terça-feira, 30 de março de 2010

Demanda global de máquinas de embalagem deve chegar a US$ 40 bilhões em 2012

A demanda mundial de máquinas de embalagem vai crescer 5,2% ao ano até 2012, atingindo US$ 40 bilhões. As vendas de produtos vão movimentar a economia, resultando no aumento dos gastos dos consumidores, no maior índice de produtividade associado à demanda de equipamentos de embalagem. Essas e outras tendências são apresentadas no estudo Máquinas de Embalagem no Mundo da The Freedonia Group Inc. Os avanços das vendas em países desenvolvidos do mundo irão superar a demanda nos Estados Unidos, na Europa Ocidental e no Japão. A China vai registrar o maior crescimento em termos de valores. A demanda de equipamentos no país aumentará mais de US$ 3,3 bilhões de 2007 a 2012, superando a Europa Ocidental e os Estados Unidos, tornando-se o maior mercado mundial. O crescimento do mercado de máquinas de embalagem também é esperado na Rússia, Índia e no México, bem como em mercados de menor volume, como Ásia, África e Europa Oriental. A demanda de máquinas de embalagem vai aumentar também em países desenvolvidos do mundo, embora a expectativa de crescimento seja relativamente lenta em várias nações, como Reino Unido, Alemanha, Itália e Japão. Apesar disso, o panorama para a produção de equipamentos de embalagem nessas áreas é um pouco mais favorável, já que ela vai se expandir mais rapidamente. Mas novas capacidades de produção também estão sendo adicionadas nessas nações industrializadas e, em 2012, na Europa Ocidental, no Japão e nos Estados Unidos vão continuar respondendo por mais de 2/3 da produção de máquinas de embalagem. O setor de equipamentos de rotulagem e codificação vai experimentar ganhos mais rápidos do que qualquer outro até 2012, conduzido pelo aumento do consumo de produtos não duráveis que utilizam rótulos autoadesivos, o crescimento da necessidade de transportadoras para garantir a segurança de cargas, e a expansão do número de regulamentações sobre rotulagem. Entretanto, os equipamentos de envase e form / fill / seal devem se manter no posto das tecnologias mais utilizadas, representando quase ¼ da demanda, em 2012, com maior crescimento. Já a demanda por equipamentos de paletização, bundling e seladoras também deve saltar significativamente.(Fonte: Pack, n°. 150, fevereiro de 2010)

segunda-feira, 29 de março de 2010

Indústria melhora expectativas para as exportações

O setor industrial está mais otimista sobre a recuperação das exportações nos próximos seis meses, conforme sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 1.234 empresas entre os dias 1 e 22 de março.

De zero a 100, o indicador que mede as projeções para os volumes exportados subiu de 53,5 pontos, na pesquisa do mês passado, para 54,6 pontos.

Uma leitura acima de 50 pontos - que indica expectativa positiva - também foi registrada nos prognósticos sobre demanda, que ficou em 66,1 pontos, ante 66,2 pontos do levantamento anterior.

Também com pouca mudança e revelando otimismo do empresariado, o indicador sobre compras de matérias-primas passou de 63,4 pontos para 63,2 pontos, na mesma base de comparação.

A sondagem da CNI também traz indicadores sobre o desempenho da indústria no mês passado, quando o indicador da produção alcançou 50,8 pontos, o que sinaliza uma leve evolução da atividade. Em janeiro, esse indicador havia apontado 49,2 pontos.

"Ainda que tenha superado a linha divisória de 50 pontos, o índice manteve-se muito próximo a ela, o que denota estabilidade da produção em relação ao mês anterior", diz a CNI.

O uso da capacidade instalada segue abaixo do usual, com seu indicador mostrando 48,9 pontos, um pouco acima dos 48,3 pontos de janeiro.

Por sua vez, os estoques da indústria ainda estão abaixo do nível planejado, dado que o indicador nesse quesito ficou em 48,8 pontos no mês passado, após mostrar 48,5 pontos em janeiro.



