sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mercado volta a elevar projeção para o PIB em 2010

O crescimento da economia deve ser de 6% neste ano, segundo relatório Focus
Da Agência Estado
O mercado financeiro voltou a elevar a estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010. De acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central (BC), no levantamento realizado junto a instituições financeiras a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de um avanço de 5,81% para um crescimento de 6%. Há duas semanas, a previsão era de expansão de 5,60%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%.

No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 subiu de 9,41% para 9,50%. Para 2011, a projeção para o desempenho da indústria permaneceu em alta de 5,00%.

Inflação e juros
O mercado financeiro voltou a elevar a previsão para a inflação a ser apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010. De acordo com pesquisa Focus, a expectativa para o índice no ano subiu de 5,32% para 5,41%, se distanciando ainda mais do centro da meta do governo para a inflação no ano, que é de 4,50%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA em 2011 ficou inalterada em 4,80%.

Em relação à inflação de curto prazo, a estimativa para o IPCA de abril subiu de 0,46% para 0,49%. Para maio, a projeção subiu de 0,37% para 0,38%. O dado do IPCA de abril deve ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 7 de maio.

A estimativa para a taxa básica de juros (Selic) para o fim de 2010 foi elevada de 11,50% ao ano para 11,75% anuais. A projeção para a taxa no fim de 2011 foi mantida em 11,25% ao ano. O mercado também manteve a estimativa de que o início do processo de alta dos juros ocorra já neste mês, com aumento de 0,50 ponto porcentual na Selic, para 9,25% ao ano. A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) será realizada entre amanhã e quarta-feira. Atualmente, a Selic está em 8,75% ao ano.

Câmbio e contas externas
Os analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda norte-americana no fim de 2010 ficou em R$ 1,80. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana seguiu em R$ 1,85. A previsão de câmbio médio no decorrer de 2010 ficou em R$ 1,81.

O mercado financeiro também manteve as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano continuou em US$ 50 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos passou de US$ 60 bilhões para US$ 59,20 bilhões.

A previsão de superávit comercial em 2010 subiu de US$ 10 bilhões para US$ 12 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial subiu de US$ 3,99 bilhões para US$ 5 bilhões.

Analistas reduziram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010 de US$ 39 bilhões para US$ 38 bilhões. Para 2011, a estimativa para o IED permaneceu inalterada em US$ 40 bilhões.


Pequenas Empresas Grandes Negocios - 26/4/10

Vendas de máquinas cresceram 116% no primeiro trimestre

Impulsionadas pelos investimentos em infraestrutura, as vendas de máquinas rodoviárias, utilizadas na construção civil, cresceram 116% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2009, segundo dados da Abimaq.

Em relação ao primeiro trimestre de 2008, considerado o melhor ano da história pelo segmento, o crescimento é de 77%.

No total, o setor vendeu 4,6 mil máquinas no período, ante 2,1 mil do primeiro trimestre de 2009. As exportações também apresentaram recuperação, com crescimento de 77,4% no mesmo intervalo.

Com isso, a produção dos equipamentos no Brasil deu um salto de 244% de janeiro a março deste ano.

Outro detalhe do balanço das vendas de máquinas para construção é a queda de 20,5% das importações. O movimento é explicado em grande parte pelas condições favoráveis do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES, que exige mais de 60% de nacionalização dos itens que compõem os equipamentos.

O levantamento, realizado mensalmente pela Abimaq, abrange os equipamentos para construção da chamada “linha amarela”, que inclui escavadeiras hidráulicas, tratores de esteiras, motoniveladoras, rolos compactadores, retroescavadeiras, pás carregadeiras e outros modelos do gênero.

Revista M&T - 30/04/2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

doe palavras - todo mundo pode

O Hospital Mário Penna em Belo Horizonte, que cuida de doentes de câncer,
lançou um projeto que se chama Doe Palavras
Fácil, rápido e todos poderão doar um pouquinho.
Acesse http://www.doepalavras.com.br/
escreva uma mensagem de otimismo, curta (como twitter) e aparecerá no telão
para os pacientes que estão fazendo o tratamento.
É linda a reação de esperança dos pacientes. As mensagens são em tempo real
e diariamente num telão do hospital.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Como voar no Twitter

Em apenas quatro anos de existência, a rede social Twitter teve sua história marcada pelo crescimento vertiginoso de seus usuários. Segundo a empresa de pesquisa eMarketer, 2009 terminou com 18 milhões de usuários ativos somente nos Estados Unidos, e a previsão é de 26 milhões até o fim de 2010. O Brasil é o segundo país com o maior número de participantes na rede social (8%) e o terceiro com maior número de tweets (as mensagens de até 140 caracteres) enviados, segundo o instituto Sysomos, que analisou 13 milhões de usuários ativos do Twitter entre 16 de outubro e 16 de dezembro de 2009.

Uma ferramenta de alcance tão amplo como essa deve ser sempre levada em consideração para conquistar e manter clientes. Engana-se, porém, quem acha que ela funciona para qualquer negócio. Abaixo, algumas dicas para saber se você precisa mesmo do pássaro azul e como usá-lo de forma produtiva.


PARA DEFINIR O SEU PERFIL

1. Se o público que você quer atingir não utilizar o Twitter ou a internet corriqueiramente, vai ser difícil suas ações terem algum efeito. “O empreendedor precisa se perguntar se as pessoas que utilizam os serviços dele vão aderir a essa estratégia”, afirma Tiago Fachini, gerente de mídias sociais da agência A2C. “Nem toda empresa precisa entrar no Twitter.”
2. Se a reposta for positiva, defina como se comportar e como deseja ser visto pelos seguidores do seu perfil empresarial, além, claro, do que você quer alcançar com ele. “O Twitter funciona para construir a identidade digital do negócio”, diz Diogo Cardoso, coordenador de planejamento em mídias sociais da Agência Idéia S/A.
3. Definida a imagem da empresa, entenda que os resultados podem demorar a aparecer. Será preciso ter pessoas dedicadas a cuidar da conta na rede social. “Iniciativas no Twitter muitas vezes acabam se tornando bolhas. Os empreendedores fazem poucas atualizações e, no final, abandonam o perfil”, diz Fachini.


