internet, subconscientemente utilizam o mouse para guiar os seus próprios olhos. Isso também acontece quando estamos olhando para uma imagem qualquer. Com alguma das ferramentas de mensuração como o ClickTale ou CrazyEgg você pode capturar cada movimento do usuário, clique ou scroll que esses usuários fazem com o mouse durante as visitas em seu site ou blog.
O Crazy Egg por exemplo está acessível hoje pelo valor próximo a R$ 2.400 com o plano anual, exatos 99 dólares/mês, investimento que vale muito, pois poder mensurar o comportamento do usuário e apresentar “números” aos clientes com o resultado das campanhas realizadas é tudo o que eles desejam saber, além de poder ser determinante para as próximas ações estratégicas da equipe.
Saiba os exatos movimentos que os usuários fazem no seu site e onde é que eles clicam.
A captura de movimentos do mouse de seus usuários durante as visitas no seu site pode ser uma informação valiosa, que determinará o que está chamando a atenção dos usuários ou não. Detectar os pontos onde os usuários costumam parar para realmente ler o conteúdo pode te ajudar a fazer ajustes de layout e conteúdo, trazendo muito mais tráfego para a sua página.
Além de poder gravar o movimento do seu mouse o ClickTale pode mostrar a você um mapa de calor, para que você entenda perfeitamente as áreas onde o seu usuário manteve o mouse por mais tempo, local onde provavelmente ele prestou mais atenção. Além do mapa de movimento, mapas de calor podem ser gerados baseados nos cliques do seu usuário ou então no scroll, para saber até onde seus visitantes costumam rolar a tela.
Se ainda assim esses métodos não forem o suficiente para você ter uma noção do que acontece dentro do seu site, o ClickTale pode gerar dados estatísticos, mostrando para você fatos como quantos usuários saíram da sua página sem interagir com nada, quantos visitantes se cadastraram ou quantos visitantes tentaram se cadastrar etc.
Uma dica, comece agora mesmo, quanto antes instalar os códigos melhor, pois já captura das informações já vai apresentando as origens e os diversos dados.

FONTE: AcontecendoAqui

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Criatividade.

A história da criatividade na publicidade passa pela Universidade de Búfalo, Estados Unidos, quando as cabeças criativas assistiam os seus cursos e bebiam das suas teorias. Gente de cabeça valiosa passavam por lá e na volta faziam palestras dos conteúdos aprendidos, com direito à técnicas de meditação que facilitam as novas idéias.
A agência de publicidade, escritórios de design e arquitetura eram, até a chegada das empresas de tecnologias voltadas para a inovação, os lugares que mais separavam os “criativos” das demais pessoas. Inovação, produto da criatividade parece não ser mais um dom e sim uma maneira de olhar e solucionar problemas em diversas áreas.
O site da Arquitêta, postou no Face esse diagrama que como seria o processo de criatividade , incluindo uma citação do Steve Jobs, mas não explica como não se perder pelo caminho que parece fácil entrar, mas sair no outro lado com uma idéia criativa, parece deixar que pensa comum para trás.
As metodologias de criação de marcas estão cada vez mais abordando a criatividade como meio, passando  a ser a criatividade mais e mais abastecida com informações vindas de diferentes formas de pesquisa, desde Shadowing (ficar na sombra de um consumidor) até Pesquisa Etnográfica, a sua cultura.
Einstein dizia que a formulação de um problema é 50% da sua solução e para a sua estruturação, quanto mais você souber melhor.



FONTE: AdOnline

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A principal razão que leva uma agência a perder uma conta

Por: Eduardo Axelrud

Recentemente li uma pesquisa sobre a relação entre agências e anunciantes. E um dos dados que mais me chamou a atenção foi justamente sobre o final dessa relação. Ou seja, por que um cliente decide tirar a conta de uma agência. Segundo a pesquisa, o principal fator por trás da perda de uma conta diz respeito a problemas nas entregas do dia a dia. Não é a estratégia, nem a inteligência, nem os grandes projetos. Não é o título, o layout, nem o roteiro. Os verdadeiros culpados são o anúncio que atrasou, o prazo que não foi respeitado, a veiculação que se perdeu. E a repetição desses itens ao longo do tempo.

