segunda-feira, 4 de abril de 2011

As comunidades virtuais ganharão (mais) poder

Facebook, Twitter e outras redes sociais terão o domínio não só da troca de informações como também serão os principais ambientes para as compras dos consumidores. Essa é a previsão dos participantes do Social Media Week
“O mundo será uma grande rede social.” A previsão de Gustavo Jreige (1), sócio diretor da agência especializada no assunto Polvora!, pode assustar, mas o sucesso em escala global de mídias como Twitter, Facebook e Orkut mostra que a forma como as pessoas e as empresas se comunicam e se relacionam já está em transformação. “As redes ficarão mais poderosas e sofisticadas”, diz Roberto Martini (2), presidente da agência de marketing digital Cubocc. “A facilidade de conexão à internet por meio de notebooks, celulares e televisões fará as pessoas usarem as mídias sociais a todo instante”, afirma o publicitário, que é um dos mais de cem especialistas participantes da segunda edição da versão local da Social Media Week (SMW), que acontece entre 7 e 11 de fevereiro em São Paulo. O evento nasceu em Nova York em 2009 e se realiza ao mesmo tempo em dez cidades do mundo. O criador e organizador da conferência, o americano Toby Daniels (3), prevê que a rede social ditará os hábitos de consumo e as estratégias de marketing. “Essa ferramenta dá voz ao consumidor”, diz. “Antes, a reclamação de um produto era feita por meio de um jornal. Hoje, isso é realizado com apenas um clique”, afirma Bob Wollheim (4), organizador da SMW no Brasil. A criação de agências especializadas em monitorar essas informações é outra tendência importante. “A rápida propagação de comentários sobre a marca influenciará na imagem da empresa”, diz Santiago Ortiz (5), sócio da Bestiário, agência de Barcelona. “Descobrir como interpretar, compreender e intervir nesse cenário será o grande desafio.” As redes sociais tendem a dominar o acesso à informação. “As pesquisas e compras on-line serão feitas por meio de ferramentas nas páginas das redes sociais”, afirma Raphael Vasconcellos, vice-presidente da AgênciaClick Isobar. “Essas plataformas substituirão o e-mail como principal veículo de comunicação interpessoal”, diz Daniels. Para aproveitar esse crescimento, novas redes sociais serão criadas e divididas por nichos de mercado. “Haverá redes que contemplem apenas o setor de moda, os produtores de soja e o mercado imobiliário, por exemplo”, afirma Jreige.


por Patrícia Machado e Adriana Wilner
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

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