quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Marcas para durar com produtos nem tanto

Por: Lucio Pacheco


Pela mídia de hoje, a Europa no segundo trimestre, começou a sair da recessão num estágio visto ainda primário, pelo histórico da crise. Tanto na fase Estados Unidos, como na atual, das diversas análises desencadeadas, algumas delas apontaram a prática predadora do capitalismo como sendo o grande dragão. 


A publicidade é cúmplice direta do capitalismo, na forma abordada e pouco nela se falou. Dorothy L. Savers, citado na abertura do livro de Vance Packard, "Estratégia do Desperdício", um clássico da pesquisa, consumo e obsolescência, declarou:


Uma sociedade na qual o consumo tem de ser artificialmente estimulado a fim de manter a produção em andamento é uma sociedade fundada sobre lixo e desperdício, e sociedade assim é uma casa construída sobre areia.


Nas últimas décadas, várias vezes, o chão de areia se moveu e levou a abalos na economia de muitos países. Para a publicidade, que tem como função estimular a informação e o consumo de produtos e serviços como atividade principal, como mensurar o seu grau de participação nesse processo.


Os códigos de ética e as leis regulatórias da atividade, como por exemplo normas para publicidade infantil, horários para anunciar determinados produtos e até mesmo a proibição de publicidade de cigarro e  restrições ao consumo da bebida, são medidas, que não tratam da questão da produção x consumo apontada por Dorothy L. Savers.


Nessa perspectiva, as marcas desenvolveram muito no sentido de práticas sustentáveis, que envolvem sociedade e ambiente, mas na questão do consumir em que momento ou quantidade é complexo e até mesmo contraditório, visto que os seus objetivos de vendas são elaborados nas linhas macros da produção x consumo. Mas, uma coisa é visível: o lixo urbano e a degradação da natureza em muitos lugares.



FONTE: AdOnline

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