Acredito que isso seja verdade, mas gostaria de ir além. Porque agências normalmente são empresas estruturadas e que não costumam cometer esse tipo de deslize nas condições normais de temperatura e pressão. Até porque, se fosse assim, aconteceria com todos os clientes. Entendo que existe algo maior por trás quando esse tipo de situação começa a se repetir num mesmo cliente.


Na minha visão, a maior causa da perda de um cliente é quando a agência começa a viver o medo de perder aquele cliente. Já dizia Frank Herbert, em Duna: "O medo é o assassino da mente. É a pequena morte que traz a obliteração total". Uma agência com medo de perder um determinado cliente parece que para de pensar. Parece que esquece como as coisas são feitas. A ânsia de atender com mais excelência a todo custo faz com que procedimentos padrão seguros sejam esquecidos, só porque o cliente soltou um "ai". A frase "o cliente pediu e temos que atender não interessa como" faz com que prazos suicidas sejam aceitos, processos fora do padrão sejam montados e riscos maiores sejam corridos em nome de um medo maior: se não entregarmos, o fulano nos tira a conta.


O que as agências parecem não perceber é que o tiro sai pela culatra. Operações são montadas de determinada maneira para que funcionem. Quebrar isso a todo instante gera processos mal pensados, equipes exauridas e uma probabilidade maior de erro naquele que é o principal produto da agência, que é a sua entrega. Porque, na maioria das vezes, um modus operandi quebrado, heroísmos em excesso e mutirões overnight só aumentam o risco de você comprometer a sua entrega. E é aí que a cobra acaba comendo o próprio rabo.


Por isso, cuidado: se você começar a sentir dentro da sua agência sistematicamente um pânico de perder determinada conta, realmente deve ligar o alerta vermelho. Mas não para começar a apagar incêndios loucamente. E sim para refletir sobre a sua entrega e talvez mudar numa visão macro a maneira como você esta estruturado para atendê-lo.


FONTE: Meio&Mensagem

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Hora de parar e pensar

Por: Tadeu Viapiana

Acabou de sair mais uma notícia ruim para a educação brasileira, daquelas que faz a gente pensar se realmente temos chances na corrida pelo desenvolvimento social e econômico.
O Brasil ocupa a penúltima colocação no ranking do projeto A curva do Aprendizado, elaborado pela Economist Intelligence Unit (EIU), ligada a revista The Economist.
O ranking espelha a posição de 40 países em três testes internacionais de habilidades cognitivas e desempenho escolar aplicados aos alunos do 5º a 9º ano do ensino fundamenta: o Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (Pisa), Tendências Internacionais nos Estudos de Matemática e Ciência (Timms) e avaliações do Progresso no Estudo Internacional de Alfabetização e Leitura (Pirls). Além disso, considerou ainda dados sobre alfabetização e taxas de conclusão de escolas e universidades.  
Veja os países que estão nas melhores posições:  http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,ranking-de-qualidade-em-educacao-coloca-brasil-em-penultimo-lugar,965935,0.htm
O mais grave de tudo é que o tempo vai passando e a agenda da educação pública brasileira não muda. Como se fosse razoável esperar mudanças substanciais na qualidade da educação das mesmas práticas que vem sendo utilizadas há anos e que nos conduziram à situação atual.
Mais do mesmo só vai piorar. 
Já temos um diagnóstico bastante detalhado dos nossos problemas. Sabemos exatamente quais são as causas do atraso educacional brasileiro. Especialistas como o Gustavo Ioschpe já praticamente exauriram a temática.
O que nos falta é ação. Coragem para mudar.  

FONTE: AdOnline

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Inovar para crescer

Por: Tom Coelho

“A imaginação é mais importante que o conhecimento.
conhecimento é limitado. A imaginação envolve o mundo.”

