consumidor
em relação às suas marcas. Os canais de comunicação com o público se
expandiram, deixaram de ser unidirecionais e exigem um novo
posicionamento das empresas que não querem atuar apenas como
espectadoras ou coadjuvantes em seus mercados. Mas entre o leque de
canais de comunicação disponíveis, qual o mais eficiente? É melhor
escolher apenas um ou marcar presença em todos? Mas é possível estar em
vários sem perder o foco?
Bem, a resposta para essas questões obriga que os decisores voltem seu
olhar para dentro da empresa, analisem em que momento ela está, tracem
uma estratégia e saibam claramente que objetivos se quer atingir,
levando em conta que cada canal tem seu tom, seu fim e suas
características.
Hoje os principais canais de comunicação e marketing digital
contemplam o e-mail marketing, as mídias sociais e a mobilidade. Neste
artigo, pretendo aconselhar sobre pontos que devem ser considerados para
usar cada um desses meios de modo eficiente e também o que considerar
em uma estratégia mais abrangente que busque explorar esses canais de
forma complementar.
- E-mail Marketing: As empresas que ainda acreditam que o e-mail marketing é um canal para comunicação
generalizada e em massa estão definitivamente no caminho não adequado. O
principal critério para usar o e-mail marketing com eficiência é a
relevância. O consumidor só vai dar atenção a mais aquele e-mail em sua
caixa de entrada se o assunto e o conteúdo forem relevantes, adequados
ao seu perfil. E para segmentar o envio de e-mail, a empresa precisa
conhecer o cliente de forma personalizada, levantar informações e dados
de comportamento que a levem a direcionar somente mensagens que tenham a
ver com aquele perfil específico, sejam ofertas de compra, atendimento
ou prestação de serviço. A frequência com que o cliente quer receber
esse tipo de comunicação também precisa ser levada em conta. Por fim,
não custa lembrar que o e-mail marketing precisa sempre ter a permissão
do usuário. É preciso engajar os colaboradores da empresa para que
contribuam buscando opt in do público, a fim de continuamente expandir e
qualificar a lista de e-mails dos clientes.
- Mídias Sociais: O grande desafio para iniciativas de branding bem
sucedidas nesse canal está na capacidade de envolver e motivar as
pessoas em torno de uma ação. O usuário das mídias sociais pode não
estar necessariamente interessado em comprar e, portanto, não quer
receber mensagens focadas na venda de produtos e serviços. Ou seja, um
argumento agressivo de vendas nas mídias sociais não é bem recebido.
Oferecer entretenimento e informação é muito mais pertinente neste
canal. Promover engajamento, envolvimento e relacionamento deve ser o
objetivo central, tendo sempre em mente que este canal é de múltiplas
vias, que deve gerar interatividade e fazer com que as pessoas se sintam
à vontade para comentar, indicar aos amigos, “curtir”, compartilhar
entre si. Gostar de uma marca pode não significar um interesse imediato
de compra, mas motivar as pessoas a falarem de determinada empresa e
pulverizar aquela mensagem entre seu grupo de amigos gera direta e
indiretamente visibilidade e divulgação para a marca. Outro ponto
importante é que, ao estar presente nas mídias sociais, a empresa
precisa ter uma política de como dar retorno aos comentários e posts,
estando preparada inclusive para receber críticas, pois uma vez aberto o
canal, ele ganha dinâmica própria.
- Mobilidade: Um ponto importante para a boa comunicação neste canal é
forma de abordar o consumidor, para que ele não se sinta invadido. O
envio de mensagens de texto via torpedos só pode acontecer se houver um
opt in formal e, além disso, essa forma de comunicação se presta muito
mais a promover relacionamento, atendimento e prestação de serviços do
que publicidade. Possibilitar entretenimento também é uma boa opção, por
meio da oferta de aplicativos com os quais os usuários se identifiquem
ou como forma de prestar algum serviço de utilidade pública, por
exemplo.
Se estabelecer uma comunicação eficaz com o consumidor em cada um
desses canais já demanda uma estratégia bem definida, o mesmo vale para
as empresas que queiram desenvolver ações integradas. Neste caso, tratar
esses meios de forma isolada faz com que a empresa não aproveite os
canais em toda sua potencialidade.
Ou seja, mais do que desenvolver iniciativas para e-mail marketing,
mídias sociais ou mobilidade, se a marca quer fazer uso destes três
canais de modo verdadeiramente eficaz, deve pensar em uma estratégia de
cross-channel, para acompanhar os resultados de forma integrada e poder
mensurar o todo. O e-mail marketing pode levar o usuário a se interessar
pelas mídias sociais da marca, o website da empresa pode permitir
compartilhamento em Facebook ou Twitter dos trechos que interessem ao
cliente, aplicativos usados em smartphones podem ser replicados nas
mídias sociais, uma ação iniciada em um canal pode render desdobramentos
em outros, etc...
São inúmeras as formas de capitalizar a interação do usuário nos
diversos canais digitais. Isso demanda, no entanto, criatividade e
estratégia. O mercado brasileiro tem amadurecido gradativamente
absorvido esta visão mais ampla e integrada, portanto não há dúvidas de
que esse é um caminho que tende a estimular e fortalecer o
relacionamento entre consumidores e empresas. Ignorar essa tendência é
ignorar as inovações, as novas gerações e as formas como elas interagem
com o mundo.
FONTE: Mundo do Marketing
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