PEQUENO MANUAL DE ETIQUETA

1. Depois de abrir sua conta, não se empolgue e saia adicionando pessoas aleatoriamente. “Procure se relacionar com quem você já fez contato ou com pessoas que tenham alguma relação com o universo de sua empresa”, afirma Cardoso. E vá devagar, para não parecer que seu perfil é algum tipo de spammer.
2. Não deixe de lado o uso do bom português, só porque as mensagens são curtas. As reduções — como “vc” ou “pq” — são até válidas, mas assassinar a ortografia, não. “Você deve evitar que sua empresa se torne moda na rede pelos motivos errados”, diz Cardoso.
3. Faça uma pesquisa sobre como vai alaborar suas atualizações e em que espaço de tempo. Se há muito conteúdo para passar, programe suas publicações com intervalos para não sobrecarregar seus seguidores — que podem ficar aborrecidos e desistir de seguir seu perfil. E sempre envie mensagens com informações relevantes.
4. Por último, não deixe de interagir com seus seguidores, usando a ferramenta para agradecer ou tirar dúvidas. “A humanização da ferramenta é muito importante. As pessoas perdem o interesse se a atualização é meramente mecânica”, afirma Cardoso.


O QUE É POSSÍVEL FAZER

1. O pássaro azul pode ser um eficiente — e barato — canal de comunicação. Uma das ações mais utilizadas atualmente é fazer promoções por meio de retwittes: seguidores só participam se reproduzirem no seu perfil uma determinada mensagem. A loja virtual de camisetas Camiseteria, por exemplo, prometeu distribuir os novos Apple iPads como prêmio entre os que seguem o seu perfil. As chances de o concorrente ganhar aumentam se ele retwittar o concurso. “Divulgue a promoção entre os seus seguidores no Twitter. Se um deles for o sortudo que ganhar o Apple iPad, você ainda terá outra chance de ganhar como sendo seguidor do seu seguidor!”, anuncia. Estratégias como essa ajudam a propagar a marca entre pessoas que não conhecem ou não seguem a conta.
2. Divulgar novos produtos e serviços também é uma ação comum. Mas colocar apenas o nome, uma breve descrição e um link pode parecer oportunista para os seguidores. “Dê dicas de utilização, de manutenção ou assuntos que se relacionem ao que você está divulgando”, afirma Fachini.
3. Para aumentar a participação de quem acompanha seu perfil, faça enquetes e pesquisas rápidas de opinião. Ofereça para seguidores influentes a chance de testar algum produto ou serviço novo, para que depois divulguem entre amigos o que acharam. E não deixe de integrar a conta no Twitter à sua página na internet.

Pequenas Empresas & Grandes Negócios 16/4/10

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O que realmente é importante nas redes?

“O que importa não é a tecnologia, mas as relações que você forma nas redes”. Charlene Li, uma das maiores especialistas em mídias sociais começou a sua apresentação em São Paulo com esta reflexão. Pela primeira vez no Brasil, a especialista abordou durante o Seminário sobre Estratégia em Redes Sociais, organizado pela HSM, no dia 25 de março, o conceito de como criar um maior engajamento das pessoas/clientes na rede.
Para Charlene, o que vale em todo este novo contexto das mídias sociais é apertar a mão do cliente. “As mídias sociais permite que você forme relacionamentos novos e de novas maneiras. A forma de falar com o cliente mudou. Levar apenas uma mensagem para o cliente não é mais a fórmula que funciona em marketing. É só pensarmos em quantos clientes preferem conversar, especialmente com os negócios e marcas que passaram a amar”, explica.
As redes sociais tornaram as conversas mais humanas entre empresa e cliente, diminuindo o tom corporativo. Ao invés de conversar com um press release, já é possível falar diretamente com o diretor de um produto. Charlene ressalta que fazer campanhas e se basear apenas nas métricas como resultado já é um modelo também em desuso. “O novo jeito de se fazer marketing é ter um relacionamento contínuo e ver como ele se desenvolve. Neste caminho é possível enxergar a via por onde se passa, planejar para onde quer ir e se desenvolver para isso”, enfatiza.
Então, como fazer para entender todo esse universo e saber para onde caminhar? Charlene dá a dica: foque na sua estratégia. “Tenha um objetivo em mente e entenda os gráficos sociais. É imprescindível saber o que as pessoas fazem, pensam e o que elas esperam. Isso é entender o que as tecnologias sociais podem fazer a nosso favor. Aproveitar este diálogo e dar todo o apoio necessário transformando este relacionamento em inovação é a maneira mais inteligente de utilizar as redes”, comenta Charlene.
Além de um objetivo claro, as empresas devem ainda pensar no que realmente querem fazer e depois examinar as mídias sociais para aplicar em seus negócios. “A estratégia não é uma linha reta, ela vai tomar muitos caminhos. É como um casamento. Você não inicia um relacionamento pensando em casar. A relação vai se construindo aos poucos. Nas redes sociais a lógica ainda é a mesma. Portanto, encontre onde seus clientes estão, mapeie a sua vida social e entenda como ele pode compartilhar seu conteúdo. Depois disso, crie mecanismos de interação, seja por meio de comentários ou outra forma. O importante é criar a via de mão dupla e fazer das redes um resultado para a empresa, conclui.

Katia Cecotosti, editora do portal HSM Online

O que realmente é importante nas redes?

“O que importa não é a tecnologia, mas as relações que você forma nas redes”. Charlene Li, uma das maiores especialistas em mídias sociais começou a sua apresentação em São Paulo com esta reflexão. Pela primeira vez no Brasil, a especialista abordou durante o Seminário sobre Estratégia em Redes Sociais, organizado pela HSM, no dia 25 de março, o conceito de como criar um maior engajamento das pessoas/clientes na rede.
Para Charlene, o que vale em todo este novo contexto das mídias sociais é apertar a mão do cliente. “As mídias sociais permite que você forme relacionamentos novos e de novas maneiras. A forma de falar com o cliente mudou. Levar apenas uma mensagem para o cliente não é mais a fórmula que funciona em marketing. É só pensarmos em quantos clientes preferem conversar, especialmente com os negócios e marcas que passaram a amar”, explica.
As redes sociais tornaram as conversas mais humanas entre empresa e cliente, diminuindo o tom corporativo. Ao invés de conversar com um press release, já é possível falar diretamente com o diretor de um produto. Charlene ressalta que fazer campanhas e se basear apenas nas métricas como resultado já é um modelo também em desuso. “O novo jeito de se fazer marketing é ter um relacionamento contínuo e ver como ele se desenvolve. Neste caminho é possível enxergar a via por onde se passa, planejar para onde quer ir e se desenvolver para isso”, enfatiza.
Então, como fazer para entender todo esse universo e saber para onde caminhar? Charlene dá a dica: foque na sua estratégia. “Tenha um objetivo em mente e entenda os gráficos sociais. É imprescindível saber o que as pessoas fazem, pensam e o que elas esperam. Isso é entender o que as tecnologias sociais podem fazer a nosso favor. Aproveitar este diálogo e dar todo o apoio necessário transformando este relacionamento em inovação é a maneira mais inteligente de utilizar as redes”, comenta Charlene.
Além de um objetivo claro, as empresas devem ainda pensar no que realmente querem fazer e depois examinar as mídias sociais para aplicar em seus negócios. “A estratégia não é uma linha reta, ela vai tomar muitos caminhos. É como um casamento. Você não inicia um relacionamento pensando em casar. A relação vai se construindo aos poucos. Nas redes sociais a lógica ainda é a mesma. Portanto, encontre onde seus clientes estão, mapeie a sua vida social e entenda como ele pode compartilhar seu conteúdo. Depois disso, crie mecanismos de interação, seja por meio de comentários ou outra forma. O importante é criar a via de mão dupla e fazer das redes um resultado para a empresa, conclui.