Fonte: Valor
Seção: Economia
Publicação: 29/03/2010

Indicador de produção sobe em fevereiro, diz pesquisa da CNI

Sondagem Industrial mostra que linha de 50 pontos foi ultrapassada. Estoques estão abaixo do planejado, acrescenta entidade

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), que realizou pesquisa com 1.234 empresas entre 1º a 22 de março, informou nesta sexta-feira (26) que o indicador de produção passou de 49,2 pontos em janeiro para 50,8 pontos em fevereiro deste ano. Indicadores acima de 50 pontos revelam evolução positiva.

"Ainda que tenha superado a linha divisória de 50 pontos, o índice manteve-se muito próximo a ela, o que denota estabilidade da produção em relação ao mês anterior", avaliou a entidade, por meio do documento "Sondagem Industrial".

Segundo a CNI, a indústria continua operando abaixo do usual para o mês, uma vez que o índice de utilização da capacidade instalada (UCI) efetiva, em relação ao usual, permaneceu abaixo dos 50 pontos em fevereiro. Em fevereiro, somou 48,9 pontos, contra 48,3 pontos em janeiro.

"Na média da indústria, os estoques estão abaixo do planejado (índice abaixo dos 50 pontos)", acrescentou a Confederação Nacional da Indústria. O indicador de estoques passou de 48,5 pontos em janeiro para 48,8 pontos em fevereiro, segundo a pesquisa.

As expectativas para os próximos seis meses, porém, seguem positivas. "O otimismo com relação à demanda e às compras de matérias-primas manteve-se praticamente inalterado. No tocante à quantidade exportada, o otimismo se tornou mais disseminado pela indústria: o índice passou de 53,5 para 54,6 pontos.", informou.

De acordo com a CNI, destacam-se os setores de Bebidas e Material Eletrônico e de Comunicação, com UCI acima do usual para o mês e o elevado aumento no índice de expectativas com relação às exportações dos setores Bebidas e Madeira.



Fonte: G1
Seção: Economia
Publicação: 29/03/2010

quarta-feira, 24 de março de 2010

Máquinas importadas: setor espera crescer 50% em 2010

Durante a coletiva de imprensa realizada na abertura da Techmei 2010, realizada de 15 a 18 de março, em São Paulo, Thomaz Lee, presidente da Abimei - Associação Brasileira de Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais, informou que a estimativa do setor para este ano é de crescimento de 50%. “Nossa expectativa é que o setor movimente cerca de US$ 2 bilhões em 2010”, disse, acrescentando que esse montante representa cerca de 75% do registrado em 2008.

Para Lee, o incremento nos negócios virá principalmente dos segmentos de mercado que mais consomem máquinas e que hoje estão em recuperação, caso da indústria automobilística, “que vem registrando seguidos recordes; o segmento de caminhões, que sofreu queda expressiva em 2009 e no qual já existem filas de espera; e o setor de máquinas agrícolas”. Para o executivo, “o principal impulso para uma indústria investir é a capacidade produtiva. Esses setores estão próximos do limite e devem voltar a investir em máquinas e equipamentos”, diz, lembrando que um dos segmentos abrigados na Abimei, o de máquinas para plástico, já vinha operando no mesmo ritmo de 2008 e que este ano deve crescer mais 20%.

Caito de Alcântara Machado, diretor da AM3 Feiras e Eventos, lembrou que a Techmei foi criada há dois anos com o objetivo de preencher lacuna existente no setor de eventos para a indústria de máquinas nos anos pares, já que a principal feira do setor ocorre nos anos ímpares. Além disso, frisou que o mês de março é mais adequado à realização deste tipo de evento, possibilitando uma antecipação dos negócios.

No encerramento do evento, o diretor se dizia um pouco desapontando com a quantidade, mas não com a qualidade dos visitantes. “Em todos os contatos que mantive os expositores ressaltaram o nível e o poder de decisão dos visitantes da feira”, disse, frisando que esse fator possibilitou o fechamento de alguns negócios durante a realização do evento.

Johannes Rieger, diretor Comercial da Scanner, por exemplo, concretizou a venda de centro de usinagem vertical com trocador de pallets, da taiwanesa Tong Tai, na feira. Segundo Rieger, apesar do pouco movimento, a Techmei possibilitou a apresentação de seus produtos para clientes em potencial que, inclusive, podem gerar negócios no pós-feira.

