O padrão de vida de um país depende, crucialmente, da produtividade da
sua economia. Produtividade é a quantidade de bens e serviços que o país
consegue produzir por unidade de trabalho.
A produtividade depende da forma como ele combina os seguintes fatores: capital físico, capital humano, recursos naturais e conhecimento tecnológico.
O capital físico é o estoque de ferramentas, máquinas e estruturas
usado para fabricar bens e serviços. O capital físico é, portanto,
também produzido. Na economia moderna, muitos países importam as
máquinas e ferramentas usadas na produção dos países desenvolvidos,
queimando etapas na modernização de seus parques produtivos.
O capital humano consiste na nas habilidades dos trabalhadores
adquiridas através da educação formal, do treinamento e da experiência.
Assim como o capital físico, o capital humano é determinante para
aumentar a capacidade de uma nação produzir bens e serviços. Na fase em
que a maioria dos processos de produção é mecanizado, a qualidade do
capital humano adquire uma importância decisiva.
Os recursos naturais são os insumos necessários para a produção na
forma de terras terras, rios ou depósitos naturais. Eles podem ser
renováveis e não-renováveis. São exemplos de recursos naturais o
petróleo, o ferro e a madeira. Muitos atribuem o sucesso econômico dos
EUA à grande oferta de terras adequadas para a agricultura. Outros
países são ricos porque possuem muitas reservas de petróleo, como o
Kuwait e Arábia Saudita. No entanto, existem países como o Japão que,
após a segunda guerra, ficaram ricos sem ter recursos naturais
abundantes. O Japão enriqueceu através do comércio internacional,
produzindo e vendendo bens intensivos em tecnologia para países ricos em
recursos naturais. O país importa recursos naturais e exporta
tecnologia na forma de produtos industriais e serviços.
O conhecimento tecnológico consiste no conhecimento das melhores
maneiras de combinar os recursos produtivos para produzir bens e
serviços. Décadas passadas, a tecnologia existente demandava o uso de
grande quantidade de pessoas na agricultura para produzir alimentos. O
insumo trabalho era fundamental para produzir alimentos. Hoje, graças ao
uso de máquinas e técnicas modernas de plantio e combate às pragas,
apenas uma pequena fração da população é empregada na produção de
alimentos. A evolução do conhecimento e da tecnologia agrícola
possibilitou a liberação de grande parte da população para a produção de
outros bens e serviços.
O conhecimento pode ser dividido em dois tipos: o comum e o
proprietário. O conhecimento comum é aquele que uma vez usado pode ser
livremente copiado por todos. A linha de montagem de automóveis é um
exemplo. Depois de inventado por Henry Ford foi copiado e usado por
todas as fábricas de automóveis, até hoje. O conhecimento proprietário é
aquele que uma vez inventado torna-se, temporariamente, de uso
exclusivo de seu autor. Exemplo, os medicamentos. Quando uma empresa
farmacêutica descobre uma nova droga, ela registra sua fórmula e ninguém
mais pode usá-la por um determinado período. Existem vários outros
exemplos no mundo moderno: Microsoft com o Windows, a Apple com seus diversos produtos, a Coca-cola e assim por diante.
Tendo em mente os conceitos acima, é fácil entender porque é tão
importante para um país ter uma taxa razoável de poupança, investir na
educação e promover o conhecimento científico e tecnológico.
A poupança é uma forma de aumentar o estoque de capital de um país.
Para haver poupança o país tem de consumir menos do que produz. Ela
representa, portanto uma renúncia ao consumo presente. Os recursos
poupados podem ser investidos no aumento da capacidade produtiva do
país. Com mais capital, o país pode produzir mais, gerar mais renda,
mais poupança e mais investimento. Um círculo virtuoso. A poupança pode
ser complementada com investimentos vindos do exterior. Os
investimentos diretos estrangeiros são importantes, mas um país não pode
depender exclusivamente deles para estabelecer sua estratégia de
crescimento.
O investimento em educação é também fundamental para aumentar o capital
humano do país. Somente ela proporciona maior número de trabalhadores
aptos para compreender e auxiliar na melhoria dos processos produtivos.
Hoje, a operação de máquinas modernas exige alto grau de conhecimento e
treinamento dos trabalhadores. Pesquisas feitas nos Estados Unidos
mostram que cada ano a mais na escolaridade do trabalhador representa,
em média, um ganho de 10% no salário. O investimento em capital humano
vai além de qualificar os trabalhadores. Ele produz diversas
externalidades positivas. Pessoas educadas produzem bem estar social,
evitam o crime e geram ideias para melhorar a sociedade. Muitos usam
esse argumento para justificar os investimentos públicos em educação.
Finalmente, o conhecimento científico e tecnológico é cada vez mais
decisivo para gerar soluções para a produção em massa e respeitar os
limites dos recursos naturais. A economia moderna se depara com a
necessidade de produzir bens que gastem ou desperdicem menos energia e
possam ser reciclados ou reutilizados. E que seja capaz de levar, na
escala necessária, conforto a um mercado cada vez maior.
Um país que deseja ter uma economia forte não pode descuidar de nenhum desses fatores de produção.
FONTE: AdOnline
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