segunda-feira, 30 de maio de 2011

Empresários investem para lucrar com a Copa do Mundo

Levantamento do Sebrae indicou oportunidades de negócios.
Oito milhões de estrangeiros devem visitar o Brasil em 2014.
Pequenos negócios de todo o Brasil devem lucrar com a Copa do Mundo em 2014. Um estudo feito pela Fundação Getulio Vargas a pedido do Sebrae mostra que as oportunidades se espalham por vários setores. São 448 possibilidades para faturar, em quatro setores: construção civil, tecnologia da informação, turismo e produtos associados ao turismo.

O Sebrae vai investir quase R$ 80 milhões em cursos e consultorias para empresas que atuam nessas áreas.
“Agora a gente vai fazer uma lição de casa em cada um dos 12 estados diretamente envolvidos com a Copa. Vamos realizar um conjunto grande de seminários empresariais, rodadas de negócios, de convênio com entidades privadas, dos grandes pequenos e médios. Isso é uma coisa importante também”, diz Luiz Barretto, presidente do Sebrae.
O trabalho vai melhorar a infraestrutura e a qualidade da prestação de serviços para o público do evento. As 12 cidades sede da Copa são Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Recife e Salvador.
Oito milhões de estrangeiros devem visitar o Brasil em 2014; 600 mil apenas no mês da Copa. O Ministério do Turismo estima ainda que 3 milhões de brasileiros vão viajar para assistir aos jogos do mundial. Quem estiver pronto para atender esse público, vai lucrar.
O mapa de oportunidades do Sebrae mostra que os visitantes não economizam na hora de experimentar a comida local. Uma ótima chance de lucro para os restaurantes regionais.
“O turista que vier ao Brasil não quer só um bom hotel e uma boa praia. Ele quer conhecer nossa música, quer conhecer as comidas típicas da região, quer visitar, usufruir e vivenciar experiências novas, que vão significar um ganho de imagem para o Brasil”, diz Barretto, do Sebrae.
No Rio de Janeiro, o Sebrae tem um projeto piloto para a Copa do Mundo com 37 restaurantes. As empresas recebem cursos de gestão e consultorias voltadas para o turismo.
O alemão Benhard Lotz já veio tantas vezes ao Brasil que até aprendeu a falar português. “Eu acho a comida, em geral, muito boa. Aqui, por exemplo, neste restaurante. E em outros lugares que eu conheci, como a comida mais ou menos indígena do Belém do Pará”, diz ele, que frequenta um restaurante em Copacabana;
Leonardo Mattos é um dos sócios da empresa, que existe há 23 anos e tem duas filiais. Em cada unidade trabalham 40 pessoas. E para agradar gente de toda a parte do mundo, o buffet é bem variado.
“Qualquer um que queira entrar aqui, tem que haver uma opção para ele comer. Desde o natureba - até o que quer comer um bacon, um churrasco”, diz Mattos.
O problema é explicar os pratos, bebidas e preços aos turistas. “O cartaz em inglês anuncia o buffet. Mas não é o suficiente. A comunicação em outras línguas precisa melhorar para a Copa do Mundo. Os restaurantes vão ter cardápios em inglês e espanhol”, garante.
As mudanças na gestão e no atendimento, a capacitação de empreendedores e funcionários são melhorias que permanecem nas empresas mesmo depois que a Copa do Mundo acabar.
“Isso que é fundamental. Não só que a gente faça com que elas ganhem receita, tenham oportunidades de geração de emprego e renda, mas que elas possam se tornar mais capacitadas, não só até 2014, mas que elas possam ter uma sobrevivência de décadas, de maneira mais competitiva, mais inovadora e mais sustentável”, aponta Barretto.
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios (TV

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