sexta-feira, 3 de maio de 2013

A audiência tem de ser revista

De assistente de palco na extinta Manchete ao posto de uma das mais importantes atrizes da Rede Globo. Neste bate-papo, a atriz Giovanna Antonelli discorre sobre marketing social, reafirma a paixão pela TV e critica a cobertura da imprensa especializada em celebridades.

"Nossos horários mudaram, o trânsito mudou. A audiência precisa ser revista". Crédito: Eugênio Goulart
Por Raissa Coppola

De assistente de palco na extinta Manchete ao posto de uma das mais importantes atrizes da Rede Globo. Em 20 anos de carreira, a atriz Giovanna Antonelli viu sua trajetória ser marcada por personagens de destaque como a prostituta Capitu, a muçulmana Jade e, atualmente, a delegada Helô, que tem salvado a novela Salve Jorge. Mãe e empresária, aos 37 anos, Giovanna empresta sua imagem para produtos que vão de esmaltes a joias. A atriz discorre sobre marketing social, reafirma a paixão pela TV e critica a cobertura da imprensa especializada em celebridades.

Meio & Mensagem ›› Você começou como assistente de palco e é uma das atrizes mais requisitadas da Globo. Todo mundo comenta que você roubou a cena em Salve Jorge e tem carregado a novela nas costas.
Giovanna Antonelli ›› Amo fazer televisão e tenho dedicação para me reinventar. Mas novela é uma caixinha de surpresas, nunca sabemos quando vai ser sucesso. Fiquei feliz com a repercussão da Helô. Fazer uma delegada era muito diferente do que eu já havia feito. A Helô tem muitas nuances. Tem problemas com a filha, uma coisa mal resolvida com o ex-marido, dia a dia de dona de casa com a empregada, compulsão por compras etc. O público se identifica com problemas reais.
M&M ›› Recentemente, foi divulgado que Salve Jorge teria marcado o pior ibope no histórico da faixa das nove da Globo. Ao mesmo tempo, a forma de ver TV mudou. Como encara as críticas?
Giovanna ›› A audiência tem de ser revista. Nossos horários mudaram, o trânsito mudou. Gravo a novela para ver depois porque não dá tempo de assistir no horário. Vivemos uma grande mudança na TV, os números de audiência têm de ser revistos. A plataforma digital entrou com força na vida das pessoas.
M&M ›› Você comentou que vê a repercussão da novela no Twitter. Qual o maior atrativo das redes sociais para você, que é usuária assídua?
Giovanna ›› Tenho perfil no Instagram e no Twitter. Gosto muito e cuido de tudo sozinha. Foi uma maneira de contatar um público que era sem rosto. De repente, aquela legião de pessoas toma forma. Às vezes, assisto à novela junto com os seguidores, comento, interajo. Só não gosto de ser polêmica. Quanto menos eu opinar, melhor.
M&M ›› Tem medo de levantar bandeira e ser criticada?
Giovanna ›› Vivemos num mundo em que não se pode falar o que se quer. As pessoas julgam, jogam pedra. Acho chato. Elas não concordam com você, mas não procuram entender qual é a sua opinião. Não adianta bater boca na internet.  
A íntegra desta entrevista, publicada na edição 1554, está disponível exclusivamente na versão impressa do Meio & Mensagem.

FONTE: Meio e Mensagem

Nenhum comentário:

Postar um comentário