sexta-feira, 22 de março de 2013

Todo mundo online, se a infra permitir

Por: João Batista Ciaco

Falar em estratégia mobile no Brasil não é modismo, é uma necessidade vital para as grandes marcas, tal é o número de pessoas conectadas aos seus celulares. Necessidade estratégica para marcas e social para as pessoas. Eu sou daqueles que ainda ficam incomodados ao ver um grupo reunido e todo mundo com os olhares vidrados em seus celulares. Mas entendo que, de fato, ali dentro gira um mundo paralelo. E as marcas querem estar lá também. Não é à toa que o investimento publicitário global em mobile em 2012 cresceu mais de 100% em relação a 2011 (Fonte: eMarketer). E vai continuar a crescer. Segundo dados da Nielsen, 57% da população brasileira têm celulares com conexão à web. Não podemos fechar os olhos a isso. Mas o quanto estamos preparados para a comunicação mobile?

Aí me vem à cabeça a questão da conectividade. Vejo com bons olhos alguns passos dados no país para melhorar a nossa infraestrutura seja em tecnologia, telefonia e outros setores que tornam a comunicação mobile viável.


É no mínimo inspirador ler nos jornais que finalmente um projeto de democratização do acesso à internet vai sair do papel, por meio de redes públicas de wifi grátis instaladas na cidade. É claro que, até lá, vai existir um embate entre interesses públicos e privados. Do entendimento desses dois lados depende o bem coletivo do qual estamos falando.


Enquanto isso não acontece, iniciativas como a da Coca-Cola, em parceria com a Oi, vêm a calhar. As marcas se uniram para oferecer wifi gratuitamente em alguns estabelecimentos comerciais e, assim, um gap da conectividade no Brasil vira inspiração para uma ação de marketing. Um trabalho que vai além do produto e foca em um estilo de vida. Ponto para eles. Já a Nestlé foi contra todo esse movimento e criou uma área totalmente sem wifi, em Amsterdam. O objetivo ali era bem claro: fazer as pessoas se desconectarem por alguns instantes. Sendo a favor ou não, as marcas já se renderam ao tema da conectividade.


Mas que isso não valha de muleta para que as iniciativas públicas eximam-se da responsabilidade na cidade. Acredito sim em propostas conjuntas para fazer acontecer, mas que cada um não esqueça de realizar - e bem - o seu papel.


FONTE: Meio e Mensagem

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