Para Paulo Lerner, diretor da Bener, o público muito abaixo da expectativa. No entanto, a empresa conseguiu realizar bons negócios, incluindo a venda de um torno CNC, uma fresadora CNC e, também, de uma máquina de corte a laser, cuja negociação teve início numa feira realizada no final do ano passado. “Também comercializamos algumas máquinas convencionais, o que vem provar que estamos em meio a um processo de retomada dos investimentos”, disse Lerner.

No estande do Grupo Alltech também foram fechados negócios. "Vendemos as principais máquinas que exibimos aqui, entre elas um centro de usinagem, um torno CNC, uma dobradeira CNC e uma injetora de plásticos”, informou Melissa Casali Cardoso, diretora da Steelmach, uma das empresas do grupo gaúcho.

Ao final da feira - que contou com 80 expositores, representando cerca de 300 marcas de máquinas e equipamentos - Daniel Dias de Carvalho, diretor da Abimei e da Fagor Automation, considerava que a feira poderia ter sido melhor, caso tivesse atraído a participação de maior número de expositores e de visitantes. “Esta segunda edição da Techmei ainda foi afetada por desdobramentos da crise”, comentou, ressaltando que os visitantes foram realmente de bom nível, manifestando interesse real em conhecer os produtos.

A AM3 Feiras e Eventos informa que a 3ª edição da Techmei está prevista para 2012, no Expo Center Norte.

Fonte: Usinagem Brasil
23/03/10

Plástico crescerá 6% em 2010, puxado por pequena e média

A cadeia de plástico vai crescer entre 5% e 6% em 2010. A estimativa foi feita pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) Merheg Cachum, em entrevista ao DCI durante a abertura da 2ª Semana de Embalagem, Impressão e Logística, realizada em São Paulo (SP). "A perspectiva para 2010 é muito boa, o setor deve crescer apoiado na busca de competitividade pelas pequenas e médias empresas, elas estão investindo em máquinas novas", explicou Cachum, que considerou, "mas existe uma condicionante, ainda não sabemos como o mercado vai se comportar com o fim dos incentivos fiscais, o que mostra que a carga tributária é muito alta". Segundo o presidente da Abiplast, uma possível freada de alguns setores pode ser preocupante. "Ainda somos deficitários na balança comercial do plástico, todas as empresas nesse momento estão voltadas para o mercado interno, precisamos exportar se não, a conta não fecha. Por isso muitos fabricantes brasileiros estão essa semana na Feira do Plástico na Argentina abrindo novos negócios", explicou Cachum mencionando que o setor faturou R$ 35 bilhões em 2009 e transformou 5,1 milhões de toneladas. O presidente da entidade também explicou as dificuldades da cadeia com os últimos reajustes de matéria-prima. "O reajuste de preço é sempre um problema. A dificuldade será repassá-lo, a atualização dos valores é inevitável. Infelizmente no caso do plástico é uma questão de preço internacional, mas quem determina isso no Brasil, é a Petrobras". Segundo Cachum, o tamanho do reajuste vai variar de acordo com o tamanho da demanda do comprador, "pequenos, médios e grandes utilizadores de matéria-prima tem escalas diferentes na formação de preço, mas posso dizer que o reajuste foi de R$ 200/tonelada de janeiro para fevereiro e outros R$ 200/tonelada na virada de fevereiro para março. Mas mesmo assim, a economia vai decolar, é um ano de política [eleições], que são sempre bons para a economia do País". Com o mesmo tom de confiança, o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico da Abimaq, Wilson Miguel Carnevalli, também aposta no crescimento. "O segmento de máquinas para a Indústria de Plástico deve crescer entre 10% e 20%. Há uma busca pela melhora na produtividade das máquinas, estamos assistindo uma renovação dos equipamentos, pois nossos clientes, os transformadores do plástico, estão todos com vendas fechadas até o longo prazo", argumentou citando que a capacidade instalada do setor cresceu 4,1% em relação ao ano passado e já atingiu 87,64%. De acordo com os dados da Abimaq, as vendas de máquinas para a indústria do plástico estão com faturamento mensal próximo de R$ 100 milhões (uma projeção de R$ 1,2 bilhão no ano, frente aos R$ 734,71 milhões faturados em 2009), com a base de janeiro em R$ 97,37 milhões, exportações em R$ 5,39 milhões e importações em R$ 34,57 milhões. Os números de fevereiro serão apresentados pela Abimaq hoje. O presidente da Câmara Setorial também falou como empresário. "A Carnevalli vai ter um ano muito bom, já temos 80 encomendas que serão entregues até o mês de agosto e outros 60 pedidos que estão em análise de crédito no Finame. Aliás, esse é principal fator do nosso crescimento, as pequenas e médias podem comprar com os juros baixos do BNDES", explicou. Segundo o empresário quase toda a produção fica no mercado interno. "No passado, já exportei 50% da produção de máquinas, hoje no máximo uma máquina por mês. Com o real valorizado, só vendi uma máquina para o Paquistão e três ou quatro encomendas para América Latina e Caribe". A presidente da Associação Brasileira de Flexografia (Abflexo), Ana Carina Marcussi, também falou sobre a aquisição de impressoras de flexografia no mercado interno. "No setor de flexografia já estão reunidas mais de dois mil empresas que faturam juntas mais de R$ 16 bilhões por ano. As pequenas e médias empresas adquiriram 50 máquinas de última geração, ao custo de R$ 3 milhões cada, 90% produzidas no Brasil, que imprimem nas embalagens em gramaturas mais finas". Marcussi estimou o potencial da flexografia. "Sou cautelosa com 6%, o potencial é muito grande. A indústria de embalagens flexíveis está investindo para ganhar produtividade e o outro segmento que atendemos, o de papel ondulado precisa urgente de renovação, eles estão sucateados", afirmou.
Fonte: DCI - 24/03/2010

