Por: Gabrielle Ferreira
A estimativa até o final desse ano é de aproximadamente 70 bilhões de
download para aplicativos (app) de celulares e tablets, e mais de 300
milhões de aparelhos celulares no Brasil!
Novas tecnologias, termos, aparelhos, dependência e vícios digitais
são os novos paradigmas a serem quebrados diariamente pelas empresas.
Antes da revolução digital, conhecimento da opinião de seus
consumidores, velocidade luz das informações, as empresas viviam em suas
cavernas sempre na mesmice, raramente uma companhia resolvia sair das
sombras e olhar para o outro lado para ver o que há por detrás do muro.
Nessas aventuras foram criadas possibilidades e, que muitas das vezes,
eram ignoradas ou até mesmo ditas como loucura e que não passaria de uma
modinha.
Após algum tempo essas mesmas empresas observaram que existia sim uma
possibilidade dentro daquela loucura e acabavam espiando e, tempo
depois, desenvolvendo uma nova caverna não conseguindo novamente ver
outras possibilidades dentro do seu mercado, criando assim um ciclo, com
a sua concepção, maturação e finalização, até que venha uma outra
empresa e olhe para o outro lado da saída.
Aproximadamente há quatros anos no Brasil teve um boom de app e esse
ano será um dos maiores para consumo das informações/conteúdo de app.
Mas o que agrega criar um app para uma marca?
Com o número assustador de celulares no país muitas empresas entram
na corrida de ser a pioneira, a de maior destaque, a referência no
mercado e acabam criando qualquer aplicativo por criar sendo que muitas
das vezes esquece que é um produto e que estará atrelado a marca.
O sonho de todos os lançamentos é ter no final da sua performance:
SUCE$$O. Afinal é para isso que existe o planejamento estratégico! Ou
não?
Para sair das sombras e conseguir ver o outro lado do muro é
necessário dar o primeiro passo, ter a mente aberta para se aventurar e
testar, mas com planejamento. Fazer conexão do produto com o que é
relacionado com a sua marca, estudar o target, criar possibilidades que
seja útil para quem procura e porta de entrada para uma fidelização,
pois esse é o caminho para desenvolver qualquer produto/serviço.
Hoje parar no tempo é significado de morte, mas também é sobre-humana
a utilização de tantos app. Para isso é crucial possuir uma visão
crítica analisando o primeiro questionamento: 'qual é o meu objetivo?'.
No início era o desespero de colocar nos celulares, e agora tablets, os
aplicativos criados e berrar ao mercado: "tive X milhões de download!", e
a pergunta que não quer calar: "e aí?", "O que isso agregou para o seu
retorno financeiro ou para a sua marca?", "As pessoas baixaram, mas
estão usando?". Muitas perguntas e quase nenhuma resposta, pois a mais
rápida é 'o meu indicador de sucesso era quantidade de download'. Não
pense que quantidade de download não pode ser usada como um KPI de
acompanhamento para o sucesso, pode e deve se for o seu objetivo, afinal
quanto mais pessoas baixarem maior é seu alcance e quiçá o uso do app.
Entretanto, é necessário ter o conhecimento da navegabilidade e consumo
do aplicativo, para que não fique apenas um projeto com um ciclo rápido
de meia-vida e sim um ciclo que aumente as etapas na fase de maturação
(atualização, features e relacionamentos); para depois consolidar todas
essas informações e ter a fase de renovação/inovação. É primordial hoje
para um app ser útil ou ter relevância ou entreter, criar por criar só
para dizer que também possui presença digital não é visto com bons olhos
e mostra uma forma de desrespeito com as pessoas. É simples assim: crie
utilidade e relacionamento.
Muitas empresas ainda vivem na fase ilusória que o digital é loucura,
uma grande mentira e desejam continuar vendo as sombras projetadas por
elas mesmas; outras empresas criaram as suas próprias cavernas sem se
darem conta disso - sem estratégia; mas há empresas que já estão vendo o
outro lado do muro e dando aquela espiadinha com embasamento.
FONTE: IAB Brasil
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