(Albert Einstein)

Alguns mitos cercam o mercado de trabalho no sistema financeiro. Primeiro, nos tempos de inflação galopante, valorizava-se mais os executivos de finanças, pois eram responsáveis por grande parte do resultado das empresas. Segundo, as oportunidades profissionais eram maiores quando comparadas à atual concentração decorrente de fusões e aquisições. Terceiro, o sistema bancário ficou comoditizado, com pouco espaço para inovação.
Analisando sob este prisma, gerenciar a carreira pode tornar-se desestimulante. As possibilidades de crescimento parecem limitadas, e as iniciativas pessoais, restritas e inócuas.
Vamos debater os mitos. É fato que bancos e companhias perderam a receita de floating e ações de tesouraria nestes mais de 15 anos de economia estável. Porém, tal como executivos em empresas tiveram que aprender a reduzir custos e buscar rentabilidade real em substituição aos ganhos com aplicações financeiras de outrora, também os bancos descobriram a lucratividade a partir da prestação de serviços.
Igualmente é verdade que a globalização incentiva a formação de novos conglomerados. Mas se temos a impressão de que há menos empresas para trabalhar, também dispomos da oportunidade ímpar de atuar em organizações transnacionais com chances de uma experiência internacional.
Por fim, atualmente produtos, serviços e pessoas estão cada vez mais semelhantes. Mas há um universo inimaginável de possibilidades de inovação. Se durante o período inflacionário alguém inventou a “conta remunerada”, qual será o produto atraente que pode ser criado em um cenário de estabilidade? Quais as propostas para melhoria no atendimento, este grande fator de diferenciação capaz de conquistar e fidelizar clientes?
O crescimento profissional passa pelo desenvolvimento de competências técnicas (formação acadêmica, fluência em outros idiomas, administração do tempo, negociação), comportamentais (iniciativa, comprometimento, ousadia, determinação, resiliência), relacionais (liderança, empowerment e trabalho em equipe) e valorativas (integridade, pluralidade, ética). Entre estas e tantas outras, destaca-se a criatividade.
Criar novos produtos, serviços e processos capazes de facilitar a vida das pessoas, conquistando mercados e ampliando a lucratividade. Compreender o novo perfil das demandas pessoais e a dinâmica do mundo corporativo. Usar a velocidade e a capilaridade da comunicação em rede e contemplar o imperativo da sustentabilidade. Estes são os grandes desafios profissionais da atualidade.
A pergunta final é: dentro deste contexto, como você vai construir seu futuro?

FONTE: AcontecendoAqui

Designers criam guarda-chuva invisível que repele gotas de chuva com ar

Os designers Je Sung Park e Woo Jung Kwon desenvolveram um guarda-chuva que funciona apenas com o ar. Intitulado Air Umbrella, o dispositivo eletrônico em forma de cano suga o ar por baixo e o solta na parte de cima, criando uma cortina de ar pressurizado que impede que gotas de chuva caiam em quem o carrega.
O aparelho pode ser regulado de acordo com a intensidade da chuva e compactado para que caiba na bolsa, com a vantagem de não precisar carregar o objeto molhado.
Confira:



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

3 Verdades e 3 Mitos sobre o E-commerce

Por: Cristiano Chaussard

Verdade: “O mercado consumidor de uma loja online é incrivelmente maior do que o de uma loja física o que pode gerar um volume muito maior de vendas”. 
Se você lança sua loja em português em um domínio .com.br, seu público potencial já é de 46 milhões de brasileiros que costumam comprar na internet. Seu bairro possui um público de mais de 100 mil consumidores?

Mito: “É muito fácil atingir o público consumidor do Brasil inteiro ou mesmo do mundo.”
Não, na verdade é necessário investir sério em publicidade e ter uma infraestrutura tecnológica parruda para suportar a demanda gerada.

Verdade: “É necessário muito planejamento para iniciar um e-commerce”.
Não basta adquirir uma ferramenta, cadastrar produtos e sair vendendo. Antes de tudo, sua loja tem que ter uma estratégia completa e bem estruturada. Uma dica é começar pela definição dos “4 pês” do Marketing depois avance para os “8 pês do e-commerce” que são uma extensão do primeiro método.