BNDES estima investimentos de R$ 500 bi em 4 anos

Com a retomada do crescimento econômico após a estagnação imposta pela crise global em 2009, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contabiliza quase R$ 500 bilhões em investimentos na indústria nos próximos quatro anos.A cifra consta da última atualização do mapeamento que o banco faz nos sete setores mais intensivos em capital que respondem por quase 2/3 das inversões da indústria brasileira. Segundo o BNDES, o montante representa alta de 60,2% em relação aos R$ 311 bilhões investidos entre 2005 e 2008. O ano de 2009 não foi usado na comparação por não ter dados consolidados.A pesquisa mantém a exploração de petróleo e gás no pré-sal como principal motor da indústria entre 2010 e 2013. O setor deverá responder por 60% dos planos de investimentos mapeados, cerca de R$ 295 bilhões. Na comparação com o período 2005-2008, a alta será de 88,2%.A exploração e produção no pré-sal será um grande impulso, mas responderá por R$ 60 bilhões dos investimentos, apenas 20% do previsto para o segmento pelo BNDES até 2013. Boa parte das inversões virá da cadeia econômica do setor, como a perspectiva de produção de 48 embarcações da apoio e 13 plataformas até 2020 e 28 navios-sonda e plataformas entre 2013 e 2017.“Essa concentração é positiva porque tem um efeito de arrasto em vários setores, como o de equipamentos. A indústria naval está sendo revitalizada pelo petróleo depois de 20 anos sem grandes investimentos”, diz Fernando Puga, chefe do Departamento de Acompanhamento Econômico e Operações do BNDES, que assina o estudo com a economista Beatriz Meirelles.No rastro do petróleo, a petroquímica deve crescer 87,1% na comparação entre os períodos 2005-2008 e 2010-2013. Os projetos devem alcançar R$ 36 bilhões nos próximos quatro anos. Além da consolidação coroada com a união Braskem-Quattor, o setor tem boas perspectivas com a intenção do governo de incentivar a produção nacional de fertilizantes e o uso de matérias-primas alternativas.Segundo o estudo, os investimentos nos setores voltados ao mercado interno deverão crescer a uma taxa anual de 9,4% até 2013. Já para o segmento exportador, que liderou a expansão da indústria no ciclo de investimentos a partir de 2006, o crescimento anual projetado é de 3,3%.“A petroquímica é muito dependente do mercado interno e a demanda do setor tende a aumentar mais do que o crescimento da economia”, diz Puga, referindo-se à expectativa de crescimento do PIB acima de 5% nos próximos anos.
Fonte: Tribuna do Norte
23/03/10