Katia Cecotosti, editora do portal HSM Online

Aprenda a engajar na sua rede social

Veja as cinco etapas para atrair, envolver e conquistar pessoas em comunidades virtuais
Aprender a engajar as pessoas nas mídias sociais pode, além de gerar um maior relacionamento com os clientes, aumentar ainda o faturamento das empresas. Para Charlene Li, uma das maiores especialistas em mídias sociais, o engajamento social e o aumento do faturamento podem estar ligados diretamente, pelo menos foi o que mostrou uma pesquisa realizada pela Altimeter Group. “O estudo EngagementDB.com analisou as 100 maiores marcas do mundo e apontou que as três primeiras colocadas (eBay, Dell e Starbucks) cresceram 18% no último ano. A conclusão é de que tem algo em relação as marcas que estão prontas para interagir que permite este sucesso financeiro”, afirma Charlene, que participou no dia 25 de março, do Seminário sobre Estratégias de Redes Sociais da HSM.
Charlene se baseia no conceito de Pirâmide de Engajamento, onde cinco passos precisam ser entendidos e identificados para trazer as pessoas para dentro da empresa. O primeiro é o que ela chama de Watching, onde existem pessoas apenas observando. Existe uma parcela das pessoas que se envolve apenas pela observação. Entram nas mídias, assistem vídeos, lêem blogs, mas não chegam a postar ou contribuir com conteúdo.
Para engajar esses observadores, a empresa deve buscar informações sobre o cliente e criar ferramentas para gerar mais participação. “Quando você quer envolver as pessoas é necessário entender qual conteúdo elas estão consumindo, o que estão lendo, o que querem saber, se o conteúdo chega a elas ou não e qual o tipo de pessoa atrai o conteúdo. Para isso, a empresa pode criar espaços e canais para gerar mais comentários e participação do público, seja pelo site institucional ou por outra plataforma de rede social”, exemplifica.
Um segundo andar da pirâmide, é o Sharing, ou a forma que as pessoas compartilham as informações. “Porque as pessoas compartilham? A resposta é simples: porque elas se sentem bem por terem ajudado alguém e há muitas maneiras de estimular esse compartilhamento. Você pode pedir opiniões e incluir comentários nos produtos, por exemplo. Muitas empresas têm aberto espaços nos sites para receber sugestão sobre seus produtos e inovar a partir daí”, explica Charlene.
Numa terceira etapa está o Commenting, onde se dará a forma de engajar os comentários. Veja como está seu site hoje, se existe espaço nele para comentários e interação. Se a ferramenta é uma via de mão-dupla e se ajudará esta comunidade a se desenvolver. Numa quarta fase, a da Producing, está a Produção, onde surge a necessidade de identificar e interagir com o público. Empresas como Walmart conseguiram, por exemplo, desenvolver um blog escrito por mães e não por eles. Por meio dos posts, a empresa consegue ouvir o que as consumidoras têm a dizer e desenvolver melhorias”, salienta a especialista em mídias sociais.
E finalmente, a última etapa é a Curating, ou Curadoria, onde a moderação atinge um ponto estratégico. No meio dos membros da comunidade é importante eleger algumas pessoas que atuarão como embaixadoras, com o papel de entender as necessidades, identificá-las e levá-las de volta a empresa. “A empresa precisa tratar essa pessoa como um conselheiro confiável e lembrar-se de reconhecê-la no momento certo. Na minha visão, o Brasil tem compartilhado bem suas informações. Acredito que os clientes já estão prontos para as mídias sociais. Resta conseguir esta interação e achar o tom adequado para lidar com esta comunidade”, finaliza.
Katia Cecotosti, editora do portal HSM Online

Crie elos com o público-alvo nas redes

Charlene Li, especialista em mídias sociais, fala sobre a Sociografia como uma maneira de rastrear o público nas redes para desenhar estratégias de marketing
Rastrear, encontrar e conversar. Esses são os três passos que Charlene Li, presente no Seminário de Estratégias de Redes Sociais da HSM, realizado no dia 25 de março, chama de Sociografia. Para a especialista em mídias sociais, a sociografia faz perguntas fundamentais como: Onde estão seus clientes online? Quais são os comportamentos sociais online de seus clientes? Em quais pessoas ou informações sociais seus clientes confiam? Qual é a influência social de seus clientes? Quem confia neles? Como seus clientes usam as tecnologias sociais no contexto dos produtos da sua empresa?

Com todas as respostas em mãos, a empresa já pode direcionar seus esforços de marketing e criar elos com os clientes. “Se analisarmos as conversas que acontecem hoje nas redes, cerca de 40% delas incluem algum tipo de marca ou serviço. É preciso mapear essas conversas e se for preciso interagir e saber ainda o que o seu concorrente está fazendo nestas mídias. Você pode até não entrar nas redes, mas estará perdendo a oportunidade de estabelecer relacionamentos novos. Se você vai entrar no mercado novo, porque não usar todos os recursos disponíveis?”, questiona Charlene.

Mas entrar nas redes não é o suficiente. É preciso entender o que está acontecendo em tempo real e estar pronto para interagir também em tempo real com as pessoas. Dar uma resposta em 24 horas já não é mais aceitável. “Para as empresas, ainda é difícil estabelecer o relacionamento na rede, por isso ressalto a importância de ouvir, aprender com os clientes, mudando a forma de enxergar e estabelecer sempre o diálogo,” pontua Charlene.

Empresas como Starbucks Coffee, Dell, Lego, Procter & Gamble e Kohl’s, têm conseguido conversar com clientes de maneira autêntica, dando consistência nestes relacionamentos. Por meio de comunidades ou de seus sites, essas empresas criaram diferentes formas de envolver os clientes em sua linha de produção, melhoria dos produtos, criação e desenvolvimento etc. “A plataforma mudou, mas as razões para a comunicação não. Tenha sempre a transparência nestas relações e responda prontamente a sugestões e críticas. Aliás, as críticas são excelentes termômetros para os processos de melhoria. Basta enxergar os problemas como fonte de inovação’, conclui Charlene.

