quarta-feira, 9 de junho de 2010

Indústria vê manutenção de crescimento entre 5%e 7%

A economia deverá seguir aquecida até o final do ano, mesmo que em ritmo mais fraco que o do primeiro trimestre. É a avaliação de executivos de industrias tão diversas quanto a de carros, a de celulares, a de bens de capital e a de materiais de construção. Eles trabalham com perspectivas de crescimento do PIB brasileiro que variam de 5% a 7%, em2010. Para Marcus Daniel de Souza Machado, diretor comercial de celulares da LG Electronics, o desaquecimento é até saudável para que o país tenha tempo de adequar sua infraestrutura. Preocupação compartilhada por Cledorvino Belini, presidente da Fiat para a América Latina. “As condições macroeconômicas do Brasil estão melhores que a Europa, por exemplo, mas temos que ver até quando a infraestrutura suporta crescimento”, diz. Nomais, afirma Machado, da LG, as perspectivas são bastante boas: “temos vendas negociadas até setembro e os clientes estão otimistas”. O que não bastará para ocupar a capacidade instalada da empresa, que concentrará investimentos em marketing e no lançamento de aplicativos para o TVfone. Na Dedini, uma das maiores fabricantes de usinas de açúcar e álcool do país, o clima também é de otimismo. Depois de enfrentar em 2009 um dos piores tombos de sua história, com retração de 60% nas vendas, a empresa espera crescer 40%. Segundo Sérgio Leme, seu presidente, há boas perspectivas emsetores nos quais a companhia busca se diversificar, como o de hidroenergia e o de óleo e gás. Emesmo emaçúcar e etanol pode haver alguma retomada até o final do ano, na esteira do momento econômico. “Achamos que o PIB ficará de 6% a 7% acima de 2009”, diz. No setor de construção civil, embalado por programas de crédito habitacional, empresas como Tigre e Cecrisa não veem grandes contratempos. “Talvez uma pequena acomodação no início de 2011”, diz Rogério Sampaio, presidente da Cecrisa, que este ano investiu R$ 23 milhões em qualificação da produção, e aposta em crescimento do PIB por volta de 5%, em2010. Para Evaldo Dreher, presidente da Tigre, a única coisa que poderia atrapalhar um pouco as coisas seria um grande conflito bélico no exterior. Em um cenário de paz como o atual, a empresa espera que o PIB cresça de 6% a 6,5%, emantéminvestimentos de R$ 200 milhões para o ano, 33% mais que em 2009.
(Fonte: Brasil Econômico - 09/06/2010)

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