quinta-feira, 16 de maio de 2013

O pior comercial de rádio que já ouvi na vida

Por: Julio Ribeiro

Depois de um feriado “de pé quebrado”, em que tive tempo de ouvir um pouco mais de rádio, zapear pela tevê e ver alguns DVDs, ai vão alguns tiros que se fazem necessários:
- Eu não me lembro de ter ouvido, alguma vez, um comercial de rádio tão ruim, mas tão ruim, como o das lojas Multisom para o Dia das Mães. São produções colegiais, sem querer ofender a gurizada de 14/15 anos que, certamente, criaria coisa melhor. São duas “peças” naquele estilo preguiçoso de dar o briefing com diálogos inverossímeis e idiotas. Nos comerciais, dois adolescentes (a outra “peça” repete o roteiro, trocando os adolescentes por duas crianças) falam sobre ideias de presentes para suas mamães, e ai um deles indica a Multisom, que tem tudo. O outro fecha com aquele tradicional “ah, vou lá amanhã mesmo..”. Não sei qual foi a agência que criou essa “maravilha”, nem sei se a Multisom tem agência de publicidade, mas é de sentir vergonha alheia. Não vale nem o troféu Framboesa, no máximo um butiá. Estragado.
- Outra xaropice no rádio do RS (imagino que em outros lugares em que a Record tenha espaço, o fenômeno se repete) são as chamadas para a minissérie “José no Egito”, que tenta dar a uma história bíblica, religiosa, contornos de novela mexicana. Coisas do tipo: “..conseguirá o amor de José e Azenate superar a separação?”. Aí a Globo, mesmo com o texto debiloide da Glória Perez, continua dando de relho nas produções da Record e os bispos não sabem porque!  
- Por falar em novela, comecei a assistir no final de semana, com minhas irmãs mais velhas (que eu, carinhosamente, chamo de “cajazeiras”) o DVD com os capítulos da novela “O Bem Amado”, levada ao ar em 1973. E aí a conclusão é evidente: quem nasceu para Silvio de Abreu, nunca chegará a Dias Gomes. Além de matar a saudade, e a curiosidade, sobre atores e personagens históricos da tevê brasileira, é um belo de um passatempo assistir a uma produção do tempo em que tudo era mais ingênuo. Até o político safado da época, Odorico Paraguassú, parece um escoteiro perto dos nossos políticos de hoje. E o pistoleiro Zeca Diabo, hoje, não assusta nem criança de berçário. Baita novela. Vale a pena comprar o DVD ou pedir emprestado a um amigo e assistir.
- Ouvi na “A Hora do Brasil” da última sexta-feira, dia 3, que o deputado Raul Lima (PSD/RR) está propondo a possibilidade de jovens de 16 a 18 anos tirarem Carteira Nacional de Habilitação e poder dirigir em todo o território nacional. Mas ai me ocorreu o seguinte: se um menor de idade, um guri de 16 anos, por exemplo, tiver o direito a dirigir, ele estará sujeito ao Código de Trânsito Brasileiro, no qual estão previstos “crimes de trânsito”. Mas se a joinha é ineputável criminalmente, como vai ser? A menos que se baixe a maioridade penal para 16 anos, como quer a grande maioria da população brasileira. Se não, vão continuar andando na carona dos papais, ora essa!
- Eu assino uma dessas operadoras de tevê, com canais em HD. Ao todo, são mais de 100 canais. E ai, às vezes, eu fico com tendinite de tanto rolar pra lá pra cá o controle remoto, buscando alguma coisa interessante pra assistir. Se me fosse dada a possibilidade de comprar e pagar a la carte somente os canais que me interessam, não passariam de dez. Ai eu pago um monte de porcaria ou coisas que não me interessam e que só sabem encher lingüiça. Quando será que vamos chegar à civilização? 

FONTE: AdOnline

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