Segundo o relatório da Nielsen, mais de 30% dos brasileiros que possuem celular têm um smartphone, totalizando algo próximo a 19 milhões de aparelhos.
Ele é pequeno, cabe no bolso, pode ser levado a qualquer lugar,
permite fazer ligações telefônicas, ouvir música, jogar, criar e manter
uma agenda de contatos, ter acesso à Internet e às redes sociais, entre
tantas outras utilidades. É por essas razões que os smartphones estão se
tornando, mais do que um objeto de desejo, um instrumento cada vez mais
usado não só por executivos e por profissionais de diversas áreas, mas
também por pessoas de todas as classes sociais e principalmente por
jovens das faixas de 16 a 24 anos. Segundo o relatório da Nielsen, mais
de 30% dos brasileiros que possuem celular têm um smartphone,
totalizando algo próximo a 19 milhões de aparelhos em uso, dentre as
mais de 250,8 milhões de linhas ativas.
Só esse cenário, sem contar o crescimento de outros dispositivos
móveis, como notebooks, netbooks, ultrabooks, tablets, entre outros,
abre um mar de possibilidades para as empresas investirem em ações de
mobile marketing, ou seja, no uso desses canais móveis para veiculação
de campanhas de publicidade, divulgação de produtos e serviços e
atividades que visam estreitar o relacionamento com diferentes públicos.
Estas e outras iniciativas tem sido descritas em diversos eventos e
palestras do setor.
Segundo estimativas do Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil),
um dos principais órgãos representativos do segmento digital interativo
brasileiro, o investimento em publicidade on-line deverá crescer 40% em
2012, totalizando R$ 4.6 bilhões. Fabio Coelho, presidente da
entidade, destaca que o mercado de Internet chega a crescer quatro
vezes mais que todo o bolo publicitário brasileiro, lembrando que apenas
em 2011, no Brasil, as cem maiores empresas investiram 13,7% de seus
orçamentos em mídia digital, o que deverá aumentar ainda mais este ano.
Outro estudo, da eMarketer, empresa especializada em pesquisas de
marketing e mídias digitais, estima que em 2012 os investimentos
publicitários em mobile marketing deverão chegar a US$ 40,9 milhões,
contra os US$ 23,8 milhões aplicados no ano anterior. Mas embora existe
esse grande potencial, ainda há muitos fatores inibidores para que esse
segmento deslanche, entre os quais se incluem o receio das operadoras de
telefonia celular de congestionar seus call centers, o alto valor
cobrado para algumas ações, e a grande quantidade de linhas pré-pagas
(cerca de 82,5% da base).
O que deve ser considerado é que grande parte dos usuários de
dispositivos móveis, e principalmente de celulares e smartphones, são
jovens que passam muitas horas do dia utilizando esses aparelhos e são
sempre mais receptivos e abertos a experimentar inovações. É o que
demonstra uma pesquisa realizada em dezembro passado pela agência mBlox
nos EUA e Reino Unido. Foram entrevistados mais de quatro mil jovens
usuários de celulares de 18 a 24 anos de idade, revelando que nove entre
dez gastam em média de uma a cinco horas por dia conectados ao seus
dispositivos móveis. Cerca de um terço revelou que gostaria de receber
avisos de promoções e anúncios via celular; 40% só querem receber o que é
fundamental para eles; e um entre três consumidores já utilizaram o
telefone celular para comprar produtos ou serviços.
Em contrapartida, enquanto 33% consideram importante saber quais são
as promoções e ofertas disponibilizadas em locais próximos a onde se
encontram, 66% não querem que as marcas saibam de seu paradeiro. E boa
parte deles (56%) teme que seus dados de cartão de crédito sejam
roubados, enquanto um entre dois teme o acesso não autorizado aos seus
dados pessoais. São informações importantes sobre essa parcela do
público consumidor que não deve diferir muito do que ocorre no Brasil e
que podem ser utilizadas de forma inteligente pelas empresas para
investir em ações criativas nesses canais, como oferecer descontos
especiais apenas para os que possuírem um determinado software instalado
em seus devices, criar games vinculados às marcas premiando os melhores
jogadores, entre tantas outras iniciativas.
Existe potencial e um campo enorme a ser explorado. Basta criatividade, aliada a uma boa dose de bom senso, saber espelhar-se nas melhores práticas e adotar critérios para não se tornar invasivo e indesejado. Com isso, ganharão as marcas e os consumidores que poderão ter acesso a uma gama diversificada de produtos e serviços adequados e sob medida aos seus perfis.
Existe potencial e um campo enorme a ser explorado. Basta criatividade, aliada a uma boa dose de bom senso, saber espelhar-se nas melhores práticas e adotar critérios para não se tornar invasivo e indesejado. Com isso, ganharão as marcas e os consumidores que poderão ter acesso a uma gama diversificada de produtos e serviços adequados e sob medida aos seus perfis.
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