Katia Cecotosti, editora do HSM Online

Philip Kotler - O cliente é o chefe

www.hsmglobal.com

quinta-feira, 22 de abril de 2010

FMI ALERTA: RISCOS DE REAQUECIMENTO

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento de 5,5% para o Brasil em 2010, mas adverte que o governo deve prestar atenção particular para os riscos de que um reaquecimento se transforme em preocupação. A instituição prevê um crescimento de 4,1% para o conjunto da América Latina no ano e em 2011. Segundo o Fundo, a região é uma das que demonstra melhor recuperação da pior crise econômica desde a 2ª Guerra Mundial.
A respeito do Brasil, o FMI destaca em seu relatório semestral que o país parece estar perto do ponto no qual as pressões inflacionárias estão crescendo e por este motivo, o Fundo sugere uma política monetária “ágil” e pronta para a reação. Nas previsões divulgadas ontem, o FMI projeta ainda um crescimento de 4,1% para o Brasil em 2011. A instituição lembra ainda os riscos para os países da região de superaquecimento em conseqüência das condições internas, que podem gerar grandes fluxos de entrada de capital estrangeiro.
Nicomex - 22/04/2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Economia cresce e já aponta para PIB recorde

A economia brasileira manteve no primeiro trimestre do ano o ritmo acelerado com que encerrou 2009

A economia brasileira manteve no primeiro trimestre do ano o ritmo acelerado com que encerrou 2009. O crescimento expressivo da produção industrial e do varejo em fevereiro, segundo analistas, indica que o Produto Interno Bruto (PIB) no período avançou 2%, equivalente a uma taxa anualizada de 8,4%. Dessa forma, as previsões sobre o comportamento do PIB no ano estão sendo constantemente elevadas e agora já chegam a ultrapassar os 7%. Se a previsão se confirmar, será o maior crescimento desde os 7,49% de 1986, na vigência do Plano Cruzado.

Os dados de vendas no comércio varejista em fevereiro superaram de longe a expectativa do mercado, que trabalhava com uma expansão inferior a 1% sobre janeiro, mas viu uma alta de 1,6%. O próprio número de janeiro foi revisado para cima, de 2,7% para 3%. O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, diz que "todos os dados vieram acima das projeções", o crescimento foi disseminado e sua aceleração é "inequívoca".

No caso do varejo ampliado, que inclui veículos, peças e materiais de construção, o crescimento atingiu 2,1% em relação a janeiro. Tudo indica que, em março, as vendas de automóveis tiveram mais um desempenho expressivo, com o fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Segundo os números da Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave), o licenciamento de automóveis e comerciais leves cresceu 18,6% sobre fevereiro, na série com ajuste sazonal calculada pela LCA Consultores.

O economista Fernando de Paula Rocha, da JGP Gestão de Recursos, calcula que se o país não crescer mais nada até o fim do ano, apenas com o registrado no primeiro trimestre e o que herdou de 2009, o PIB crescerá 4,8%. "Isso, é claro, não vai acontecer", diz. "Se o crescimento recuar de 2% para 1% entre o primeiro e o segundo trimestre e oscilar nessa faixa até dezembro, o PIB avançará 6,4%. Uma alta superior a 6% é muito fácil de ser alcançada".

O aumento do consumo motiva os analistas a projetar elevações de preços, já em alta no primeiro trimestre devido a fatores sazonais, e a aguardar uma elevação mais agressiva dos juros na próxima reunião do Copom.
Valor Economico
Sergio Lamucci e João Villaverde, de São Paulo
15/04/2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Endomarketing em nova perspectiva

Para Carvalho, da Faculdade AIEC, o marketing interno precisa ser tratado com maior atenção pelas empresas
O Endomarketing foi concebido como marketing voltado para o ambiente interno das organizações em meados da década de 1980, nos Estados Unidos, com um propósito bem claro: transformar empregados em promotores. No início, parecia simples atingir esse objetivo, uma vez que bastava antecipar ao público interno produtos e serviços que mais tarde seriam levados aos consumidores.

Assim, conscientes das qualidades e defeitos de suas “ferramentas de trabalho”, os empregados aumentariam as chances de sucesso nas vendas e de satisfação dos clientes também nos movimentos pós-vendas. Mas o aumento da complexidade de empresas e mercados tratou de jogar por terra essa percepção, notadamente porque o Endomarketing lida com os públicos internos, que nos últimos anos tem sofrido mudanças de perfil a partir da renovação etária sistemática da mão de obra ativa.

Ainda que a maioria dos profissionais de recursos humanos insista em confundir Endomarketing com comunicação interna, limitando sua atuação aos house organs, murais e refeitórios, essa concepção já não serve mais às organizações no contexto atual dos negócios. Uma revitalização do Endomarketing começa a ser modelada nas grandes corporações, que estão descobrindo por seus próprios meios que esta matéria do Marketing precisa ser tratada com maior atenção, considerando seu imenso potencial de geração de resultado.

É a velocíssima evolução dos negócios, com o surgimento de novos e criativos tipos de serviços a cada dia, em decorrência de um leque aparentemente infinito de novas necessidades, que lança nova perspectiva sobre o Endomarketing. E por incrível que pareça, quanto mais tecnologia incorporam às suas plataformas de negócios, mais aumenta a dependência que empresas tem das pessoas para que processos de toda ordem fluam do modo planejado. E o que há de novo nisso para o Endomarketing? A abordagem. Até o "boom" tecnológico da década de 1990, sua atuação era meramente periférica, assessória. Agora ela adquire status estratégico, ponto crucial para o sucesso de qualquer estratégia corporativa que dependa, direta ou indiretamente, da ação das pessoas.

Em sua nova perspectiva, o Endomarketing é a ferramenta essencial da gestão estratégica de pessoas: é ela que faz "o time entrar em campo", consciente das regras, dos papéis individuais e coletivos e dos objetivos do jogo. Longe dos discursos românticos da gestão de pessoas, que tratam desde o recrutamento até o complexo desenvolvimento de competências, passando pela gestão do clima organizacional, o novo Endomarketing procura tratar os diferentes públicos internos na dimensão de "compradores de idéias", gente que se move motivada por suas convicções e interesses próprios.

Nesse momento, gestores de organizações dos mais variados portes e segmentos começam a compreender melhor o Endomarketing e perceber o quanto sua utilização dentro dos preceitos do Marketing, disciplina que o gerou, pode representar em termos de resultados. A conjuntura competitiva será determinante para avanços perceptíveis na utilização do Endomarketing nos próximos anos, claramente como uma ferramenta de enorme potencial de influência sobre o desempenho das pessoas.