Mito: “Os consumidores online só compram o produto mais barato e não analisam outros fatores.”
Na verdade o consumidor online é muito criterioso e tem muita informação disponível, mas além da informação também assimila aspectos menos objetivos para tomar sua decisão de compra, como: marca, design, capricho do lojista, rapidez do atendimento e praticidade da compra. Na realidade, quase nunca o consumidor online compra o preço mais baixo. “Esmola demais, o santo desconfia”.

Verdade: “Nem sempre o e-commerce vende ao consumidor final”.
Existem muitas lojas online restritas ao um público específico como as lojas de produtos para evangélicos e outras lojas que fazem a venda da indústria ao distribuidor ou ao lojista.

É comum que o meio de pagamento desta modalidade que chamamos de Business to Business, ou B2B para os íntimos, não seja os mais conhecidos como o boleto e o cartão de crédito, muitas vezes o pagamento é uma fatura com prazos pré aprovados enviada junto ao produto.
Mito: “É muito perigoso comprar no e-commerce”.
Na verdade: comprar na loja física é mais perigoso que na loja virtual. Quando seu número de cartão de crédito é digitado em uma loja virtual, ele é em baralhado tantas vezes e com tantos dispositivos de segurança que é praticamente impossível interceptar qualquer dado compreensível, no entanto quando você entrega seu cartão a um garçom ou a um frentista, ele facilmente pode copiar os dados que está lendo ou fotografando. Pense nisso.


FONTE: AcontecendoAqui

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O rei do baião era Gillette

Luiz Gonzaga só usava lâminas de barbear Gillette, pelo menos é o que se depreende do filme Gonzaga, de Pai para Filho, do diretor Breno Silveira.

Nele, sempre que possível, o Lua aparece fazendo a barba com o apetrecho ou tocando sua sanfona sob o patrocínio da marca.


A responsável pela ação é a Africa Rio, agência especializada em product placement, o nome correto para o que se convencionou chamar pelo nome errado de merchandising.


A ação confirma a tese do diretor da agência, Fabio Freitas, durante o Seminário Rio Market no Festival do Rio de 2012: “Se o cliente quiser impactar três milhões de espectadores de cinema com uma propaganda tradicional de 30 segundos, vai precisar anunciar em todas as salas da maior rede brasileira e desembolsar cerca de R$ 6,6 milhões. Se investir na presença de seu produto em um filme com potencial para atingir esse público, vai ter o mesmo impacto com a vantagem da longevidade desse investimento, já que o mesmo filme ainda será vendido em DVD e depois exibido na TV.” (Filme B – semana 41 – 08/10/2012 – Edição 777).


Na
época a afirmação chamou atenção dos operadores da mídia cinema por contrapor instrumentos de comunicação que não são excludentes e podem atuar de forma complementar, sem o maniqueísmo do bem e do mal ou do certo e do errado.

A mídia cinema, caracterizada pela inserção de anúncios de 30”antes da exibição dos trailers, é uma ferramenta legítima de comunicação das marcas em um ambiente agradável, com insuperável apuro tecnológico e indiscutível atenção do consumidor. Sobre os números, cabe lembrar que até outubro desse ano foram vendidos 121 milhões de ingressos, portanto uma média de 12 milhões de ingressos por mês, ou três milhões de ingressos por semana. Ou seja, o almejado número de audiência é alcançado a cada semana pelo negócio da propaganda em cinema no Brasil, enquanto o filme Gonzaga, de Pai para Filho contabiliza pouco mais de 200 mil tickets a cada sete dias e não deve ficar em cartaz por muito mais que quatro semanas. 


Outra
correção necessária é o fato da mídia cinema faturar, em média, oito milhões de reais por mês para uma audiência de 12 milhões de ingressos no mesmo período, o que prova que a previsão de investimento de seis milhões de reais para atingir três milhões de espectadores é, no mínimo, equivocada.

É
importante constatar que o diretor Breno Silveira, além do talento para contar histórias, tem vocação para inserir marcas em suas narrativas, mesmo que essa aptidão esteja distante da verdade dos fatos.