Vendas de máquinas cresceram 127,7% no bimestre

O ano começou de forma surpreendente, com vendas e produção em forte alta, para os fabricantes de máquinas de construção instalados no País.
No primeiro bimestre, as vendas cresceram 127,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, com 2,9 mil equipamentos comercializados. Já na produção, o salto foi ainda maior, 243%, e 3,7 mil unidades fabricadas.
Os dados são da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias da Abimaq e contemplam modelos como tratores de esteira, retroescavadeiras, caminhões fora de estrada e rolos compactadores.
O crescimento de produção e vendas, segundo Mário Humberto Marques, presidente da Sobratema (entidade que reúne fabricantes e compradores de equipamentos), indica que o mercado da construção civil está se preparando para um ano aquecido.
“É um comportamento atípico para a época. Superou até mesmo janeiro e fevereiro de 2008, até então o melhor ano da história para a indústria de máquinas”, afirmou.
Em relação a 2008, as vendas subiram 83,5% e as vendas, 1,5%.
Fonte: www.ig.com.br
Autor: Guilherme Barros

sexta-feira, 19 de março de 2010

Estudo aponta o Brasil como a 5ª economia em 2013

Fonte: Estadão, Economia - Andrei Netto

22/01/10

O Brasil será a quinta maior economia do mundo já em 2013, pelos cálculos da PricewaterhouseCoopers, divulgados ontem, em Londres. Até lá, o País terá ultrapassado gigantes como Alemanha, Reino Unido e França. Os prognósticos econômicos indicam ainda que até 2020 o Produto Interno Bruto (PIB) do grupo de sete maiores emergentes - chamado E-7 e formado por China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia e Turquia - será maior do que o do G-7. Cinco das 10 maiores economias, até 2030, serão países hoje tidos como emergentes.
O relatório leva em consideração o ritmo de crescimento e a valorização média das moedas de cada país para traçar perspectivas de médio e longo prazos. Para a PriceewaterhouseCoopers, E-7 e G-7 terão pesos equivalentes por volta de 2019. A diferença de riquezas vem caindo - em 2000, o PIB dos sete países mais ricos do mundo era o dobro dos países hoje considerados emergentes pela consultoria - e, este ano, deve sofrer sua maior redução: 35%. Após a ultrapassagem, a distância seguirá aumentando: em 2030, o E-7 será 30% mais rico que Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Itália (G-7).

Otimismo na indústria é o maior em 11 anos, diz CNI

Retomada da economia influencia resultado, informa entidade. Empresários estão mais animados com condições econômicas atuais
Fonte: G1
28/01/10

O otimismo entre os empresários da indústria brasileira é o maior dos últimos 11 anos, informou levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta terça-feira (26). De acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado trimestralmente e que se tornará mensal a partir desta edição, o indicador ficou em 68,7 pontos em janeiro, resultado 2,8 pontos acima do registrado em outubro. Em relação a janeiro do ano passado, o aumento é maior: ficou em 21,3 pontos neste mês contra fracos 47,9 pontos no mesmo período de 2009. Segundo a entidade, o avanço do índice foi estimulado principalmente pela perspectiva das condições atuais da economia brasileira e da empresa em relação aos seis meses anteriores. O índice de condições atuais passou de 60,5 pontos em outubro para 62,7 pontos em janeiro. Assim, atingiu o maior valor de toda a série histórica, iniciada em 1999.
A expectativa dos empresários para os próximos seis meses subiu de 68,7 pontos em outubro para 71,8 pontos em janeiro. Com o aumento, o indicador também atingiu o maior valor de toda a série histórica. A pesquisa foi feita entre 1.431 empresas no período de 4 a 22 de janeiro. “A economia está saindo da crise, o que aumenta o otimismo. Além disso, em janeiro o índice é sempre mais elevado, pois no início do ano os empresários estão mais confiantes”, avalia Renato da Fonseca, gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI.
Setores
Na indústria de transformação, segundo a CNI, o indicador teve o quarto aumento seguido e ficou em 67,7 pontos. Em outubro, foi de 64,6 pontos.
De acordo com a entidade, todos os setores pesquisados apresentaram índices superiores a 60 pontos (pontuação acima de 50 indica otimismo).
A indústria extrativa mostrou confiança estável, que passou de 65 pontos em outubro para 65,2 pontos em janeiro. Na construção civil, incluída na pesquisa a partir deste mês, o índice foi de 68,9 pontos, o mais elevado entre os segmentos industriais pesquisados.
“A avaliação sobre as condições atuais reflete a recuperação recente da economia”, acrescenta Fonseca.

