sexta-feira, 10 de maio de 2013

Redes Sociais: Pode tudo. Mas vale tudo?

Por: Luciano Vignoli

Pra retomar o assunto, quem sabe uma ou duas frases do post anterior pra contextualizar o assunto:
1 – Nas Redes Sociais, como nunca antes neste universo, uma marca pode se expor por inteiro, plena, ampla, com todos os seus valores e crenças transfigurado em conteúdo multiplataforma.
2 – Afinal, ali (onde, mesmo?), de maneira multifacetada, rápida, atualizada, quase em tempo real, a marca se mostra como quer e como pode, reforçando seus laços emocionais com seus públicos de interesse, criando uma via de mão dupla para um relacionamento baseado em experimentação de marca.
            Eis, como já disse à exaustão, um mundo fascinante, sem dúvidas.
            Para uma agência de propaganda, este tal fascínio carrega em si tantas oportunidades e desafios positivos, quanto ameaças e dificuldades.
            Pensemos:
Há mais ou menos 100 anos, a Procter & Gamble dividiu, nos Estados Unidos seu marketing por marcas, talvez dando início a mais inexata das ciências, o branding.
Eis uma ciência que, por anos a fio, teve seu planejamento e execução a cargo das agências de propaganda que, com muito talento, grandes ideias, comerciais espetaculares (alguns tão eloquentes e brilhantes que viraram verdadeiros clássicos da cultura popular), com mídia de massa comprada com muito planejamento, enfim, com a velha e boa propaganda, criou e gerou marcas fortes e lucrativas, verdadeiros ícones de uma sociedade de consumo sempre sedenta por valores e referências.
Mas, agora, eis que Facebook, Twitter, YouTube, Pinterest, blogs, Tumblr, Instagram e quetais vêm desafiar esta lógica.
E como ficam as agências neste processo?
Continuam protagonistas?
Definem o branding, ainda?
E com tanta amplitude de formas de trabalho as agências devem fazer tudo?
Aliás, como integrar tudo?
Como costurar tudo?
Quem faz isto? Agência? Cliente? Agência e parceiros? Cliente e parceiros?
Grosseiramente, antes um anúncio era “somente” isto: Um anúncio. Algo que expunha uma promessa de marca, e/ou um conjunto de propostas feitas pelos clientes aos seus mercados.
Era, basicamente, pegar ou largar. Comprar ou não.
Hoje, as ofertas de um simples anúncio de varejo podem/devem ser consideradas como conteúdo de marca e abastecer a relação com os clientes, podendo (ou melhor seria dizer devendo) virar tweets, posts, cards, imagens, enfim, se transformando em um conjunto diferenciado de estímulos de relacionamento amplamente multifacetados que podem, sim, sublimar o branding.
Fascinante, não?
Fascinante e assustador.
Alinhar tudo isto em tempo real, vai muito além do plano cartesiano de planos de ação expostos em power-points incríves e desdobrados em cronogramas e calendários, que já nos desafiam enormemente no dia a dia.
Aqui, num exercício orgânico, as coisas vão se sucedendo, se intercambiando, provocando e se integrando de maneira total, rápida, frenética e totalmente imprevisível.
Pergunto de novo:
E como ficam as agências neste processo?
Continuam protagonistas?
Definem o branding, ainda?
E com tanta amplitude de formas de trabalho as agências devem fazer tudo?
Aliás, como integrar tudo?
Como costurar tudo?
Quem faz isto? Agência? Cliente? Agência e parceiros? Cliente e parceiros?
Fascinante...

FONTE: AdOnline

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