quarta-feira, 19 de setembro de 2012

What Facebook needs to do?

Por: Ana Paula Cortat

Às 18h de 11 de setembro, Mark Zuckerberg deu sua primeira entrevista depois do IPO de maio. A entrevista foi transmitida em livestream pela TechCrunch (veja aqui). Zuckerberg afirmou que o desempenho das ações – que perderam cerca de 50% do valor desde a entrada do Facebook na bolsa – foi decepcionante, que eles se preocupam com os acionistas, que tudo está sendo feito para construir valor no longo prazo e mostrou que tem consciência de quais são os maiores desafios.

Sobre a filosofia da empresa “we don’t build services to make money. we make money to build great services”, afirmou que eles acordam todos os dias pensando nisso, pensando em como construir um mundo mais aberto e conectado. mas que, para ser capaz de realizar seu propósito no futuro, o Facebook precisa se viabilizar como negócio agora.


Desde que o Facebook anunciou que estava avançando para o IPO, diferentes especialistas discutem que o grande desafio dessa empreitada é a geração de receita publicitária, uma questão que fica ainda mais grave com o crescimento do acesso mobile.


Um artigo publicado na Forbes no dia 16 de maio (leia
aqui), chama atenção para as diferenças entre o IPO do Facebook e do Google e afirmava: “(…) o crescimento do mobile tem provado ser uma faca de dois gumes. Ninguém ainda descobriu como efetivamente entregar anúncios e, portanto, gerar receita publicitária em uma plataforma mobile. O Facebook experimenta cada vez mais o acesso através de dispositivos móveis, isso certamente vai fazer crescer o número de visitantes e melhorar o engajamento, mas vai diminuir sua oportunidade de gerar receitas”.

Ontem, Zuckerberg disse que as pessoas estão subestimando o quão essencial o mobile é para o Facebook. Segundo ele, o “mobile user tende a ser mais ativo que o desktop user” . Mais pessoas navegando mais vezes por mais tempo na internet e, consequentemente, no Facebook significaria que a tendência é a de que o Facebook gere mais dinheiro através do mobile do que pode ser capaz de gerar através do desktop. Faz sentido.


Sobre como gerar receita publicitária através do mobile, disse que acredita que isso vai acontecer através da integração dos anúncios com o conteúdo gerado pelos usuários na timeline. De novo, faz todo sentido.


Essa conversa toda me faz lembrar que o Facebook não é disruptivo apenas em relação ao comportamento das pessoas, ele é disruptivo como plataforma de comunicação e como modelo de negócio.


O desafio é realmente grande. O dia de hoje começou com o Facebook abrindo em alta de 6% na bolsa americana e talvez o dia termine com Zuckerberg respondendo a questão colocada pela Forbes. Talvez. Mas, mais que a reação da bolsa americana, resta saber qual vai ser a reação do mercado publicitário e dos anunciantes. O Facebook precisa deles para se tornar viável hoje e realizar seu propósito no longo prazo.


Não sei quantos mídias, atendimentos, planejadores, criativos e profissionais de marketing de clientes estavam assistindo a entrevista de Mark Zuckerberg ontem, mas certamente a resposta a essa questão diz muito.


Por ser disruptivo em relação ao que fazemos todos os dias, o desafio do Facebook vai além de encontrar as respostas, eles terão que ajudar o mercado a enxergar a necessidade, entender a urgência e a descobrir como fazer com que essas respostas gerem, de verdade, novos padrões de ação.


Ana Paula Cortat é vice-presidente de planejamento da Africa


FONTE: Meio e Mensagem 

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