Pesquisa da Abimaq aponta investimento 20% superior em 2010

O crescimento de 15,9%, para R$ 4,63 bilhões, da receita do setor de máquinas e equipamentos em janeiro com relação ao mesmo mês do ano passado, acabou nem sendo o destaque da coletiva de imprensa promovida pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Abimaq, na quarta-feira, 24 de fevereiro, para divulgação dos números do segmento. A boa notícia ficou mesmo por conta da expectativa de que os investimentos do setor em 2010 deverão atingir R$ 8,9 bilhões, 20% mais do que os R$ 7,43 bilhões de 2009. Do total de recursos aplicados no ano passado, a maior parte, 36,8%, priorizou modernização tecnológica. Em seguida vieram troca de máquinas defasadas, 28,1%, e ampliação de capacidade, 26,4%. Os dados fazem parte de pesquisa realizada pela entidade com os fabricantes de bens de capital mecânicos. Mais números – Mesmo o faturamento tendo retraído 26,1% em janeiro sobre dezembro, as contratações no primeiro mês do ano apresentaram alta de 0,8% no comparativo com dezembro, para 1 987 vagas líquidas. Atualmente, 235 925 pessoas compõem o quadro dos fabricantes nacionais de máquinas e equipamentos. Já a balança comercial do setor encontra-se deficitária. Em janeiro, as importações superaram as exportações em US$ 1,14 bilhão, patamar superior em 8,6% ao saldo negativo registrado em janeiro de 2009, que foi de US$ 1,05 bilhão.

Fonte: Radar Industrial (24/02/10)

Os rumos do Email Marketing

Confira alguns pontos que podem fazer a diferença na utilização desta ferramenta, como um maior investimento na equipe

De 1 a 3 de fevereiro, tive a oportunidade de participar do maior evento de email marketing do mundo, em Miami, o Email Evolution Conference 2010. Sem dúvida, algo extremamente enriquecedor, principalmente para quem é forte atuante, além de entusiasta desse setor.

E, como não poderia deixar de ser, o mercado internacional, mais especificamente os EUA, avança frente ao nosso e já enxerga o email marketing como um canal integrado e não mais isolado, complementando as ações de marketing digital entre marcas e públicos. Diferente do Brasil, que já entende a relevância do canal digital, mas ainda precisa aplicar inúmeras ações para aumento, principalmente, do ROI (Return on Investiment) em cada ação de email marketing.

O encontro debateu o email marketing em todas as suas esferas e trouxe dicas preciosas que exploram algo que vai além dos envios – a necessidade da personalização por meio da análise real do perfil comportamental do público-alvo. Sim, não basta apenas enviar mais uma campanha online, cujo nome de identificação do destinatário está na mensagem. Isso ficou simples e as ferramentas para envios de email marketing já automatizam esse processo.

Percebo que estamos vivendo na era do comportamento digital e de sua análise como fundamental para alcance de resultados mais efetivos nas ações de email marketing. É por meio dessa “Era” que a personalização ganha força e esse foi um dos pontos altos debatidos no evento. Termos como personalização, segmentação e customização foram muito utilizados no encontro, mas realmente apontam tendências diferentes da que estamos acostumados, uma vez que internacionalmente, conceitos como esses alinham o tipo de conteúdo trabalhado no email marketing como relevante ou não para ser caracterizado como “personalizado”.