Assim
como no filme Dois Filhos de Francisco (2005), onde os protagonistas cantam à frente de uma agência do Bradesco com o novo logotipo anos antes do seu redesenho, em Gonzaga, de Pai para Filho, o Rei do Baião decide continuar uma viagem de carro em um posto de abastecimento BR, mesmo que o fato tenha ocorrido em 1961, dez anos antes da criação da BR Distribuidora.

Essa
licença poética sobre as marcas ajuda o diretor a pagar a conta dos filmes e a apagar da mente dos espectadores elementos históricos das empresas envolvidas. Uma história mal contada, como é o título desse artigo, não contribui com o processo de consolidação do product placement no mercado brasileiro.  


FONTE: Meio e Mensagem

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A principal razão que leva uma agência a perder uma conta

Por: Eduardo Axelrud

Recentemente li uma pesquisa sobre a relação entre agências e anunciantes. E um dos dados que mais me chamou a atenção foi justamente sobre o final dessa relação. Ou seja, por que um cliente decide tirar a conta de uma agência. Segundo a pesquisa, o principal fator por trás da perda de uma conta diz respeito a problemas nas entregas do dia a dia. Não é a estratégia, nem a inteligência, nem os grandes projetos. Não é o título, o layout, nem o roteiro. Os verdadeiros culpados são o anúncio que atrasou, o prazo que não foi respeitado, a veiculação que se perdeu. E a repetição desses itens ao longo do tempo.

Acredito que isso seja verdade, mas gostaria de ir além. Porque agências normalmente são empresas estruturadas e que não costumam cometer esse tipo de deslize nas condições normais de temperatura e pressão. Até porque, se fosse assim, aconteceria com todos os clientes. Entendo que existe algo maior por trás quando esse tipo de situação começa a se repetir num mesmo cliente.

Na minha visão, a maior causa da perda de um cliente é quando a agência começa a viver o medo de perder aquele cliente. Já dizia Frank Herbert, em Duna: "O medo é o assassino da mente. É a pequena morte que traz a obliteração total". Uma agência com medo de perder um determinado cliente parece que para de pensar. Parece que esquece como as coisas são feitas. A ânsia de atender com mais excelência a todo custo faz com que procedimentos padrão seguros sejam esquecidos, só porque o cliente soltou um "ai". A frase "o cliente pediu e temos que atender não interessa como" faz com que prazos suicidas sejam aceitos, processos fora do padrão sejam montados e riscos maiores sejam corridos em nome de um medo maior: se não entregarmos, o fulano nos tira a conta.

O que as agências parecem não perceber é que o tiro sai pela culatra. Operações são montadas de determinada maneira para que funcionem. Quebrar isso a todo instante gera processos mal pensados, equipes exauridas e uma probabilidade maior de erro naquele que é o principal produto da agência, que é a sua entrega. Porque, na maioria das vezes, um modus operandi quebrado, heroísmos em excesso e mutirões overnight só aumentam o risco de você comprometer a sua entrega. E é aí que a cobra acaba comendo o próprio rabo.

Por isso, cuidado: se você começar a sentir dentro da sua agência sistematicamente um pânico de perder determinada conta, realmente deve ligar o alerta vermelho. Mas não para começar a apagar incêndios loucamente. E sim para refletir sobre a sua entrega e talvez mudar numa visão macro a maneira como você esta estruturado para atendê-lo.

FONTE: Meio e Mensagem

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Os dilemas dos diretores globais de criação

Com vidas atribuladas, eles precisam ganhar Leões em um mercado disputado, mas respeitando certos limitesEles nunca foram tão importantes para a publicidade quanto agora. Conforme as disputas pelos Leões do Festival de Cannes e por outros prêmios do mercado se tornam mais agressivas, os diretores globais de criação precisam ampliar a quantidade de Leões de sua rede, mas sem ultrapassar determinados limites éticos.