O primeiro desafio reside na ampliação do seu espaço de importância nas cúpulas das organizações. O Endomarketing precisa de mais espaço nas discussões que enfoquem direcionamentos estratégicos de curto, médio e longos prazos, com a finalidade de promover o rápido alinhamento entre discurso dirigente e ação da força de trabalho. Tudo isso compatibilizando-os com as diretrizes firmadas em nível diretivo. Dessa forma, em breve, sentar-se à mesa com um executivo de Endomarketing significará deparar-se com o profissional que possui dados sobre o comportamento do público interno, seus pontos fortes, fracos, e os utiliza de forma a obter o melhor rendimento da equipe.

O segundo desafio está na aplicação de abordagens inovadoras aos olhos dos diferentes públicos internos. Até aqui, o Endomarketing tem sido repetitivo em suas fórmulas de abordagem, replicando em partes, ou no todo, modelos utilizados no Marketing.

Em sua nova perspectiva, deverá apresentar novos paradigmas para o envolvimento das pessoas com a Idéia formulada no nível estratégico. E saber lidar com as novas tecnologias será decisivo para o enfrentamento desse desafio. Com gerações de empregados cada vez mais à vontade com os novos ambientes de interação, o Endomarketing haverá de demonstrar sua capacidade de adaptar-se a essa realidade e formular estratégias de abordagem adequadas a esse contexto.

O terceiro desafio do Endomarketing diz respeito ao desenvolvimento de métodos para a mensuração dos resultados auferidos a partir de sua aplicação. A nova cena empresarial, com margens de lucro decrescentes, não admite mais investimentos na mobilização do público interno que não tragam consigo retorno mínimo esperado. Os resultados obtidos a partir da atuação coordenada das pessoas demarcarão os parâmetros de avaliação das taxas de sucesso dos planos de Endomarketing.

Luís Carlos Carvalho (Professor da disciplina de Administração Mercadológica da Faculdade AIEC e consultor de empresas, além de criador e coordenador do site www.endomarketing.com)


Fonte: Mundo do Marketing (www.mundodomarketing.com.br)
26/02/2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Companhias usam redes sociais para atender reclamações

Carlo Carrenho é um consumidor exigente que nunca hesitou em enviar fax a diretorias inteiras de companhias de serviços e fabricantes de produtos de consumo para reclamar de eventuais problemas. "Sempre fui reclamão", brinca o executivo, que atua como "publisher" do grupo Ediouro. Mas o que vem tornando Carrenho um osso ainda mais duro de roer nos últimos tempos é o caminho encontrado para fazer suas críticas: as redes sociais, especialmente o Twitter.

Recentemente, Carrenho ligou para sua operadora de telefonia, interessado na versão mais recente do iPhone, da Apple. "Eles disseram que não tinham o equipamento em estoque e que não podiam oferecer nenhum desconto na compra do aparelho", diz o executivo. Com uma conta mensal por volta de R$ 3 mil, o que o coloca em um grupo de usuários especiais, Carrenho entrou no Twitter para reclamar do caso, informando até o número do atendimento no call center. Um dia depois, a operadora entrou em contato e ofereceu um "voucher" que cobria o valor total do aparelho. A companhia não atribuiu a mudança de comportamento ao uso do Twitter, mas Carrenho se sentiu recompensado em apelar para a web.

O caso indica uma mudança de comportamento em relação às redes sociais. Considerados inicialmente um universo restrito ao público adolescente, esses serviços receberam pouca atenção das grandes marcas. Mesmo entre as companhias que se interessaram por elas, o uso ficou limitado a ações de marketing e divulgação. Agora, à medida que ganham força, as redes estão se tornando um espaço para as empresas lidarem com um assunto tão fundamental quanto espinhoso para seus negócios: o atendimento ao cliente.

"A rede social transformou-se em um megafone, tornando a reclamação de um [consumidor] na de muitos", afirma Daniel Deivisson, diretor de novos negócios da Neocontact, uma companhia especializada em ajudar empresas a atender seus clientes nas redes sociais. O objetivo é resolver rapidamente o problema do consumidor, evitando danos à marca e, se possível, revertendo as críticas em elogios on-line.

As redes sociais estão reescrevendo as regras de atendimento, diz Deivisson. Se tradicionalmente o consumidor é medido pelo poder de compra ou lealdade à marca, nas redes sociais o que vale é sua capacidade de multiplicar as críticas - ou admiração - ao maior número de pessoas.

A companhia desenvolveu um software que monitora as redes sociais e identifica os maiores autores de reclamações, os problemas mais citados e os temas recorrentes. O segredo está em um algoritmo que identifica quantos "amigos" uma pessoa tem nas redes sociais, atribuindo a elas uma espécie de nota de risco. Quanto maior o poder de impacto do cliente, mais incisiva deve ser a ação da empresa.

Com investimento de R$ 2 milhões em software e processos, a Neocontact usa as próprias redes sociais para entra em contato com os usuários irritados, encaminhando o problema ao call center da empresa-cliente. Depois, volta ao consumidor para comunicar a solução encontrada e verificar se o movimento resultou em uma ação positiva na web.

Outras empresas investem em serviços semelhantes. Na Direct Labs, a ideia é monitorar as redes sociais, definindo um manual de "o que fazer" em cada caso. "Se um volume grande de mensagens com reclamações for detectado em um determinado período de tempo, qual ação deve ser tomada? Ativar a área de atendimento ao cliente? Avisar os diretores da empresa? Todos os cenários têm que ser desenhados", diz Diego Monteiro, consultor de redes sociais da Direct Labs. A companhia desenvolveu um software, batizado de Scup, para a tarefa de monitoramento. A empresa tem 13 clientes atualmente. Um deles, a rede de restaurantes Arábia, monitora a postagem de mensagens do tipo "estou com fome" e "estou à procura de uma receita". Recentemente, um blogueiro fez um "post" pedindo uma dica para cozinhar algo com semolina. O pedido foi detectado e uma receita da "chef" do restaurante foi enviada ao blogueiro. "Ele ficou surpreso e fez um novo 'post', agradecendo", diz Monteiro.

O interesse crescente das companhias em usar as redes para melhorar seu relacionamento com o consumidor é, em parte, reflexo das próprias mudanças de perfil pelas quais esses sites vem passando. Além de conquistar um público crescente, os serviços estão "envelhecendo", se é que é possível empregar o termo a um fenômeno tão novo.

Até dezembro de 2009, a maior fatia de audiência das redes sociais Orkut, Facebook e Twitter no Brasil era de usuários com até 24 anos de idade. Isso, no entanto, mudou. Em fevereiro, segundo o instituto Ibope Nielsen Online, das 28,5 milhões de pessoas que navegaram pelos três serviços, a maioria - 10,9 milhões de usuários - tinha mais de 35 anos. O público com até 24 anos somou 10,3 milhões.

