quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ideias para um mundo melhor. Por que não?

Esse ano, Bill Clinton trouxe ao festival de Cannes uma provocação estratégica de altíssimo nível, que transformaria um briefing qualquer em uma possibilidade de melhorar o mundo. Ele não pediu para criarmos soluções, mas para promovermos a informação e o debate de questões importantes para o mundo.

A Clinton Global Initiative desenvolve soluções sociais e ambientais que geram novas oportunidades econômicas. Como bom ex-presidente americano, sua visão não é nada naif. Quando ele diz para o mundo publicitário "think about how you can both do well and do good" também está falando de resultados, de efetividade.  
Entrega do prêmio
Entrega do prêmio 

 

Interessante ver que a provocação de Clinton já é tema de algumas iniciativas no mundo da propaganda. Um dos cases mais legais e premiados deste ano, "Integration Day" foi muito mais do que uma campanha para uma ONG, com o objetivo de aumentar a integração de pessoas com síndrome de down no mundo profissional. Foi também uma campanha para Averna, Carrefour, CartaSi, Enel, illy, Pampers e Toyota: marcas que colaboraram com uma mesma causa e contrataram atores com síndrome de down para participarem em uma versão de seus comerciais exibida em 21 de março, dia da integração.

O resultado vai muito além do aumento em 600% nas vagas de emprego para pessoas com síndrome de down. O resultado é a comoção e engajamento do público, promovido por marcas que verão em suas próximas pesquisas que efeitos esse tipo de atitude pode provocar.


Há alguns anos a propaganda vem se transformando profundamente. Cannes não é a única, mas é uma excelente referência disso. O discurso das marcas, já saturado, dá lugar para "atitudes" de marca. O monólogo, dá lugar à diálogo, colaboração e co-criação. Marcas começam a gerar conteúdos, serviços, formas convergentes de engajarem as pessoas. Esse caminho tem se mostrado bastante efetivo e o pedido de Clinton por "transparency, openness and creative co-operation" tem tudo a ver com um novo jeito de se comunicar num mundo com redes sociais e uma geração bem mais descolada, que não acredita em qualquer coisa que se diga.


Mais do que alcançar performance e efetividade, contribuir para um mundo melhor parece algo bastante interessante. Clinton também acha “Os profissionais da comunicação têm uma profunda influência sobre como o mundo ficará dentro de 20 a 30 anos”, diz ele. Já que o mundo está se reinventando e convergindo, por que não convergir interesses de marcas com interesses de um mundo mais pacífico, sustentável, democrático e melhor? Podia ser um tema para o próximo briefing.

FONTE: Meio e Mensagem


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