terça-feira, 14 de setembro de 2010

Indústria expande capacidade produtiva

De acordo com o economista da Confederação Nacional da Indústria, o faturamento industrial superou em 4,2% o patamar anterior à crise mundial


A expansão dos investimentos desde 2009 tem ampliado o parque fabril, com reflexo na queda do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), avaliou o economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Marcelo de Ávila. De acordo com os indicadores industriais divulgados nesta quinta-feira, o Nuci recuou pelo terceiro mês consecutivo em julho, para 82,3% ante 82,5% em junho.

"Mesmo havendo uma maior atividade industrial no mês de julho, a utilização da capacidade recuou nesse período. A formação bruta de capital fixo vem crescendo a passos largos e a maturação de investimentos está ampliando o parque industrial", afirmou Ávila.

Para o economista, o comportamento do indicador mostra que não há descompasso entre a demanda e a oferta na indústria. "Estamos vendo uma convergência da inflação para a meta. Além disso, o período de aperto monetário que ainda não foi todo absorvido pela economia, mas de qualquer forma, se não houvesse elevação dos juros, o desempenho da indústria seria ainda maior", avaliou.

Segundo Ávila, o faturamento industrial já supera em 4,2% o patamar anterior ao agravamento da crise financeira internacional, em setembro de 2008. Em julho, o indicador cresceu 3,6% ante o mês anterior. "O faturamento é o indicador que reage primeiro à melhora da economia, e esse resultado já garante no mínimo 8,4% de crescimento em 2010, com boa possibilidade de ficar acima de dois dígitos. Lembrando que o crescimento é forte, mas é sobre uma base de comparação muito deprimida", ressaltou.

O mesmo ocorre com o emprego industrial que, pelo segundo mês seguido, apresentou alta de 0,5% na comparação mensal, variação acima da média histórica de crescimento do indicador, que já supera em 0,8% o nível de setembro de 2008. "Em questão de emprego a crise já ficou para trás. Em termos de quantidade, todas as vagas fechadas no fim de 2008 já foram recompostas", completou Ávila.

Já as horas trabalhadas, apesar de aumentarem 1,6% em julho ante junho, ainda estão 2,2% abaixo do patamar pré-crise (setembro de 2008). A massa salarial real, impulsionada pelo aumento da ocupação na indústria, também aumentou em julho ante junho (3,6%), assim como o rendimento médio do trabalhador (3,1%).


Fonte: Veja

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