terça-feira, 27 de novembro de 2012

Inkomodou

Mais uma vez a ficção foi usada pra mostrar a essência da realidade (gosto mais de ler obras de ficção exatamente por isso). O lançamento da agência fictícia Komodo causou tanto impacto porque escancarou o que era murmurado nas entrelinhas conservadoras, e foi levado a sério porque vinha recheado de verdades ocultas. Rarrá!, muita gente riu depois, mas no fundo ficou com raiva, porque acreditava exatamente naquilo que a campanha revelou estar ridicularizando. Há mais dragões circulando pelo mercado do que imagina nossa vã filosofia. Ponto pra DM9DDB, ponto pro IAB.

Não sou fã incondicional das pegadinhas publicitárias. Acho que devem ser usadas com moderação, sob pena de desqualificarem tudo, desde os classificados de “melhor emprego do mundo” até as jovens que vendem sua virgindade na internet, mas a pertinência dessa campanha a coloca a salvo de questionamentos. Fez lembrar do lançamento que fizemos na Giovanni de uma cerveja bizarra: “Solid – a cerveja que você come”, criação de Fernando Campos e Carlos André Eyer, com direção de Cristina Amorim e alguns pitacos meus. Era só uma brincadeira pra demonstrar a multiplicidade de formatos viabilizáveis pelo jornal O Globo, um balaio de formatos diferenciados ilustrando o que seria possível fazer com um produto evidentemente absurdo. O curioso é que os estressados habitantes do segmento cervejeiro entraram em pânico e ligaram para o jornal ofegantes, tentando descobrir que concorrente estava fazendo aqueles teasers. Eles acreditaram que uma cerveja sólida estaria chegando ao mercado, assim como tantos acreditaram que uma agência com o perfil da Komodo teria como existir e subsistir.

Provoca reflexão. Mostra que nos dias de hoje tudo é possível, até mesmo se propor a negar as evidências que o mundo online esfrega em nossas caras diariamente. Mostra que, em tempos de novela na Capadócia (coincidência irresistível neste finzinho de texto), o dragão ainda respira e sonha em desafiar a galera para duelos fora de época. 


FONTE: Meio e Mensagem
Mais uma vez a ficção foi usada pra mostrar a essência da realidade (gosto mais de ler obras de ficção exatamente por isso). O lançamento da agência fictícia Komodo causou tanto impacto porque escancarou o que era murmurado nas entrelinhas conservadoras, e foi levado a sério porque vinha recheado de verdades ocultas. Rarrá!, muita gente riu depois, mas no fundo ficou com raiva, porque acreditava exatamente naquilo que a campanha revelou estar ridicularizando. Há mais dragões circulando pelo mercado do que imagina nossa vã filosofia. Ponto pra DM9DDB, ponto pro IAB.

Não sou fã incondicional das pegadinhas publicitárias. Acho que devem ser usadas com moderação, sob pena de desqualificarem tudo, desde os classificados de “melhor emprego do mundo” até as jovens que vendem sua virgindade na internet, mas a pertinência dessa campanha a coloca a salvo de questionamentos. Fez lembrar do lançamento que fizemos na Giovanni de uma cerveja bizarra: “Solid – a cerveja que você come”, criação de Fernando Campos e Carlos André Eyer, com direção de Cristina Amorim e alguns pitacos meus. Era só uma brincadeira pra demonstrar a multiplicidade de formatos viabilizáveis pelo jornal O Globo, um balaio de formatos diferenciados ilustrando o que seria possível fazer com um produto evidentemente absurdo. O curioso é que os estressados habitantes do segmento cervejeiro entraram em pânico e ligaram para o jornal ofegantes, tentando descobrir que concorrente estava fazendo aqueles teasers. Eles acreditaram que uma cerveja sólida estaria chegando ao mercado, assim como tantos acreditaram que uma agência com o perfil da Komodo teria como existir e subsistir.

Provoca reflexão. Mostra que nos dias de hoje tudo é possível, até mesmo se propor a negar as evidências que o mundo online esfrega em nossas caras diariamente. Mostra que, em tempos de novela na Capadócia (coincidência irresistível neste finzinho de texto), o dragão ainda respira e sonha em desafiar a galera para duelos fora de época. 


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