Juntos, Orkut, Facebook e Twitter representam a maioria esmagadora dos acessos a redes sociais no país. Das 36,7 milhões pessoas que navegaram pela rede em fevereiro, 78% visitaram pelo menos um desses sites. Entre maio de 2009 e fevereiro deste ano, a audiência total desses sites cresceu 13%, avançando 21% entre o grupo com mais de 35 anos. Um dos dados mais curiosos é que, atualmente, o grupo de usuários com mais de 50 anos de idade (5,5 milhões de usuários) supera o de pessoas entre 18 e 24 anos (5 milhões).

A mudança de perfil, segundo José Calazans, analista do Ibope Nielsen, deve-se em parte ao crescimento do uso do computador na classe C. "Há uma sinalização de que essas pessoas, que muitas vezes não podem usar a internet no ambiente de trabalho, estão deixando para conhecer os recursos de internet em casa", comenta. "Os serviços de comunicação em geral são os mais acessados por esses novos usuários."

As próprias redes sociais veem com interesse o apelo recentemente despertado entre as grandes empresas. No Reino Unido, o banco HSBC começou a receber muitas reclamações em sua página no site Facebook depois de lançar uma conta direcionada ao público jovem. "Aparentemente, os jovens demonstravam alguma resistência à marca", diz Meenal Balar, responsável pela estratégia de expansão internacional do Facebook. Com os comentários em mãos, o HSBC passou a aprimorar sua oferta.

Outro exemplo vem da Procter & Gamble, que está usando o Facebook para fazer pesquisa de opinião e testes de novos produtos. "As pessoas não querem só ver publicidade. Elas querem interagir com as marcas", diz Meenal. Desde sua primeira visita ao país, em julho do ano passado, o número de usuários brasileiros cadastrados no Facebook cresceu quatro vezes. No mundo, o Facebook já ultrapassou os 400 milhões de usuários.

Valor Econômico
João Luiz Rosa, André Borges e Gustavo Brigatto, de São Paulo
13/04/2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pessoas motivadas e felizes garantem maior resultado para as empresas

Veja como manter a motivação da equipe e garantir que 2010 seja, de fato, um ano rentável para a companhia
Com a retomada da economia, 72% dos donos de empresas pesquisadas pelo Sebrae/SP acham que seu faturamento crescerá em 2010, e 71% planejam gastar, principalmente, com a compra de máquinas, equipamentos e reforma das instalações.

A pesquisa revela ainda que, a maioria dos entrevistados (51%) espera aumentar o número de empregados e 80% lançarão novos produtos e serviços no ano que vem. Isto não será diferente em outros Estados brasileiros. Podemos dizer que começamos o ano com o pé direito, certo? Com certeza, mas é necessário lembrar que uma empresa não funciona sem material humano motivado e valorizado.

Muito tem se falado em competitividade, porém pouco tem sem falado no papel das pessoas na busca da mesma. As empresas buscam sucesso, querem aumentar suas receitas e melhorar seu lucro, porém a minoria tem um olhar apurado para aquilo que realmente pode dar lucro para uma empresa, ou seja, “Gente”. Isso mesmo, gente, pessoas, ou como queiram chamar: Recursos Humanos.

Vejo a maioria dos empresários contratando consultores, investindo em tecnologia, comprando carros novos. Mas ainda são poucos aqueles que olham para aquilo que poderá trazer lucro para uma empresa “pessoas motivadas”. Porém, como uma pessoa pode estar motivada para desempenhar sua função, se ela é tratada como lixo, um mal necessário, um custo a mais para a empresa?

Nas minhas experiências como consultor, professor e, sobretudo como funcionário, ouço histórias e me deparo com situações que me causam tristeza. Os gestores acham que pelo simples fato de empregarem uma pessoa, se tornam donos dela (qualquer semelhança com escravidão é mera coincidência), e podem fazer com as pessoas o que quiserem, e utilizam de algumas expressões que nos causam calafrios, como: “Você não é pago para pensar.” “Se você não quer o emprego, tem um monte que quer.” “Você é um custo inviável para empresa.” “Funcionário meu que estuda não serve.”

Agora pergunto: Como alguém pode trabalhar motivado com este tipo de tratamento? A questão é simples de se responder: Impossível! Aquele que trabalha com pessoas deve entender que o principal trunfo de uma empresa são pessoas engajadas, motivadas, envolvidas e que defendem a empresa com unhas, dentes, e, sobretudo com muita inspiração e dedicação. E isso só pode ocorrer se estas pessoas forem respeitadas e tratadas como seres humanos.

Ouça seus colaboradores, peça opiniões, se interesse pelas histórias deles, valorize aqueles que se dedicam e vestem de fato a camisa da empresa, não só os “bajuladores”, mas sim aqueles que acreditam na sua empresa e lutam para que ela seja cada dia melhor.

Faça esta experiência. Pessoas devem ser compreendidas, ouvidas e sobretudo valorizadas, e se você construir estas pequenas redes (que não são difíceis), garanto que a sua empresa vai crescer, se desenvolver, ampliar seu faturamento, diminuir o grau de desperdício, dentre outros benefícios. Pessoas motivadas e felizes darão o resultado que você precisa sem maiores esforços. Elas sabem mais do que ninguém como fazer, quando fazer e para quem fazer, pois afinal, as pessoas são a empresa.

Eduardo Maróstica (Doutor em Administração, Comunicação e Educação. É professor dos cursos de Pós-Graduação do INPG - Instituto Nacional de Pós Graduação e atua como consultor de empresas no Brasil e no exterior).

HSM Online
05/03/2010

Capacidade instalada na indústria deverá ser a maior em 8 anos, diz FGV

De acordo com levantamento sobre planos de investimentos em capacidade de produção da indústria, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), as empresas devem expandir a capacidade instalada em 14,6%, em média, durante este ano. O percentual é o maior registrado nos últimos oito anos. Para o triênio 2010-2012 foi projetada uma elevação 23,8%. A sondagem foi feita durante os meses de janeiro e fevereiro. O destaque da pesquisa é a categoria bens de consumo, cuja estimativa de expansão média é de 16,0%, a melhor nos últimos cinco anos. O setor de bens de capital apresentou projeção de 15,4% e o de bens intermediários, de 13,8%. Na análise referente ao período 2010-2012 a maior taxa média de investimentos em capacidade de produção também aparece em bens de consumo (27,1%). Para 80% das empresas, a demanda interna vem exercendo uma influência positiva quanto à realização de investimentos. No que diz respeito à demanda externa, esse percentual ficou em 40%. As condições de financiamento foram consideradas como uma influência positiva em 2010 por 42% das empresas, o melhor resultado da série, informa a FGV. (Fonte: Cosmetics Online, 23 de março de 2010)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

10 maneiras de fazer um marketing eficiente por e-mail

Com uma comunicação dirigida e total possibilidade de personalização, um e-mail marketing benfeito oferece alta taxa de retorno e ágeis mecanismos para mensurar as investidas. “A ferramenta é valiosa para empreendedores, uma vez que os coloca em pé de igualdade com as grandes empresas”, diz Rodrigo Almeida, sócio da empresa especializada em comunicação digital Dinamize. Mas é preciso atentar para a qualidade das ações. Listamos a seguir dez dicas, incluindo, por exemplo, a relevância das mensagens. Marcelo Miyashita, consultor e professor de marketing, tem experiência em e-mail marketing. Ele montou a Rede do Bem, uma comunidade cooperativa para indicação de vagas de empregos, usada também para a divulgação de seus cursos e de ações sociais. Quinzenalmente ele dispara e-mails para 4.300 alunos. “Como divulgo vagas de emprego, a rede é relevante para os cadastrados, que fazem questão de manter seus e-mails atualizados.”

