segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Artigo: Aqui, ali, em qualquer lugar: como a internet favoreceu o turismo

Fiz minha primeira viagem ao exterior na década de 1990, para a Disney. A única fonte de informações sobre o lugar era um miniguia que eu seguia religiosamente. Reservar passagens e hospedagem ficou com os adultos, que por sua vez confiaram em agências de viagem.
 
Duas décadas depois, em 2010, passei férias na Itália. Pesquisei na internet os melhores destinos, comprei passagens aéreas e de trem, reservei hostels, e tracei rotas de carro com o Google Maps. Tudo isso sem agência e sem sair de casa, durante as poucas horas do meu tempo livre.
 
Esses exemplos pessoais ilustram como a indústria do turismo mudou nos últimos 20 anos. A internet facilitou o acesso a informações e agilizou a prestação de serviços numa época em que o tempo costuma ser escasso.
 
Escolher o destino, fazer roteiros próprios e escolher onde hospedar-se ficou muito mais fácil. É um jogo de ganha-ganha. De um lado, o turista têm à disposição o que quer e precisa ao alcance de poucos cliques. De outro, os governos de locais que desejam atrair pessoas e o trade turístico de forma geral têm à sua frente um mercado ávido por consumir.
 
Onde ir
Um lugar se torna atraente para visitantes quanto mais informações houver sobre os produtos turísticos que oferece. Paris, Berlim, Nova York e Madri têm sites próprios com indicações de onde ficar, atrações imperdíveis, roteiros e dicas que só nativos conhecem. O poder da divulgação é tão grande que até uma vila no interior da Espanha, onde “nunca acontece nada”, viu crescer exponencialmente o número de visitantes. Assista aqui [VILLAGE WHERE NOTHING EVER HAPPENS] ao case que ganhou Cannes em 2009.
 
Como chegar
Com a informação disponível a qualquer momento, em qualquer lugar, as agências de viagem  que souberam aproveitar as mudanças do mercado facilitaram a oferta de serviços on-line e/ou se transformaram em consultoras especializadas.
 
Criada em 1999, a argentina Decolar.com é líder em vendas de passagens aéreas na América Latina e está investindo US$ 8,5 milhões para ampliar a oferta de hotéis e pacotes turísticos. No Brasil, esse segmento é liderado pela CVC que mesmo com 70% do mercado, mantém um portal completo on-line em paralelo às lojas físicas.
 
As passagens de trens ou ônibus podem ser compradas com antecedência no site das empresas de transporte locais, mas o turista pode optar por agências para facilitar o processo ou conseguir um desconto.
 
Hospedagens
A chamada nova classe C brasileira está impulsionando o turismo, especialmente para o exterior. Se a grana está curta, os hostels são boas opções. Sites especializados como Trip Advisor, Hostelworld e Hostelbookers, para citar alguns, dão indicações por classificação, preço e comentários de quem foi. Ocupar o sofá da sala de um estranho também é possível pelo fórum Couchsurfing, geralmente a custo zero.
 
Uma vez planejada a viagem, é hora de partir! Saiba no próximo post como o turista pode aproveitar melhor seu tempo no destino escolhido, e o papel das empresas para que ele tenha a melhor experiência possível.
 
Alícia Alão: Produtora de conteúdo web na Talk Estratégias Digitais – Florianópolis. Cursa IMBA em Gestão de Negócios, Mercados e Projetos Interativos na Clear Educação. Jornalista, foi repórter de TV, rádio e jornal, mas hoje só faz fofoca do vizinho. Adora viajar, mas navegar na internet compensa a falta de tempo (e dinheiro) para conhecer o mundo.

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