Baixo custo x investimentos em equipe

Outro erro cometido pelo brasileiro é o fato de aliar email marketing a baixo custo. Sim, é verdade que, quando comparado aos pesados investimentos em marketing off line, esse valor é mais acessível, porém, o email marketing está alinhado com marketing direto e, assim como esse tipo de ferramenta, requer profissionais que devem trazer experiência e especialização em planejamento, redação e design, prioritariamente. Isso demanda custo e investimento. As empresas, no Brasil, costumam avaliar o email marketing como “barato” porque ficam muito limitadas ao custo do envio e se esquecem que têm uma série de etapas a serem seguidas tanto previamente, como no pós-clique.

A começar, por exemplo, pela construção do template com imagens. Nos EUA, já é ponto pacífico: as marcas trabalham com a certeza de que as imagens, no recebimento de mensagens, são bloqueadas pela maior parte dos destinatários. A importância maior é sempre dada ao texto na hora de montar a peça de email marketing.

Mais texto, menos imagem no email marketing

Eles indicam que a utilização de texto alternativo no lugar da imagem aumenta a probabilidade de visibilidade e real aproveitamento do email marketing. Nesse momento, a presença de um designer e um bom redator é essencial. Outra sugestão para aprimorar ainda mais a peça é ter mais texto no topo do email, uma vez que 30% do email correspondem ao topo, que é o espaço mais lido pelo destinatário.

Os textos de chamada também devem ser curtos e manter o máximo de quatro linhas em cada parágrafo. A cultura baseada na agilidade que os americanos têm em seu dia-a-dia não permite a leitura de conteúdos longos. Eles gastam, em média, de 15 a 20 segundos para ler um email. O ponto principal da peça deve ser utilizado para comunicar o leitor sobre o tema central, evitando que o email marketing seja descartado.

Ressalto o uso dessa prática semelhante ao modelo americano por todos, mas principalmente para lojas virtuais, que buscam com maior ênfase a conversão em vendas. Para prender a atenção do leitor, a importância da imagem deve ser dada somente na segunda etapa. No Brasil, estamos acostumados a nos prender nas imagens ao montar uma peça de email marketing, acreditando que o visual é o principal. Mas de nada adianta essa preocupação e tempo dedicado, se o destinatário tiver configurado o bloqueio de imagens em seu programa de email.

Passado e Presente: o amadurecimento do email marketing e a era da segmentação

O Email Evolution Conference também contribuiu bastante para uma mudança conceitual sobre o que são, hoje, as práticas da segmentação e a personalização e fez um comparativo evolutivo sobre o passado e o presente. Para resumir, podemos descrever que ontem o foco estava nos envios em massa, hoje vivemos a era da segmentação aliada ao comportamento do consumidor e a integração de mídias.

Atualmente, o email marketing, também nos EUA, é aplicado seguindo dois princípios básicos: relevância e personalização. Os dois caminham juntos. A análise do perfil comportamental está diretamente relacionada ao planejamento estratégico da próxima campanha. Logo, o conteúdo tem que ser relevante para aquele destinatário que gostou de determinado “produto”, o que torna o email, literalmente, personalizado.

O fator acima está ligado também a análise e mensuração, dois outros conceitos fundamentais em tempos onde o email marketing cresce de forma acelerada. Os dois recursos ganharam notoriedade e se antes eram vistos como ferramentas que contabilizavam o número de cliques para medir quantidade (e não qualidade), a prática se transformou.

Hoje, o indicador de mensuração é o número de conversões. Mas, com mais ênfase, infelizmente, apenas no mercado norte americano. No Brasil, o número de cliques ainda é o que importa, mesmo porque a visão e a prática das campanhas isoladas e não de maneira integrada a outras ferramentas de marketing digital dificultam a busca de um ROI mais efetivo. O foco disso tudo é único: incremento do ROI.

Segmentação aumenta taxa de abertura do email marketing e gera aumento no ROI

O evento também apontou que a segmentação unida à relevância de conteúdo traz grandes mudanças no ROI. A taxa de conversão de campanhas de email marketing baseadas em perfis comportamentais trouxeram aumento de 2,8%, quando comparada a campanhas de email marketing não segmentadas.

