Por: Flávio Ferrari
A ONU escolheu 13/02 como o dia mundial do Radio.
“ Em um
mundo em rápida mudança, precisamos usar ao máximo a capacidade do rádio
de conectar as pessoas e as sociedades, de dividir conhecimento e
informação e de fortalecer a compreensão. Com a capacidade de alcançar
95% da população mundial, o rádio é o veículo com habilidade de alcançar
comunidades isoladas e grupos marginalizados a baixo custo.” (Irina Bokova – Diretora Geral da UNESCO)
Outro dia, dois jovens de alto poder aquisitivo e nível educacional
(genericamente classificáveis como Classe A) discutiam, no Facebook, a
campanha promocional de uma companhia aérea veiculada exclusivamente
pelo Radio. Segundo eles, tratava-se de um erro de planejamento de
mídia, já que o Rádio não seria capaz de atingir com eficiência o
público-alvo da empresa (a mesma Classe A) que, nos dias de hoje,
estaria consumindo músicas e notícias na Internet.
Não
preciso dizer que a simples observação de que tanto eles como eu
havíamos sido “alcançados” pela mensagem colocava em dúvida seu conceito
de inadequação. Os rapazes concordaram com o argumento irrefutável de
que, pelo menos com base nessa pequena amostra, a Classe A andava
ouvindo Rádio e, dada a pouca concorrência (clutter), era capaz de
lembrar dos spots dirigidos a ela.
Irina provavelmente está
correta quando afirma que o Rádio é o veículo com habilidade para
alcançar comunidades isoladas e grupos marginalizados a baixo custo,
algo que interessa à UNESCO. Mas também está correta, pelo menos em
ordem de grandeza, quando menciona que 95% da população pode ser
alcançada por Radio. Os 5% restantes, não alcançáveis pelo meio,
certamente não são da Classe A.
Pelo visto o pessoal do marketing e os mídias que atendem a tal companhia aérea sabiam bem o que estavam fazendo.
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