segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Estrategistas ou operadores?

As mídias sociais estão mudando muito as relações, sejam as pessoais ou as profissionais. Pegue como exemplo as pesquisas na internet. Se antes o Google era o mais acessado, hoje o Facebook já ultrapassou os cliques, afinal quando se quer descobrir algo de uma pessoa o primeiro passo é checar se ela tem um perfil na rede. E a partir dali a pesquisa pode tomar rumos inesperados, pois como o nome diz, a rede revela relacionamentos, gostos, escolhas e ações.
Nessa exposição exagerada, abrem-se espaços para oportunistas mas também para oportunidades, basta saber usar os instrumentos. Numa discussão de um grupo chamado Jornalistas, do qual faço parte, era justamente esse o tema. A comunicação mudou muito, está mais dinâmica, ágil e acessível para que qualquer um possa emitir opiniões e divulgar informações, mas apesar das mudanças de ferramentas, o jornalismo mantém seus princípios éticos, de disponibilizar informações fidedignas, transparentes e com versões de todos os lados possíveis do fato.
Até mesmo o Google oferece hoje ferramentas para que os internautas possam “checar” veracidade de dados ou reconhecer fontes para atestar credibilidade. Isso pode ser resultado de uma média de internautas que possuem bom senso para não acreditar em qualquer corrente e evitar retransmitir o que não lhe parece real.
Ao debater a importância do jornalismo, o grupo aborda o papel das assessorias de imprensa e os mais exaltados chegam a decretar a morte dos assessores, já que as empresas se comunicam diretamente, sem intermediários ou “tradutores”, como nos nominam alguns.
Por isso quis abordar o assunto e reiterar que a assessoria de imprensa não está sintetizada nesse papel de intermediação. Há muito tempo já tenho falado isso. Somos estrategistas da comunicação, podendo até exercer em conjunto o papel de operadores, afinal na prática precisamos também colher depoimentos, escrever reportagens, editar matérias e selecionar imagens. No entanto, nosso trabalho abrange continuamente definir planos de comunicação, sugerir o uso dos meios, ampliar espaços de interação da empresa com seus públicos e também realizar o relacionamento com a imprensa.
A estratégia pode estar na comunicação institucional ou na comunicação externa e nós, jornalistas com experiência em redação e também em assessoria, temos a visão ampla das demandas das empresas e instituições. As ferramentas podem continuar mudando e devemos continuar nos aperfeiçoando, mas os valores da boa informação são perenes.
Até a próxima!

FONTE: AcontecendoAqui

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