1 INVISTA EM SUA BASE DE E-MAILS
De nada vale ter uma listagem enorme e irrelevante para o negócio. “Já tivemos mailing de 25 mil e-mails e não sabía¬-mos nem o nome das pessoas”, diz Maurício Renner, editor do site de tecnologia da informação Baguete. “Depois de constatar que muitas mensagens não eram sequer abertas, fizemos uma campanha de recadastramento e temos hoje uma base consistente de 8.700 assinantes.”

2 ABRA UM CANAL PARA OPT-OUT
Em todos os e-mails que enviar, disponibilize um link para descadastramento — caso contrário, a sua empresa corre o risco de ficar associada ao desrespeito e à prática de spam.

3 ACERTE NA FREQUÊNCIA
A não ser que tenha autorização do cadastrado para envios mais frequentes, atenha-se aos e-mails quinzenais ou no máximo semanais. O excesso de e-mails pode gerar uma imagem negativa.

4 SEJA RELEVANTE
Analise os links clicados pelos destinatários para identificar grupos de interesse. Se houver tribos bem distintas, segmente sua base de contatos, de modo a criar e-mails efetivamente relevantes para quem recebe.

5 POSSIBILITE A TROCA
Não se restrinja a enviar mensagens. Apresente para o destinatário um canal de aprofundamento e interação, seja por e-mail, fone, site ou blog. Em sites e blogs, disponibilize formulários de cadastro e apresente a possibilidade de indicar amigos.

6 DOSE O TAMANHO DOS ARQUIVOS
Não carregue os e-mails com imagens ou anexos pesados. Caso queira disponibilizar arquivos grandes para o destinatário, gere um link que conduza a eles.

7 SEJA OBJETIVO
Tenha títulos e mensagens objetivas. Seu e-mail concorre com várias outras mensagens — você tem poucos segundos para atrair quem lê.

8 DRIBLE O ANTI-SPAM
Antes de liberadas pelos provedores, as mensagens passam por filtros anti-spam. Existem palavras ranqueadas em mecanismos específicos — se uma delas atinge certa pontuação, é interpretada como lixo. “Sexo”, “Viagra” e links para o Orkut, por exemplo, alcançam muitos pontos. Em períodos de programa Big Brother Brasil, “BBB” é um termo que também assusta. Antes de disparar várias mensagens eletrônicas convém testar o envio para endereços de provedores distintos. Uma vez aprovadas, tudo OK para o restante do grupo.

9 INVISTA NO ENVIO
Há empresas especializadas em envio de e-mail marketing. Elas têm pacotes econômicos para envios reduzidos, como mil mensagens mensais. O disparo “doméstico” costuma ser barrado pelos provedores.

10 MENSURE OS RETORNOS
O e-mail marketing não é mero instrumento para divulgação. Trata-se de um modo de conhecer melhor o cliente e identificar suas preferências. Tome as mensurações feitas por empresas de e-mail marketing como formas para incrementar seu negócio. Você pode inclusive fazer testes, enviando diferentes mensagens para dois grupos e comparando os retornos obtidos.

Pequenas Empresas Grandes Negócios - 11/02/10

domingo, 4 de abril de 2010

Indústria paulista deixa o pior da crise para trás

O desempenho geral da indústria paulista ainda está 2,6% abaixo do nível anterior à crise financeira, que eclodiu em outubro de 2008, mas os números do Indicador de Nível de Atividade (INA), apurado no mês de fevereiro pela Fiesp e o Ciesp, mostram que a recuperação total deverá ocorrer ainda no primeiro semestre deste ano.

Segundo a pesquisa divulgada na última terça-feira, 30, pelas entidades, a evolução de fevereiro sobre janeiro alcançou 1,1% com ajuste sazonal, o maior percentual desde novembro de 2008, auge da crise. Sem ajuste, o crescimento foi de 0,4%.

Outras duas bases de comparação mostram o vigor da indústria: o acumulado do ano atingiu 15,4% (janeiro e fevereiro) e é o maior da série histórica da pesquisa, desde 2003, levando em consideração que no ano passado esses meses tiveram fraco desempenho.

Já o acumulado nos últimos 12 meses ainda é negativo em 3,6%, mas a tendência é que esta variação atinja rápido o nível zero.

"O efeito comparativo já configura altos percentuais de crescimento, porque a base de comparação está se livrando dos efeitos mais sangrentos da crise. Estamos em vigorosa recuperação", avaliou Paulo Francini, diretor-titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp/Ciesp.

Mesmo com um salto de 16,2% na atividade industrial em fevereiro, sobre o mesmo mês de 2009, o nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) ficou estável em 76,3% nesta base de comparação (dado sem ajuste sazonal).

Por trás deste efeito, segundo Francini, a combinação de duas variáveis: o aumento da capacidade produtiva, com a maturação dos investimentos feitos a partir do segundo semestre de 2009, e também da produtividade perdida com a crise. Ou seja, produzir mais com o mesmo número de horas trabalhadas.

"A corrida pelo reequipamento da indústria há de bater recordes em 2010, que será um ano comparativamente histórico para o aumento de capacidade produtiva", afirmou Paulo Francini.

Para o diretor, o grande estímulo vem do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), operado pelo BNDES. Criado em junho de 2009 e inicialmente previsto para terminar em um ano, o programa foi prorrogado até 31 de dezembro e tem o objetivo de estimular a antecipação de investimentos por parte das empresas.

"O nível de utilização da capacidade sofrerá esse impacto positivo ao longo do ano. Entre a decisão de investimento e o aumento da capacidade produtiva vão aproximadamente quatro meses. Isso indica que teremos um período continuado de crescimento, e ganhos adicionais de produtividade, porque os investimentos se espalham e têm maturações distintas", explicou Francini.

