terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O antropocentrismo e o shopper marketing

Por: Leonardo Lanzetta
As pessoas tornaram-se mais sociáveis, mais disponíveis e a qualquer momento é possível acionar um familiar ou amigo.
O mundo está em plena transformação. Temos visto muitas mudanças, em todas as esferas da sociedade e novidades surgem a todo momento, fazendo com que os seres vivos não se comportem mais como antigamente. Basta analisar a ação do homem sobre o planeta, alterando negativamente todo o seu funcionamento, com resultados como o aquecimento global, a extinção de espécies e a ampliação das cidades, tudo influencia o meio em que vivemos.

O fato é que toda mudança impacta também em nós, seres humanos. Por isso, não podemos mais pensar que as coisas estão iguais, precisamos evoluir com tudo o que nos cerca. Isso vale também quando pensamos nas novas tecnologias e ferramentas, que há pouco mais de 50 anos não existiam da forma como conhecemos hoje, como televisão, computador, celular, Internet e até o supermercado, o cartão de crédito e o autosserviço! Dispositivos mais recentes, com menos de 10 anos de uso, como Internet, Ipod e mídias sociais, não eram sequer cogitados e hoje, transformaram a maneira das pessoas se relacionarem e se conectarem.

As pessoas tornaram-se mais sociáveis, mais disponíveis e a qualquer momento é possível acionar um familiar ou amigo. Na mesma proporção, o excesso de informação tornou-nos mais seletivos, de forma a filtrar melhor as informações que recebemos e registramos. As ideias e conceitos agora precisam de mais sentido, de propósito, para que sejam capazes de nos engajar.

Neste contexto, as marcas precisam pensar com a lógica do "antropocentrismo" - o homem no centro do universo, abordando as pessoas simplesmente como pessoas. E para entender cada diferente ocasião de compra, entra em cena o shopper marketing, que, em linhas gerais, dedica-se ao entendimento do comportamento das pessoas, a fim de buscar soluções que possam engajá-las, atendendo suas necessidades, desejos e tornando suas experiências de compra mais agradáveis, mais gostosas.

As pessoas cumprem diferentes papeis ao longo do dia, são multitarefas e, consequentemente, têm diferentes personalidades ao comprar e diferentes ocasiões de consumo. Um bom exemplo é o da pessoa que pode pagar R$ 6,00 por uma lata de refrigerante em um restaurante refinado, mas com certeza se negará a pagar o mesmo preço em uma lanchonete popular, embora o produto continue sendo o mesmo. Entender as pessoas em cada uma destas ocasiões, objeto de estudo do shopper marketing, torna-se premissa básica para alcançar sucesso na sua relação com ele.

Às marcas, cabe entender os diversos gatilhos que influenciam a compra, principalmente em um cenário onde o ponto de venda já não tem paredes. Para isso, o shopper marketing traz um arsenal de ferramentas que permitem desenhar e comprometer toda a cadeia, desde as ocasiões aos stakeholders que a compõem. Aliado ao conceito do antropocentrismo, o shopper marketing traça uma estratégia perfeita para entender quem se relaciona com a marca e elevar a relação a um patamar ainda mais confiável.

O desafio de ser relevante no relacionamento com as pessoas é um caminho sem volta para as marcas. Buscar o entendimento e uma estratégia de inserção inteligente na rotina das pessoas pode ser a diferença na obtenção de lucros na nova era.

FONTE: CidadeMarketing

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