Duas décadas depois, em 2010, passei férias na Itália. Pesquisei na
internet os melhores destinos, comprei passagens aéreas e de trem,
reservei hostels, e tracei rotas de carro com o Google Maps. Tudo isso
sem agência e sem sair de casa, durante as poucas horas do meu tempo
livre.
Esses exemplos pessoais ilustram como a indústria do turismo mudou nos
últimos 20 anos. A internet facilitou o acesso a informações e agilizou a
prestação de serviços numa época em que o tempo costuma ser escasso.
Escolher o destino, fazer roteiros próprios e escolher onde hospedar-se
ficou muito mais fácil. É um jogo de ganha-ganha. De um lado, o turista
têm à disposição o que quer e precisa ao alcance de poucos cliques. De
outro, os governos de locais que desejam atrair pessoas e o trade
turístico de forma geral têm à sua frente um mercado ávido por consumir.
Onde ir
Um lugar se torna atraente para visitantes quanto mais informações
houver sobre os produtos turísticos que oferece. Paris, Berlim, Nova
York e Madri têm sites próprios com indicações de onde ficar, atrações
imperdíveis, roteiros e dicas que só nativos conhecem. O poder da
divulgação é tão grande que até uma vila no interior da Espanha, onde
“nunca acontece nada”, viu crescer exponencialmente o número de
visitantes. Assista aqui [VILLAGE WHERE NOTHING EVER HAPPENS] ao case que ganhou Cannes em 2009.
Como chegar
Com a informação disponível a qualquer momento, em qualquer lugar, as
agências de viagem que souberam aproveitar as mudanças do mercado
facilitaram a oferta de serviços on-line e/ou se transformaram em
consultoras especializadas.
Criada em 1999, a argentina Decolar.com
é líder em vendas de passagens aéreas na América Latina e está
investindo US$ 8,5 milhões para ampliar a oferta de hotéis e pacotes
turísticos. No Brasil, esse segmento é liderado pela CVC que mesmo com 70% do mercado, mantém um portal completo on-line em paralelo às lojas físicas.
As passagens de trens ou ônibus podem ser compradas com antecedência no
site das empresas de transporte locais, mas o turista pode optar por
agências para facilitar o processo ou conseguir um desconto.
Hospedagens
A chamada nova classe C brasileira está impulsionando o turismo,
especialmente para o exterior. Se a grana está curta, os hostels são
boas opções. Sites especializados como Trip Advisor, Hostelworld e Hostelbookers,
para citar alguns, dão indicações por classificação, preço e
comentários de quem foi. Ocupar o sofá da sala de um estranho também é
possível pelo fórum Couchsurfing, geralmente a custo zero.
Uma vez planejada a viagem, é hora de partir! Saiba no próximo post
como o turista pode aproveitar melhor seu tempo no destino escolhido, e o
papel das empresas para que ele tenha a melhor experiência possível.
Alícia Alão: Produtora de conteúdo web na Talk Estratégias Digitais
– Florianópolis. Cursa IMBA em Gestão de Negócios, Mercados e Projetos
Interativos na Clear Educação. Jornalista, foi repórter de TV, rádio e
jornal, mas hoje só faz fofoca do vizinho. Adora viajar, mas navegar na
internet compensa a falta de tempo (e dinheiro) para conhecer o mundo.
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