Inkomodou
Mais uma vez a ficção foi usada pra mostrar a essência da realidade
(gosto mais de ler obras de ficção exatamente por isso). O lançamento da
agência fictícia Komodo causou tanto impacto porque escancarou o que era
murmurado nas entrelinhas conservadoras, e foi levado a sério porque vinha
recheado de verdades ocultas. Rarrá!, muita gente riu depois, mas no fundo
ficou com raiva, porque acreditava exatamente naquilo que a campanha revelou
estar ridicularizando. Há mais dragões circulando pelo mercado do que imagina
nossa vã filosofia. Ponto pra DM9DDB, ponto pro IAB.
Não sou fã incondicional das pegadinhas publicitárias. Acho que devem ser
usadas com moderação, sob pena de desqualificarem tudo, desde os classificados
de “melhor emprego do mundo” até as jovens que vendem sua virgindade na
internet, mas a pertinência dessa campanha a coloca a salvo de questionamentos.
Fez lembrar do lançamento que fizemos na Giovanni de uma cerveja bizarra:
“Solid – a cerveja que você come”, criação de Fernando Campos e Carlos André
Eyer, com direção de Cristina Amorim e alguns pitacos meus. Era só uma
brincadeira pra demonstrar a multiplicidade de formatos viabilizáveis pelo
jornal O Globo, um balaio de formatos diferenciados ilustrando o que seria
possível fazer com um produto evidentemente absurdo. O curioso é que os
estressados habitantes do segmento cervejeiro entraram em pânico e ligaram para
o jornal ofegantes, tentando descobrir que concorrente estava fazendo aqueles
teasers. Eles acreditaram que uma cerveja sólida estaria chegando ao mercado,
assim como tantos acreditaram que uma agência com o perfil da Komodo teria como
existir e subsistir.
Provoca reflexão. Mostra que nos dias de hoje tudo é possível, até mesmo se
propor a negar as evidências que o mundo online esfrega em nossas caras
diariamente. Mostra que, em tempos de novela na Capadócia (coincidência
irresistível neste finzinho de texto), o dragão ainda respira e sonha em
desafiar a galera para duelos fora de época.
FONTE: Meio e Mensagem
Mais
uma vez a ficção foi usada pra mostrar a essência da realidade (gosto
mais de ler obras de ficção exatamente por isso). O lançamento da
agência fictícia Komodo causou tanto impacto porque escancarou o que era
murmurado nas entrelinhas conservadoras, e foi levado a sério porque
vinha recheado de verdades ocultas. Rarrá!, muita gente riu depois, mas
no fundo ficou com raiva, porque acreditava exatamente naquilo que a
campanha revelou estar ridicularizando. Há mais dragões circulando pelo
mercado do que imagina nossa vã filosofia. Ponto pra DM9DDB, ponto pro
IAB.
Não sou fã incondicional das pegadinhas publicitárias.
Acho que devem ser usadas com moderação, sob pena de desqualificarem
tudo, desde os classificados de “melhor emprego do mundo” até as jovens
que vendem sua virgindade na internet, mas a pertinência dessa campanha a
coloca a salvo de questionamentos. Fez lembrar do lançamento que
fizemos na Giovanni de uma cerveja bizarra: “Solid – a cerveja que você
come”, criação de Fernando Campos e Carlos André Eyer, com direção de
Cristina Amorim e alguns pitacos meus. Era só uma brincadeira pra
demonstrar a multiplicidade de formatos viabilizáveis pelo jornal O
Globo, um balaio de formatos diferenciados ilustrando o que seria
possível fazer com um produto evidentemente absurdo. O curioso é que os
estressados habitantes do segmento cervejeiro entraram em pânico e
ligaram para o jornal ofegantes, tentando descobrir que concorrente
estava fazendo aqueles teasers. Eles acreditaram que uma cerveja sólida
estaria chegando ao mercado, assim como tantos acreditaram que uma
agência com o perfil da Komodo teria como existir e subsistir.
Provoca reflexão. Mostra que nos dias de hoje tudo é possível, até mesmo
se propor a negar as evidências que o mundo online esfrega em nossas
caras diariamente. Mostra que, em tempos de novela na Capadócia
(coincidência irresistível neste finzinho de texto), o dragão ainda
respira e sonha em desafiar a galera para duelos fora de época.
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