Por: Nayara Fraga, de O Estado de S. Paulo
Mais da metade do mercado se concentra nos tablets ‘populares’, com preço até R$ 500, que se conectam somente às redes Wi-Fi
A companhia vende hoje mais de mil itens, entre os quais estão artigos de informática, GPS, 15 modelos de celulares e oito tablets. Esta última categoria, que entrou para o portfólio da Multilaser em 2011, já foi responsável em 2012 por 25% do faturamento total. "A linha de tablets foi a que teve maior importância para a empresa no ano passado", diz o gerente de produto da Multilaser, Reinaldo Paleari. A maior parte dos tablets da empresa custa US$ 499 e se conecta à internet apenas pelo Wi-Fi.
Esse é justamente o tipo de equipamento que mais atrai o consumidor. Segundo o estudo da IDC, 67% dos tablets vendidos em 2012 tinham só o recurso Wi-Fi, enquanto 33% ofereciam suporte à telefonia de terceira ou quarta gerações (3G e 4G).
Isso não significa, no entanto, que o País tenha avançado na oferta grátis de pontos de conexão à internet sem fio, lembra o analista de mercado da IDC Pedro Hagge. "Não é que evoluímos no quesito acesso. É o preço que estimula esse cenário."
O Brasil tem cerca de 4,2 mil pontos de Wi-Fi, segundo a Jiwire, empresa dona de um aplicativo que funciona como um mapa colaborativo de pontos de rede sem fio no mundo. A Coreia do Sul tem mais de 186 mil e os Estados Unidos, mais de 182 mil. A China e a Rússia, as únicas do Brics no ranking dos dez países que mais têm pontos de acesso, ocupam a quarta e a sétima posição, respectivamente. (O bloco também é formado por Brasil, Índia e África do Sul).
Variedade. Atualmente, há cerca de 130 marcas de tablets no mundo. No Brasil, aproximadamente 20 estão à venda, excluindo o mercado paralelo.
Se analisados os dados das consultorias, a líder em vendas de tablets no País é a DL, comandada pelo chinês Paulo Xu. A companhia começou suas atividades em 2004 com a fabricação de panelas elétricas de arroz. Nos anos seguintes, migrou para MP3, GPS, equipamentos para som de automóveis e, em 2011, começou a investir em tablets.
O diretor comercial e de marketing da DL, Ricardo Malta, diz que a companhia vendeu 800 mil tablets em 2012 e que a estimativa para 2013 é de 1,5 milhão de unidades - ano em que a IDC espera contar 5,8 milhões de unidades. "A estimativa da consultoria reflete o posicionamento da classe C, nosso público, que foi quem mais comprou tablet." Por isso, a DL nem pensa em competir com Apple e Samsung.
FONTE: Estadão
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