segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Empresários industriais continuam otimistas

Os empresários brasileiros continuam otimistas com o desempenho da economia e das empresas. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) de outubro ficou em 62,8 pontos, 0,6 ponto abaixo do observado em setembro, que foi de 63,4 pontos. Mesmo assim, as perspectivas são positivas, porque o índice está acima 50 pontos e é 3,3 pontos superior à média histórica, informa a pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice varia de zero a cem e valores acima de 50 indicam empresários confiantes.


A trajetória de queda do Icei começou em fevereiro, depois que o indicador registrou recorde em janeiro deste ano. O indicador de janeiro foi o maior de toda a série histórica iniciada em 2000, ficando em 68,7 pontos. Somente entre julho e agosto, o ICE registrou alta, passando de 63,4 pontos para 64 pontos.


Com essas retrações consecutivas, o Icei se aproxima dos níveis pré-crise econômica internacional, em torno dos 62 pontos. Conforme o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, a trajetória de queda observada desde fevereiro deste ano é natural depois do recorde registrado em janeiro. “Geralmente os empresários estão mais otimistas no início do ano, e janeiro último coincidiu ainda com o setor industrial saindo da crise”, acrescenta Fonseca.


Segundo ele, o otimismo dos empresários foi influenciado positivamente com o final da crise financeira mundial, mas voltou a se ajustar na medida em que as turbulências foram superadas. O ICEI de outubro de 2010 registrou queda de 3,1 pontos em relação ao do mesmo mês do ano passado. “O empresário olhava para trás e via a crise, portanto, o otimismo era elevado. Mas hoje ele olha para trás e vê que já houve melhoras e, portanto, o cenário não deverá melhorar tanto”, compara Fonseca.


O índice de confiança das indústrias extrativa e de construção civil registrou queda de 1,9 pontos em outubro em relação a setembro. O índice da indústria extrativa caiu de 64,1 para 62,2 pontos e o da construção civil passou de 64,8 para 62,9 pontos no período. Na indústria de transformação, o Icei manteve-se estável, com um recuo de 0,1 ponto, passando de 62,1 para 62,0 pontos entre setembro e outubro.


“Os indicadores por segmento se aproximam mostrando que há uma convergência na percepção dos empresários”, comenta Fonseca. Apesar das quedas nos índices dos diferentes segmentos, todos permanecem acima de 60 pontos.


O indicador de expectativa para os próximos seis meses permaneceu estável. O índice oscilou de 65,8 pontos em setembro para 65,9 em outubro. A redução do Icei deve-se à queda do índice de situação atual, que aponta a percepção dos empresários sobre o momento. Esse índice passou de 58,4 em setembro para 56,8 em outubro. Mesmo com a queda de 1,6 pontos, o indicador permanece acima de 50 pontos, ou seja, na percepção dos empresários as condições atuais dos negócios melhoraram na comparação com os últimos seis meses.


“Os empresários continuam confiantes para os próximos seis meses. Eles apenas notaram que vão continuar crescendo menos em relação ao passado recente”, acrescenta Renato da Fonseca. A pesquisa foi feita entre 4 e 19 de outubro com 1.922 empresas. Dessas, 1.106 são pequenas, 577 médias e 239 de grande porte.


Fonte: IPESI
Data: 21/10/2010















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