quinta-feira, 26 de abril de 2012

As mudanças não pedem licença para acontecer

O ano começou quente. Contas importantes trocando de agência, outras se colocando em disputa. Festa na Lew’Lara e na Neogama com o fim da maratona da Vale. Festa na jovem David, encaixando uma pedrada certeira no Golias japonês. Festa regada a cerveja na Y&R. Festa do lado vencedor, choro do lado perdedor, e apreensão por todos os lados. Que primeiro trimestre! A coisa tá mudando muito depressa, e tudo indica que está fora de controle.

Num debate que presenciei nesta segunda-feira, ouvi Caetano Veloso dizer que não adianta ter inteligência e cultura se não tiver coragem. “Sem coragem não tem graça nenhuma”, foi como ele fechou a frase. Concordo. E acho que a afirmativa dele se aplica perfeitamente à situação do mercado publicitário: não adianta a estrutura, a criatividade, o planejamento, a capacidade de negociação, a posição no ranking, os métodos, a experiência, a tecnologia e os nomezinhos espertos de praxe, se não tiver a danada da coragem.


As agências tremem diante das altas verbas, como Baggios na hora do pênalti. Os clientes tremem só de pensar em não cumprir seus orçamentos ou não ter como explicar suas decisões. O dia-a-dia, que era pra ser calmo, se transformou num sufoco tremendo. Pra escapar da tremedeira, todos buscam segurança, e quanto mais procuram segurança, mais se repetem, ficando, por isso mesmo, mais vulneráveis aos ventos da mudança. Conclusão: Tremer não é bom negócio. E pilotar a mudança é possível, mas só pra quem tem pulso firme. 

Fonte: Meio&Mensagem 

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