sexta-feira, 23 de abril de 2010

Aprenda a engajar na sua rede social

Veja as cinco etapas para atrair, envolver e conquistar pessoas em comunidades virtuais
Aprender a engajar as pessoas nas mídias sociais pode, além de gerar um maior relacionamento com os clientes, aumentar ainda o faturamento das empresas. Para Charlene Li, uma das maiores especialistas em mídias sociais, o engajamento social e o aumento do faturamento podem estar ligados diretamente, pelo menos foi o que mostrou uma pesquisa realizada pela Altimeter Group. “O estudo EngagementDB.com analisou as 100 maiores marcas do mundo e apontou que as três primeiras colocadas (eBay, Dell e Starbucks) cresceram 18% no último ano. A conclusão é de que tem algo em relação as marcas que estão prontas para interagir que permite este sucesso financeiro”, afirma Charlene, que participou no dia 25 de março, do Seminário sobre Estratégias de Redes Sociais da HSM.
Charlene se baseia no conceito de Pirâmide de Engajamento, onde cinco passos precisam ser entendidos e identificados para trazer as pessoas para dentro da empresa. O primeiro é o que ela chama de Watching, onde existem pessoas apenas observando. Existe uma parcela das pessoas que se envolve apenas pela observação. Entram nas mídias, assistem vídeos, lêem blogs, mas não chegam a postar ou contribuir com conteúdo.
Para engajar esses observadores, a empresa deve buscar informações sobre o cliente e criar ferramentas para gerar mais participação. “Quando você quer envolver as pessoas é necessário entender qual conteúdo elas estão consumindo, o que estão lendo, o que querem saber, se o conteúdo chega a elas ou não e qual o tipo de pessoa atrai o conteúdo. Para isso, a empresa pode criar espaços e canais para gerar mais comentários e participação do público, seja pelo site institucional ou por outra plataforma de rede social”, exemplifica.
Um segundo andar da pirâmide, é o Sharing, ou a forma que as pessoas compartilham as informações. “Porque as pessoas compartilham? A resposta é simples: porque elas se sentem bem por terem ajudado alguém e há muitas maneiras de estimular esse compartilhamento. Você pode pedir opiniões e incluir comentários nos produtos, por exemplo. Muitas empresas têm aberto espaços nos sites para receber sugestão sobre seus produtos e inovar a partir daí”, explica Charlene.
Numa terceira etapa está o Commenting, onde se dará a forma de engajar os comentários. Veja como está seu site hoje, se existe espaço nele para comentários e interação. Se a ferramenta é uma via de mão-dupla e se ajudará esta comunidade a se desenvolver. Numa quarta fase, a da Producing, está a Produção, onde surge a necessidade de identificar e interagir com o público. Empresas como Walmart conseguiram, por exemplo, desenvolver um blog escrito por mães e não por eles. Por meio dos posts, a empresa consegue ouvir o que as consumidoras têm a dizer e desenvolver melhorias”, salienta a especialista em mídias sociais.
E finalmente, a última etapa é a Curating, ou Curadoria, onde a moderação atinge um ponto estratégico. No meio dos membros da comunidade é importante eleger algumas pessoas que atuarão como embaixadoras, com o papel de entender as necessidades, identificá-las e levá-las de volta a empresa. “A empresa precisa tratar essa pessoa como um conselheiro confiável e lembrar-se de reconhecê-la no momento certo. Na minha visão, o Brasil tem compartilhado bem suas informações. Acredito que os clientes já estão prontos para as mídias sociais. Resta conseguir esta interação e achar o tom adequado para lidar com esta comunidade”, finaliza.
Katia Cecotosti, editora do portal HSM Online

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