Ocorre que, embora ganhar um prêmio esteja longe de ser um pecado, nem todas as opiniões sobre o rumo que a função tomou nos últimos anos são positivas. “O trabalho desses profissionais acaba sendo o de fazer mais pontos como rede. E há pessoas com boas e más intenções. Algumas ajudam a rede a ser mais relevante para o mercado, mas há outras que são dirigidas por ­rankin­gs­, que ficam medindo quantos pontos vale o shortlist ou o bronze”, critica Tony Davidson, sócio e diretor de criação da Wieden+Kennedy de Londres.
Curiosamente, Davidson pertence à rede que conquistou o prêmio de Agência do Ano no Cannes Lions 2012, com o escritório de Portland. No entanto, discorda de alguns aspectos inerentes ao Festival. “Do dinheiro que as agências investem em inscrições em Cannes, volta zero em benefício para o mercado. Por vezes, esse jogo de redes se torna falso”, acusa, em referência a trabalhos que não primam pela relevância.
Ninguém fala abertamente sobre quem é mais agressivo na luta por Leões, mas alguns deixam claro que existem vários casos de exageros. “Há redes que não são reconhecidas pela criatividade e que precisam ter bom resultado nas premiações para mudar esta imagem”, provoca Kassaei, da DDB.
Ele afirma ainda que há uma percepção errada das agências, que sobrevalorizam as premiações. “Vencer não tem nada a ver com performance verdadeira. Os prêmios são apenas um dos indicativos de qualidade de uma agência e há pelo menos outros dez que devem ser levados em conta. A maioria das agências está com o foco errado. Não deveriam olhar somente prêmios, mas sim ganhar em diversas dimensões, como a de performance de negócios”, analisa Kassaei.
Jean-Marie Dru, chairman da rede TBWA, avalia que a situação é triste para o mercado. “Nada é mais bonito do que uma ideia nova e criativa. E quando começam a mudar a perspectiva e colocar o prêmio à frente, o mercado sai prejudicado”, aponta.

Método para vencer
A despeito de opiniões mais fortes em relação ao trabalho dos diretores globais de criação, alguns líderes abordam a questão de maneira menos complexa. “Nosso objetivo não é aumentar a quantidade de Leões, mas sim a qualidade do trabalho. É totalmente diferente”, acredita Erik Vervroegen, da Publicis.

“Pessoas sérias neste mercado podem diferenciar facilmente uma campanha que é criada com o propósito de ganhar prêmios daquele anúncio que é resultado de trabalho duro que reinventa a categoria. Basta ter uma aprovação oficial do cliente e um plano de mídia sólido por trás para reconhecer isso”, diz.

Da mesma forma, Mark Tutssel, diretor global de criação da Leo Burnett, não coloca o prêmio como um fim. “Eles são apenas a conclusão lógica de uma comunicação brilhante. Tanto que, os diretores de marketing das marcas mais importantes do mundo estavam em Cannes para ver as melhores ideias”, frisa.

Tham Khai Meng, da Ogivly, afirma que trabalhos feitos para festivais sequer podem ser apresentados a ele dentro da rede e que é fácil identificar o que é fantasma. Ele critica o que também chama de “vitória por doping”. “É a mesma coisa que fez o Lance Armstrong”, compara, citando o ciclista campeão da Volta da França por sete vezes que foi abolido do esporte.
Dru, da TBWA, reforça a corrente que defende que os prêmios não podem ser objetivo, mas ­consequência. “Temos John Hunt como diretor global de criação e Lee Clow como CCO. E eles não estão forçando este tipo de situação. Sua função é fazer a criatividade evoluir em todas as agências da rede no mundo”, ressalta.

Da mesma forma, Tutssel sai em defesa da importância de sua função. “Precisamos operar como uma rede de verdade, não em silos. A força global de uma rede só é possível quando uma agência trabalha por todas. E grandes campanhas globais têm resultados melhores se pedirmos ajuda aos melhores talentos”, analisa.

Mas, enquanto buscam esclarecer o real papel estratégico da função, os diretores globais de criaçã o continuam lidando com desconfianças de gente que os vê como competidores no Coliseu lutando contra, ou, neste caso, pelos Leões.
 Quem são os líderes criativos das principais redes globais

Interpublic

DraftFCB — Não possui o cargo de diretor global de criação e tem parte das atribuições concedidas à “creative rumble”, rede de colaboração que reúne criativos regionais e mundiais para briefings e outras demandas específicas que necessitem de apoio.