No total da indústria, o acumulado em 12 meses ainda é negativo (-3,6%), mas sete setores já ultrapassaram o nível zero no desempenho isolado. Despontam produtos químicos e alimentos e bebidas.

Na outra ponta, os últimos 12 meses ainda são piores que os 12 meses anteriores para nove atividades industriais que compõem o INA. O setor de máquinas e equipamentos aparece em último, porém, apesar de ter sofrido forte queda com a crise, tem uma das melhores taxas de recuperação.

Outro cenário traçado pela Fiesp/Ciesp mostra que seis setores já deixaram para trás os efeitos negativos, e tiveram em fevereiro um desempenho superior em relação a setembro de 2008, último mês forte antes da crise financeira. São eles: alimentos e bebidas (12,5%); outros equipamentos de transporte (11,8%); produtos químicos (10,4%); celulose e papel (7,3%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,3%);
móveis e indústrias diversas (2,6%).

O Sensor Fiesp, indicador que mede a percepção dos empresários quanto ao ambiente de negócios, alcançou em março um dos melhores resultados da série, iniciada em junho de 2006: 57,7 pontos.

Descontadas as boas pontuações obtidas nos meses finais do ano passado, em função da retomada pós-crise, resultado semelhante só apareceu em abril de 2008 (57,5).

Entre as variáveis, o emprego atingiu um dos melhores níveis da série (60 pontos). Investimento (57,3), mercado (60,9) e vendas (58,3) seguem em alta, enquanto o estoque apresenta-se ligeiramente abaixo do desejável.

"O Sensor está bombando, o que nos garante a continuidade do processo de recuperação do crescimento da indústria nos próximos meses. Temos um céu de brigadeiro à frente", sinalizou o diretor de Economia da Fiesp/Ciesp.

As entidades apostam em um crescimento de 13% para o INA em 2010. Francini acredita que a recuperação da exportação nacional de produtos manufaturados, que deverá ficar em torno de 20% (diante dos 26,6% perdidos em 2009), será um fator impulsionador desse resultado.


Data: 1/4/2010
Fonte: IPESI

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Indústria inicia 2010 em alta e se aproxima do patamar pré-crise

CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
A produção industrial brasileira, que registrou a segunda alta consecutiva em fevereiro (1,5%), está cada vez mais próxima de zerar as perdas ocasionadas com a crise econômica. O nível atual de produção é semelhante ao que fora observado em maio de 2008. Em relação ao pico da indústria, registrado em setembro de 2008, a produção tem queda de 3,2%.
Demanda interna atinge maior nível desde agravamento da crise, diz FGV
Otimismo do consumidor vai estimular indústria, diz CNI
Confiança da indústria atinge em março 2º maior nível desde 1995, diz FGV
Em meio aos impactos mais expressivos da crise, em dezembro de 2008, a indústria chegou a registrar um tombo de 20,6% na mesma comparação, segundo dados da PIM (Pesquisa Industrial Mensal), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Entre os setores da indústria, a produção de bens de consumo semi e não duráveis encontra-se 1,6% acima do nível constatado em setembro de 2008, puxada principalmente por alimentos e bebidas. A produção de bebidas, por exemplo, subiu 16,3% na comparação com o mês em que houve o estopim da crise econômica. No auge da crise, as perdas do setor chegaram a 8%.
"A produção de semi e não duráveis é mais ligada ao mercado interno, o que mostra a força da atividade doméstica durante a crise", afirmou o gerente de análises e estatísticas industriais do IBGE, André Macedo.
A produção de bens duráveis, que já havia recuperado as perdas em outubro do ano passado, retrocedeu desde então, e em relação a setembro de 2008, registra recuo de 0,7%. Em dezembro de 2008, a produção de duráveis apresentava queda de 47,6% sobre setembro daquele ano.
Atividade que ainda mais sofre com os efeitos da crise, a produção de bens de capital tem retração de 9,9% em relação a setembro de 2008, embora acumule 10 meses consecutivos de resultados positivos. No pico da crise, chegou a ter perdas de 28%.
A produção de bens intermediários tem retração de 1,3% na comparação com setembro de 2008. No auge da crise, essa queda chegou a 21,5%.
Influenciada pelos fracos resultados da industria no início de 2009, a produção industrial no acumulado do primeiro bimestre subiu 17,2% em relação a igual período no ano passado. Nessa comparação, trata-se do crescimento mais significativo desde o início da série histórica, em 1991.
Dos 27 segmentos avaliadas, 24 registraram crescimento no acumulado de janeiro e fevereiro, especialmente as produções de partes e peças para bens de capital (43,8%) e automóveis e caminhões (38,9%).
Em fevereiro, a atividade industrial avançou 18,4% ante período correspondente em 2009. É a maior variação, nessa comparação, para o mês de fevereiro, desde 1991.
O resultado de fevereiro mostra ainda que 72,1% dos produtos investigados pelo IBGE apresentaram expansão na produção. Desde 2003, quando o índice de difusão começou a ser medido, foi o maior percentual já registrado dentro da PIM.

Produção industrial cresce 1,5% em fevereiro e 18,4% sobre 2009

CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
A produção industrial subiu, em fevereiro, pela segunda vez consecutiva. A alta de 1,5% frente a janeiro indica aceleração em relação ao mês anterior, quando a variação positiva havia sido de 1,2% --em dado revisado--, informou nesta quinta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em relação a igual período em 2009, a produção industrial subiu 18,4%. No acumulado dos últimos 12 meses, verifica-se recuo de 2,6%.
Demanda interna atinge maior nível desde agravamento da crise, diz FGV
Otimismo do consumidor vai estimular indústria, diz CNI
Confiança da indústria atinge em março 2º maior nível desde 1995, diz FGV
A Pesquisa Industrial Mensal demonstra que houve aumento na produção em 15 dos 27 ramos pesquisados em fevereiro, na comparação com o mês anterior. O principal destaque ficou por conta da indústria farmacêutica, que subiu 15,9%.
Por outro lado, os principais resultados negativos foram constatados na produção de vestuário e acessório, com queda de 8,6%, e produtos de metal, (-3,2%).
Entre as categorias de uso, a produção de bens de consumo duráveis teve elevação de 0,7% frente a janeiro; em relação a fevereiro de 2009, houve avanço de 25,2%.
A produção de bens intermediários teve retração de 0,5% frente a janeiro, mas subiu 19,4% em relação a fevereiro do ano passado.
Já a produção de bens de capital teve elevação de 1,7% frente a janeiro, e teve alta de 26,2% contra fevereiro do ano passado.
Por fim, a produção de bens de consumo semi e não duráveis cresceu 2,4% em fevereiro, na comparação com janeiro. Em relação a igual período em 2009, no entanto, houve registro de elevação de 10,5%.