sexta-feira, 27 de julho de 2012

Jornais impressos ainda tem força no Brasil segundo os chefes de redação

Os chefes de redação dos quatro maiores jornais brasileiros discutiram no debate “O Papel do Jornal”, realizado no Rio de Janeiro, a atual situação das publicações impressas no Brasil. Para eles, o jornal impresso ainda tem força no país e a circulação continua crescendo apesar da crise, informou a AFP.
A circulação dos jornais do Brasil cresceu, em média, 2,3% no primeiro semestre em relação ao mesmo período no ano passado. Embora o crescimento exista, os profissionais consideram que, para conquistar mais leitores, as publicações devem oferecer informações mais profundas e análises.
“O que os leitores querem é mais análises, mais reportagem, mais opinião, muito mais debate e, principalmente, muita profundidade”, disse Ascanio Seleme, diretor de redação de O Globo. “Um jornal não pode apenas publicar notícias de ontem, tem que explicar o que vem depois, e por quê”, acrescentou.
Ricardo Gandour, diretor de conteúdo de O Estado do São Paulo, considera que no momento em que “o excesso de informação pode levar à alienação total, nós, jornalistas, podemos ser os guias. Não se deve temer esse papel, esse ofício de selecionar, contextualizar, servir ao ser humano”.
“Conservadora como sou, jurássica, acredito que o jornal impresso vai sobreviver, talvez de uma forma mais compacta (…) Uma elite intelectual vai querer pagar mais para ter esse privilégio. Haverá mudanças, mas o jornal impresso continua”, disse Vera Brandimarte, diretora de redação do Valor Econômico.
“O jornal impresso continua sendo um produto bem-sucedido, e reforça a unidade da marca em todas as plataformas em que o meio está presente”, afirmou o editor executivo da Folha de São Paulo Sergio Dávila.
*Por Portal Imprensa

FONTE: Acontecendo Aqui

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