Lowe — José Miguel Sokoloff tornou-se presidente do conselho criativo global em 2011. Ele tem origem na colombiana Lowe SSP3, que se destacou no Festival de Cannes de 2012 com o case “Rios de Luzes”, para o Ministério da Defesa do país.

McCann — Não possui diretor global de criação. A rede mantém a Creative Leadership Collective, cuja missão é garantir a qualidade criativa em todos os escritórios. O atual chairman, que cumpre um período de 18 meses que se encerra ao final de 2013, é o sueco Linus Karlsson, contratado junto à Mother em novembro de 2010. Ele sucedeu ao indiano Prasoon Joshi. O brasileiro Washington Olivetto, chairman e CCO da WMcCann, também faz parte do conselho composto por seis profissionais.

Omnicom

BBDO — A rede não possui o posto de diretor global de criação, mas sim um conselho composto por nove líderes, entre os quais Marcello Serpa, sócio e diretor-geral de criação da AlmapBBDO, e David Lubars, chairman e CCO da rede na América do Norte.

DDB — Amir Kassaei, iraniano crescido na Áustria, era líder da operação alemã, que obteve ótimos resultados criativos. Por conta disso, foi apontado como CCO em fevereiro de 2011, substituindo Bob Scarpelli, que se aposentou.

TBWA — Nascido na Zâmbia, John Hunt fundou a TBWA/Hunt/Lascaris na África do Sul em 1983. Posteriormente, envolveu-se na campanha política de Nelson Mandela, em 1993. Com bons resultados no escritório sul-africano, assumiu o cargo de diretor global de criação em 2003.

Publicis Groupe

BBH — Alexandre Gama, presidente e diretor geral de criação e planejamento da Neogama/BBH, foi nomeado este ano para o posto de worldwide chief creative officer da rede inglesa, no qual substitui John Hegarty, fundador da BBH e um dos principais nomes da história da publicidade mundial.

Leo Burnett — O britânico Mark Tutssel é diretor global de criação desde maio de 2006, quando substituiu Miguel Angel Furones, fundador da unidade de Madri. Tutssel fez carreira na rede, tendo passagem pelos escritórios de Londres e Nova York.

Publicis — O belga Erik Vervroegen é o nome por trás do tetracampeonato da TBWA Paris no Festival de Cannes, entre 2003 e 2006. Em setembro de 2011, deixou a Goodby, Silverstein & Partners e partiu para o comando criativo global da Publicis.

Saatchi&Saatchi — Desde que Bob Isherwood deixou a agência em 2008, após 22 anos de casa, ninguém foi apontado oficialmente para o cargo de diretor global de criação. A liderança é exercida pelo board criativo, liderado por Robert Senior desde março de 2010. O brasileiro Fabio Fernandes, presidente e diretor de criação da F/Nazca S&S, e o argentino Pablo del Campo, CEO da Del Campo S&S, fazem parte do grupo.

WPP

Grey — O britânico Tim Mellors foi jornalista, diretor de comerciais e de uma série na BBC antes de entrar para a publicidade. Passou por Publicis, S&S e teve a sua Agency Mellors Reay. Assumiu, em 2004, a presidência do escritório da Grey na América do Norte e, em 2007, o cargo global de criação, bem como o posto de vice-chairman.

JWT — O argentino Fernando Vega Olmos deixou na semana passada a direção global de criação. Ele sucedeu, em 2010, o australiano Craig Davis, que exercia o papel desde 2005 e que preferiu retornar à Austrália, sua terra natal.

Y&R — Tony Granger chegou ao cargo em novembro de 2007. Antes, era diretor executivo de criação da Saatchi&Saatchi de Nova York. Assumiu o lugar de Michael Patti.

Ogilvy — Desde janeiro de 2009 no cargo, Tham Khai Meng assumiu a função pelos ótimos resultados da Ogilvy na Ásia, fato que elevou inclusive o CEO Miles Young à liderança executiva global. Meng é tido como primeiro asiático a assumir a direção global de criação de uma das grandes redes globais.