Segmentar o assunto eleva em até 42% as possibilidades de abertura do email marketing. Se a marca utilizar a linha do assunto para incluir o período de validade de uma campanha/promoção, a taxa de abertura aumenta em até 39% a mais do que o normal. Em casos como esse, o destinatário tem a percepção de que o email tem prazo de validade e isso o incentiva a abrir a campanha o mais rápido possível. O email follow up também é uma ação que reforça a campanha de email marketing, podendo ampliar em 25% a taxa de abertura.

A prática do email transacional, ligada a análise do comportamento, também vem crescendo bastante entre as marcas americanas e seu target. Se um usuário abandonou uma navegação e não chegou ao objetivo do remetente, ele recebe um novo email. Este tipo de ação amplia em 3% o ROI. O profissional responsável pelo planejamento estratégico é o cérebro de todo processo e grande responsável pelo ROI. Além de cuidar da estratégia macro para que tudo saia com foco em resultados de visibilidade, ele não pode perder nenhum detalhe. Para isso, mais um investimento tem que ser feito, desmistificando novamente a ideia de que email marketing tem baixo custo.

Entre as dicas geradas para mais ROI nas ações de email marketing, o evento debateu a questão do click through e enfatizou a importância de manter as imagens que compõem o email marketing no servidor por até seis meses. Isso se deve ao fato de muitos destinatários armazenarem os emails, deixando alguns assuntos para leitura posterior. Em resumo, o desenvolvimento do email deve estar focado na geração de negócios e não na tecla Del, que pode ser clicada pelo destinatário, caso a campanha não tenha a relevância necessária para ele.

A atual visão do spam

Anteriormente, os destinatários consideravam que toda mensagem não solicitada era spam. O panorama mudou também nesse sentido. Hoje as mensagens solicitadas também podem ser consideradas como tal, desde que não tenham relevância. Para não ser caracterizado como spam, o remetente também se preocupava mais com as palavras inseridas no conteúdo da mensagem, que são analisadas pelos provedores e podem barrar o email marketing, a partir da análise desse conteúdo.

Atualmente, a preocupação maior está na construção de uma boa reputação do remetente junto ao provedor, com bons históricos de envios e uso de recursos de autenticação como o DKIM e o SPF. Aqui, mais uma vez, é importante ressaltar: se a marca não deseja que o email marketing seja visto como spam, novamente insisto na devida valorização da prática dos conceitos de relevância e segmentação.

Mobile: leitura de emails pelo celular aumenta cada vez mais

O brasileiro já está se acostumando com a leitura de emails e acesso a internet pelo celular. Isso não é apenas algo reservado aos americanos, principalmente por conta do amadurecimento da internet no Brasil e do aumento da oferta das operadoras para movimentar a venda de pacotes com tecnologia 3G.

Diante desse cenário, é preciso despender ainda muita energia dedicada à adequação das ações de email marketing aos canais mobile. Nos EUA, 48% dos tomadores de decisão do segmento de TI leem mais da metade de seus emails pelo smartphone. O email marketing para canais mobile precisa ser bem mais objetivo, com textos claros e concisos.

Overview do Email Evolution Conference 2010

Em suma, o Email Evolution Conference debateu assuntos extremamente importantes para elevar o uso do email marketing no mundo e explorou, de forma detalhada, as principais tendências, principalmente por fundamentar cada tema discutido em números que comprovam que o caminho está certo e, claro, é sem volta.

Como CIO, analisei o conteúdo como excelente. A riqueza de informações dispostas no encontro certamente vai contribuir para nossa evolução, de forma crescente, como empresa. Fazendo uma avaliação sobre o cenário brasileiro, das empresas que usam email marketing, acho que o Brasil ainda está (muito) abaixo das expectativas em relação ao que se pode fazer com esta ferramenta.

Ricardo Ramos (CIO da VIRID Interatividade Digital, Proprietária das plataformas Virtual Target e Zartana – ricardo@virid.com.br)

Fonte: Mundo do Marketing (www.mundodomarketing.com.br)
26/02/2010